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APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. ISBN 9788553615889 Carneiro, Claudio Curso de Direito Tributário e Financeiro / Claudio Carneiro. – 9. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. 824 p. Bibliografia 1. Direito tributário – Brasil. I. Título. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 20-0022 CDD 340 Índices para catálogo sistemático: 1. Direito tributário 34:336.2 Direção executiva Flávia Alves Bravin Direção editorial Renata Pascual Müller Gerência editorial Roberto Navarro Gerência de produção e planejamento Ana Paula Santos Matos Gerência de projetos e serviços editoriais Fernando Penteado Consultoria acadêmica Murilo Angeli Dias dos Santos Planejamento Clarissa Boraschi Maria (coord.) Novos projetos Melissa Rodriguez Arnal da Silva Leite Edição Iris Ferrão Produção editorial Luciana Cordeiro Shirakawa | Rosana Peroni Fazolari Arte e digital Mônica Landi (coord.) | Amanda Mota Loyola | Camilla Felix Cianelli Chaves | Claudirene de Moura Santos Silva | Deborah Mattos | Fernanda Matajs | Guilherme H. M. Salvador | Tiago Dela Rosa | Verônica Pivisan Reis Planejamento e processos Clarissa Boraschi Maria (coord.) | Juliana Bojczuk Fermino | Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Fernando Penteado | Mônica Gonçalves Dias | Tatiana dos Santos Romão Projetos e serviços editoriais Juliana Bojczuk Fermino | Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Mônica Gonçalves Dias | Tatiana dos Santos Romão Diagramação (Livro Físico) Edson Colobone Revisão Carmem Becker Capa Tiago Dela Rosa Livro digital (E-pub) Produção do e-pub Guilherme Henrique Martins Salvador Data de fechamento da edição: 1-10-2019 Dúvidas? Acesse sac.sets@somoseducacao.com.br APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS mailto:sac.sets@somoseducacao.com.br Sumário Prefácio Apresentação Nota à 9ª Edição Nota à 8ª Edição 1 - Direito Financeiro 1.1 Principais Aspectos sobre Finanças Públicas 1.1.1 A Ciência das Finanças e o Direito Financeiro 1.1.2 Autonomia e Codificação do Direito Financeiro 1.1.3 Finalidades da Atividade Financeira 1.1.4 Aspectos Constitucionais e Infraconstitucionais do Direito Financeiro 1.2 Principais Aspectos sobre a Receita Pública 1.2.1 Distinção entre Ingresso e Receita 1.2.2 Classificação das Receitas 1.2.2.1 Receitas Ordinárias e Extraordinárias 1.2.2.2 Receitas Originárias e Derivadas 1.2.2.3 Receita Corrente e de Capital 1.2.3 Estágios da Receita Pública APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.2.4 Renúncia de Receita 1.3 Principais Aspectos sobre a Despesa Pública 1.3.1 Classificação das Despesas Públicas24 1.3.1.1 Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias 1.3.1.2 Despesas Ordinárias e Extraordinárias 1.3.1.3 Despesas Correntes e Despesas de Capital 1.3.1.4 Despesas Produtivas, Reprodutivas e Improdutivas 1.3.2 Processamento das Despesas Públicas 1.3.3 Precatórios Judiciais27 1.3.3.1 Sentença e Fazenda Pública 1.3.3.2 Exceção ao Sistema do Precatório 1.3.3.3 Renúncia ao Valor Excedente 1.4 Principais Aspectos sobre o Orçamento Público 1.4.1 Plano Plurianual 1.4.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias 1.4.3 Lei Orçamentária Anual 1.4.4 Evolução Constitucional 1.4.5 Tipos de Orçamento 1.4.6 Superávit e Déficit Financeiro 1.4.7 Conceito de Orçamento e sua Natureza Jurídica 1.4.8 Controle de Constitucionalidade da Lei Orçamentária 1.4.9 Elementos do Orçamento 1.4.10 Princípios Orçamentários 1.4.10.1 Anualidade Orçamentária 1.4.10.2 Unidade 1.4.10.3 Universalidade APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.4.10.4 Legalidade 1.4.10.5 Publicidade Orçamentária 1.4.10.6 Proibição de Estorno 1.4.10.7 Equilíbrio Orçamentário-Financeiro 1.4.10.8 Clareza ou Transparência69 1.4.10.9 Exclusividade 1.4.10.10 Não Afetação 1.4.10.11 Racionalidade 1.4.10.12 Continuidade 1.4.10.13 Aderência 1.4.10.14 Especificação ou Discriminação ou Especialização 1.4.10.15 Exatidão 1.4.10.16 Programação 1.4.10.17 Orçamento Bruto 1.4.11 Ciclo Orçamentário 1.4.12 Controle Orçamentário – Tribunal de Contas e Vedações Constitucionais 1.4.12.1 Origem dos Tribunais de Contas 1.4.12.2 Controle Orçamentário e Fiscalização 1.4.12.3 Atribuições dos Tribunais de Contas 1.4.12.4 Efeitos das Decisões dos Tribunais de Contas 1.4.12.5 Vedações 1.4.12.6 Operações de Crédito por Antecipação de Receita 1.4.12.7 Garantia e Contragarantia 1.4.13 Créditos Orçamentários Adicionais 1.5 Principais Aspectos sobre o Crédito Público APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.5.1 Conceito e Natureza Jurídica 1.5.2 A Dívida Pública Brasileira e Títulos da Dívida Pública 1.5.3 Classificação 1.5.3.1 Compulsório ou Voluntário 1.5.3.2 Perpétuo ou Temporário 1.5.3.3 Flutuante e Fundado 1.6 Responsabilidade Fiscal 1.6.1 Introdução 1.6.2 Objetivos 1.6.3 Pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal 1.6.4 Destinatários da LRF 1.6.5 Limitação de Despesas 1.6.6 Reserva de Contingência 1.6.7 Despesa Adequada, Compatível e Irrelevante 1.6.8 Sanções em Caso de Desrespeito à LRF 1.6.9 Restos a Pagar 1.6.10 Relatório Resumido da Execução Orçamentária 1.6.11 Operações de Crédito 1.6.12 Limitação de Empenho 1.7 Repartição Tributária de Receitas 1.7.1 Classificação das Repartições Tributárias Constitucionais102 1.7.1.1 Transferências Diretas 1.7.1.2 Transferências Indiretas 2 - Fontes do Direito Tributário 2.1 Introdução 2.2 Conceito de Direito Tributário APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 2.3 Fontes do Direito Tributário 2.3.1 Distinção entre Lei e Legislação Tributária 2.3.2 Hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal 2.3.3 Norma Tributária em Sentido Estrito e em Sentido Amplo 2.3.4 Fontes Formais Principais 2.3.5 Fontes Formais Secundárias 3 - Hermenêutica do Direito Tributário 3.1 Legislação Tributária 3.2 Estrutura da Norma Tributária 3.3 Amplitude dos Institutos, Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Norma 3.4 Vigência da Legislação Tributária 3.4.1 Vigência da Lei no Tempo 3.4.2 Vigência da Lei no Espaço 3.4.3 Vigência da Lei Brasileira no Exterior 3.5 Tributação Internacional 3.6 Aplicação da Legislação Tributária 3.7 Interpretação da Legislação Tributária 3.7.1 Diferença entre Interpretação, Integração e Correção 3.7.2 Métodos de Interpretação 3.7.3 Controvérsia entre a Definição e os Efeitos dos Institutos – Arts. 109 e 110 do CTN 3.8 Integração da Legislação Tributária 4 - Tributos em Espécie 4.1 Noções Gerais 4.2 Comentários ao Art. 3º do CTN APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 4.3 Classificação dos Tributos 4.3.1 Vinculadoe não Vinculado 4.3.2 Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais 4.3.3 Federais, Estaduais e Municipais 4.4 Espécies de Tributos 4.4.1 Imposto 4.4.1.1 Inconstitucionalidade por Arrastamento 4.4.1.2 Classificação dos Impostos 4.4.2 Taxas 4.4.2.1 Noções Gerais 4.4.2.2 Competência para a Instituição das Taxas 4.4.2.3 Distinção quanto à Base de Cálculo dos Impostos e Taxas 4.4.2.4 Modalidade de Lançamento das Taxas 4.4.2.5 Finalidade das Taxas e a Justiça Retributiva 4.4.2.6 Fato Gerador das Taxas 4.4.3 Contribuição de Melhoria 4.4.3.1 Origem Histórica 4.4.3.2 Competência para a Instituição da Contribuição de Melhoria 4.4.3.3 Sujeito Passivo 4.4.3.4 Fato Gerador 4.4.3.5 Base de Cálculo e Limites 4.4.3.6 Requisitos Mínimos 4.4.3.7 Finalidade da Contribuição de Melhoria e a Justiça Retributiva 4.4.3.8 Contribuição de Melhoria e Reserva Legal 4.4.3.9 Contribuição de Melhoria: Imunidade e Isenção 4.4.4 Empréstimos Compulsórios APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 4.4.4.1 Noções Gerais 4.4.4.2 Empréstimo Compulsório e Reserva de Lei Complementar 4.4.4.3 Causas de Legitimação Mediata e Imediata do Empréstimo Compulsório e Fato Gerador 4.4.4.4 Sujeito Passivo 4.4.4.5 Discussão quanto à Natureza Jurídica 4.4.4.6 Âmbito de Incidência – Territorialidade 4.4.4.7 Restituição do Empréstimo Compulsório 4.4.5 Contribuições Especiais 4.4.5.1 Técnicas de Validação das Contribuições Especiais 4.4.5.2 Parafiscalidade e Extrafiscalidade nas Contribuições 4.4.5.3 Finalidades das Contribuições 4.4.5.4 A Referibilidade das Contribuições 4.4.5.5 O Fato Gerador das Contribuições 4.4.5.6 Competência para Instituição das Contribuições 4.4.5.7 Competência dos Estados para Instituir Contribuições Sociais 4.4.5.8 Espécies de Contribuições 5 - Sistema Tributário Nacional 5.1 Sistema Tributário Nacional 5.2 Evolução Constitucional 5.3 Globalização 6 - Competência Tributária 6.1 Conceito 6.2 O Exercício da Competência Tributária – Faculdade ou Dever 6.3 A Expressão Competência Legislativa Plena 6.4 Repartição de Receita e Competência APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 6.5 Competência Positiva e Competência Negativa 6.6 Competência e Emenda Constitucional 6.7 Lei Complementar – Conflito de Competência e Competência Concorrente 6.8 Reserva de Competência e Benefício Fiscal 6.9 Competência e Capacidade Tributária 6.10 Princípios Inerentes à Competência Tributária 6.11 Classificação da Competência Tributária 7 - Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 7.1 Introdução 7.2 Limites ou Limitações 7.3 Natureza Jurídica 7.4 Imunidades e Princípios 7.5 Aspectos da não Incidência Tributária 7.5.1 Isenção 7.5.2 Alíquota Zero 7.5.3 Imunidades 7.5.4 Diferimento 7.6 Principais Aspectos sobre as Imunidades 7.6.1 Histórico 7.6.2 Classificação das Imunidades 7.6.2.1 Subjetivas e Objetivas 7.6.2.2 Expressas e Implícitas 7.6.2.3 Incondicionais e Condicionais 7.6.2.4 Genéricas e Específicas 7.6.2.5 Imunidade e Isenção APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 7.6.3 Análise das Imunidades Genéricas 7.6.3.1 Imunidade Recíproca (CF, art. 150, VI, a) 7.6.3.1.1 Alcance Tributário da Imunidade Recíproca 7.6.3.1.2 Posição do Ente Federativo como Contribuinte de Fato e de Direito 7.6.3.1.3 Imunidade e Locação 7.6.3.1.4 Autarquia, Fundação, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista 7.6.3.1.5 Serviços Notariais 7.6.3.1.6 Taxa Judiciária e Custas Processuais 7.6.3.1.7 Outros Julgados Importantes sobre o Tema 7.6.3.2 Imunidade dos Templos de Qualquer Culto 7.6.3.3 Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos Trabalhadores, Instituições de Educação e Assistência Social 7.6.3.3.1 Imunidade Tributária e Atividades de Lazer 7.6.3.3.2 Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos e Gratuidade 7.6.3.3.3 Imunidade Tributária e Entidade Beneficente 7.6.3.3.4 Imunidade das Entidades Fechadas de Previdência Social Privada 7.6.3.4 Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos e o Papel Destinado à sua Impressão528 7.6.3.5 Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas Musicais538 7.6.4 Princípios Constitucionais Tributários 7.6.4.1 Princípios Relacionados ao Valor Segurança Jurídica 7.6.4.2 Princípios Relacionados ao Valor Justiça da Tributação 7.6.4.3 Princípios Relacionados ao Valor Liberdade Jurídica 7.6.4.4 Outros Princípios Tributários APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 7.6.4.5 Princípios Tributários Implícitos 8 - Obrigação Tributária 8.1 Breves Considerações 8.2 Fato Gerador 8.2.1 Nomenclatura 8.2.2 Classificação do Fato Gerador 8.2.2.1 Simples e Complexo 8.2.2.2 Instantâneo e Complexivo 8.2.2.3 Condicional e Incondicional 8.2.2.4 Causal e Formal 8.2.2.5 Típico e Complementar 8.2.2.6 Genérico e Específico 8.2.3 Elementos do Fato Gerador Integral 8.3 Relação Jurídica Tributária 8.3.1 Natureza Jurídica da Relação Jurídico-Tributária 8.4 Tributo e Penalidade 8.5 Obrigação Tributária 8.5.1 Aspectos da Obrigação no Direito Civil e no Direito Tributário 8.5.2 Espécies 8.5.2.1 Obrigação Principal 8.5.2.2 Obrigação Acessória 8.5.3 Diferença entre Obrigação e Responsabilidade 8.6 Distinção entre Elisão, Evasão e Elusão Fiscal 8.6.1 Elisão Fiscal 8.6.2 Evasão Fiscal 8.6.3 Elusão Fiscal APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 8.6.3.1 Abuso de Forma × Simulação × Abuso do Direito 8.6.3.2 Norma Antielisiva 8.7 Solidariedade Tributária 8.7.1 Benefício de Ordem 8.7.2 Efeitos da Solidariedade 8.8 Capacidade Tributária Passiva 8.9 Domicílio Tributário 9 - Responsabilidade Tributária 9.1 Persecução Tributária 9.2 Finalidades da Responsabilidade Tributária 9.3 Elementos Subjetivos da Obrigação Tributária 9.3.1 Sujeito Ativo 9.3.1.1 Sujeito Ativo Direto 9.3.1.2 Sujeito Ativo Indireto 9.3.2 Sujeito Passivo 9.4 Responsabilidade Tributária 9.4.1 Responsabilidade por Substituição 9.4.1.1 Responsabilidade por Substituição: Legitimidade, Imunidade e Isenção 9.4.1.2 Modalidades de Substituição 9.4.2 Responsabilidade por Transferência 9.4.2.1 Distinção entre Substituição e Transferência 9.4.2.2 Modalidades de Responsabilidade por Transferência 9.5 Súmulas Importantes do STJ 10 - Crédito Tributário 10.1 Teorias Dualista e Monista APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 10.2 Lançamento 10.2.1 Conceito 10.2.2 Competência para Efetuar o Lançamento 10.2.3 Natureza Jurídica (Teorias Declarativista e Constitutivista) e Legislação Aplicável ao Lançamento 10.2.4 Características e Funções do Lançamento 10.2.5 Lançamento e Utilização de Câmbio 10.2.6 A Revisão do Lançamento e Princípios Inerentes 10.2.7 Efeitos do Lançamento 10.2.8 Modalidades de Lançamento 10.3 Crédito Tributário 10.3.1 Conceito 10.3.2 Espécies de Créditos161 10.4 Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário 10.4.1 Introdução 10.4.2 Efeitos da Suspensão da Exigibilidade 10.4.3 Alcance da Expressão “Suspensão da Exigibilidade do Crédito” 10.4.4 Possibilidade de Suspensão antes do Lançamento 10.4.5 Taxatividade do Art. 151 do CTN 10.4.6 Modalidades 10.4.6.1 Moratória 10.4.6.1.1 Espécies de Moratória10.4.6.1.2 Moratória e Direito Adquirido 10.4.6.1.3 Requisitos e Condições 10.4.6.1.4 Alcance da Moratória 10.4.6.1.5 Moratória × Parcelamento APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 10.4.6.2 Depósito do Montante Integral 10.4.6.2.1 Depósito e Conversão em Renda 10.4.6.2.2 Diferença entre Depósito do Montante Integral e Consignação em Pagamento 10.4.6.2.3 Depósito do Montante Integral e Ação Anulatória de Débito Fiscal 10.4.6.3 Reclamações e Recursos Administrativos191 10.4.6.3.1 Defesas Administrativas e Prescrição Intercorrente194 10.4.6.3.2 Competência para Regulamentação de Normas sobre o PAF198 10.4.6.3.3 Constitucionalidade do Depósito Recursal e do Arrolamento Administrativo 10.4.6.4 Concessão de Medida Liminar em Mandado de Segurança206 10.4.6.4.1 A Discussão quanto ao Mandado de Segurança contra a Lei em Tese 10.4.6.4.2 Efeitos da Cassação da Liminar 10.4.6.5 Concessão de Tutela Antecipada em Outras Ações Judiciais 10.4.6.5.1 A Exigência de Caução ou Depósito para a Concessão da Tutela Antecipada 10.4.6.5.2 Oferecimento de Bens em Caução e Suspensão da Exigibilidade 10.4.6.5.3 Possibilidade de Concessão de Tutela Antecipada antes da Contestação 10.4.6.5.4 Comentários ao Art. 170-A do CTN 10.4.6.6 Parcelamento 10.4.6.6.1 Parcelamento228 e Denúncia Espontânea 10.4.6.6.2 Compensação e Denúncia Espontânea 10.5 Modalidades de Extinção do Crédito Tributário APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 10.5.1 Pagamento 10.5.2 Compensação 10.5.3 Transação 10.5.4 Remissão 10.5.5 Prescrição e Decadência 10.5.6 Conversão do Depósito em Renda 10.5.7 Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento 10.5.8 Consignação em Pagamento294 10.5.9 Decisão Administrativa Irreformável300 10.5.10 Decisão Judicial Passada em Julgado 10.5.11 Dação em Pagamento de Bens Imóveis 10.6 Modalidades de Exclusão do Crédito Tributário 10.6.1 Anistia 10.6.1.1 Não Cabimento da Anistia 10.6.1.2 Classificação 10.6.1.3 Anistia e Direito Adquirido 10.6.1.4 Distinção entre Remissão e Anistia 10.6.2 Isenção 10.6.2.1 Natureza Jurídica 10.6.2.2 Previsão em Lei 10.6.2.3 Tributos que Alcança 10.6.2.4 Classificação das Isenções 10.6.2.5 Revogação da Isenção 10.6.2.6 Isenção e Obrigações Acessórias 10.6.2.7 Ministério Público e Legitimação para Questionar Benefícios Fiscais APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 11 - Garantias e Privilégios do Crédito Tributário 11.1 Breves Considerações 11.2 Garantias × Privilégios 11.3 Universalidade dos Bens e Impenhorabilidade 11.3.1 Penhora 11.3.2 Bem de Família e a Regra da Impenhorabilidade 11.3.3 A Ordem da Penhora Estabelecida no Art. 11 da LEF 11.3.4 Da Importância da Intimação da Penhora 11.4 Presunção de Fraude 11.4.1 Momento de Caracterização da Presunção de Fraude 11.4.2 Presunção Relativa × Presunção Absoluta 11.4.3 Fraude contra Credores × Fraude à Execução 11.5 Penhora On-Line 11.6 Análise do Art. 186 do CTN 11.6.1 Multas 11.6.2 Cessão de Créditos 11.7 Concurso de Preferências 11.7.1 Constitucionalidade do Art. 187 do CTN 11.7.2 Execução Fiscal e Falência 11.7.3 Interesse da Fazenda Pública para Requerer a Falência do Devedor 11.8 Crédito Extraconcursal 11.9 Preferências dos Arts. 189 e 190 do CTN 11.9.1 Art. 189 do CTN 11.9.2 Art. 190 do CTN 11.10 Exigência da Prova de Quitação de Tributos APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 11.10.1 Para Extinção das Obrigações do Falido 11.10.2 Para a Concessão da Recuperação Judicial 11.10.3 Para Julgamento de Partilha ou Adjudicação 11.11 Exigência de Certidão e Contratação com o Poder Público 12 - Administração Tributária: Fiscalização, Dívida Ativa e Certidão 12.1 Conceito 12.2 A Administração e o Princípio da Legalidade 12.3 Fiscalização 12.3.1 Sigilo Comercial 12.3.2 Dever de Informar e Sigilo Profissional 12.3.3 Sigilo Fiscal 12.3.4 Sigilo Bancário 12.3.4.1 Histórico do Sigilo Bancário no Brasil 12.3.4.2 O Sigilo Bancário e o Inventário Extrajudicial 12.3.5 Auxílio da Força Policial 12.3.6 Responsabilidade Pessoal do Agente Público 12.4 Dívida Ativa 12.4.1 Conceito 12.4.2 Créditos Tributários e não Tributários 12.4.3 A Inscrição em Dívida Ativa 12.4.3.1 Definição 12.4.3.2 Termo de Inscrição 12.4.3.3 Análise da Expressão “Regular Inscrição” 12.4.3.4 Presunção Relativa 12.4.4 Protesto da Certidão de Dívida Ativa 12.4.5 Averbação Pré-executória APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 12.5 Suspensão da Prescrição 12.6 Certidão de Débito Fiscal 12.6.1 Efeitos da Certidão 12.6.2 Dispensa da Certidão 12.6.3 Certidão Expedida com Dolo ou Fraude 12.7 Substituição da CDA Referências APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS A Nilza, minha mãe, a quem juro amor por esta e por todas as outras existências. A minha irmã, Jurema, alicerce do meu ser, e a Milton, sobrinho, afilhado e filho do coração. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes; como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Salmo 133). APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Agradeço, primeiramente, ao Grande Arquiteto do Universo, por estar sempre presente em todos os momentos da minha vida. Ao Mestre Alexandre Freitas Câmara, pelo apoio e pela confiança dedicados. Às amigas Jane Costa Campos e Thereza Maria Fernandes de Andrade, pela amizade e pelo carinho dedicados. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Prefácio Alguém já disse que prefácios são textos escritos depois dos livros, publicados antes, e que não são lidos nem antes nem depois. Ciente disto, e tendo sido convidado por Claudio Carneiro a prefaciar sua nova obra, apresso-me em atender ao gentil convite com uma apresentação que não seja um biombo a esconder o livro do leitor. O Brasil sempre foi rico em obras de Direito Financeiro e Tributário. Autores clássicos como Aliomar Baleeiro, Amílcar de Araújo Falcão se juntam a juristas contemporâneos, como Ricardo Lobo Torres e Hugo de Brito Machado, para formar uma verdadeira escola brasileira de pensamento. Pois é neste cenário que se recebe a nova obra do eminente jurista Claudio Carneiro. O autor, que alia sua experiência na advocacia pública (como procurador municipal) à sua atividade docente e acadêmica (já que é professor de diversas instituições e Mestre em Direito), traz no livro que ora apresento seu pensamento acerca de todo o intrincado cipoal normativo existente no Brasil nas áreas do conhecimentojurídico que escolheu estudar. Professor consagrado e autor já bastante reconhecido, Claudio Carneiro apresenta, agora, obra de fôlego, em que analisa os mais relevantes conceitos de Direito Financeiro e Tributário. A obra será, certamente, de grande valia para os profissionais do Direito e também para os estudantes, que poderão se aprofundar em seus estudos. No livro, um verdadeiro curso completo de Direito Financeiro e Tributário, o autor se preocupou em apresentar não só seu pensamento, mas APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS também em trazer à colação os mais relevantes julgados dos tribunais brasileiros acerca de cada tema abordado. Esta opção revela-se importante, ainda mais em uma área tão sensível para o jurisdicionado, em que a previsibilidade é fator da maior relevância para a obtenção da segurança jurídica necessária ao bom desenvolvimento dos negócios, e a força persuasiva dos precedentes é da maior importância para a determinação das condutas. Estão de parabéns a editora e o autor por mais este lançamento, a que desejo o merecido sucesso. Alexandre Freitas Câmara Professor de Direito Processual Civil. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual e do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual. Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Apresentação Ao longo desses anos em que me dedico ao estudo do Direito Tributário, bem como de vários anos trabalhando na área tributária como Procurador Municipal, atuando na execução fiscal da dívida ativa e tendo ministrado aulas de Direito Financeiro e Tributário em universidades e instituições em vários estados brasileiros, na graduação em Direito e cursos preparatórios para diversas carreiras e, da mesma forma, nas aulas ministradas em especializações em MBA pela Fundação Getulio Vargas e demais cursos de pós-graduação, percebi a necessidade de transformar o conteúdo de minhas aulas em um livro didático, que fosse útil para o mundo jurídico. Mas, por outro lado, achava que esse material deveria também ser uma obra que fosse de aplicabilidade prática para os profissionais do Direito e áreas afins, e, para tanto, seria necessário, além das discussões doutrinárias, ter uma profunda análise jurisprudencial, levantando os aspectos polêmicos em nossos tribunais. Os cursos de mestrado e doutorado me tornaram ainda mais crítico quanto à qualidade da obra e essa tarefa foi ficando cada vez mais difícil, me deixando com a responsabilidade ainda maior. Confesso que o pedido dos alunos e amigos para que desse continuidade a essa obra foi um fator preponderante e decisivo para pôr em prática essa difícil mas prazerosa missão. Os meus mestres, ainda que não estejam mais conosco, apesar da saudade, serão eterna fonte de inspiração. Os alunos, ao longo do tempo, foram se tornando meus amigos e excelentes profissionais. Os amigos, esses suspeitos, pelo carinho e bondade, incansáveis em me motivar, me APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS estimularam a não desistir. Pois bem, eis então essa despretensiosa obra, de cunho doutrinário e jurisprudencial, que visa a colaborar com o mundo acadêmico e jurídico de um modo geral. A obra é composta, além de doutrina, de julgados, em especial do STF e do STJ, que considero fundamentais, pois trazem diversos entendimentos esposados pelos mais altos tribunais do país. Contempla ainda, além da minha visão sobre determinados assuntos, a posição da doutrina mais abalizada sobre os temas propostos. Procurei, ainda, dar um enfoque interdisciplinar, abordando questões relativas ao Direito Constitucional, Empresarial e Processual Civil, que se entrelaçam com o Direito Tributário, contando com o apoio e a orientação de autores expoentes nessas áreas. Assim, diante dessa breve exposição, podemos dizer que a obra é direcionada aos empresários, profissionais e estudantes que buscam a atualização constante nesses ramos do Direito. Claudio Carneiro E-mail: professorclaudiocarneiro@gmail.com Blog: claudiocarneiroadv.blogspot.com.br Site: www.claudiocarneiro.com.br Facebook: Claudio Carneiro Twitter: Claudio_Carneiro APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS mailto:professorclaudiocarneiro@gmail.com http://claudiocarneiroadv.blogspot.com.br http://www.claudiocarneiro.com.br Nota à 9ª Edição Ao longo de nossas jornadas em palestras, conferências e aulas por todo o Brasil, ficamos gratamente surpresos em saber que nosso livro tem sido um dos mais utilizados por estudantes (graduação e pós-graduação) e candidatos a concursos públicos em todo o país. Juristas, professores, sites e blogs especializados nessa área recomendam a obra que já foi citada em diversos acórdãos de Tribunais brasileiros, em especial, os Tribunais Superiores. A chegada da 9ª edição comprova que a obra se consolidou em todo o Brasil. A alegria vem acompanhada do aumento da nossa responsabilidade em cumprir o nosso objetivo inicial de mantê-la com o que há de mais novo em relação ao direito tributário e financeiro sem que perca uma das suas principais características: a didática na exposição dos temas. Nesse sentido, a nova edição vem atualizada com a Emenda Constitucional de n. 100, de 2019, que altera os arts. 165 e 166 da Constituição Federal para tornar obrigatória a execução da programação orçamentária proveniente de emendas de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. Em relação à legislação infraconstitucional, a nova edição levou em consideração a publicação das Leis Complementares n. 169; n. 167 (dispõe sobre a Empresa Simples de Crédito); n. 166 (altera a Lei Complementar n. 105/2001); n. 165 e n. 164, que acrescenta §§ 5º e 6º ao art. 23 da LC n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), para vedar a aplicação de sanções a Município que ultrapassem o limite para a despesa total com pessoal nos APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS casos de queda de receita que especifica. Da mesma forma, observou a edição de leis complementares, medidas provisórias e atos administrativos normativos em matéria tributária. No campo da jurisprudência, a edição ora apresentada vem atualizada com as últimas súmulas do STF, STJ, bem como de precedentes jurisprudenciais relevantes que mostrem mudança de entendimento ou precedentes interessantes sobre temas polêmicos como a anterioridade tributária na revogação de isenções tributárias, entre outras. Externo minha gratidão a todos que, gentilmente, se disponibilizaram a enviar e-mails com sugestões, elogios e críticas construtivas. Por fim, àqueles que se interessarem em aprofundar ainda mais seus estudos em Direito Tributário, recomendamos nossos dois livros da Editora Saraiva que completam a nossa coleção: Processo Tributário (Administrativo e Judicial) e Impostos Federais, Estaduais e Municipais. Claudio Carneiro E-mail: professorclaudiocarneiro@gmail.com Blog: claudiocarneiroadv.blogspot.com.br Site: www.claudiocarneiro.com.br Facebook: Claudio Carneiro Twitter: Claudio_Carneiro Instagram: Claudiocarneirooficial APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS mailto:professorclaudiocarneiro@gmail.comhttp://claudiocarneiroadv.blogspot.com.br http://www.claudiocarneiro.com.br Nota à 8ª Edição Costumo dizer que apresentar uma nova edição, além de ser um prazer, é uma oportunidade de andar pari passu com a voracidade legislativa que o Direito Tributário sofre no Brasil. A cada ano que passa, fazemos uma nova edição de todas as nossas obras e, com isso, é possível observar a quantidade significativa de modificações normativas e jurisprudenciais. Seguindo essa linha de atualização, nesta edição incluímos as mais novas emendas constitucionais e também leis ordinárias importantes, como, por exemplo, a Lei n. 13.709/2018, que dispõe sobre a proteção de dados pessoais e altera a Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet). Abordamos, ainda que de maneira superficial, a influência do Compliance e das normas anticorrupção e antissuborno no Brasil, pois esta obra não tem como escopo tal temática. Observamos a vigência de novas leis complementares, em especial a Lei Complementar n. 162/2018, que instituiu o Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (Pert-SN). Fizemos uma verdadeira varredura na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal e colacionamos no bojo da obra os julgados mais importantes, de modo que o livro continue sendo didático e com a profundidade necessária para o nosso público. Agradeço a todos que, gentilmente, se disponibilizaram a enviar e-mails com sugestões, elogios e críticas construtivas. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Por fim, àqueles que se interessarem em aprofundar ainda mais seus estudos em Direito Tributário, recomendamos nossos dois livros da Editora Saraiva: Processo Tributário (Administrativo e Judicial) e Impostos Federais, Estaduais e Municipais. Claudio Carneiro E-mail: professorclaudiocarneiro@gmail.com Blog: claudiocarneiroadv.blogspot.com.br Site: www.claudiocarneiro.com.br Facebook: Claudio Carneiro Twitter: Claudio_Carneiro Instagram: Claudiocarneirooficial APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS mailto:professorclaudiocarneiro@gmail.com http://claudiocarneiroadv.blogspot.com.br http://www.claudiocarneiro.com.br 1 Direito Financeiro APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.1 Principais Aspectos sobre Finanças Públicas Na análise do Direito Financeiro, pouco se discute sobre a atividade financeira do Estado. Isto porque, embora exista uma relação direta entre ambos, são institutos diversos, pois o exercício da atividade financeira estatal pauta-se na normatização por este ramo do Direito, que em síntese regulamenta os quatro elementos da atividade de cada ente federativo, quais sejam – receita, despesa, orçamento e crédito. Nesse sentido, mister se faz uma abordagem, ainda que breve, sobre a atividade financeira do Estado. Aliomar Baleeiro1 já dizia que: A atividade financeira consiste, portanto, em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àqueloutras pessoas de direito público. Embora expressa em algarismos de dinheiro, a atividade financeira, do ponto de vista econômico, desloca, do setor privado para o setor público, massa considerável de bens e serviços, retirando-os uns e outros ao consumo e ao investimento dos particulares. Podemos dizer que o Estado, no âmbito de suas finanças, atua de forma si- milar ao particular; contudo, se a pessoa é poupadora nata ou gastadora compulsiva, isso é um problema de cada uma, pois o poder público nada tem a ver com o que o cidadão faz com o seu dinheiro. Ocorre que, com o Estado, a situação é um pouco diferente, pois o equilíbrio das contas públicas impede que o ente público seja poupador ou gastador. Afinal, a receita é usada para pagamento das despesas e estas, por sua vez, para a realização do interesse público primário e secundário. Daí a influência direta do Direito Financeiro na normatização dos elementos da atividade financeira estatal, de modo que a utilização do dinheiro público seja feita de forma transparente e, sobretudo, regida pela legalidade, pois a lei nada mais é do que a participação do povo em uma democracia. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Assim, comparando-se as várias fases do Estado brasileiro ao longo do tempo, percebe-se que há uma evolução gradativa, seja na prestação dos serviços públicos, seja na modernização da máquina estatal e, principalmente, na rigidez da legislação financeira, que em grande parte foi constitucionalizada. É claro que ainda estamos muito longe do modelo ideal, bem como dos modelos dos chamados países “desenvolvidos”, mas a evolução econômica do Brasil no cenário internacional, com o passar dos tempos, é inquestionável. Desde a época mais remota da sociedade, em que a receita era proveniente da requisição de bens e serviços dos súditos, da apreensão de bens daqueles Estados derrotados na guerra e até mesmo de simples colaborações por parte da sociedade, houve uma evolução do conceito de Estado, iniciada a partir do Estado absolutista, passando pelo Estado liberal, pelo Estado social, até chegarmos ao Estado neoliberal2. Nesse contexto evolutivo, constata-se que, independentemente da espécie do Estado vigente, fez-se necessário o aumento de sua receita (arrecadação) para que a máquina estatal pudesse desempenhar satisfatoriamente suas atividades como, por exemplo, a prestação dos serviços públicos e a realização de suas despesas correntes. Com isso, o Estado passou a adentrar no patrimônio do particular, exercendo, através do seu poder de império, o que se denominou tributação. Assim, em uma definição bem simples, podemos dizer que a atividade financeira do Estado é aquela que visa à realização do interesse público primário e secundário, aplicando adequadamente a receita para a realização das despesas. Na visão de Harada3, é inegável que, durante a Idade Moderna, ligada ao pensamento liberal que reinava nos séculos XVIII e XIX, a atividade do Estado estava restrita ao campo de atuação do poder público. Isto porque a burguesia dominante não aceitava a ideia de ver o Estado atuando em área distinta de sua gênese, talvez por trauma do período em que se encontrava submetida ao Absolutismo voraz da Idade Média. Assim, após o término da APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Segunda Guerra Mundial, no final do século XX, iniciou-se o fenômeno que hoje é chamado de agigantamento do Estado, que passou a ser cada vez mais intervencionista, na tentativa de reorganizar a economia, notadamente dos países derrotados, já que o setor privado mostrava-se absolutamente impotente para a retomada do desenvolvimento econômico. Entretanto este modelo mostrou-se esgotado a partir da primeira crise internacional do petróleo em 1973. Mesmo assim, em consequência do Estado-previdência, do Estado-intervencionista, as finanças públicas atingiram dimensões consideráveis a ponto de ensejar, a partir da década de 60, o aparecimento de disciplina jurídica própria para seu estudo. Diante desse contexto o Estado passou por diversas fases: a) O Estado Fiscal minimalista, também chamado de Estado guarda-noturno, vigorando no período compreendido entre o século XVIII ao início do século XX; b)O Estado Social Fiscal, também chamado de Estado de Bem-estar Social, ou Estado Pós-liberal, que vigorou entre 1919 a 1989; c) Estado Democrático; d) Estado Neoliberal; e) Estado Neoconstitucionalista4. 1.1.1 A Ciência das Finanças e o Direito Financeiro Inicialmente, cabe destacar que a Ciência das Finanças e o Direito Financeiro possuem uma íntima relação, qual seja, a atividade financeira do Estado. Assim temos que a atividade financeira em si é estudada pela Ciência das Finanças, com o objetivo voltado para atender às necessidades públicas, ou, num sentido mais amplo, o interesse público, analisando a atividade financeira, sem adentrar no mérito da normatização de seus elementos. Nesse sentido, quando tratamos de normas que regulam essa atividade, bem como os seus elementos, estamos diante do Direito Financeiro. Podemos dizer que a Ciência das Finanças, enquanto ciência econômica pura e especulativa, estuda e confronta os vetores para a obtenção e o emprego dos meios materiais e serviços utilizados pelo Estado para a realização de suas finalidades, ou seja, a realização do interesse público através de uma política APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS financeira. É a disciplina que, pela investigação dos fatos, procura explicar os fenômenos ligados à obtenção e dispêndio do dinheiro necessário ao funcionamento dos serviços a cargo do Estado, ou de outras pessoas de direito público, assim como os efeitos resultantes dessa atividade governamental5. A atividade financeira exercida pelo Estado consiste em gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades públicas. Tais necessidades, alvo da Economia Política, só podem ser satisfeitas através da ação coordenada dos membros estatais, pelo processo do serviço público6. Destaque-se que a Ciência das Finanças, em razão de seu caráter não normativo, não estabelece princípios ou normas disciplinadoras, tendo evidente característica especulativa por ter como objeto a investigação dos fatos econômicos, o que enseja discordância entre os intérpretes do Direito Tributário, pois, para parte da doutrina, trata-se de um ramo da ciência econômica, enquanto para outros é um ramo da ciência política. Por outro lado, a Ciência das Finanças estuda as uniformidades da atividade financeira do Estado, possuindo evidentes afinidades com vários outros ramos científicos, às vezes estreitas, quando não íntimas, como na hipótese das ciências morais ou ciências do homem. A principal finalidade do Direito Financeiro é exatamente a normatização da atividade financeira estatal, isto é, o estudo e a regulamentação das diversas formas de que o Estado e seus organismos se valem para obter e utilizar as riquezas necessárias para a consecução dos seus objetivos. Preocupa-se, de uma forma mais abrangente, portanto, com o caráter extrafiscal da obtenção destes recursos e em conhecer a atividade financeira do Estado sob as mais variadas perspectivas, como a política, sociológica, ética, administrativa, econômica e jurídica, fornecendo base para o legislador quando da elaboração das normas do Direito Financeiro e Tributário. Percebemos, então, que a relação entre eles é estreita, tanto que Baleeiro adjetivou a vinculação do Direito Financeiro com a Ciência das Finanças APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS como “umbilical”, ressalvando, entretanto, que cuidam dos mesmos fenômenos, enfrentando-os de ângulos diferentes7. Na visão de Torres8, o Direito Financeiro deve ser analisado sob dois aspectos: o objetivo (ordenamento) e o científico, como qualquer outro ramo do sistema jurídico (ciência). Sob o ponto de vista objetivo, é considerado como o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira do Estado, cabendo ao Direito Financeiro disciplinar a constituição e a gestão da Fazenda Pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos do Estado. Na Constituição de 1988 encontramos as normas gerais sobre a matéria nos arts. 163 a 169, além do seu art. 192, bem como na Lei n. 4.320/64 e na Lei Complementar n. 101/2000, que estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. O Direito Financeiro, analisado sob o ponto de vista científico, estuda as normas e os princípios que regulam a atividade financeira do Estado, elaborando o discurso sobre as regras da constituição e da gestão da Fazenda Pública – Ciência das Finanças. Seu foco principal é conhecer, estudar e justificar a realidade objetiva na qual se apresenta, em uma verdadeira síntese hermenêutica. Nas lições de Baleeiro9, o Direito Financeiro é “o conjunto de normas que regulam a atividade financeira”. A Constituição da República de 1988 recepcionou a matéria na modalidade de complementalização, quando, em seu art. 163, reservou à lei complementar dispor sobre normas gerais das finanças públicas, dentre outros temas, como a dívida pública externa e interna, incluídas as das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; concessão de garantias pelas entidades públicas; emissão e resgate de títulos da dívida pública; fiscalização financeira da Administração Pública direta e indireta; operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 1.1.2 Autonomia e Codificação do Direito Financeiro É indiscutível que o Direito vem sofrendo evoluções constantes, passando por questões de relevante interesse social, como, por exemplo, a discussão enfrentada pelo STF sobre o uso de células-tronco em pesquisas científicas, a pílula do combate ao câncer, bem como de outras questões que estão por vir, que terão no futuro repercussão nacional, umas mais relevantes sob o ponto de vista social, outras menos. Assim, da mesma forma, uma questão que também suscitou controvérsia foi a que se refere à autonomia do Direito Financeiro em face dos demais ramos do Direito. Inicialmente é importante destacar que, para se considerar uma ciência jurídica como autônoma, é necessário que ela possua unicidade, bem como elementos e princípios próprios, enfim, que possua um conjunto de normas que permitam um sistema normativo ordenado. Parte da doutrina, capitaneada por Amílcar Araújo Falcão10, defendia que o Direito Financeiro não é um ramo autônomo do Direito, mas sim, um sub-ramo do Direito Administrativo. O posicionamento majoritário sustentado por Trotabas11 e Aliomar Baleeiro12 é o de defender sua autonomia como sendo ramo do Direito Público, ou seja, a independência dogmática do Direito Financeiro, conferindo-lhe, porém, status meramente formal, a ser complementado pela economia financeira e política. Existe ainda a corrente pluralista, à qual nos filiamos, defendendo ser o Direito Financeiro autônomo, mas intimamente relacionado com os demais subsistemas jurídicos e extrajurídicos. Nesse sentido, é autônomo porque possui institutos e princípios específicos, como a responsabilidade fiscal, a economicidade e o equilíbrio orçamentário, que não encontram similar em outros sistemas jurídicos. Por outro lado, também é considerado APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAISGRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS instrumental, por servir de suporte para a realização dos valores e princípios informadores de outros ramos do Direito. A visão de autonomia se apoia no fato de existirem princípios jurídicos não aplicáveis a outros ramos do Direito. A especificidade dos princípios jurídicos que regem a atividade financeira do Estado fez com que o Direito Financeiro se destacasse do Direito Administrativo, ensejando a necessidade de ser autônomo13. Sustentamos a autonomia desta ciência, pois, em razão da complexidade do fenômeno financeiro, é fonte inspiradora das instituições políticas e jurídicas, conferindo-lhes aplicação prática e conectando-as a diversos aspectos, como, por exemplo, jurídicos, econômicos, sociais e políticos. Fato é que, nos últimos anos, admite-se que o Direito Financeiro tem princípios e conceitos próprios, distantes do Direito Comum e, principalmente, do Direito Privado. Como se não bastasse, o Direito Financeiro tem um sistema próprio, suscetível de ser estudado por métodos igualmente próprios, que ampliam o seu caráter de multidisciplinaridade, entrelaçando-se com disciplinas afins, derivadas e auxiliares. É cediço que o Direito Financeiro é um ramo autônomo do Direito. Contudo, podemos dizer que está inserido na Ciência das Finanças com o objetivo de estabelecer normas jurídicas que disciplinam a atividade financeira do Estado, abordada pela Ciência das Finanças, ou seja, despesa e receita pública, orçamento público e crédito público. Assim, entendemos como fontes do Direito Financeiro o conjunto de normas, preceitos e princípios que compõem o ordenamento positivo das finanças públicas. Nesse sentido, como o Direito Financeiro não possui um Código próprio, específico, as normas pertinentes aplicáveis a esse ramo do Direito encontram amparo na Constituição da República, na Lei n. 4.320/64 e na Lei Complementar n. 101/2000 (com suas alterações posteriores), considerados os principais diplomas sobre a matéria. Abordaremos melhor o tema mais adiante. 1.1.3 Finalidades da Atividade Financeira APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Inconteste que o Estado, para se manter, deva possuir seus próprios meios financeiros, de modo a viabilizar a realização de suas despesas, sendo certo que, para tanto, exerce a atividade financeira através de vários atos atinentes ao controle, gestão e dispêndio dos recursos adquiridos. Assim, podemos dizer que a atividade financeira estatal é o conjunto de ações do Estado para a obtenção de receita e realização dos gastos para o atendimento das necessidades públicas, em conformidade com o planejamento consubstanciado no orçamento anual. Houve época em que os interesses do Estado se confundiam com os do Rei, como ocorreu na França do século XVII, onde o absolutismo atingiu seu ápice com a célebre frase de Luis XIV (L’État c’est moi)14. Os recursos utilizados eram do próprio ente estatal, época em que se confundia o Estado do Príncipe com o Estado propriamente dito. Com o aumento das necessidades básicas, os cofres públicos não suportaram tal demanda, sendo necessário avançar no patrimônio particular através da cobrança de tributos e tarifas, e, até mesmo, do confisco de bens. O chamado Estado Liberal tem como principal característica a de favorecer o desenvolvimento da economia capitalista através de limitada participação estatal e regulação própria da sociedade, quase que espontânea. O cenário econômico mundial, modificado por diversas crises cíclicas no capitalismo moderno, alterou este conceito. No Brasil, podemos ver o reflexo deste fenômeno em vários momentos, ficando a Era Collor no pedestal do período neoliberal, quando o Estado abarca para si uma função desregulamentadora, através da redução da máquina estatal, da privatização de companhias estatais e de concessionárias de serviços de utilidade pública e da abertura aos mercados internacionais, visando à integração nacional ao comércio exterior. Este fenômeno faz mudar a noção de setor público, pois a teoria da Administração Pública estruturava-se em torno da diferenciação entre administração e política. Neste modelo neoliberal, a finalidade precípua do Estado é a de buscar dinheiro para atender às necessidades públicas, com a finalidade de movimentar a máquina administrativa visando ao APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS desenvolvimento do Estado. A Administração deve ser capaz de exercer, antes de tudo, o poder de polícia sobre os serviços prestados à sociedade, buscando dirimir conflitos, garantindo estabilidade de regulamentos e prestando consultoria quanto ao entendimento das prescrições normativas estabelecidas. Ao nosso sentir, diante do fenômeno da Globalização e das crises econômicas que atingem vários países em todo o mundo, defendemos a existência de um novo momento que chamamos de Estado Liberal Realista em que as Teorias Econômicas (Law and Economics) devem ser mescladas com as Teorias Constitucionais. Isso porque, hodiernamente não há como, simplesmente, se ignorar o déficit orçamentário e a sua relação com a concretização dos direitos fundamentais previstos na Constituição de 1988. A atividade do Estado é a exercida por entes15 públicos e suas respectivas autarquias, excluindo-se deste conceito a atividade exercida pelos órgãos da administração indireta dotados de personalidade jurídica de direito privado. Ressalte-se que, embora o art. 70 da CRFB/88 estabeleça o controle dessas entidades pelo Tribunal de Contas, além de ter o seu orçamento incluído na Lei Orçamentária Anual, esse controle se faz de modo global e indireto. A atividade do Estado-empresário não se subsume no conceito de atividade financeira do Estado, no sentido rígido da expressão. A expressão “atividade financeira estatal” tem a mesma extensão do termo “finanças”, que surgiu na Idade Média por derivação da palavra latina finare, sinônimo de finanças públicas. Uma característica importantíssima da atividade financeira é a de ser puramente instrumental, já que obter recursos e realizar gastos não é um fim em si mesmo. O Estado não tem o objetivo de enriquecer ou aumentar o seu patrimônio, e sim o de arrecadar para atingir certos objetivos de índole pública, econômica ou administrativa, por exercer atividade-meio e não atividade-fim. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS A intervenção do Estado na atividade econômica, seja como empresário (de forma suplementar – art. 173 da CRFB/88), ou através da cobrança de diversas exações, como, por exemplo, tributos e multas, tem por finalidade básica a captação de recursos. A exploração direta de atividade econômica não é função do Estado, sendo permitida excepcionalmente pela Constituição, que prestigia a livre-iniciativa e a livre concorrência. Por isso, a regra do § 2º do citado artigo não permite que as empresas públicas e sociedades de economia mista tenham privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. Por fim, há que se distinguir o Direito Econômico do Direito Financeiro. Enquanto o primeiro se refere às normas relacionadas com a intervenção do Estado no domínio econômico, o Direito Financeiro se remete às regras atinentes à arrecadação, gestão e aplicação dos recursos públicos. Podemos dizer, em síntese, que cabe ao Direito Financeiro regulamentar a atividade financeira do Estado. A Constituição fixou a competência concorrente para legislar sobre Direito Financeiro em seu art. 24, I e II: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário,financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II – orçamento; (...)”. Sustentamos que, apesar de o dispositivo constitucional em tela não citar expressamente os Municípios, não nos parece razoável que a Carta Magna tenha tido a intenção de retirar desses entes a competência para legislar sobre Direito Financeiro, em razão do que dispõem os incisos I e II do art. 30 da CRFB/88, que concede aos Municípios competência para legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, bem como o disposto no art. 34, § 3º, do ADCT. Ademais, o APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS princípio federativo insculpido no art. 18 da CRFB/88, associado ao princípio da simetria constitucional, desenha o que sistematicamente encontramos na Constituição de que tanto os Estados-membros quanto o Distrito Federal e os Municípios são dotados de autonomia financeira, tendo, inclusive, previsão específica para as suas receitas. Em síntese, podemos dizer que a atividade financeira estatal brasileira se pauta nas seguintes finalidades: a) prover meios que assegurem a satisfação das necessidades da coletividade; b) instrumentalizar o planejamento da arrecadação de recursos e sua aplicação; c) promover a redistribuição de renda, principalmente através da prestação de serviços públicos. 1.1.4 Aspectos Constitucionais e Infraconstitucionais do Direito Financeiro Nesse tópico analisaremos os aspectos constitucionais e infraconstitucionais sobre o Sistema Financeiro do Estado. A Constituição Federal de 1988 é fonte inquestionável de Direito Financeiro e tem como características a rigidez, a abertura e o pluralismo. Entende-se rígida por somente admitir alteração por emenda à Constituição, conforme o art. 60 da CRFB/88. Considera-se aberta por apresentar um sistema incompleto, “problemático” e lacunoso, que exige mecanismos adicionais para corrigir qualquer falha na implementação desse sistema. O pluralismo refere-se à variedade de subsistemas em que a Constituição se desdobra, como o Tributário e o Orçamentário, entre outros, relacionando-se, ainda, com outras “subconstituições”, como a Política, a Econômica e a Social. Assim, temos que a Constituição Financeira se subdivide em três principais subsistemas: a Constituição Tributária, a Constituição Financeira propriamente dita e a Constituição Orçamentária. A Constituição Tributária insere-se entre os arts. 145 a 156, dividindo-se, por sua vez, em inúmeros outros subsistemas, abordando temas como os princípios gerais, as limitações ao poder de tributar e os impostos da União, Estados e Municípios. Por seu turno, a Constituição Financeira propriamente dita disciplina o relacionamento financeiro APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS governamental, a repartição de receita, o crédito público e a moeda nos seus arts. 157 a 164. Os arts. 34 e 35 da Carta Magna estabelecem também hipóteses de intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal e dos Estados nos Municípios, caso ocorra descumprimento de determinadas obrigações financeiras. E, por fim, a Constituição Orçamentária, que regula o planejamento financeiro do Estado e o controle de sua execução, conforme expressamente previsto nos arts. 70 a 75 e 165 a 16916. Após essa breve abordagem constitucional, passaremos ao aspecto infraconstitucional. Nesse sentido, sob o prisma orçamentário, a Constituição estabeleceu três leis que tratam do orçamento público e que são de iniciativa do Poder Executivo de cada ente, ou seja, União, Estados e Municípios. São as denominadas Espécies Orçamentárias, a saber: a) PPA – Plano Plurianual (institui, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes – art. 165, § 1º, da Constituição Federal); b) LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias (compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientando a elaboração da lei orçamentária anual, dispondo, ainda, sobre as alterações na legislação tributária e estabelecendo a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Esta lei não se aplica antes de ser submetida à apreciação do Congresso Nacional. Deve, ainda, preceder a elaboração do orçamento, por estabelecer suas metas e prioridades – art. 165, § 2º, da Constituição Federal); c) LOA – Lei Orçamentária Anual (compreende o orçamento fiscal referente aos três Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta, fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, além do orçamento de investimentos das empresas estatais, bem como o orçamento da seguridade social – art. 165, § 5º, da Constituição Federal). APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS A competência do Poder Executivo se justifica pelo fato de que a estima- tiva das despesas se dá em função da estimativa de receita. E, nesse sentido, quem estabelece a política arrecadatória é o próprio Poder Executivo17. Embora haja posição contrária, prevalece o entendimento de que a Lei Orçamentária é considerada Lei apenas no seu aspecto formal, por lhe faltar juridicidade, figurando flagrante carência no que tange aos seus efeitos jurídicos18. Apenas para exemplificar: não há que se falar em ato ilícito ou violação normativa, caso não se configure a estimativa de receita previamente planejada, hipótese em que ocorrerá descumprimento das normas contidas na Lei Orçamentária – O Estado apenas não viveu no ritmo esperado19. Vale lembrar que qualquer iniciativa do Legislativo quanto a essas leis será contaminada pela inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa, conforme o disposto na Constituição Federal, art. 165: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. A Constituição de 1988 também trata sobre o tema nos arts. 84, XXIII, e 85, VI. Contudo, destacamos que o Poder Legislativo poderá, durante a tramitação do projeto de lei orçamentária, fazer emendas ao orçamento20. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.2 Principais Aspectos sobre a Receita Pública 1.2.1 Distinção entre Ingresso e Receita Antes de adentrarmos no tema, faremos uma breve distinção entre Ingresso e Receita. Considera-se ingresso toda quantia recebida pelos cofres públicos, seja restituível ou não, daí também ser chamado simplesmente de “entradas”. Assim, diz-se também que ingresso é toda e qualquer entrada de dinheiro para o Estado, como, por exemplo, os empréstimos públicos. Destaque-se que, pela definição dada, nem todo ingresso constitui receita, pois não acresce o patrimônio estatal, como é o caso das indenizações devidas por danos causados ao patrimônio público. Já a receita é considerada a entrada ou o ingresso definitivo de dinheiro nos cofres públicos, de que o Estado lança mão para fazer frente às suas despesas, com o intuito de realizar o interesse público e movimentar a máquina administrativa. Por esse motivo, em alguns países, as Secretarias respectivas são denominadas Secretaria de Ingressos Públicos. 1.2.2 Classificação das Receitas A receita pública possui várias classificações, inclusive previstas pela própria legislação, como é o caso da Lei n. 4.320/64 e da Lei Complementar n. 101/200021. Então vejamos. 1.2.2.1 Receitas Ordináriase Extraordinárias Essa classificação leva em consideração a periodicidade com que a receita adentra nos cofres públicos. Assim temos que as receitas ordinárias são de entrada constante, periódica ou permanente, ou seja, aquelas anualmente previstas, que ingressam com regularidade e com isso são usadas para atender às despesas regulares do Estado, como é o caso dos impostos. Já as receitas extraordinárias são aquelas cuja entrada é de caráter menos constante e, por não estarem previstas no orçamento, surgem em caráter excepcional, por APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS força de uma situação momentânea que exigirá a intervenção do Estado no patrimônio do particular, como são os casos dos tributos contidos nos arts. 148, II, e 154, II, ambos da CRFB/88, que representam, respectivamente, os empréstimos compulsórios em caso de guerra e calamidade pública e o imposto extraordinário em caso de guerra. 1.2.2.2 Receitas Originárias e Derivadas Essa classificação leva em consideração a origem da receita, ou seja, como o Estado obtém essa receita. Assim temos como receita originária aquela que tem origem no próprio patrimônio público imobiliário do Estado, daí também ser chamada de receita de economia privada. Nesse caso, o ente público atua como empresário através de um acordo de vontades, e não por meio de seu poder de império, por isso não há coerção na sua instituição. Temos como exemplo o concurso de prognóstico e a locação de um bem público. Já a receita derivada é aquela arrecadada compulsoriamente, derivando do patrimônio dos particulares. Nesse caso, em face do caráter coercitivo da imposição, o Estado atua através do seu poder de império, daí também ser chamada de receita de economia pública. Temos como exemplo de receita derivada o tributo e as penalidades pecuniárias22 referentes ao inadimplemento da obrigação tributária. Diz-se também que as reparações de guerra também são consideradas como receita derivada, pois envolvem um caráter coercitivo. 1.2.2.3 Receita Corrente e de Capital Sabemos que não é função da lei trazer definições ou classificações, contudo, a Lei n. 4.320/64 (alterada pela LC n. 101/2000), trouxe uma classificação legal, subdividindo as receitas públicas em receitas correntes e receitas de capital. A receita corrente encontra-se prevista no art. 11, § 1º, do referido diploma, e é considerada aquela decorrente de tributos, de execuções fiscais e APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS da exploração dos bens estatais, entre outros. Essa receita é imprescindível para o Estado e visa, em síntese, atender as despesas correntes, conforme dispuser a lei orçamentária. Já a receita de capital encontra-se prevista no art. 11, § 2º, do referido diploma, e é aquela proveniente da conversão em espécie de bens e direitos que visa, em síntese, atender as despesas de capital. Destaque-se que o § 4º do referido dispositivo detalha as subespécies das receitas correntes e das receitas de capital. 1.2.3 Estágios da Receita Pública A Receita Pública, a partir da sua inclusão no projeto de Lei Orçamentária, passa por algumas fases, que são: a) Previsão, que é a receita orçada (art. 51 da Lei n. 4.320/64); b) Lançamento (art. 53 da Lei n. 4.320/64); c) Arrecadação, que é o objeto da receita (art. 56 da Lei n. 4.320/64); d) Recolhimento, que é o repasse pelo agente arrecadador ou, ainda, o pagamento direto pelo contribuinte. 1.2.4 Renúncia de Receita Vimos que a receita é imprescindível para que o Estado possa movimentar a máquina pública. Nesse sentido, prevalece no Direito brasileiro a regra da renúncia indiscriminada de receita, conforme dispõe o art. 14 da Lei Complementar n. 101/2000, que prevê, inclusive, o que vem a ser renúncia de receita. Ademais, o administrador público, ainda que amparado por lei, não poderia, livremente, dispor do dinheiro, que é do povo. Assim, o referido dispositivo define como renúncia de receita a anistia, a remissão, o subsídio, o crédito presumido, a concessão de isenção em caráter não geral, a alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Vale frisar que a renúncia de receita é vedada, salvo se apresentada a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que se deve APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atendendo ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias em pelo menos uma das seguintes condições: I – demonstração, pelo proponente, de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultado fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias; II – estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput do art. 14, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Destaque-se que a receita pública (tax expenditure) é tão importante que, além do dispositivo da LC n. 101/2000, existe um forte controle constitucional sobre a hipótese de sua renúncia. Em diversos dispositivos a Constituição expressamente exterioriza mecanismos de controle, que podemos dizer que são internos, externos e privados. Diante disso, temos os seguintes aspectos constitucionais: o primeiro diz respeito ao art. 70 da CRFB/88 ao prever que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de Contas, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. O parágrafo único do referido artigo dispõe que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária; o segundo diz respeito ao art. 150, § 6º: qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g23; o terceiro é o controle feito pelo próprio povo. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.3 Principais Aspectos sobre a Despesa Pública A despesa pública é a soma dos gastos em dinheiro feitos pelo Estado para a realização do interesse público, incluindo o gasto com a máquina administrativa, obras e serviços públicos. Vale ressaltar o que já dissemos anteriormente: é através da receita pública que são angariados recursos para a realização das despesas do Estado. Contudo, em diversos dispositivos constitucionais as despesas devem ser previamente autorizadas pelo Poder Legislativo, sejapelo orçamento ou pela abertura de créditos adicionais. A violação dessa regra enseja a prática de crime e violação à Lei de Responsabilidade Fiscal. 1.3.1 Classificação das Despesas Públicas24 A Despesa Pública possui várias classificações, inclusive previstas pela própria legislação, como é o caso da Lei n. 4.320/64 e da LC n. 101/2000. Então vejamos. 1.3.1.1 Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias A análise dos arts. 103 e 104 da Lei n. 4.320/64 permite o entendimento de que existem duas modalidades de despesas, quais sejam, a orçamentária e a extraorçamentária. Nesse sentido a despesa orçamentária é aquela que está incluída na lei orçamentária anual, bem como a proveniente dos créditos adicionais (extraordinários, especiais e suplementares) que são abertos durante o exercício financeiro. Contudo, ressalte-se que, se os créditos adicionais forem abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro, e caso haja saldos e estes não tenham sido utilizados até o dia 31 de dezembro, poderão eles ser reabertos no exercício seguinte, mas passarão a ser extraorçamentários. A despesa extraorçamentária compreende a saída de numerários não previstos no orçamento, como, por exemplo, pagamento de restos a pagar e resgate de operações de crédito por antecipação de receita. APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS 1.3.1.2 Despesas Ordinárias e Extraordinárias As despesas consideradas ordinárias são aquelas renováveis anualmente em razão de seu caráter regular. Já as despesas extraordinárias são aquelas que, por surgirem de uma forma inesperada, não são previstas anualmente, mas necessitam ser realizadas. Assim, podemos dizer que, conforme Griziotti25, essa classificação leva em consideração a periodicidade com que a despesa é efetuada ou pelo menos prevista. Além da classificação quanto à periodicidade, temos também sua divisão pautada na esfera de governo que as realiza, daí serem classificadas como despesas federais, estaduais ou municipais. Ressalte-se que essas despesas levam em consideração simplesmente o âmbito da Federação, ou seja, se as despesas são realizadas pela União, pelos Estados ou pelos Municípios, integrando o orçamento respectivo de cada ente federativo. Por isso, cada ente federativo elaborará sua PPA, sua LDO e sua LOA, conforme veremos mais adiante. 1.3.1.3 Despesas Correntes e Despesas de Capital Temos aqui uma classificação legal, pois a Lei n. 4.320/64, em seu art. 12, classificou as despesas públicas como Despesas Correntes e de Capital. Nesse sentido, podemos doutrinariamente conceituar as despesas correntes como os gastos usuais para a manutenção da máquina administrativa, incluindo os da Administração Indireta, que se subdividem em despesas de custeio (art. 12, § 1º, e art. 13) e despesas de transferências correntes (art. 12, § 2º, e art. 13). Já as despesas de capital são aquelas que contribuem para a formação e aquisição de um bem de capital, ou seja, que têm por finalidade o custo do aumento do patrimônio público, incluindo o material permanente e a aquisição e manutenção de bens imóveis. A despesa de capital é subdividida em: investimentos (art. 12, § 4º, e art. 13), inversões financeiras (art. 12, § 5º, e art. 13) e transferência de capital (art. 12, § 6º, e art. 13). 1.3.1.4 Despesas Produtivas, Reprodutivas e Improdutivas APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS Além das classificações apresentadas, parte da doutrina26 classifica ainda as despesas públicas em produtivas, reprodutivas e improdutivas. As chamadas produtivas são as que se limitam a criar utilidades por meio da atuação estatal, como, por exemplo, a atividade policial e a prestação jurisdicional. As despesas reprodutivas são aquelas que representam o aumento da capacidade produtora do País, como é o caso das construções em geral. Por fim, as despesas improdutivas são as consideradas desnecessárias, ou seja, aquelas despesas consideradas inúteis. 1.3.2 Processamento das Despesas Públicas As despesas públicas sofrem um processamento formal em razão da rigidez apresentada pela Constituição. Assim, o processamento das despesas possui fases ou estágios, a saber: A primeira é a fixação da despesa. Essa fase se constitui no valor total da despesa previsto na LOA, ou seja, é a dotação orçamentária inicial. A segunda é a programação da despesa, que está prevista pelo art. 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal. A terceira é o empenho da despesa, considerado o ato emanado da autoridade administrativa que confirma a relação jurídica com o contratado, antecedendo a despesa (art. 58 da Lei n. 4.320/64). Cria para o Estado a obrigação de pagamento, com o objetivo de garantir seus diferentes credores, não podendo, contudo, exceder o limite de créditos concedidos. A quarta fase é a liquidação da despesa, considerada o procedimento através do qual se verifica o implemento da obrigação. Nesta etapa se observa o direito adquirido pelo credor, tomando por base os títulos comprobatórios do referido crédito. Esta verificação do direito adquirido visa apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, identificando a quantia exata a ser paga, bem como o seu beneficiário (art. 63 da Lei n. 4.320/64). A quinta etapa é a emissão da ordem de pagamento. Nessa fase o ordenador de despesa autoriza o pagamento, após a verificação da sua liquidação. É o despacho da autoridade competente autorizando a quitação do débito. Por fim, há o APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS pagamento, que é a finalização da obrigação de pagar, que implica a entrega do valor mediante cheque nominal ou ordem bancária de pagamento, conforme dispõe o art. 74 do Decreto-Lei n. 200/67. 1.3.3 Precatórios Judiciais27 Palavra que já povoou a mídia brasileira envolvendo grandes escândalos políticos, o Precatório, em uma análise concisa, pode ser definido como o documento (fruto de decisão judicial condenatória) expedido pelo Presidente do Tribunal que proferiu a decisão judicial contra a Fazenda (da União, de Estado, Distrito Federal ou Município), para que o pagamento de dívida seja feito por meio de inclusão no orçamento seguinte pelo Poder Executivo, do valor do débito que deverá ser atualizado até a data do seu pagamento, através de uma ordem cronológica. A instituição do precatório se deu exatamente para evitar os privilégios ilegais, sobretudo o preterimento de ordem entre credores das Fazendas Públicas, ou seja, para que os pagamentos fossem efetuados dentro dos preceitos constitucionais, prestigiando a legalidade, a moralidade administrativa, a impessoalidade e a eficiência, dentre outros. Além da sistemática constitucional imposta pelo art. 100 da CRFB/8828, a Lei n. 4.320/64, ao estatuir normas gerais de Direito Financeiro e Controle Orçamentário, cuida (embora alterada pela LC n. 101/200029) da disciplina geral do pagamento das despesas públicas em seu Capítulo III, nos arts. 58 a 64, logicamente naquilo que foi recepcionado pela Constituição de 1988. (Ver o art. 67 da Lei n. 4.320/64). Da mesma forma, vale lembrar que a Emenda Constitucional n. 99/2017 trouxe a alteração do art. 101 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir novo regime especial de pagamento de precatórios, e, ainda, os arts. 102, 103 e 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. A Emenda Constitucional n. 94, de 2016 APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS https://t.me/apostilasparaconcurso APOSTILAS E MATERIAIS GRATUITOS A Emenda Constitucional n. 94, de 2016 (originária
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