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Podcast Disciplina: Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica Título do tema: Geração de energia elétrica Autoria: Leandro José Cesini da Silva Leitura crítica: Karina Yamashita Olá! Você sabia que as usinas eólicas também podem ser instaladas sobre as águas dos oceanos? No podcast de hoje iremos identificar as principais barreiras e desafios para o desenvolvimento da fonte eólica offshore no Brasil e compreender melhor os aspectos relativos a essa fonte. Para iniciarmos o nosso papo de hoje, trago o resultado dos estudos de potencial eólico realizados pela Empresa de Pesquisa Energética, a EPE. Eles revelam a existência de um potencial técnico de aproximadamente 700 GW em locais com profundidade de 50m. É muito potencial, não acha? Para você ter uma ideia dessa grandeza, a usina hidroelétrica de Itaipu possui uma potência instalada de 14 GW, sendo 20 unidades geradoras de 700 MW cada uma. Então, veja que é um potencial extremamente importante para o Brasil e que se apresenta como uma opção futura para o atendimento da demanda por energia elétrica no país. Apesar de todo esse potencial, os aspectos tecnológicos necessários trazem algumas limitações. As turbinas utilizadas em usinas eólicas offshore tendem a ser de grandes dimensões. Mas como instalar uma turbina de grandes dimensões no meio do oceano? Esse é o grande desafio para o setor, pois novas tecnologias deverão ser desenvolvidas para que as fundações sejam cada vez mais robustas, trazendo mais segurança para a operação de todo o parque eólico. As estimativas de custos de implantação e de operação dos parques eólicos offshoreeólicos offshore se mostram, de certa forma, ainda elevadas quando comparadas às outras fontes de energia já utilizadas no país. A competitividade desses projetos se torna mais atraente à medida que os custos associados à aquisição de equipamentos, às fundações, aos equipamentos de transmissão, entre outros, sejam reduzidos. Agora imagine uma usina gerando eletricidade no meio do oceano. Como fazer com que essa energia chegue até à sua casa? Pois é, esse também é um grande desafio. A conexão ao sistema elétrico pode se dar por corrente alternada ou em corrente contínua. A ligação com o continente é realizada através da utilização de cabos submarinos. Então veja, que quanto mais distante da costa, mais cara se torna essa conexão. No Brasil não existe nenhuma aplicação da utilização desse tipo de conexão em corrente contínua e existem poucas aplicações em corrente alternada, porém, essas tecnologias já são implementadas internacionalmente, de modo, que não seria uma limitação para o desenvolvimento de usinas eólicas offshore no Brasil. W B A 0 4 6 1 _ v2 .0 Você já deve ter ouvido falar sobre as complexidades que envolvem as liberações e licenciamentos ambientais de projetos de grande porte. No Brasil, nós temos alguns exemplos, como o complexo processo de licenciamento da usina hidroelétrica de Belo Monte. Então, para evitar complicações e reduzir os impactos ambientais desse tipo de empreendimento, é necessário que o investidor possua estratégias que visem mitigar os riscos ao desenvolvimento do projeto no contexto brasileiro. No aspecto regulatório, algumas observações são relevantes para que o arcabouço jurídico-regulatório possa ser aperfeiçoado, tais como: definição de regras específicas para o uso do espaço marítimo para a exploração de potenciais offshore; definição de cláusulas específicas quanto ao objeto do contrato, prazos, prorrogação, descomissionamento, dentre outros; e por fim, em havendo mais de um interessado na exploração do espaço marítimo, definição de critérios para leilões, ou outro mecanismo. Fechamento: Esse foi o nosso podcast de hoje! Espero que esse nosso papo tenha despertado interesse sobre o tema e que você possa se aprofundar ainda mais no assunto. Até a próxima!
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