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PSIQUIATRIA transtornos obsessivo compulsivo

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PSIQUIATRIA 
Transtornos do espectro obsessivo compulsivo: 
Obsessões: pensamentos intrusivos ao qual o paciente atribui muita importância, levando ao 
escalonamento de emoções negativas. 
Compulsões: são esforços mal adaptativos para remover as intrusões e prevenir as 
consequências temidas, causando um conforto temporário, mas que só reforça os padrões de 
comportamento. 
 
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): 
• Presença de obsessões, compulsões ou ambas. 
o O indivíduo tenta suprimir as obsessões ou neutralizá-las com outro pensamento 
ou ação. 
o As compulsões visam prevenir/reduzir a ansiedade/sofrimento ou evitar evento 
ou situação temida. 
• Tomam tempo ou causam sofrimento significativo ou prejuízo funcional. 
• Não podem ser devido a efeito de substância ou outra condição médica e não pode ser 
mais bem explicado por outro transtorno mental. 
• Padrões sintomáticos: 
o Contaminação (mais comum): obsessão de contaminação, seguida de lavagem 
ou acompanhada de evitação compulsiva do objeto que se presume 
contaminado. 
o Dúvida patológica (segundo mais comum): obsessão de dúvida, seguida de uma 
compulsão de verificação. 
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o Pensamento intrusivos (terceiro mais comum): pensamentos obsessivos 
intrusivos sem uma compulsão. 
o Simetria (quarto mais comum) 
• Compulsões típicas: 
o Verificação; 
o Limpeza; 
o Higiene; 
o Repetição de rituais (entrar e sair pela porta, acender e apagar a luz...); 
o Contar; 
o Tocar; 
o Necessidade de perguntar ou confessar; 
o Organização (simetria e precisão) 
o Acumulação; 
• Conteúdos típicos de obsessões: 
o Agressão (acidentes, incêndios, inundações e catástrofes); 
o Religião (pecado e blasfêmias); 
o Sexo (homossexualidade, bestialidade ou incesto); 
o Contaminação (com sangue, fezes, urina, radiação...); 
o Simetria (necessidade de ter as coisas visualmente em ordem); 
o Pensamentos de morte. 
• Período médio de 17 anos entre o aparecimento dos sintomas e o início de terapêutica 
adequada. 
• Sintomas se iniciam, geralmente, com 19 anos. 25% dos casos se iniciam antes dos 14 
anos. 
• Início após os 35 anos é incomum, mas pode ocorrer. 
• Geralmente os sintomas se iniciam gradualmente. 
• 30% dos casos são associados a tiques. Mais comum em homens com TOC de início na 
infância. 
• 67,5% dos casos estão associados a depressão. 
• 76% estão associados a algum transtorno de ansiedade. 
o 36,8% - Fobia social; 
o 35,4% - Transtorno de ansiedade generalizada; 
o 32,4% - Fobia específica. 
• Risco de suicídio elevado, uma vez que 36% dos pacientes apresentam pensamentos de 
suicídio, 20% apresentam planejamento de autoextermínio e 11% tentam 
autoextermínio. 
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o Risco mais elevado em pacientes com sintomas sexuais/religiosos ou associados 
ao uso de substâncias. 
• Hipofunção serotoninérgica + Hiperfunção dopaminérgica = Redução do filtro dos 
estímulos corticais pelos gânglios da base. 
• Tratamento: 
o Psicoeducação da família. 
o Psicoeducação do paciente. 
o Medicamentos: 
➢ ISRS (exceto citalopram e escitalopram): doses altas. 
➢ Clomipramina. 
➢ Aripiprazol, haloperidol, risperidona, memantina, lamotrigina, topiramato 
e N-acetilcisteína são adjuvantes. 
• Remissão completa é incomum – 10 a 20%. 
Transtorno Dismórfico Corporal: 
• Preocupação com um ou mais defeitos na aparência física que não são observáveis ou 
que parecem leves para os outros. 
• Execução de comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta às 
preocupações com a aparência. 
o Ex.: verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, se 
comparar com os outros... 
• Causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social. 
• Não é bem explicada por preocupações com a gordura/peso corporal em indivíduos 
cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno alimentar. 
• Especificar se tem dismorfia muscular (ideia de que é pouco musculoso). 
Transtorno de Acumulação: 
• Dificuldade persistente de descartar ou se desfazer de pertences, independentemente 
do seu valor real. 
• Essa dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao 
sofrimento associado a descartá-los. 
• Resulta na acumulação de itens que congestionam/obstruem as áreas em uso e 
comprometem substancialmente o uso pretendido. 
• Causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vido do indivíduo. 
• Não é devida a outra condição médica ou transtorno mental. 
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• Doença de curso crônico, cujo sintomas podem emergir em torno dos 11-15 anos de 
idade, começam a interferir no funcionamento diário do indivíduo na metade da 
terceira década e causam prejuízo clinicamente significativo por volta da metade da 
quarta década. 
Tricotilomania: 
• Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo. 
• Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar o cabelo. 
• O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social/profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo. 
• A perda de cabelo não se deve a outra condição médica e o ato de arrancar o cabelo 
não é mais bem explicado por outro transtorno mental. 
• É mais comum em indivíduos com TOC e em seus parentes de primeiro grau. 
• Em alguns casos pode cursar com tricofagia. 
• Tratamento: 
o Terapia cognitivo-comportamental; 
o N-acetilcisteína. 
o Antipsicóticos e ISRS são pouco eficazes. 
Transtorno de Escoriação: 
• Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões. 
• Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento. 
• O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social/profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo. 
• Não se deve a outra condição médica e o ato de arrancar o cabelo não é mais bem 
explicado por outro transtorno mental.

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