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Manejo de DPOC e ICC


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Para responder ao caso de um homem de 75 anos com doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC) exacerbada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC), vamos 
considerar a primeira conduta no manejo do quadro respiratório e as outras condutas 
que devem ser adotadas em conjunto.
▏Qual é a primeira conduta no manejo do quadro 
respiratório deste paciente?
A primeira conduta no manejo do quadro respiratório deste paciente deve ser a 
administração de oxigenoterapia para manter a saturação de oxigênio em níveis 
seguros, além de suporte ventilatório não invasivo, como a ventilação por pressão 
positiva contínua (CPAP) ou ventilação por pressão positiva binível (BiPAP). Essas 
medidas ajudam a estabilizar a respiração do paciente e podem prevenir a 
necessidade de ventilação invasiva.
A alta FiO2 (100%) com uma PaO2 de 100 mmHg sugere que a oxigenação precisa 
ser monitorada de perto para evitar hiperoxemia, especialmente em pacientes com 
DPOC, que podem ter risco de hipoventilação se forem oxigenados em excesso.
▏Quais são as outras condutas que devem ser adotadas 
em conjunto?
Além da oxigenoterapia e do suporte ventilatório não invasivo, outras condutas 
importantes para este paciente incluem:
Controle da Hipertensão e Taquicardia:
A pressão arterial elevada (189/98 mmHg) e a frequência cardíaca elevada 
(123 bpm) sugerem uma exacerbação do quadro cardíaco. Medicações 
como betabloqueadores ou vasodilatadores podem ser necessárias para 
estabilizar a pressão arterial e a frequência cardíaca.
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Tratamento para Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC):
A presença de crepitantes, galope B3, edema periférico e níveis elevados de 
BNP indicam ICC. O tratamento pode incluir diuréticos para reduzir a 
sobrecarga de volume e aliviar o edema, além de medicamentos para 
melhorar a função cardíaca e reduzir a pressão arterial.
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Avaliação do Episódio de Dor Torácica:
O paciente teve dor torácica que melhorou com isordil, sugerindo possível 
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O paciente teve dor torácica que melhorou com isordil, sugerindo possível 
angina ou isquemia cardíaca. O nível elevado de troponina I (5 ng/mL) indica 
dano cardíaco, sugerindo que o paciente pode ter tido um infarto agudo do 
miocárdio ou um evento isquêmico. Deve-se realizar um eletrocardiograma 
(ECG) para avaliar alterações isquêmicas e considerar uma angiografia 
coronariana para diagnóstico e tratamento do evento isquêmico.
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Tratamento para DPOC Exacerbada:
Além do suporte ventilatório, o paciente pode precisar de broncodilatadores 
inalatórios e corticosteroides sistêmicos para controlar a exacerbação do 
DPOC.
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Se houver suspeita de infecção, antibióticos podem ser necessários.•
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Monitoramento Contínuo e Cuidados Intensivos:
Monitorar sinais vitais, gasometria arterial, e outros indicadores para avaliar 
a resposta ao tratamento e ajustar conforme necessário.
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Manter o paciente em observação na UTI para resposta rápida a qualquer 
deterioração clínica.
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Essas condutas, combinadas, ajudam a estabilizar o paciente, tratar as condições 
subjacentes e prevenir complicações adicionais. O gerenciamento do quadro 
respiratório e cardíaco deve ser feito de forma integrada para otimizar os desfechos 
clínicos.
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