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Para responder ao caso de uma mulher de 27 anos com fibrose cística e pneumonia 
bacteriana internada na UTI com ventilação mecânica, vamos discutir a primeira 
conduta e outras medidas seguintes a serem consideradas.
▏Qual é a primeira conduta no manejo desta paciente?
Com base nas informações apresentadas, a paciente parece estar se recuperando da 
pneumonia bacteriana, com melhoria dos sinais vitais, estabilidade hemodinâmica, 
boa resposta à terapia e parâmetros respiratórios favoráveis. A primeira conduta ideal 
para esta paciente é iniciar o processo de desmame da ventilação mecânica. 
Indicadores de que a paciente está pronta para desmame incluem:
• Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) Baixa:
• A paciente está mantendo uma boa saturação de oxigênio com uma FiO2 de 
apenas 30%.
• Pressão de Suporte Baixa:
• A pressão de suporte é de apenas 10 cmH2O, sugerindo que a paciente está 
realizando a maior parte do trabalho respiratório por conta própria.
• Boas Funções Respiratórias:
• A paciente está gerando um volume corrente de 400 mL, uma pressão 
inspiratória negativa de 35 cmH2O, e uma frequência respiratória 
espontânea adequada.
• Resultados Gasométricos Normais:
• A gasometria arterial mostra um pH de 7,39, uma PaCO2 de 37 mmHg, e 
uma PaO2 de 100 mmHg.
• Estabilidade Clínica:
• A paciente está afebril, com pressão arterial e frequência cardíaca dentro 
dos limites normais.
Com esses indicadores, a primeira conduta seria realizar uma prova de respiração 
espontânea (SBT, do inglês Spontaneous Breathing Trial) para avaliar se a 
paciente pode ser extubada com segurança. Essa prova geralmente consiste em 
permitir que a paciente respire espontaneamente por um período curto, como 30 
minutos a 2 horas, enquanto é monitorada para sinais de dificuldade respiratória ou 
instabilidade hemodinâmica.
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▏Quais são as condutas seguintes que devem ser 
consideradas?
Após a realização da prova de respiração espontânea, as condutas seguintes 
incluem:
• Extubação:
• Se a paciente passar pela prova de respiração espontânea sem sinais de 
dificuldade ou instabilidade, a extubação pode ser considerada.
• Após a extubação, a paciente deve ser monitorada para garantir que ela 
possa manter uma oxigenação adequada sem suporte ventilatório.
• Monitoramento Pós-Extubação:
• Monitorar sinais vitais, saturação de oxigênio, e frequência respiratória para 
sinais de insuficiência respiratória.
• Estar preparado para intervir caso a paciente apresente dificuldade 
respiratória após a extubação.
• Fisioterapia Respiratória:
• Iniciar fisioterapia respiratória para ajudar a manter a função pulmonar e 
prevenir complicações, como atelectasia ou acúmulo de secreções.
• A fibrose cística aumenta o risco de acúmulo de muco, tornando a 
fisioterapia fundamental para manter vias aéreas limpas.
• Reabilitação e Avaliação Multidisciplinar:
• Envolver uma equipe multidisciplinar para fornecer suporte pós-extubação, 
incluindo fisioterapia, nutrição, e terapia ocupacional.
• Planejar o próximo estágio de cuidados para a paciente, garantindo que ela 
receba o suporte necessário para a recuperação total.
• Acompanhamento e Controle da Infecção:
• Continuar monitorando para sinais de infecção ou outras complicações.
• Se necessário, ajustar a terapia antibiótica com base na evolução do quadro 
clínico e resultados laboratoriais.
Essas medidas ajudam a garantir uma transição suave do suporte ventilatório para a 
respiração espontânea, reduzindo o risco de complicações e melhorando as chances 
de recuperação da paciente.
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de recuperação da paciente.
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