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2 Olá galera, como estão os estudos? Tenho certeza que destruindo! Sabemos que o tempo é uma das coisas mais preciosas em nossa vida, sabemos também que hoje em dia é algo que nos falta... e MUITO!! Por isso, nós, equipe do Direito Esquematizado, reunimos todo o nosso conhecimento e produzimos um conteúdo fácil, esquematizado e rápido de aprender Antes de iniciar o conteúdo, gostaria de pedir 2 favores: 1. Compartilhem esse material com seus amigos da Faculdade, Advogados, MP, etc., e claro, pode compartilhar também com sua mãe, pai, cachorro, papagaio... Pois somente com a ajuda de vocês o nosso trabalho irá crescer cada vez mais 2. Deixem sugestões, críticas, feedbacks em nosso site, em nosso e-mail contatodireitoesquematizado@gmail.com, ou até mesmo em nossa página do Facebook. Somente desta forma os materiais ficarão cada vez melhores Bem, chega de papo afiado e vamos lá! “O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 3 DIREITO CIVIL Antes de iniciar o conteúdo é importante nos localizarmos novamente na linha do tempo do Direito Civil Na Direito Civil Parte Geral estudamos: Pessoa, Bem e Atos Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição e Extinção e Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos) No Direito das Obrigações estudamos a obrigação entre as pessoas No Direito Contratual ou Contratos em Espécie estudamos o vínculo das obrigações estipuladas entre pessoas No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo entre pessoa e objeto No Direito da Família, estudamos o vínculo entre pessoas e pessoas ♥ Agora, no Direito das Sucessões, iremos estudar a transmissão de bens, direito e obrigações em razão da morte de alguém (Art. 1784 ao 1856 CC) Da Sucessão em Geral e Sucessão Legítima Noções de Herança Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma pessoa, do relacionamento dela com outras pessoas e coisas, o que falta estudarmos dentro do CC é a morte!! Podemos dizer que “sucessão” é o ato que a pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na titularidade de determinados bens Deste modo, quando se fala na ciência jurídica em Direito das Sucessões, está se falando num campo específico do Direito Civil em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações em razão da morte de uma pessoa. E, assim como entre vivos a sucessão pode se dar a Título Universal (Ex.: Quando uma pessoa jurídica adquire a totalidade do patrimônio de outra, direitos e obrigações, ativo e passivo), ou a Título Singular (Ex.: Num bem ou certos bens determinados), também no Direito das Sucessões existem dois tipos de sucessão: A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL dá-se quando, pela morte, se transmite uma universalidade de bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não importando a quantidade de herdeiros. O objeto desse tipo de sucessão chama-se herança O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR, ocorre por testamento, o testador deixa uma pessoa com um bem certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a figura do legatário Art. 1.784 CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários 4 A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as obrigações, as pretensões e ações de que era titular o falecido, e as que contra ele foram propostas, desde que transmissíveis Entretanto herda os deveres somente até o limite da herança (Art. 1792 CC) De cujus – Aquele de cuja a morte se trata O Objeto da Sucessão é a HERANÇA que decorre da morte. A morte pode ser REAL (é a regra) ou FICTA (morte presumida – Art. 7º CC) OBS.: Art. 1784 CC - O momento da transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, sem que se possa averiguar quem faleceu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Desta forma, em sendo os comorientes herdeiros entre si, falecendo em situação tal que não se possa precisar se um dos comorientes precedeu ao outro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois passar a sua herança aos seus sucessores OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a legitimação para suceder. Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá ser aplicada DA SUCESSÃO EM GERAL Arts. 1784 a 1789 CC • Trata de dispositivos comuns à sucessão legítima e testamentária SUCESSÃO LEGÍTIMA (“ab intertato”) Arts. 1829 a 1844 CC • É aquela que decorre da aplicação da lei (obedecendo a ordem de vocação hereditária) – Hipótese de ausência de testamento válido ou ato de última vontade SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL • É aquela que ocorre quando o herdeiro sucede a totalidade dos bens do falecido, ou parte dele não específica SUCESSÃO DEFINITIVA • É aquela decorrente da morte ou ausência de uma pessoa SUCESSÃO PROVISÓRIA • É a denominação da sucessão do ausente enquanto não contemplado todos os requisitos da ausência SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Arts 1857 a 1911 CC • É a proveniente de ato de última vontade ou testamento válido. A ordem foi escrita pelo morto quando em vida 5 OBS³.: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, sendo certo que se trata de uma massa de bens sem personalidade jurídica OBS4.: Art. 1785 CC - O lugar da abertura da sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido, sendo esse o foro competente para processar o inventário e se proceder a partilha do acervo hereditário. Porém como sempre, há exceções!! Importante ressaltar que, os bens situados no Brasil, serão aqui partilhados ainda que o último domicílio ou o óbito do autor da herança tenha ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro competente será o da situação dos bens ou então do local em que ocorreu o óbito se possuía bens em locais diferentes (artigo 89, II e 96, ambos do CPC) CAPACIDADE SUCESSÓRIA É a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus Pressupostos da capacidade sucessória: 1. Morte do de cujus 2. Sobrevivência do herdeiro 3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo herdeiro OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de cujus estiver grávida, quando nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a herança será distribuída entre os outros herdeiros Delação Sucessória – É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos As testemunhas do testamento O concumbino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim comoos que fizer ou aprovar o testamento 6 EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO Causas que pode haver a Exclusão por Indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário da sucessão (Art. 1814 CC). Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou analógica: Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio doloso ou sua tentativa, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de homicídio culposo, legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de afastar o agente da sucessão Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a condenação do herdeiro, bastando que este haja provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes contra a honra do herdeiro só ficará comprovada se houver prévia condenação do indigno no juízo criminal Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o de cujus de livremente dispor de seus bens por ato de última vontade Declaração Jurídica da Indignidade Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é imprescindível que prévia declaração judicial, proferida em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legítimo interesse na sucessão, ou seja, por herdeiros ou legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para essa ação. O PRAZO para a propositura da ação declaratória de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da sucessão, sob pena de decadência (Art.1815 CC) Efeitos da Indignidade: Os descendentes do indigno sucedem-no por representação, como se ele já fosse falecido na data da abertura da sucessão (Art. 1816 CC) O indigno não terá direito ao usufruto e à administração dos bens que a seus filhos menores houverem na herança ou à sucessão eventual desses bens (Art. 1816 e § único do CC) O indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve responder por perdas e danos. Não obstante sua exclusão na sucessão, o excluído da sucessão poderá representar seu pai na sucessão de outro parente, já que a pena deve ser considerada restritivamente 7 ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art. 1804 e 1805 CC) Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: EXPRESSA – Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou particular TÁCITA – Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro PRESUMIDA – Se algum interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança (Ex.: Credor do herdeiro) poderá requerer ao Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se aceita ou não a herança. Caso haja silêncio é tida como aceita RENÚNCIA DA HERANÇA É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve sempre constar expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art. 1806 CC) Art. 1808 c/c Art. 1812 CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a aceitação como a renúncia são atos irrevogáveis Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos herdeiros da sua classe Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não por serem a cota do herdeiro (Art. 1811 CC) CESSÃO DA HERANÇA A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro legítimo ou testamentário faz de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão REQUISITOS: Capacidade do cedente para os atos da vida civil e de disposição de seus bens Abertura da sucessão, pois é vedado a transação de herança de pessoa viva Instrumento público, que é da essência do ato (Art. 1793 CC) Que a cessão seja feita antes da partilha 8 EFEITOS: O cessionário assume, em relação aos direitos hereditários, a mesma condição jurídica do cedente (Art. 1793, § 1º CC) O cessionário, sucede à título singular e inter vivos O cessionário assume os débitos do espólio atinentes à porção cedida O cedente não responde, em regra pela evicção, salvo se enumerar os bens da herança e estes não existirem, ou se for privado da qualidade de herdeiro, que afirmou ter Os demais herdeiros possuem direito de preferência na aquisição da fração cedida, se se tratar de cessão à titulo oneroso HERANÇA JACENTE Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário, notoriamente conhecido ou quando for repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art. 1819 CC) Constitui, assim, um acervo de bens arrecadado por morte do de cujus sujeito à administração e representação de um curador a quem incumbem os atos conservatórios (Art. 12, IV do CPC), sob fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância (Art. 1819 CC) Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas nos limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem SUCESSÃO LEGÍTIMA É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos bens; ou quando o testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é considerado inválido Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a sucessão será deferida de acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as pessoas são chamadas a suceder ao finado Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge, poderá fazer um testamento do total da herança 9 Há uma ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (Art. 1829 CC): 1ª Ordem - Determina quais são as CLASSES SUCESSIVAS: OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na ausência de herdeiros da classe anterior Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus não tiver descendentes 2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais próximos em grau, excluem os mais remotos, salvo direito de representação Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não os netos, pois são os mais próximos em grau MODOS DE SUCEDER 3 MODOS DE PARTILHAR A HERANÇA 1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 3ª Classe Sucessível - Cônjuge 4ª Classe Sucessível - Colateral Por DIREITO PRÓPRIO Ocorre quando todos herdeiros são chamados à sucessão e encontram-se na mesma classe e no mesmo grau Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Ocorre quando alguns herdeiros são chamados para suceder no lugar de outros Por DIREITO DE TRANSMISSÃO Ocorre depois de aberta a sucessão, sendo transmitida para outra pessoa. Pode ser objeto de negócio jurídico osbens de pessoa morta Por Cabeça Ocorre a partilha na sucessão por direito próprio Por Estirpe Ocorre a partilha decorrente do direito de representação Por Linhas Sucessão dos ascendentes 10 OBS.: Não há representação para ascendente “Art. 1.852 CC - O Direito de Representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente”. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, metade para linha materna e metade para linha paterna (Art. 1836 CC § 2o - Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna) OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, porém estando mortos os irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art. 1843 CC) OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos unilaterais (filhos do mesmo pai ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os irmãos unilaterais herdarem (Art. 1841 CC) Art.1853 CC – Herança de irmãos e dos filhos destes quando mortos. É a única forma de direito de representação que a legislação aceita na linha transversal. Sendo filhos de irmãos concorrendo com irmãos vivos do de cujus Art.1843, §2º CC – Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um deste herdará a metade do que herdar cada um daqueles Art. 1814 CC - São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que praticarem determinados crimes. Ocorre a vacância e a docência da herança, sendo passada para o Município SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: Regime da Comunhão Universal NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido, se o Regime de Bens no casamento era o da Comunhão Universal. Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há razão para que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos do falecido Regime da Separação Obrigatória Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o matrimônio com inobservância das causas suspensivas, forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento judicial para casar (Art. 1.641 CC) Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento 11 Regime da Comunhão Parcial de Bens NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido numa terceira hipótese cogitada na parte final do inc. I do art. 1.829 do CC: “se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares” Haverá a concorrência se, no Regime Parcial, o autor da herança deixou bens particulares Uma polêmica que acontece é no caso de haver bens particulares (bens adquiridos fora do casamento), pois o cônjuge sobrevivente irá ser meeiro dos bens adquiridos durante o casamento, e também irá concorrer na herança dos bens particulares, entretanto, essa concorrência também irá chamar a outra metade que não seja o que ele recebeu da meação, ou seja, o sobrevivente irá ter parte em todo o patrimônio restante da meação Regime da Separação Convencional Por não constar das ressalvas do art. 1.829, inc. I do CC, HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo no que respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos Esquematizando: HIPOTESES que o Herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art. 1829 e 1830 CC): Se judicialmente separado do de cujus Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa sua Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares CASOS em que o Cônjuge CONCORRE com os Descendentes Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares 12 Art. 1.832 CC – Em concorrência com os descendentes (Art. 1.829, I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como na hipótese da existência somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à quarta parte da herança, cabendo somente a parte a cada um dos filhos Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente adotada pela maioria das Doutrinas) Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional com C e teve mais 2 filhos. Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: Art. 1790 CC – A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança IV – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável (Art. 1725 CC) OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira não herdará nada, herdando os bens somente os filhos do de cujus OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança durante a união estável, mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (sub- rogação) 13 SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Trata-se de ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com a Lei, dispõe total ou parcialmente de seu patrimônio, para depois de sua morte (CC/16), ou faz outras declarações de última vontade (CC/02) Previsão Legal: Art. 1857 e ss. do CC Princípios: Autonomia da vontade/ Autonomia privada Etimologia: Testatio mentis: Atestados da vontade, aquilo que está na mete do autor da herança. Aqui que acontece um problema, pois deve analisar qual era a vontade do testador, e muitos acabam distorcendo isso OBS.: A testemunhade um testamento não pode ser beneficiada pelo testamento OBS².: O testamento é o instrumento para deserdar alguém Herdeiros Necessários são: Ascendentes, Descendentes e Cônjuge Quando tem herdeiros necessários, só pode passar no testamento 50% da herança OBS³.: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a legitimação para suceder (os herdeiros da sucessão serão os herdeiros necessários no momento da morte). Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá ser aplicada Características Principais Ato Personalíssimo – Somente o testador pode fazer, em hipótese alguma, outra pessoa ir ao Cartório e fazer o testamento por procuração Negócio Jurídico Unilateral (não receptício) e unipessoal – Art. 1863 CC – A pessoa que receberá o testamento não precisa aceitar, a vontade é somente do testamentário. Um testamento NÃO pode ser feito em conjunto (unipessoal), ex.: Feito pelo esposo e esposa Negócio Jurídico Gratuito/Benéfico – Quem recebe o bem, NÃO pode exigir algo a mais, ex.: Apartamento sem garagem Revogável (Art. 1858 c/c 1969 CC) Negócio Jurídico Formal e Solene – Ad probationem (Formas que devem ser observadas) e Ad solemnistatem (Solenidade que deverá obedecer. Ex.: Um testamento público tem que ter a presença de 2 testemunhas (elas tem que saber ler e escrever)) 14 Sujeitos da Sucessão Autor da herança (de cujus) Herdeiro Sucede a título universal Legatário Recebe a título singular Pré-legatário Sucede tanto pela legítima e pela sucessão testamentária Sublegatário Testamentar um bem que ainda não tem. Também é possível um testador só dar um bem como herança a outra pessoa, se ele receber um determinado bem de outro testador Capacidade ativa: Maiores de 16 anos + Pleno discernimento – Aqui ocorre uma exceção, pois o maior de 16 anos e menor de 18 anos pode fazer o testamento sem ser assistido, porém, não pode se encaixar em nenhuma hipótese de falta de discernimento. A única exceção de pessoa não ter pleno discernimento e poder fazer um testamento é o caso do pródigo Capacidade passiva – Arts. 1798 e 1799 Pessoa Natural/Jurídica Nascituro – Já foi concebido mas ainda não nasceu, devendo nascer para ter a partilha Prole Eventual – Deixar os bens para alguém que irá ter filhos. No momento que o testador morre, se não tiver estipulado nenhum prazo, o pai tem até 2 ANOS para “conseguir” um filho e o filho herdar os bens Fundação a ser constituída – Pessoa Jurídica que ainda não existe, porém só é possível na forma de fundação Não legitimados passivamente: Art. 1801 CC – NÃO podem ser nomeados herdeiros nem legatários: A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos As testemunhas do testamento O amante do testador casado, salvo se o testador sem culpa, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos O tabelião, civil ou militar, o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento Art. 1802 CC – “São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa” Pessoas interpostas são os ascendentes, descendentes, irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder 15 Art. 1803 CC – O filho da amante só poderá herdar o testamento quando também for filho do testador Momento da aferição da capacidade: Tempus regit actum Lei aplicável às disposições testamentárias: Plano da validade X Plano da eficácia Formas/Espécies Testamentárias Os testamentos podem ser COMUNS ou ESPECIAIS, em razão das circunstâncias em que foram elaboradas São formas de Testamentos COMUNS: Público Cerrado Particular São formas de Testamentos ESPECIAIS: Marítimo Aeronáutico Militar Testamentos Comuns/Ordinários Testamento Público Testamento Cerrado Testamento Particular Solenidade Tabelião ou Substituto Testador + Auto de aprovação Testador Testemunhas 02 (substanciais) 02 (instrumentais) 03 (substanciais) Forma Manual/mecanicamente Manual/mecanicamente Manual/mecanicamente Língua Nacional Nacional/Estrangeira Nacional/Estrangeira Pessoa cega Pode fazer testamento Não pode fazer Não pode fazer Pessoa analfabeta Pode fazer testamento Não pode fazer Não pode fazer OBS.: Art. 1878 e 1879 CC: Se uma das testemunhas morrer, o testamento será válido Se duas testemunhas ou não haver nenhuma testemunha por causa de morte ou ausência, o testamento poderá ser confirmado, a critério do Juiz, se houver prova suficiente de sua veracidade Testamentos Especiais/Extraordinários Marítima Aeronáutico Militar Autoridade Comandante Comandante Maior patente Caducidade 90 dias 90 dias 90 dias Forma Público/Cerrado Público/Cerrado Público/Cerrado 16 Testamento Nuncupativo Quando estiver em combate ou ferida, a pessoa pode testar oralmente, confiando sua última vontade a 2 testemunhas. Porém, NÃO terá efeito se a pessoa não morrer na guerra ou convalescer do ferimento Testamento dos Codicilos Origem: Codex – Caudex (Tronco de árvore – pequeno rolo ou escrito) Trata-se do memorandum de última vontade (C. Beviláqua). É um “testamentinho”, um mini testamento onde o testador de uma maneira mais informal irá dispor de bens de pouca monta, ex.: Anel de formatura Segundo o entendimento Jurisprudencial, é considerados bens de pouca monta os que NÃO ultrapassem 10% dos bens hereditários Requisitos Escrito – Manual ou mecanicamente Datado e assinado, sob pena de nulidade Pessoa capaz e conteúdo dos arts. 1881 e 1883 CC Revoga-se Por outro codicilo (desde que incompatível) Testamento posterior que não o confirme – No silencio entende-se que prevalece o testamento revogando o codicilo Disposições testamentárias de caráter extrapatrimonial: Reconhecimento de filho – Art. 1609, III CC – Pode reconhecer um filho via testamento, porém, esse ato é um ato irrevogável Nomeação de tutor – Art. 1729, § único CC Reabilitação do in digno – Art. 1818 CC – Também é um ato irrevogável Testamento genético – Também é um ato irrevogável Das formas de Nomeação de Herdeiro e Legatário 1) Pura e Simples – Aquela sobre a qual NÃO recai elementos acidentais (Vícios: Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores, simulação; Condição, Termo e Encargo) 2) Condicional – A Condição pode ser: Condição Suspensiva (Usa o SE) Condição Resolutiva (Usa o ENQUANTO) OBS.: Caso de Prole Eventual: Ocorre a Fideicomissária – Tem a figura do testador (fideicomitente), a pessoa que terá que gerar a criança (fiduciário) e a criança em si (fideicomissário). 17 Nesse caso enquanto não nascer a criança, a pessoa que terá que gerar irá ficar com a herança com uma condição resolutiva e a criança que ainda não nasceu estará como herdeiro condicional suspensiva Condições Inválidas: Ilícitas – Qualquer condição ilícita e também quando atinge o direito da personalidade da pessoa, ex.: Receberá a herança se matar fulano de tal ou receberá a herança se mudar de religião Se for ilícita a condição, a pessoa pode deixar de cumprir e receber a herança Imorais – Qualquer condição que seja imoral na sociedade, ex.: Receberá a herançase a pessoa se prostituir Fisicamente impossíveis Juridicamente impossíveis – Ex.: Casar com duas pessoas ou casar antes da idade núbil Puramente Potestativas – Se uma terceira pessoa concordar em deixar a herança testamentária 3) Modal ou Comencargo – Já adquire o Direito, mas fica preso em cumprir uma “obrigação” para receber a herança OBS¹.: Não obsta a aquisição do Direito OBS².: Impossibilidade superveniente não a prejudica OBS³.: Prazo para cumprimento do encargo – Se há um prazo estabelecido pelo testador, deve esperar o prazo se expirar para entrar com ação de anulação testamentária. Se NÃO tiver algum prazo para o cumprimento, deve constituir o devedor em mora (O que dá um prazo para cumprir) OBS4.: Não cumprimento leva à anulação OBS5.: Prazo para propor a Ação Anulatória: 1 ano (Art. 562 CC) e 10 anos (regra geral) 4) Por certo motivo – Se foi estabelecido um certo motivo e ele não for verdadeiro, não será aplicada a disposição testamentária 5) A Termo – Trata-se de um evento voluntário, futuro e certo. É estabelecido um prazo. Ex.: Quando atingir a maioridade OBS.: Diante do Princípio do SAISINE, SÓ PODE OCORRER o testamentário a termo se for para LEGATÁRIO. Se for herdeiro, será só no caso de disposição fideicomissária (Quando nascer a criança e fizer 18 anos) Regras Interpretativas / Hermenêutica Testamentária Regra Geral (Art. 1899 CC) Vontade do Testador: Sempre vamos tentar buscar o que o testador quis dizer Disposição Geral (Art. 1902 CC) Em casos de Caridade: A interpretação será sempre a que mais faz sentido do que o testador quis dizer. Sempre será privilegiada as Instituições Particulares (parágrafo único) 18 Erra na designação (Art. 1903 CC) Em casos de erro na hora de fazer o testamento, pode ser pedida a Anulabilidade Sem discriminação da parte (Art. 1904 CC) Nos casos de não deixar dividida a parte para cada um, será dividido igual Herdeiros Individuais X Herdeiros Coletivos (Art. 1905 CC) Quando acontece esse tipo de conflito, será feita a divisão de forma coletiva, ex.: Deixarei a minha herança para meu irmão X, meu irmão Y e para os 2 filhos do meu irmão Z. Nesse caso a herança será dividida em 3, sendo metade de 1/3 para os 2 filhos do irmão Z Sem comprometimento de toda a quota (Art. 1906 CC) Quinhões Determinados X Indeterminados (Art. 1907 CC) Exclusão expressa (Art. 1908 CC) Regras Proibitivas Art. 1898 e 1900 CC LEGATÁRIOS Espécies de Legados: 1) De Coisa – São do mesmo gênero 2) De Crédito e de Quitação de Dívida (Art. 1918 e 1919 CC) 3) De Alimentos (Art. 1920 CC) – A pessoa morreu, o legatário já tem o direito aos alimentos 4) De Usufruto (Art. 1921 CC) 5) De Imóvel (Art. 1922 CC) 6) De Dinheiro (Art. 1925 + 1923, §2º CC) – Deixar certa quantia em dinheiro à outra pessoa. Só começa a correr juros a partir da mora daquele que é obrigado a cumprir o legado 7) De Renda ou Pensão Periódica (Arts. 1926 a 1928 CC) – Caso em que deixa uma renda para determinada pessoa durante um período. O legatário só terá o direito quando for encetado o período estipulado, por exemplo, se for estipulado uma renda a cada mês e o de cujus morrer no dia 10, o legatário só terá direito para receber no dia 10 do outro mês 8) Alternativo (Art. 1932, 1933 e 1939 CC) – São dois gêneros diferentes OBS.: Remissão Perdão diferente de Remição Pagamento Efeitos do Legado: Art. 1923 CC – Propriedade X Posse Art. 1936 CC – Despesas e riscos correm por conta do legatário durante o inventário, e não do herdeiro Art. 1937 CC – Encargos repassados ao legatário 19 Caducidade dos legados (Art. 1939 e 1940 CC) Caducidade não confunde com eficácia. Acontece a Caducidade quando: A) Ocorre a modificação substancial da coisa legada B) O testador alienar no todo ou em parte a coisa legada C) O perecimento ou evicção da coisa legada, SEM culpa do herdeiro ou legatário encarregado do cumprimento da disposição D) Acontece a exclusão do legatário da sucessão E) Premoriência Do Direito de Acrescer entre Coerdeiros e Colegatários Arts. 1941 a 1946 CC Espécie de chamamento à herança de alguém que, inicialmente, não era chamado à cota da herança e que passa a sê-lo, quando herdeiro ou legatário NÃO QUISER ou NÃO PUDER HERDAR Requisitos Instituição conjunta de herdeiros ou legatários Ausência de substituto Hipóteses 1º) Coerdeiros Instituição conjunta Quinhões NÃO determinados 2º) Colegatários Instituição conjunta Mesma coisa certa e determinada OU coisa indivisível (natural ou economicamente) OBS.: Usufruto X Legado de Usufruto A regra no Usufruto quanto ao direito de acrescer é que quando há um desmembramento não irá acontecer de passar pra a outra pessoa que tem o usufruto. A exceção é se no contrato estiver expresso que pode acrescer no direito do outro A regra no Legado do Usufruto quanto ao direito de acrescer irá ter o acréscimo de uma parte à outra Da Substituição Testamentária Arts. 1947 a 1960 CC Trata-se da possibilidade de indicar substituto do herdeiro testamentário ou legatário 20 Modalidades 1) Simples/Vulgar a. Singular – Sem limites b. Coletivo – Sem limites 2) Recíproca a. Geral – Sem limites b. Particular – Sem limites 3) Fideicomissária a. Fideicomitente b. Fiduciário c. Fideicomissário 4) Compendiosa ou Mista Direito de Acrescer entre Herdeiros Espécie de chamamento à herança de alguém que, inicialmente, não era chamado a essa cota da herança, passa a sê-lo, quando herdeiro ou legatário instituído NÃO quiser ou NÃO puder herdar Só é possível ter o direito de acrescer na sucessão testamentária Art. 1943 CC – Em razão de pré-morte, renuncia, exclusão (indignidade), não implemento da condição e, ainda, falta de legitimação para suceder Hipóteses: 1) Coerdeiros + nomeação conjunta + quinhões NÃO determinados – Art. 1941 CC 2) Colegatários + mesma coisa certa e determinada + conjuntamente ou coisa indivisível – Art. 1942 CC Nomeação Conjunta 1) RE TANTUM (conjunção real): Deixo o imóvel X para Pingo (...) Deixo o mesmo imóvel X para Lennon – Nesse mesmo testamento foi nomeada a mesma coisa para duas pessoas. Nessa hipótese HAVERÁ o direito de acrescer, pois não foi estipulada uma cota para cada 2) RE ET VERBIS (conjunção mista): Deixo o imóvel X para Pingo e para Lennon – HAVERÁ o Direito de acrescer 3) VERBIS TANTUM (conjunção verbal): Deixo o imóvel X a Pingo e a Lennon, metade para cada um – Nesse caso NÃO HAVERÁ direito de acrescer, pois foi estipulada uma cota para cada um Substituição Testamentária – Art. 1947 CC É a possibilidade de indicar o substituto do herdeiro testamentário ou legatário 1) Vulgar/Ordinária: Singular/simples ou coletiva/plural. A transmissão se dá uma única vez, pois o herdeiro rejeita a herança, sendo transmitida para outro e ponto 2) Recíproca: Geral ou particular. ATENÇÃO no art. 1950 CC – Vamos imaginar 4 herdeiros, suponde que o testamento foi divido em 4 partes (40%, 40%, 10%, 10%). No caso de falta de um dos herdeiros que tem 40%, na substituição para os outros 3 herdeiros restantes, o outro que tem 40% irá receber uma cota maior desses 40%, e os outros que tem 10% uma cota menor 21 3) Fideicomissária (até o 2º grau) – A transmissão irá passando, não sendo de uma única vez como na vulgar, porém irá até o 2º grau 4) Compendiosa: Fideicomissária + vulgar Exclusão da Herança INDIGNIDADE Artigo 1814 CC Qualquer herdeiro ou legatário Hipóteses no art. 1814 CC Prazo de 4 anos Da abertura da sucessão Ordemobjetiva Por sentença judicial DESERDAÇÃO Artigo 1961 CC Somente herdeiros necessários Hipóteses nos arts. 1814 e 1962 CC Prazo de 4 anos Da abertura do testamento Ordem subjetiva Por sentença judicial Hipóteses: 1) Ofensa Física 2) Injúria Grave 3) Relações ilícitas com a madrasta ou padrasto (para deserdação de descendente) 4) Relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou neta 5) Desamparo em alienação mental ou grave doença Requisitos da Deserdação: Validade do testamento Existência de herdeiros necessários Existência de cláusula de deserdação Prova da existência da causa (ação ordinária declaratória; ação declaratória de privação de legítima OBS¹.: Das causas colocadas para deserdação não cabe para o cônjuge, porém pode ser deserdado nas hipóteses de indignidade OBS².: Companheiro (a) é herdeiro legítimo, porém não é necessário. Por isso não cabe deserdação, afinal deserdação é somente para quem é herdeiro necessário OBS³.: É possível a reabilitação do deserdado através do testamento 22 OBS4.: Art. 1817 CC – Em caso de herdeiro putativo (Ex.: Receber a herança e depois achar um testamento que excluía o herdeiro), se os atos foram feitos de boa fé serão mantidos, se fosse de má fé não seriam válidos. O terceiro que estiver envolvido nisso sempre será protegido, só em caso de má fé que não Rompimento do Testamento Rompe-se o testamento em todas as suas disposições (não confunda com nulo, porque no momento que foi feito era válido). Ex.: Um rapaz que faz um testamento achando que não tem herdeiros, depois descobre que tem um filho legítimo Revogação presumida, ficta ou legal 1) Descendente que não o tinha ou não o conhecia – Art. 1973 CC 2) Outros herdeiros necessários – Art. 1974 CC Se resguardou a legítima NÃO HÁ rompimento, ex.: Sabe que tem um filho e faz um testamento de 50% para um amigo, depois descobre que tem mais um filho, o testamento não é rompido e sim reduzido Testamenteiro É o executor nomeado para executar a vontade do testador, geralmente é um advogado – Art. 1976 CC O testamenteiro tem de 1% a 5% do valor líquido da herança pelo pagamento de seus serviços, quem arbitra isso é o Juiz, o nome desse recebimento é PREMIO - Vintena Se for herdeiro ou legatário NÃO RECEBERÁ o premio, salvo se o testador dispuser expressamente sobre isso Função personalíssima e indelegável – Art. 1985 CC DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA Art. 1991 a 1996 CC e Art. 982 a 1045 CPC Espécies: Judicial, Extrajudicial e Alvará Judicial Havendo menor ou incapaz, obrigatoriamente tem que ser o inventário judicial Formas de Inventários: Inventário Judicial pelo Rito Tradicional – Art. 982 a 1030 CPC e Art. 2016 CC Inventário Judicial pelo Rito do Arrolamento Sumário – Art. 1031 CPC a Art. 2015 CC: Partilha amigável entre todos os interessados maiores e capazes, bens de qualquer valor 23 Inventário Judicial pelo Rito do Arrolamento Comum – Art. 1036 CPC: Bens do espólio de valor igual ou menos de 2000 OTNs (obrigações do tesouro nacional – índice extinto em 1989). Não leva em conta a partilha amigável Projeto do Novo CPC – Art. 664: Igual ou inferior a 1000 salários mínimos Inventário Extrajudicial ou por Via Administrativa – Lei nº 11.441/07: Feita em Cartório: Não há competência territorial Facultativo (não obrigatório) Herdeiros capazes e concordes Não existência de testamento Escritura pública (sem homologação pelo Juiz) – Registro imobiliário Presença de advogado (comum ou diversos) – Desnecessidade de procuração Formas de Alvarás: Alvará Judicial – Art. 1037 CPC: Independerá de inventário ou arrolamento, o pagamento dos valores previstos na Lei nº 6.858/80. São pequenos valores monetários que dispensam o inventário. Independe de recolhimento tributário Incidentes no Processo de Inventário: Sonegação – Bens não declarados pelo inventariante ou herdeiro (Elemento objetivo + subjetivo/ocultação maliciosa má-fé). Ação de colação de sonegados Colação – Art. 1014 CPC: Bens doados em vida. Igualar as legítimas (adiantamento). DISPENSA: Na doação ou no testamento Partilha – Divisão dos bens líquidos (Se só um herdeiro Adjudicação dos bens) Sobrepartilha – 2ª partilha, nos próprios autos do inventário principal (1041 CPC e 2021 CC) Hipóteses: Bens remotos: Litigiosos ou de liquidação morosa ou difícil; Bens sonegados descobertos pós partilha - sobrepartilha 24 O conteúdo de Direito Civil sobre Direito das Sucessões encerra por aqui Galera, esperamos que este conteúdo tenha ajudado um pouquinho, conforme dissemos, o objetivo deste conteúdo é ajudar cada um nos estudos, fazendo com que fique fácil, esquematizado e rápido de aprender Aproveitem sem moderação, #foco nos estudos e acessem www.direitoesquematizado.com para terem mais conteúdos como esse Caso não tenham feito ainda aqueles 2 favorzinhos pra nós: 1. Compartilhem esse material com seus amigos da Faculdade, Advogados, MP, etc., e claro, pode compartilhar também com sua mãe, pai, cachorro, papagaio... 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