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(i) O aluno deverá realizar a leitura do capítulo 4 do livro SALLES, Carlos Alberto de; LORENCINI, Marco Antônio Garcia Lopes; SILVA, Paulo Eduardo Alves da (coordenadores). Negociação, mediação e arbitragem – curso básico para programas de graduação em Direito. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-4565-7. Após a leitura, deverá responder as perguntas apresentadas ao final do capítulo, quais sejam: 1. O que significa resolver efetivamente um conflito? Como diferenciar uma resolução ruim de outra boa resolução do conflito: a satisfação das partes, um ideal de justiça ou o melhor aproveitamento da situação de conflito? 2. Como diferenciar uma negociação que resolve o conflito de uma negociação que cria valor? O que significa “deixar um valor na mesa”? 3. Qual o papel do brainstorming na criação de valores na negociação? 4. Qual a importância de imaginarmos a criação de valores e a distribuição como negociações independentes? 5. Quando identificar que um acordo é inviável? 1 - Podemos entender e até mesmo compreender como uma resolução de conflito efetivamente chega à algumas conclusões, a resolução de um conflito pode se dar quando uma das partes cede às exigências da outra, quando às partes entrem em comum acordo na resolução de seus interesses, quando há uma geração de valor e chegando a uma conclusão distributiva ou integrativa, que falarei um pouco adiante. Esta resolução pode ser tanto boa como ruim, muitas vezes quando mal executada a negociação se torna ruim para somente uma das partes, mas quando bem conduzida é evidente que ambas as partes chegam a uma resolução do conflito satisfeitas com seu resultado, podemos entender que a melhor resolução não seria a que traz uma animosidade ou falta de diálogo entre as partes, mas uma resolução das controvérsias existentes deste conflito e ainda mais com a criação de valores para as partes fazendo com que a percepção de justiça ainda com um ganho para ambos seja alcançada. 2 - Uma negociação que simplesmente resolve o conflito, também denominada de negociação distributiva tem como objetivo determinar o quanto de valor ficará com uma das partes, se busca maximizar o elemento negociado, mas sempre com um lado cedendo ao outro, muito similar à um cabo de guerra é o tipo de negociação que não separa o problema, interesse e posição. Segundo Sioufi Filho (2012, p. 92) “Separar as pessoas dos problemas significa entender que o que a pessoa que está negociando está cumprindo um papel e está afetada por emoções.” ao compreendermos isso devemos trabalhar a ideia empática de se colocar no lugar da outra parte e tentar enxergar a situação através do seu ponto de vista e suas dificuldades. Uma vez compreendido o problema pelas partes temos a posição da negociação, onde é identificado dentro do motivo do conflito qual o objetivo do todo e que nem sempre é o que as partes querem em sua totalidade, mas com as emoções envolvidas podem ou não prejudicar a outra parte, neste momento é fundamental o controle do negociador para assim entender os interesses envolvidos no conflito e guiar a negociação para uma forma mais amena, utilizar os questionamentos “Por que você quer isso?” uma maneira útil de entender o “por que” e assim objetivando o interesse a ser alcançado. Posteriormente ao entendimento deste interesse podemos agregar ao tamanho do “bolo” tornando a negociação integrativa, criando valor à ela e aumentando a lucratividade do objeto da negociação ou até mesmo descobrindo novas ideias que podem melhorar o valor da negociação. Existe também a possibilidade de se “deixar um valor na mesa” este ao longo da negociação pode ser um valor de menor importância, esquecido ou deixado propositalmente a mesa, sua divisão não deve ser imposta pelas partes, mas sugerida como lidar com este valor a ser negociado, muitas vezes a melhor resolução para este valor deixado a mesa é de usar os mesmos padrões já alcançados pela negociação até então. 3- O principal papel da criação de ideias ou brainstorming é de levantar todas as ideias tanto boas quanto ruins para uma posterior seleção das melhores e encontrar a que mais se adequa para um resolução de equidade entre as partes ou ao menos que gere valor perceptível e vantajoso para ambas. 4- Umas das importâncias da criação de valores é trazer à negociação resultados que agreguem e sejam perceptíveis as partes, mostrar quais interesses de fato estão presentes no conflito e entender se de fato, eles são necessários em sua totalidade ou podem ser divididos atingindo a melhor qualidade e proporção aos envolvidos. Para isso é fundamental que a negociação envolva tópicos independentes e que cada assunto de interesse seja tratado de forma separada, isso faz com que a negociação do conflito seja mais objetiva e, caso necessário, seja aplicada uma pausa ou intervalo. 5- Essa identificação se torna perceptível aos olhos atentos quando começamos a perceber as barreiras criadas para a resolução da negociação de um conflito. As controvérsias apresentadas por uma das partes, o “efeito de propriedade” quando uma das partes atribui um valor excessivo ao seu interesse negociado e desvaloriza o da outra parte com o sentimento de medo ligado por parecer que sairá perdendo do conflito, a desvalorização reativa que faz com que as partes acreditem que somente a sua própria oferta é boa e que a do outro lado só trará retorno para o outro, técnicas estas que podem ser sobrepostas com um bom diálogo para entendimento dos interesses e a utilização de um brainstorming para o levantamento de ideias, evitar que a negociação se forme com atos ilícitos também é fundamental para sua boa estruturação e resolução. É essencial que tanto as partes envolvidas quanto os negociadores não estejam com a intenção de ludibriar uns aos outros negativando seus interesses, “... a outra parte tenta nos convencer de que nossos interesses não são o que pensamos ser” Siouf Filho (2012, p. 99) perceber que as ações prolixas para o prolongamento das negociações sem o interesse de arraigar um acordo, ou até mesmo enevoar os interesses para que não fiquem evidentes ou mesmo sejam percebidos dificultando assim a viabilização de conclusão do acordo. Quando assim percebido pelo negociador é possível interromper a negociação para que não somente uma das partes seda e para que novas informações sejam checadas e novas estratégias formuladas.
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