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ANALISAR UM DOCUMENTO HISTÓRICO O Códice Mendoza
O volume de fontes disponíveis para o es-
tudo da vida dos povos americanos anteriores 
à chegada dos europeus é muito pequeno. A 
principal fonte escrita utilizada para estudar 
os povos pré-colombianos são os códices. Ape-
sar de as informações trazidas pelos códices 
e pelos achados arqueológicos serem, quase 
sempre, imprecisas e restritas, elas são impor-
tantíssimas.
Para compreender o documento
A seguir, faremos a análise de parte do 
Códice Mendoza, que mostra o disciplina-
mento e a educação de crianças dos 11 aos 
14 anos. O documento foi feito por escribas 
astecas, entre 1541 e 1542, por encomenda 
das autoridades espanholas.
1. Cada faixa do códice corres ponde a uma 
idade da criança. Observe as marcas 
circulares no alto de cada uma delas, 
com o aumento progressivo da idade. 
Nessa faixa, aparecem apenas dez mar-
cas. Mas a 11a marca foi suprimida no 
processo de recuperação da imagem.
2. Na faixa superior (11 anos), crian ças 
são forçadas a inalar fumaça de pimen-
tas queimando na fo gueira.
3. Na segunda faixa (12 anos), o menino 
aparece sendo punido e a menina reali-
za tarefa agrícola.
4. Na terceira faixa (13 anos), o menino 
transporta objetos com a canoa e a me-
nina rala milho para o preparo de tor-
tillas, um tipo de pão feito com farinha 
de milho.
5. Na quarta faixa (14 anos), o menino 
pesca e a menina tece.
6. Observe a postura quase sempre cur-
vada das crianças, suas vestimentas e 
como eram disciplinadas por seus pais.
7. Note os escritos que acompa nham os 
desenhos.
Imagem do Códice Mendoza, feito entre 1541 e 1542. Biblioteca Bodleiana, 
Universidade de Oxford.
 1. É possível reconhecer nos desenhos o método utilizado pelos 
pais para educar os filhos na sociedade asteca? Explique.
 2. Identifique, com base nos desenhos, algumas diferenças entre a 
educação das meninas e a dos meninos astecas.
 3. Você consegue identificar a língua das inscrições feitas no 
códice? Como se explica o uso dessa língua?
QUESTÕES
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7
Os códices eram feitos em madeira, papéis 
ou peles de animais e registravam, com imagens 
e símbolos, a história e algumas características 
do cotidiano asteca, relacionadas à educação, à 
alimentação, às técnicas agrícolas etc. Muitos 
desses códices não sobreviveram à conquista e 
ao esforço dos espanhóis de apagar a história dos 
povos pré-colombianos, privando os historiadores 
de uma importante fonte de estudo. 
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Hidrovias
A água teve importância fundamental na vida 
dos astecas. Segundo Hernán Cortés, as principais 
ruas da cidade de Tenochtitlán eram muito 
largas e compostas metade por terra e metade por 
água, criando canais para a passagem de canoas e o 
transporte de mercadorias.
Cobrança de impostos 
Os astecas cobravam tributos 
dos povos subjugados. Os itens 
a ser entregues em Tenochtitlán 
eram matérias-primas, alimentos 
e produtos artesanais. Os 
funcionários do tlatoani listavam os 
impostos em manuscritos,
como o reproduzido no Códice 
Mendoza (abaixo), c. 1541. 
Museu Britânico, Londres.
Montezuma, o tlatoani
O tlatoani era governador, chefe religioso 
e comandante militar. Quando Hernán 
Cortés invadiu Tenochtitlán, o tlatoani 
era Montezuma II, representado ao lado 
recebendo tributos, como mostra o 
Códice Florentino, c. 1570. Biblioteca 
Medicea-Laurenziana, Florença.
Mercado
Diariamente os mercados 
atraíam milhares de pessoas. Os produtos 
disponíveis eram muito variados: roupas, joias, 
pedras preciosas, plumas, madeiras, milho, 
vários tipos de feijão, pássaros, 
carnes de caça, peixes, ervas, 
plantas, frutas etc.
Em azul, o 
santuário dedicado 
ao Tlaloc, deus
da chuva. 
Em vermelho,
o santuário dedicado 
ao Huitzilopochtli, 
deus do Sol.
Fiscalização
Por todo o território asteca, os fi scais 
controlavam o dia a dia da população e 
garantiam a obediência às ordens do governo. 
Fé e sacrifícios
Localizado no centro de 
Tenochtitlán, o Templo Mayor era 
composto de dois santuários para a 
realização de sacrifícios.
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Agricultura emersa
A utilização das chinampas ou “jardins fl utuantes” 
permitiu o aumento da produção agrícola. Embora 
seja ainda utilizada nos dias atuais, essa forma 
de cultivo está desaparecendo 
rapidamente no México.
Fonte: Arqueología mexicana, edición especial Tiempo 
Mesoamericano (2500 a.C – 1521 d.C.), n. 11, 2002. p. 80.
Tenochtitlán: expressão
da riqueza asteca
Fundada em 1325, na margem ocidental do
Lago de Texcoco, a cidade de Tenochtitlán era um 
importante centro comercial e cultural asteca.
No início do século XVI, estima-se que a população 
da cidade era de aproximadamente 1 milhão de 
habitantes, total que superava importantes centros 
europeus, como Sevilha e Veneza, no mesmo período.
Cultivo e sobrevivência
O milho era um importante 
item da dieta asteca, 
composta também de 
frutas, verduras, peixes e 
frutos do mar. No preparo 
das refeições utilizava-
-se grande variedade de 
temperos e ingredientes.
Cena de cultivo do milho,
Códice Florentino, c. 1570. 
Biblioteca Medicea-
-Laurenziana, Florença.
A cidade de Tenochtitlán
Xaltocan
Tenaiocan
Tepeyac
Tlacopán
Tlatelolco
Chalco
Tlalmanalco
Tenochtitlán
Lago de
Xaltocan
Lago de
Texcoco
Lago de
Xochimilco
Lago de
Chalco
A cidade de Tenochtitlán 
situava-se no meio do
Lago de Texcoco. 
O transporte de 
pessoas e produtos 
era feito por meio de 
estradas que ligavam 
Tenochtitlán às 
margens do lago.
Aquedutos 
abasteciam a cidade 
com água potável, 
pois o lago era 
salobro.
10 km
Tenochtitlán
Representação atual de como poderia ter sido Tenochtitlán no início do século XVI. Cores-fantasia, sem escala.
OCEANO PACÍFICO
Fontes: CORTÉS, Hernán. Cartas de relación. Espanha: Editorial Castalia, 1993. SOUSTELLE, Jacques.
A civilização asteca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987. MNA – Museu Nacional de Antropologia do 
México. Disponível em www.mna.inah.gob.mx. Acesso em 3 jan. 2010.
AMPLIANDO CONHECIMENTOS
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1. Qual a importância da água para a sociedade asteca? 
Relacione esse recurso natural com algumas ativida-
des desenvolvidas em Tenochtitlán.
2. Com base na imagem e no trecho a seguir escrito por 
Hernán Cortés, explique qual a impressão do espanhol 
ao conhecer Tenochtitlán.
“E para não ser mais minucioso com relação às 
coisas desta grande cidade não quero dizer mais, senão 
que em seu serviço e trato de sua gente há quase a 
maneira de se viver na Espanha e com tanto concerto 
e ordem como lá.”
CORTÉS, Hernán. Cartas de relación.
Madri: Editorial Castalia, 1993. p. 242. (tradução nossa)
QUESTÕES
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Seção 11.3
 Objetivo
 Compreender a 
formação do 
Império Inca.
 Termos e conceitos
• apa Inca
• Ayllu
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Povos dos Andes
 Antes dos incas
Entre os séculos VII e I a.C, a cultura chavín, no norte dos Andes peruanos, 
expandiu-se em direção ao oeste e ao norte e reuniu, sob o comando de um 
Estado teocrático, diversas comunidades andinas. Além da agricultura mais 
produtiva, baseada, sobretudo, no cultivo do milho e em técnicas de irrigação, 
a cultura chavín deixou ourivesaria, tecelagem e cerâmica refinadas [doc. 1].
Ao sul da área de expansão chavín, e alguns séculos depois, outrasocie-
dade se desenvolveu de maneira expressiva: a de Tiahuanaco, nas margens 
do Lago Titicaca. Os indícios legados pelo Império de Tiahuanaco indicam a 
forte expansão da agricultura e da criação de animais e os primeiros cultivos 
em terraços, nos planaltos. 
 domínio dos uéchuas os incas
No século XV, o povo quéchua, que já controlava a região de Cuzco, acele-
rou seu esforço expansionista. Os quéchuas tornaram-se mais conhecidos 
pelo nome de seus governantes: incas. É possível que eles tenham vindo das 
montanhas dos Andes Centrais e tenham chegado ao Vale de Cuzco (no sul 
do atual Peru) entre os séculos XII e XIII.
Após uma convivência pacífica com os povos que lá viviam, os quéchuas 
impuseram militarmente seu controle sobre a área e iniciaram a expansão de 
seus domínios, perto da metade do século XV, avançando sobre as terras de 
outras etnias [doc. 2]. Ao dominar outros reinos, os quéchuas impuseram sua 
língua e religião e submeteram os habitantes ao pagamento de tributos.
O Império Inca era dividido em quatro reinos e, no topo da rígida estratifi-
cação quéchua, ficava o chefe supremo: o Sapa Inca. O Inca vivia em Cuzco, 
capital do Império, cercado pela família real, pelos nobres e pelos principais 
sacerdotes, altos funcionários e líderes militares.
O imperador inca era considerado descendente do Sol, principal entidade 
da religião dos quéchuas, e tinha poder vitalício e hereditário. Ele também 
tinha poderes que lhe permitiam interferir nos assuntos do cotidiano do 
Império. Cabia ao Inca, por exemplo, autorizar casamentos 
e viagens.
Terra e trabalho
A agricultura era a base da economia inca. O cultivo mais 
importante era o do milho, seguido da batata, do feijão, do 
algodão e das pimentas. A fertilização da terra era feita 
com guano, principalmente nas áreas próximas do litoral. 
O pastoreio e a criação de animais adaptados ao relevo 
acidentado da região andina, como lhamas e alpacas, forne-
ciam lã, carne, leite e uma boa alternativa de transporte.
A grande maioria da população do Império Inca era 
composta de camponeses. Eles trabalhavam nas terras do 
ayllu, controlado pelos kurakas e local principal da produção 
agrícola. O kuraka organizava a produção e definia quem 
tinha acesso à terra. Além das terras coletivas, existiam 
lotes familiares, também definidos e atribuídos a algumas 
famílias pelo kuraka.
Extensão do Império Inca
Cordilheira dos Andes
Lago Titicaca
Lago Poopó
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DAS ANTILHAS
Istmo do Panamá
Rio Amazonas 
 R io M
adalena 
Rio Ancasmayo 
Rio Maranón 
Rio U
cayali 
Rio Maule 
Cocle
Quito
Túmbez
Cajamarca
Chan-Chan
Chavin de Huantar
Paramonga
Supe
Pachacamac
Huari Machu Picchu
Cuzco
Tiahuanaco
MOCHICA
CHIMU
PARACA
NAZCA
TIAHUANACO
A
 
 
N
 
 
D
 
 
E
 
 
S
 
 CHAVIN 
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique 
mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 238.
 Povos dos AndesDOC. 2
810 km
DOC. 1 Jarro de 
cerâmica da cultura 
chavín, do Peru, c. 900 a.C.
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