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Instrumentos em Óptica Oftálmica

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Conteudista: Prof. Me. Júlio Jorge Costa 
Revisão Textual: Esp. Vinicius Oliveira
 
Objetivo da Unidade:
Abordar, identificar e proporcionar o conhecimento dos principais instrumentos
utilizados na óptica oftálmica.
˨ Material Teórico
˨ Material Complementar
˨ Referências
Instrumentos em Óptica Oftálmica
Optotipos
Como já vimos anteriormente, a acuidade visual tem a finalidade de mensurar a capacidade de
identificar formas, cores e tamanhos dos objetos, ou seja, de checar a capacidade funcional da
visão. A maneira mais comum de avaliar esta acuidade é através dos testes de acuidade visual,
por meio de optotipos.
Os testes realizados com optotipos têm grande importância optométrica, uma vez que avaliam
fatores fundamentais para a qualidade visual, que são, resumidamente:
Antes mesmo de Snellen desenvolver o seu optotipo, mundialmente conhecido, um
oftalmologista alemão, Heinrich Küchler, foi o pioneiro no desenvolvimento de um gráfico
ocular, conforme ficou conhecido na época, ao utilizar figuras recortadas de publicações. 
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˨ Material Teórico
A qualidade das vias/lentes oculares introdutórias (córnea, cristalino, etc.) e sua
focalização na retina;
A sensibilidade da retina para receber os impulsos luminosos;
A eficiência da transdução e transmissão dos impulsos ao cérebro; e
A capacidade do cérebro em captar, interpretar e reconhecer a informação recebida.
Em 1862, a Carta de Snellen foi criada por Hermann Snellen e Donders para melhorar e
padronizar o tamanho e os resultados de acuidade visual. Seus optotipos apresentam a acuidade
visual por meio de uma expressão numérica e são, basicamente, de três tipos. O primeiro, e mais
conhecido, é o padrão de letras de diferentes tamanhos; o segundo é para pessoas iletradas; e o
terceiro  é o infantil. Observe a Figura a seguir.
Figura 1 – Tipos de tabelas de Snellen
Fonte: nescon.medicina.ufmg.br 
 
#ParaTodosVerem: Temos três ilustrações, que nos mostram três tabelas de
Snellen com diferentes propostas, para diferentes avaliações, nas quais estão
impressos optotipos pretos em um fundo branco; para cada linha, nas laterais,
temos as indicações de tamanho e as classificações, conforme já vimos. A
primeira tabela da esquerda é formada por letras de diferentes tamanhos. A
primeira linha tem a letra E, com o maior tamanho da tabela; a segunda linha
tem as letras F e P, de tamanhos iguais, mas menores que a letra da primeira
linha, e assim sucessivamente, com letras gradativamente menores. Na tabela
do meio está o teste direcional de Snellen, formado por letras “E” com
orientações diferentes. Na primeira linha temos o “E” com sua abertura virada
para baixo; na segunda linha, há duas letras E, sendo a da esquerda com a
abertura da letra virada para cima e a da direita virada para a direita; e assim por
diante nas linhas subsequentes. O tamanho dessas letras, em comparação com a
primeira tabela, é exatamente igual, ou seja, a primeira letra da primeira linha é
grande e as linhas subsequentes apresentam a mesma redução de tamanho
conforme passamos para a próxima linha. E, por último, temos uma tabela
infantil de Snellen, onde as letras são substituídas por desenhos com os
mesmos tamanhos de optotipos em cada linha. A primeira linha é composta por
apenas uma casa. A segunda mostra uma criança e uma flor. São oito linhas ao
todo, com outras ilustrações. Fim da descrição. 
A partir de sua criação, a Carta de Snellen se tornou o principal meio utilizado para esse tipo de
avaliação. Mas outros métodos foram criados com a finalidade de tornar mais precisa essa
avaliação.
Em 1959, Louise Littig Sloan, oftalmologista e cientista americana, escreveu um artigo
propondo um novo teste. A diferença para o de Snellen estava na restrição de optotipos
adotados, ou seja, somente 10 letras específicas eram apresentadas: C, D, H, K, N, O, R, S, V e Z.
Estas foram escolhidas, justamente, por apresentarem variados tipos de linhas horizontais,
verticais e curvas, que garantiam uma avaliação mais específica da acuidade visual.
Figura 2 – Gráfico Sloan
Fonte: Reprodução
 
#ParaTodosVerem: Temos uma tabela de fundo branco com letras na cor preta.
A primeira linha contém as letras S, Z e N, nessa ordem, sendo estas as maiores
da tabela. Na segunda linha temos as letras R, N, C e V, com um tamanho um
pouco menor que o da linha anterior, o que ocorre em todas as linhas
subsequentes. Na terceira linha estão as letras K, C, R, H e N. E nas laterais temos
as informações e classificações para cada linha. Fim da descrição.
No ano de 1976, Ian Bailey e Jan E Lovie-Kitchin, dois optometristas e professores do National
Vision Institute of Australia, desenvolveram o Gráfico Bailey-Lovie, mais conhecido como
Gráfico LogMAR (Logaritmo do Ângulo Mínimo de Resolução), que utilizava os mesmos
optotipos adotados no Gráfico Sloan, distribuídos em várias linhas. Mas eles variam de
tamanho, de uma linha para outra, em uma progressão logarítmica, assim como acontece com o
espaçamento entre as letras e as linhas.
Já em 1982, em seu “Estudo de Tratamento Precoce da Retinopatia Diabética” (ETDRS), Rick
Ferris, do National Eye Institute, percebeu a necessidade de avaliar com maior precisão o valor da
acuidade visual. Assim, desenvolveu os testes ETDRS, que combinaram a progressão logarítmica
do Gráfico LogMAR com o Gráfico de Sloan. E, em 1984, o Conselho Internacional de
Oftalmologia tornou o Gráfico LogMAR o teste padrão para a medida de acuidade visual.
Figura 3 – Gráfico LogMAR
Fonte: aco.org.au 
 
#ParaTodosVerem: Temos uma tabela de fundo branco com letras na cor preta.
Em todas as linhas temos cinco letras de diferentes tamanhos. Na primeira linha
estão as maiores; nas linhas subsequentes, há tamanhos gradativamente
menores. A primeira linha é formada pelas letras F, N, P, R e Z (nessa ordem, da
esquerda para a direita); na segunda linha, estão as letras E, Z, H, P e V, com um
tamanho um pouco menor do que o da primeira linha; na terceira linha, estão as
letras D, P, N, F e R, com um tamanho um pouco menor que o da segunda linha.
Assim as linhas variam até a última. Nas laterais estão as informações e
classificações para cada linha. Fim da descrição.
Lensômetro
O lensômetro é um equipamento que tem a função de conferir as especificações de uma lente:
dioptria, meridianos e prismas. O procedimento de utilização desse aparelho é conhecido pelo
nome de lensometria.
Há uma metodologia a ser seguida para que possamos fazer a identificação de todos os
parâmetros relacionados a uma lente com precisão.
Por dentro do lensômetro e suas partes:
Figura 4 – Espectro eletromagnético
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Ilustração de um lensômetro (ou frontofocômetro). É uma
ilustração interna de um lensômetro, em que temos cada parte especificada e
numerada de acordo com sua posição na figura. A figura mostra como
enxergamos a dioptria da lente através da luz que sai da lâmpada localizada na
parte inferior do aparelho, passa pelo alvo (8), que é móvel, atravessa a lente
padrão do aparelho (7) e a lente colocada na posição 6, em um suporte (5). A luz
continua e atravessa a lente objetiva (3), que converge os raios para o retículo
(2), passando pelo conjunto ocular (1), até chegar ao olho do observador,
localizado na parte externa do aparelho. Fim da descrição.
Em que:
Ocular ajustável;1
Retículo;2
Lente objetiva;3
Telescópio de Kepler;4
Suporte da lente;5
Lente a ser analisada;6
Lente padrão;7
Alvo;8
Fonte de luz;9
Colimador;10
Vamos às etapas do procedimento de lensometria.
Lensômetro
O primeiro passo é conhecer os elementos que compõem o lensômetro.
Figura 5 – Lensômetro manual
Fonte: Martinato
 
#ParaTodosVerem: Duas fotos de um lensômetro (ou frontofocômetro)
manual, modelo AM-216N, sendo uma maior, em perspectiva, e a outra em
menor destaque. Temos uma ampliação da parte superior do aparelho, com foco
no compensador de prisma. Na foto maior temos o instrumento, na cor branca,
com uma ocular, na cor preta, e uma área onde
colocamos a lente a ser medida
sobre uma mesa (apoio para lente), que é presa por um suporte com mola para
Alavanca de ajuste do ângulo;11
Tambor de dioptrias;12
Escala de prismas.13
sustentar a lente em uma posição fixa sobre a mesa. Cada parte do aparelho está
especificada e numerada. Vemos todos os componentes externos do aparelho,
numerados de 1 a 10, dos quais podemos destacar a inclinação do aparelho para
a utilização das medidas das lentes, o tambor de dioptrias e a parte superior,
onde está a ocular. Fim da descrição.
De acordo com a figura acima, vamos realçar as principais partes do instrumento:
Ligar/desligar;1
Ocular ajustável;2
Alavanca de ajuste angular;3
Tambor de dioptrias;4
Tambor de eixo;5
Mesa;6
Alavanca de ajuste da mesa;7
Suporte da lente;8
Marcador;9
Compensador de prisma.10
Figura 6 – Retículo do lensômetro
Fonte: Adaptada de COSTA, 2020
 
#ParaTodosVerem: Ilustração do retículo interno do lensômetro. A ilustração
mostra a metade superior de um círculo, com as mesmas características do
círculo trigonométrico, com a marcação da variação dos graus ao longo da borda
do círculo, a partir do grau zero, localizado na linha horizontal, na borda do lado
direito. A evolução dos ângulos parte de zero grau, no sentido anti-horário, com
os ângulos de 30°, 60°, 90°, 120°, 150° e 180°. No centro do círculo temos uma
espécie de mira, com um círculo menor, com a marcação 1 em sua borda,
representando 1 dioptria prismática. E ao longo dessa mesma linha horizontal,
temos, com o mesmo espaçamento, as dioptrias prismáticas 2, 3 e 4. Fim da
descrição.
Agora que já conhecemos o aparelho, devemos, inicialmente, ajustá-lo para a nossa estrutura:
Inclinação do aparelho: ajustar a inclinação do aparelho para o nosso conforto, caso
estejamos em pé ou sentados;
Ocular: ajustar a mira da ocular do aparelho até o retículo ficar nítido; cabe lembrar
que podemos utilizar o lensômetro com ou sem correção, pois a ocular compensa
nosso erro refrativo (se não for muito elevado);
Após os ajustes, partimos para a verificação dos pontos de conferência de cada tipo de lente:
Após posicionarmos as lentes em seus pontos de medida, vamos conferir seus valores
dióptricos:
Medindo as Potências – Lentes Esféricas
Para lentes esféricas, precisamos girar o tambor de dioptria (identificação do valor) até
visualizar o foco do alvo com nitidez, conferindo se todas as linhas apresentam igual nitidez.
Tambor: zerar o tambor de dioptrias;
Posição da lente: inserir uma lente, com o lado externo virado para o observador,
ajustando sua altura (centro óptico) e seu alinhamento com o auxílio do regulador
da mesa, e então prender o suporte de sustentação. Para lentes bifocais, procurar os
campos de visão isoladamente;
Mesa: os óculos precisam estar apoiados na mesa.
Simples sem indicação de prisma: centralizar a imagem com a posição do retículo;
Simples com indicação de prisma: centralizar a lente, buscando o valor do prisma
na posição determinada na receita;
Bifocais: centralizar a visão de longe e, em seguida, a visão de perto;
Progressivas: marcar a lente com o gabarito para se orientar e buscar o prisma de
equilíbrio e conferir o valor da adição;
Esféricas sem indicação de prisma: centralizar a imagem com a posição do retículo.
Medindo as Potências – Lentes Cilíndricas
Começamos girando o tambor de dioptrias até perceber a posição em que um dos conjuntos de
linhas fica mais forte. Em seguida, ajustamos o tambor de eixo até formar uma imagem nítida.
Em alguns casos é possível fazer um ajuste fino, ou seja, trabalhar os dois tambores (dioptria e
eixo) em conjunto até atingir a nitidez completa de um dos conjuntos de linhas. Chegando à
definição das linhas, com precisão, é preciso anotar esse primeiro valor de dioptria como sendo
o valor esférico da receita e seu eixo.
Novamente, deve-se mexer no tambor de dioptrias, mas sem alterar o eixo, até encontrar
nitidez no outro conjunto de linhas do alvo (segundo valor). Assim, teremos a receita:
Tabela 1 
ESF CIL EIXO
1º Valor encontrado
Diferença entre  
1º e 2º valores
Marcado no tambor
do eixo 
Marcação das Lentes
Outra função muito importante para o uso do lensômetro é o de marcação das lentes. Vamos
apresentar o procedimento para a marcação de cada tipo de lente.
Lentes Esféricas
Procedimento para a marcação:
Centralizar geometricamente e prender a lente;
Lentes Cilíndricas
Procedimento para a marcação:
Lentes Progressivas
Procedimento para a marcação:
Identificar a dioptria, girando o tambor;
Centralizar a lente com o retículo;
Marcar o centro óptico com o marcador.
Centralizar geometricamente e prender a lente;
Verificar o valor do eixo e colocar no tambor de eixos;
Verificar e colocar o valor esférico no tambor de dioptrias;
Centralizar a lente com o retículo;
Encontrar o valor do outro meridiano;
Conferir, pela diferença, o valor do cilíndrico;
Marcar a lente.
Prender a lente pela marcação (gabarito) ou pelo carimbo;
Manter os microcírculos alinhados;
Conferir os valores, sejam esféricos, sejam cilíndricos, pelo mesmo procedimento;
As lentes progressivas são um caso à parte, uma vez que há algumas nuances a serem
observadas. Normalmente, em consequência da curva de progressão, a parte superior,
verticalmente, é sempre mais grossa que a inferior. Para compensarmos essa diferença,
aplicamos um prisma de base inferior (prisma de afinamento). O problema é que esse
procedimento induz um deslocamento da imagem para baixo, sendo a lente positiva, e um
deslocamento para cima, sendo a lente negativa.
Para a conferência desse prisma, devemos:
A direção e o valor do prisma em uma lente, normalmente, são verticais ou horizontais,
definidos pela localização da base, sendo base superior, inferior, nasal ou temporal. Raramente
estão direcionados fora desses meridianos, ou seja, oblíquos.
E, para conferir dioptrias prismáticas acima de 5,00 di Δ , que é o limite de marcação do retículo,
devemos utilizar o compensador de prisma, podendo assim medir até 20,00 di Δ.
Caso a lente esteja deslocada, usar o compensador de prisma, centralizando-a no
retículo. Se o deslocamento for horizontal, a lente tem poder prismático (verificar a
receita).
Prender a lente pela marcação (gabarito) ou pelo carimbo;
Ajustar as lentes pelo centro óptico;
Caso se encontre um valor prismático, é essencial que os dois olhos apresentem o
mesmo valor;
Somente em casos de anisometropia podemos admitir uma possível diferença;
Devemos conferir também os prismas horizontais.
Régua Combinada DNP/CO
A régua combinada é um instrumento de grande ajuda na hora de medir a altura pupilar. Essa
medida  e as de distância pupilar (DP – distância pupilar e DNP – distância nasopupilar) são,
possivelmente, as mais importantes para a qualidade da adaptação de lentes oftálmicas, uma vez
Vídeo 
Lensometria 
Acesse o vídeo, desenvolvido pela CECTOP, com o passo a passo da
lensometria. Esse material é importante para assimilar o que
estudamos neste capítulo.
lensometria
https://www.youtube.com/watch?v=_6RtOllNY-s
que um erro pode inviabilizar a utilização dos óculos, assim como das lentes, pois haverá desvios
(geração de prismas) e desconforto.
O primeiro procedimento, ao manipularmos esse instrumento, é ajustar corretamente a
armação dos óculos no rosto do usuário, para que somente depois desse ajuste se possa acoplar
a régua à armação. Após unir a régua à armação, centralizamos o eixo do aparelho e alinhamos a
linha branca ao centro das pupilas, conferindo assim a altura para cada olho, através da
visualização das linhas tangente à borda inferior da armação.
Figura 7 – Régua combinada
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Foto de uma régua combinada. É uma armação plástica de
cor cinza, retangular, com presilhas que prendem a estrutura em uma armação
de óculos. Na parte anterior da régua há duas estruturas plásticas transparentes
e iguais, uma de cada lado, em que há linhas horizontais intercaladas, entre
contínuas e
pontilhadas, com as marcações das alturas. E em cada lateral há
uma haste de regulagem da estrutura transparente em relação à armação na qual
estará acoplada. Fim da descrição.
Ventilete e Aquecedor de Areia
Os dois aparelhos estão diretamente ligados ao ajuste da armação dos óculos no rosto do
usuário. Cada aparelho tem sua importância e funcionalidade nesse quesito.
O primeiro passo é analisar a armação para verificar se não apresenta nenhuma rachadura ou
trinca. Um segundo passo é retirar as lentes da armação, caso estas tenham algum tratamento,
como antirreflexo, pois o aquecimento pode prejudicar sua eficiência. Em seguida, observar a
armação em cima de uma superfície plana e protegida, apontando os possíveis ajustes que
devem ser feitos.
Outro ponto muito importante é a colocação da armação no rosto do cliente, pois temos a
possibilidade de analisar: a curvatura da ponteira da haste atrás da orelha, o encaixe da ponte no
septo nasal, a curvatura da armação, a distância da armação para o rosto e, por fim, a melhor
forma de moldar a armação ao rosto da pessoa, objetivando conforto, comodidade e qualidade de
imagem.
O ventilete tem a função de dar maior maleabilidade à armação, em pontos mais específicos e
localizados, através de um jato contínuo de ar aquecido. A parte da peça que necessita de ajuste é
colocada à frente do jato de ar e conforme o tempo, a temperatura e a velocidade do jato, a peça
vai se tornando mais maleável gradativamente, facilitando a alteração de sua forma de acordo
com a necessidade. Essa alteração é feita manualmente e requer destreza, firmeza e paciência
para não danificar o material.
Figura 8 – Ventilete
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Foto de um ventilete. Trata-se de uma estrutura branca, em
formato cilíndrico, com uma base retangular com dois botões, um de energia
(liga e desliga) e o outro de regulagem da temperatura. Na borda desse cilindro
há uma saída de ar em que há uma espécie de copo acoplado. E nas laterais desse
copo há dois cortes, pelos quais se passa a peça a ser aquecida. Fim da descrição.
O aquecedor de areia também tem a função de dar maior maleabilidade à armação. Trata-se de
uma espécie de cuba cuja resistência aquece por igual um conjunto de microesferas de vidro
distribuídas por todo o recipiente. Desse modo, a parte da armação que precisa ser ajustada é
mergulhada na cuba até que apresente maleabilidade suficiente para o seu manuseio e
consequente ajuste.
Figura 9 – Aquecedor de areia
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Foto de um aquecedor de areia. É uma espécie de cuba, de
revestimento externo branco, com um botão de regulagem de temperatura. A
cuba é preenchida com microesferas de vidro. Fim da descrição.
Esferômetro
O esferômetro é um instrumento que tem por finalidade medir a curvatura de uma superfície. No
ramo da optometria é utilizado para medir a curvatura interna e externa de lentes oftálmicas.
Esse procedimento é utilizado para comprovar desde a dioptria da lente até a curva-base,
conforme vimos anteriormente.
É um instrumento de alta precisão, formado por três pinos em sua base (os dois pinos laterais
são fixos). O pino central é que faz a medida da curvatura. Quando a sua profundidade é alterada,
o mostrador indica o valor da curvatura da superfície.
Figura 10 – Esferômetro
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Foto de um esferômetro. O mostrador, com fundo branco,  
marca a medida de 20, e a partir desse ponto há dois lados de marcação, um
positivo e o outro negativo. Quando o ponteiro roda no sentido horário, os
valores de curvatura são negativos e quando roda no sentido inverso as
curvaturas são positivas. Na base desse mostrador há um suporte preto com três
pinos alinhados. Os pinos laterais são fixos e somente o pino central é móvel. É
este pino o responsável por realizar a medida. Ele entra ou sai do suporte de
acordo com a curvatura que está sendo medida. Fim da descrição.
Espessímetro
O espessímetro mede a espessura de materiais. No ramo óptico, utilizamos esse instrumento
para medir a espessura de lentes oftálmicas, seja para conferência, seja para avaliação.
Como abordamos anteriormente, o profissional óptico precisa ter total conhecimento das
medidas das lentes. Um dos principais problemas e dúvidas para os usuários de óculos é a
espessura das lentes, uma vez que, esteticamente, acarreta grande insatisfação, tanto a
espessura central quanto a da borda. Apesar do avanço da tecnologia, o profissional ainda tem
de estar a par dos cálculos e das simulações de como ficará a lente na armação escolhida, pois a
espessura pode até mesmo inviabilizar a utilização de determinadas armações.
Figura 11 – Esferômetro
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Foto de um espessímetro. Trata-se de uma armação de
formato retangular. Na parte superior esquerda fica o mostrador, que tem fundo
branco. Na parte superior direita, ao lado do mostrador, há uma alavanca; abaixo
dela há um suporte, onde colocamos uma das mãos. Com a mão no suporte,
podemos acionar a alavanca levantando o pino de medição com o polegar.
Abaixo do mostrador, há dois pinos, ambos de inox e com pontas de cerâmica. O
pino inferior está fixo e acoplado na parte inferior do suporte. Já o pino superior
está logo acima do inferior e é móvel, diretamente acoplado ao mostrador, e pelo
qual é feita a medição. Fim da descrição.
Teste UV Vision
No Brasil, estamos, constantemente, expostos ao sol. A luz solar é de fundamental importância
para a nossa saúde, mas a exposição prolongada pode trazer efeitos maléficos, por causa da
radiação ultravioleta. Como já vimos anteriormente, o sistema visual é extremamente sensível a
esse tipo de radiação, por isso é imprescindível que as lentes possuam proteção UV.
O teste UV vision é um instrumento projetado para medir o grau de proteção a raios ultravioleta
em lentes oftálmicas. Com essa medida é possível minimizar esses efeitos nocivos da luz
ultravioleta, principalmente em lentes solares.
Figura 12 – Teste UV vision
Fonte: Divulgação
 
#ParaTodosVerem: Nessa imagem apresentamos a foto de um teste de radiação
ultravioleta. Trata-se de uma caixa retangular branca. Na parte central um arco
sai da parte superior da caixa, como se fosse uma torneira. Dele sai um feixe de
luz para a medição. Logo abaixo encontra-se o leitor do sinal. A lente a ser
medida é colocada entre esses dois elementos. No lado esquerdo, há uma série
de leds que acendem durante a medição. Abaixo deles um mostrador digital
apresenta o resultado. No lado direito, há dois pinos retangulares de cor preta e,
logo abaixo deles, fica o botão de ligar e desligar marcado por 0 (desligado) e I
(ligado). O botão fica aceso com o aparelho em uso. Acoplado ao instrumento
está um cabo de energia. Na foto aparece uma lente em que está escrito “UV
370nm” e “Teste lens”. Trata-se de uma lente de calibração do aparelho. Fim da
descrição.
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Leituras  
Instrumentos da Óptica
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ACESSE
Lentometria
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ACESSE
Tamanho dos Optotipos
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˨ Material Complementar
https://bit.ly/3XymlG3
https://bit.ly/3ZD3pb9
ACESSE
Riscos à Saúde da Radiação Ultravioleta
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ACESSE
https://bit.ly/3CQMhox
https://bit.ly/3ISdV8p
BERNELL. Proportionally Spaced Translucent Sloan Vision Chart. 2022. Disponível em:
<https://www.bernell.com/product/PV2179US/Index_S>. Acesso em: 22/12/2022
CORRÊA, E. J. et al. Avaliação ocular de crianças e adolescentes na atenção básica à saúde. 2015.
Disponível em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/avalia%C3%A7ao_ocular_crian%
C3%A7a.pdf>. Acesso em: nov. 2022.
NATIONAL VISION RESEARCH INSTITUTE (Australia). Australian College Of Optometry. Vision
charts. Disponível em: <https://www.aco.org.au/vision-charts/>. Acesso em: 22/12/2022.
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Referências

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