Buscar

Abdome Agudo: Diagnóstico e Tratamento

Prévia do material em texto

Fernanda Baeumle Reese
Médica Intensivista – AMIB
Disciplina de Urgência e emergências – UP – 4° ano
ABDOME AGUDO
“Quadro clínico abdominal
caracterizado por DOR, de
início SÚBITO ou de evolução
progressiva, que necessita de
definição diagnóstica e de
conduta terapêutica imediata”
Rev Med 2008; 41 (4) : 430 -6
ABDOME AGUDO
 BOA ANAMNESE – FAMILIAR
 EXAME FÍSICO – TOPOGRAFIA DOENÇA
ABDOME AGUDO
 COMORBIDADES
 EXAMES COMPLEMENTARES
 OTIMIZAR PCTE PARA MELHOR 
CONDIÇÃO CIRURGICA, SE ESSA 
INTERVENÇÃO FOR NECESSÁRIA
SINAIS E SINTOMAS
 DOR
 FEBRE – SIRS / QSOFA
 ALTERAÇÃO DO TRÂNSITO
 CHOQUE
 ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS 
 ALTERAÇÕES DO PH NO SANGUE
HISTÓRIA DA DOR
 Tempo
 Local
 Fator de Exacerbação
 Sintomas Associados
 Passado Médico
 História Familiar
 Medicações 
 Ciclo Menstrual
ABDOME AGUDO
 Dor abdominal
 Visceral
○ Mal definida
○ Gradual
○ Localização imprecisa - Dermatomos
 Parietal
 Referida
DOR VISCERAL
 Bexiga 
 S 2 – S 4
 Apendice
 T 10 – T 11
 Vesicula, estômago
 T 6 - T 9
 Cápsula Hepática
 C4 - C5
ABDOME AGUDO
 Dor abdominal
 Visceral
○ Mal definida
○ Gradual
○ Localização imprecisa - Dermatomos
 Parietal
○ Irritação peritoneal
 Referida
PERITONITE
Primária
Secundária
Perfuração intestinal
Pós-operatória
Pós-traumática
Wittmann. Ann. Surg. 1996
PBE
Diálise peritoneal
Ceftriaxona + Metronidazol + Ampicilina
Ampicilina / Sulbactan
Piperacilina / Tazobactan
Meropenem
Tigeciclina
Fluconazol
ABDOME AGUDO
OBSTRUTIVO
VASCULAR
 INFLAMATÓRIO
PERFURATIVO
HEMORRAGICO
 TRAUMA ABDOMINAL 
FECHADO
 TRAUMA ABDOMINAL 
ABERTO
OBSTRUTIVO
 INTERRUPÇÃO TOTAL OU PARCIAL DO 
TRÂNSITO
 NIVEL OBSTRUÇÃO
 VOMITOS TARDIOS vs PRECOCE
 DOR ABRUPTA
 ALTERÇÃO Ph e HIDROELETROLÍTICA
 SEQUESTRO HÍDRICO
 SOFRIMENTO DE ALÇA
OBSTRUTIVO
 IDOSOS:
 Neoplasias
 Colite isquêmica
 Doença diverticular e estenose
 Hérnias inguinais 
 PREVIAMENTE OPERADOS:
 OBSTRUÇÃO ALTA:
 OBSTRUÇÃO BAIXA:
OBSTRUTIVO
 IDOSOS:
 PREVIAMENTE OPERADOS:
 Bridas
 Hérnias internas 
 OBSTRUÇÃO ALTA
 OBSTRUÇÃO BAIXA
OBSTRUTIVO
 IDOSOS:
 PREVIAMENTE OPERADOS:
 OBSTRUÇÃO ALTA:
 Brida 
 Hernia interna
 Tumor delgado
 Estenose inflamatória
 Piloro e duodeno 
 Volvo
 OBSTRUÇÃO BAIXA:
OBSTRUTIVO
 IDOSOS:
 PREVIAMENTE OPERADOS:
 OBSTRUÇÃO ALTA:
 OBSTRUÇÃO BAIXA:
 Volvos
 Neoplasias
 Invaginações – crianças
 Estenose íleo terminal 
 Fecaloma
 Corpos estranhos – bezoar
VASCULAR
 ARTERIAL OU VENOSO
 Arterial mais comum
 AGUDO – CRÔNICO
VASCULAR
Brandt & Boley 2002
1. Oclusão mesentérica 50%
2. Isquemia mesentérica não oclusiva 25%
3. Trombose da artéria mesentérica superior 10%
4. Trombose mesentérica venosa 10%
5. Isquemia focal segmentar 05%
VASCULAR fatores de risco
 Idade acima de 50 anos
 Aterosclerose
 Dislipidemia, DM e HAS
 ICC
 Vasculites
 Arritimias Cardíacas
 Baixo Fluxo Persistente 
VASCULAR fatores de risco
 Fatores protrombóticos:
 Fator V de Leiden
 Proteína C
 Proteína S
 Deficiência de Antitrombina III
 Sd. Anticorpo antifosfolípide
 Neoplasias
 ACO
Tratamento
 Ressecção - extensão
 Anticoagulação FULL dose
 Ponte vascular cirúrgica
 Arteriografia 
 Trombólise
 Papaverina 
INFLAMATÓRIO
 Apendicite
 Diverticulite
 Colecistite Aguda
 Pancreatite
 DIP
Apendicite
 Etiologia:
 Processo inflamatório parede
 Dificuldade drenagem luminal – fecalito
 Comprometimento vascular 
Apendicite
 Dor visceral
 Dor parietal
 Hiporexia
 Disúria – hematúria
 Febre ? - Abscesso
 Crohn
 “Dor do Meio”
 TC
Colecistite aguda 
 90 a 95 % calculosa
 40 a 80 anos
 Murphy
 US
 Colecistite Alitiásica
 NPT
 Jejum prolongado
 Ventilação mecânica
 Depleção intravascular 
Diverticulite Aguda
 Após 50 anos
 Sigmóide 90% casos 
 Microperfuração
 Classificação HINCHEY
 1. ABSCESSO PERICOLICO
 2. ABSCESSO PELVICO
 3. PERITONITE PURULENTA
 4. PERITONITE FECAL
Diverticulite Aguda
 TC ABDOMINAL
 COLONOSCOPIA
 TTO HINCHEY I é clínico. Dieta rica em fibras + ATB
 TTO HINCHEY II: 
 Abscesso < 2cm: clínico
 Abscesso > 2cm: drenagem percutânea guiada US
 TTO HINCHEY III e IV: cirúrgico, assim como 
abscessos não drenáveis e falha tto clínico
PANCREATITE
 Condição inflamatória do pâncreas mais comumente 
causada por cálculos biliares ou uso excessivo de 
álcool.
 Forma grave - 20 a 30% - risco de vida, com taxas 
de mortalidade hospitalar de cerca de 15%.
 Classificação de Atlanta (2012): 
 precoce ou tardia (nível de amilase e lipase séricas)
 leve, moderada (falência orgânica transitória >48 h, 
complicações locais ou exacerbação de doença comórbida) 
ou grave
 Antibióticos profiláticos não estão associados a uma 
diminuição significativa na mortalidade ou morbidade, NÃO 
SENDO MAIS INDICADOS PARA TODOS 
Infecção da necrose pancreática e peripancreática ocorre 
em 20-40% das agudas graves e é associada ao 
agravamento das disfunções orgânicas.
 coleção necrótica aguda: primeiras 4 semanas e contém 
quantidade variável de líquido e tecido necrótico
 necrose murada: coleção madura e encapsulada de necrose com 
uma parede inflamatória realçada e bem definida, após 4 
semanas ou mais
PANCREATITE
Necrose infectada
 Patógenos podem atingir o pâncreas pela via hematogênica, via biliar 
ascendente do duodeno através do ducto pancreático principal, ou através da 
migração colônica transmural.
 Escherichia coli, Proteus, Klebsiella pneumonia, Staphylococcus aureus, 
Streptococcus faecalis, Enterococcus, anaeróbios e Candida
 Diagnóstico difícil, distinguido de outras complicações infecciosas ou do estado 
inflamatório.
 O momento da infecção na necrose pancreática é variável e imprevisível e 
atinge o pico na segunda a quarta semana.
 A ferramenta diagnóstica de escolha continua sendo a PAAF guiada por TC das 
áreas necróticas pancreáticas.
 Gás na área retroperitoneal é indicativo de pancreatite infectada, mas está 
presente em um número limitado de pacientes
Abdome agudo perfurativo
 Úlceras pépticas crônicas
 Duodeno
 Dor súbita 
 Medicamentoso
 AINES
Abdome agudo perfurativo
 Ulceras duodenais
 Úlceras gástricas PNEUMOPERITÔNEO
 Perfuração de cólon
 Corpos estranhos
 Doença de Cronh
 Neoplasias
 Linfoma
 Adenocarcinoma
 Divertículo de Meckel
Abdome Agudo Hemorrágico
 GINECOPATIAS
 GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA
 RUPTURA DE CISTO FOLICULAR
 CORPO LUTEO
 ANEURISMA AORTA ABDOMINAL
 ATEROSCLEROSE
 HIPÓXIA TÚNICA MÉDIA
 INFRARRENAL
Abdome agudo HEMORRÁGICO
 Dor intensa
 Tumoração linha mediana – retroperitôneo
 Sopro – retroperitôneo
 50 % admitidos hospital
 25 % morte no C.C.
 42% morte após cirurgia
 78% a 94% mortalidade global
Abdome agudo HEMORRÁGICO
 ENDOPRÓTESE
 CIRURGIA ABERTA
Tratamento
Princípios
• Suporte
• Tratamento cirúrgico
Wittmann. Ann. Surg. 1996
Wittmann. Ann. Surg. 1996
• Combate à hipovolemia e choque
• Antibioticoterapia
• Suporte ventilatório e hemodinâmico
• Nutrição
*Exames complementares 
básicos: 
Rx de abdome agudo
Labs: HMG, BHCG, 
amilase, lipase, 
bilirrubinas, Ur,Creat, Na, 
K, lactato, PCR, 
coagulograma, função 
hepática se indicado. 
**Exames 
complementares de 
imagem: 
US
Tomografia
Angiotomografia
Videolaparoscopia dx
Laparotomia exploradora

Continue navegando