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95UNIDADE IV Auditorias da Qualidade 4 RELAÇÕES ENTRE O LEADING-TIME E OPERAÇÃO EM PROCESSO A função processo dentro de um Sistema de Gestão da Qualidade é facilmente compreendido, pois está embasado no entendimento e reconhecimento das operações organizacionais. Segundo Shingo (1996), os sistemas de produção podem ser entendidos como redes de processos e operações. Já o Mecanismo da Função de Produção (MPF) se sustenta no reconhecimento da existência desses dois eixos de análise. Para que se entenda a sua lógica, é preciso, portanto, diferenciar a Função Operação da Função Processo. A Função Processo refere-se ao acompanhamento dos objetos do trabalho (materiais) ao longo do tempo e do espaço; diz respeito ao fluxo dos materiais. A Função Operação, por sua vez, refere-se ao acompanhamento dos sujeitos do trabalho (homens, máquinas, equipamentos etc.) ao longo do tempo e do espaço. Esses elementos integrados ao Sistema de Gestão da Qualidade se baseiam no estudo das entradas e saídas da organização, possibilitando identificar desvios e metas estabelecidas, ou seja, o foco é entender onde a empresa está obtendo lucro ou tendo prejuízos. Na implantação de Sistema de Gestão da Qualidade, entender e identificar o tempo de espera dos clientes por todo o ciclo (lead time) é conhecer cada etapa de produção e execução do produto ou serviço e, com isso, atuar na redução de tempo e de custos, hoje considerados fatores diferenciais e de vantagem para muitas organizações. 96UNIDADE IV Auditorias da Qualidade Para tanto, se faz necessário a implantação de controles, indicadores, planejamento e gerenciamento eficaz para resultados satisfatórios. Ou seja, independente do caminho a ser seguido é essencial conhecer as necessidades e expectativas dos clientes para, então, buscar as melhores estratégicas e se preocupar com a performance de produtividade. As estratégias e o planejamento operacional devem pensar na redução do Lead Time; a gestão eficiente dos recursos pode ser o foco de vantagem competitiva, quer pela redução de custos fixos, quer pelos possíveis ganhos de eficiência obtidos pela redução de tempo dos processos ou pela liberação das lideranças, que deverão voltar-se mais às estratégias, competências e tecnologias usadas na empresa, reforçando e aumentando a competitividade dos produtos e serviços. Com o aumento do tamanho das organizações e com a implantação do SGQ, é necessário desenvolver atividades especializadas, hierarquia administrativa com definição de responsabilidades e autonomias, sistemas padronizados para tomada de decisão, controle financeiro, gerenciamento da informação através de um processo de comunicação eficiente, e a capacitação necessária para um desempenho de resultados positivos. Assim, o Sistema de Gestão de Qualidade traduz-se em elementos inter-relacionados, ou processos que permitem um direcionamento e uma administração constituída de regras e princípios que, aplicados, proporcionam vantagens competitivas e de melhoria. Para Paladini (2004), sob a ótica da competitividade, o desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Qualidade sólido, pode favorecer a empresa em diversos aspectos, como: ● Satisfação do Cliente. ● Melhoria do desempenho do produto e, consequentemente, maior satisfação do consumidor. ● Melhoria da imagem da organização percebida pelo cliente. ● Redução de custos, movida pelo aumento da produtividade e eficiência ● Motivação dos colaboradores através da melhoria da comunicação, moral e satisfação no trabalho; De acordo com Mello et al (2002), um sistema de gestão da qualidade refere-se a tudo que a organização faz para gerenciar seus processos ou atividades, com grau máximo de excelência. Para Viegas (2004), os pilares da gestão da qualidade são a orientação por objetivos e a orientação pelo cliente. Isto significa que a gestão da qualidade dos produtos 97UNIDADE IV Auditorias da Qualidade deve se preocupar em realizar a visão e a missão organizacional, alcançar os objetivos e atingir as metas, buscando satisfazer ao máximo o interesse de todos os envolvidos. Sendo assim, o controle e a adequação do nível da qualidade, dependem significativamente da inter-relação dos processos e do comprometimento dos envolvidos, além de uma auditoria eficiente, encarregada de disseminar os conceitos, normas e objetivos e trabalhar na tratativa de melhoria contínua que resultem na satisfação do cliente. SAIBA MAIS Gerenciar e controlar os documentos da qualidade é um fator crítico para a eficiência da gestão da qualidade. Devido a isso, as empresas devem não só prover recursos para atingir os objetivos estratégicos, como também prover segurança no processo de comunicação e de informação da empresa. Ao dispor de informações íntegras e confidenciais deve-se ser cuidadoso, afinal, os processos refletem a expertise das organizações e seus objetivos devem ser a base para o crescimento. Para saber mais sobre as quatro formas de controlar documentos da qualidade de acordo com a ISO 9001:2015 e entender a dimensão e as preocupações que se fazem necessárias dentro de uma organização, acesse: http://blog.qualidadesimples.com.br/2017/06/26/4-formas-de-controlar-documentos-a- tendendo-a-iso-90012015/ Fonte: Blog Qualyteam (2017) REFLITA “Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, maior elo- gio que uma inovação pode receber é haver quem diga: Isto é óbvio! Por que não pensei nisso antes?” (DRUCKER, 1990.). “As coisas boas acontecem quando são planejadas e as más por conta própria” (CROS- BY, 2009). “As companhias prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Deviam preo- cupar-se mais com os custos de não fazer nada” (KOTLER, 2016).