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1 PSIQUIATRIA Transtornos do espectro obsessivo compulsivo: Obsessões: pensamentos intrusivos ao qual o paciente atribui muita importância, levando ao escalonamento de emoções negativas. Compulsões: são esforços mal adaptativos para remover as intrusões e prevenir as consequências temidas, causando um conforto temporário, mas que só reforça os padrões de comportamento. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): • Presença de obsessões, compulsões ou ambas. o O indivíduo tenta suprimir as obsessões ou neutralizá-las com outro pensamento ou ação. o As compulsões visam prevenir/reduzir a ansiedade/sofrimento ou evitar evento ou situação temida. • Tomam tempo ou causam sofrimento significativo ou prejuízo funcional. • Não podem ser devido a efeito de substância ou outra condição médica e não pode ser mais bem explicado por outro transtorno mental. • Padrões sintomáticos: o Contaminação (mais comum): obsessão de contaminação, seguida de lavagem ou acompanhada de evitação compulsiva do objeto que se presume contaminado. o Dúvida patológica (segundo mais comum): obsessão de dúvida, seguida de uma compulsão de verificação. 2 o Pensamento intrusivos (terceiro mais comum): pensamentos obsessivos intrusivos sem uma compulsão. o Simetria (quarto mais comum) • Compulsões típicas: o Verificação; o Limpeza; o Higiene; o Repetição de rituais (entrar e sair pela porta, acender e apagar a luz...); o Contar; o Tocar; o Necessidade de perguntar ou confessar; o Organização (simetria e precisão) o Acumulação; • Conteúdos típicos de obsessões: o Agressão (acidentes, incêndios, inundações e catástrofes); o Religião (pecado e blasfêmias); o Sexo (homossexualidade, bestialidade ou incesto); o Contaminação (com sangue, fezes, urina, radiação...); o Simetria (necessidade de ter as coisas visualmente em ordem); o Pensamentos de morte. • Período médio de 17 anos entre o aparecimento dos sintomas e o início de terapêutica adequada. • Sintomas se iniciam, geralmente, com 19 anos. 25% dos casos se iniciam antes dos 14 anos. • Início após os 35 anos é incomum, mas pode ocorrer. • Geralmente os sintomas se iniciam gradualmente. • 30% dos casos são associados a tiques. Mais comum em homens com TOC de início na infância. • 67,5% dos casos estão associados a depressão. • 76% estão associados a algum transtorno de ansiedade. o 36,8% - Fobia social; o 35,4% - Transtorno de ansiedade generalizada; o 32,4% - Fobia específica. • Risco de suicídio elevado, uma vez que 36% dos pacientes apresentam pensamentos de suicídio, 20% apresentam planejamento de autoextermínio e 11% tentam autoextermínio. 3 o Risco mais elevado em pacientes com sintomas sexuais/religiosos ou associados ao uso de substâncias. • Hipofunção serotoninérgica + Hiperfunção dopaminérgica = Redução do filtro dos estímulos corticais pelos gânglios da base. • Tratamento: o Psicoeducação da família. o Psicoeducação do paciente. o Medicamentos: ➢ ISRS (exceto citalopram e escitalopram): doses altas. ➢ Clomipramina. ➢ Aripiprazol, haloperidol, risperidona, memantina, lamotrigina, topiramato e N-acetilcisteína são adjuvantes. • Remissão completa é incomum – 10 a 20%. Transtorno Dismórfico Corporal: • Preocupação com um ou mais defeitos na aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os outros. • Execução de comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta às preocupações com a aparência. o Ex.: verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, se comparar com os outros... • Causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social. • Não é bem explicada por preocupações com a gordura/peso corporal em indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno alimentar. • Especificar se tem dismorfia muscular (ideia de que é pouco musculoso). Transtorno de Acumulação: • Dificuldade persistente de descartar ou se desfazer de pertences, independentemente do seu valor real. • Essa dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao sofrimento associado a descartá-los. • Resulta na acumulação de itens que congestionam/obstruem as áreas em uso e comprometem substancialmente o uso pretendido. • Causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vido do indivíduo. • Não é devida a outra condição médica ou transtorno mental. 4 • Doença de curso crônico, cujo sintomas podem emergir em torno dos 11-15 anos de idade, começam a interferir no funcionamento diário do indivíduo na metade da terceira década e causam prejuízo clinicamente significativo por volta da metade da quarta década. Tricotilomania: • Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo. • Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar o cabelo. • O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social/profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo. • A perda de cabelo não se deve a outra condição médica e o ato de arrancar o cabelo não é mais bem explicado por outro transtorno mental. • É mais comum em indivíduos com TOC e em seus parentes de primeiro grau. • Em alguns casos pode cursar com tricofagia. • Tratamento: o Terapia cognitivo-comportamental; o N-acetilcisteína. o Antipsicóticos e ISRS são pouco eficazes. Transtorno de Escoriação: • Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões. • Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento. • O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social/profissional ou em outras áreas da vida do indivíduo. • Não se deve a outra condição médica e o ato de arrancar o cabelo não é mais bem explicado por outro transtorno mental.
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