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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO:FARMÁCIA DISCIPLINA: CONTROLE DE QUALIDADE FARMACÊUTICOS NOME DO ALUNO:CAROLINA CAPUCI RA: 0424252 POLO DE MATRÍCULA: SANTOS II - BOQUEIRÃO POLO DE PRÁTICA: SANTOS RANGEL DATA DAS AULAS PRÁTICAS: 09/03/2024 06/04/2024 04/05/2024 SANTOS, 11 de maio de 2024 INTRODUÇÃO O controle de qualidade de produtos farmacêuticos é importante para garantia da eficácia, segurança e padronização dos medicamentos. Nas aulas práticas estudamos e aplicamos diversas técnicas para avaliar a qualidade de matérias-primas e formas farmacêuticas, bem como para garantir a ausência de contaminantes microbiológicos. Kaur et al. (2018) destaca a importância do controle de qualidade na indústria farmacêutica: "A qualidade é o principal aspecto que determina a aceitabilidade e eficácia de qualquer produto farmacêutico." Essa afirmação ressalta a necessidade de rigorosos procedimentos de controle de qualidade para garantir a conformidade com os padrões regulatórios e a segurança dos pacientes. De acordo com Smith et al. (2020), o controle de qualidade desempenha um papel essencial na detecção de desvios de qualidade e na prevenção de produtos farmacêuticos fora das especificações. Destacando o papel proativo do controle de qualidade na identificação e correção de problemas durante a fabricação, contribuindo para manutenção da exatidão dos produtos farmacêuticos. Um dos aspectos abordados foi a identificação de matérias-primas, essencial para assegurar a composição correta dos produtos. Utilizando métodos baseados em reações químicas para identificar substâncias específicas, como a lactose e o ácido acetilsalicílico (AAS), em matérias-primas, o que é fundamental para evitar erros na formulação e garantir a segurança dos pacientes. Além disso, aprendemos sobre a determinação do teor de cloridrato de metformina em comprimidos, utilizando métodos espectrofotométricos no UV. Essa técnica é valiosa para quantificar a concentração do princípio ativo nos medicamentos, assegurando que eles estejam dentro dos padrões estabelecidos de qualidade e eficácia terapêutica. Garcia e Oliveira (2019), ressaltam que a implementação de metodologias analíticas avançadas, como a espectrofotometria no UV, permite uma análise precisa do teor de princípios ativos em produtos farmacêuticos, garantindo a qualidade e eficácia para o tratamento. Nos ensaios físicos em formas farmacêuticas e matérias-primas, exploramos métodos para caracterizar comprimidos no que diz respeito a dureza, friabilidade e peso médio, proporcionando uma compreensão abrangente de sua qualidade física. Outro aspecto abordado foi o preparo de materiais para o controle microbiológico. Por fim, exploramos métodos para a determinação do número de micro- organismos em produtos não estéreis, como o xarope de iodeto de potássio, utilizando técnicas como semeadura em profundidade e diluições seriadas. Adicionalmente, aprendemos sobre técnicas de enriquecimento não seletivo e seletivo, além do isolamento de micro-organismos específicos, visando garantir a segurança microbiológica dos produtos farmacêuticos. Aula 1: Ensaios de Identificação de Matérias-Primas 1 . Identificação de Lactose em matéria-prima Procedimento: Juntamos 5 mL de água destilada e adicionamos uma espatula de lactose, aquecemos e juntamos 5 mL de hidroxido de sódio SR (6,5%), obtendo um líquido amarelo depois marrom-avermelhado. Adicionamos 3 gotas de sulfato cúprico SR (12,5%), produzindo um precipitado vermelho. Resultado: Ao adicionarmos hidróxido de sódio a solução de lactose saturada quente, a mistura fez com que os açucares da lactose fossem liberados, que sofrem redução com calor, e houve uma quebra de açúcar. Quando adicionamos o sulfato cúprico que corou de vermelho indicando a presença de lactose, devido a redução do cobre. 2 . Identificação de Ácido Acetilsalicilico (AAS) em Matéria-Prima Metodo A Procedimento: Aquecemos 0,1g de AAS com 5 mL de água destilada por 5 minutos em um béquer tampado com vidro de relógio, resfriamos e adicionamos 2 gotas de cloreto férrico a 9%, formou-se um complexo colorido fenol e ferro, produzindo uma cor violeta. Resultado: Houve reação do cloreto férrico com a hidroxila fenólica do ácido salicilico, formando um complexo de cor roxa, e quando há essa formação junto a aspirina sintetizada, indicando que ainda existem moléculas de ácido salicilico sem reagir, como ficou roxo, significa que a reação foi satisfatoria. Metodo B Procedimento: Aquecemos 0,5g de AAS com 10 mL de NaOH a 6,5% por 5 minutos, adicionamos 10 mL de ácido sulfúrico diluido a (10%), um precipitado é produzido, com um odor de ácido acético. Filtramos o precipitado, adicionamos ao filtrado 3 mL de ácido sulfúrico concentrado e aquecemos em chapa de aquecimento, o odor forte de acetato de etila é perceptivel. Resultado: Quando adicionamos o anidrido acético ao ácido salicílico formou um líquido branco homogênio. Ao adicionarmos o ácido sulfúrico vericamos um aumento de temperatura e conforme intensiva a temperatura um odor forte adocicado, semelhante a vinagre. Aula 2: Determinação de teor de Cloridrato de Metformina em comprimidos através de método de método espectrofotométrico no UV Procedimento: Pesamos 20 comprimidos de cloridrato de metformina, realizando o respectivo peso médio (PM), Utilizando o teor declarado fornecido pelo fabricante, pulverizamos utilizando gral de porcelana e pistilo até a obtenção de um pó bem fino. Transferimos a quantidade de pó equivalente a 0,100 g de cloridrato de metformina para balão volumétrico de 250 mL e foi diluído com 150 mL de água, agitamos mecanicamente por 15 minutos e completamos o volume do balão com o mesmo solvente. Filtramos e após filtrar, diluímos sucessivamente até a concentração final de 0,001% (p/V), sempre utilizando a água como solvente. Preparou-se a solução padrão na mesma concentração anterior, utilizando o mesmo solvente. Medimos as absorbâncias das soluções resultantes em 232 nm, utilizando a água para ajuste zero. Calculamos o teor de C4H11N5.HCl na amostra de comprimidos a partir das leituras obtidas. Calculo para equivalencia: 594 500 mg X- 100 mg X= 118,8 mg do comprimido triturado para obter 100mg de metiformina. Resultado: Os comprimidos analisados devem conter, no mínimo, 95,0% e no máximo, 105% da quantidade declarada de cloridrato de metformina ( C4H11N5.HCl ). Aula 3: Ensaios físicos em formas farmacêuticas e materias- primas Procedimento 1. Determinação de Peso médio de comprimidos Amotra: comprimidos de AAS. Pesamos individualmente 20 comprimidos e determinamos o peso médio. Tolerância: todas as amostras ficaram dentro dos limites especificados. 2. Determinação da Altura e Diâmetro de Comprimidos Amostra: Comprimidos AAS. Determinamos com um paquímetro, a altura e o diâmetro de 20 comprimidos, depois anotamos os valores individuais e calculamos a média aritmética. 3. Determinação da resistência Mecânica de Comprimidos Amostra: Comprimidos de AAS Friabilidade: Determinamos o peso total dos comprimidos – Pi, ajustamos o aparelho para a velocidade e tempo adequados para um total de 100 rotações. Com o aparelho já limpo, colocamos os comprimidos, após o tempo do teste retiramos os comprimidos do aparelho e pesamos novamente, desprezando os fragmentos menores e o pó, gerando o peso final (Pf). Calculamos a porcentagem de perda de peso pela expressão.: F= (11,93g – 11,89g) x100 / 11,93g F= 0,3% Figura 1 - Esfraibilometro Fonte:próprio autor Dureza: Não foi possivel fazer o teste de dureza, pois o aparelho estava avariado. F= (Pi - Pf) x 100/Pi F= Friabilidade (%) Pi= Peso Ideal Pf= Peso Final 4. Determinação da faixa de fuzão Amostra: AAS matéria-prima Preparamos a amostra e equipamentos conforme as especificações, determinamos a faixa de fusão, e anotamos os valores obtidos. O ponto de fusão foi de 141°C, ficando dentro dos parametros estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira .ed.,2019. Resultado: Os resultados mostraram que os comprimidos estavam dentro dos padrões exigidos, a perda máxima não ultrapassou a margem de 1,5%, que é considerada aceitavel para a maioria dos produtos. Os comprimidos foram pesados antes e após um número especificado de rotações (20 rpm), no friabilômetro, a perda de peso indica a habilidade do comprimido para resistir ao atrito durante o manuseio. O monitoramento da dureza do comprimido é importante para garantir a biodisponibilidade da droga. Mas durante o ensaio, não conseguimos medir a dureza devido o durômetro estar avariado. O ponto de fusão do AAS foi de 141ºC, dentro dos parametros Aula 4: Preparo de Materiais para o Controle de Qualidade Microbiológico PARTE 1: 1. Agar Saboroud Material: Agar saboroud........... 65g H2O destilada ............ 1000mL Procedimento: Pesamos 65g de ágar saboroud e colocamos em um bequer em 1 L de água destilada. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsen, para total dissolução. Após, colocamos a solução num erlenmeyers, levamos para autoclave até chegar em 121ºC, deixamos por 15 minutos fechada para eliminar todos os micro-organismos resistentes. 2. Ágar Caseína Soja Material: Ágar caseina ............. 40g H2O destilada ............. 1000mL Procedimento: Pesamos 40g de Ágar caseína e colocamos em um bequer em 1 litro de água. Em sequência levamos para aquecimento no bico de bunsem, para total dissolução. Após, colocamos a solução em um erlenmeyers e levamos para autoclave até chegar em 121ºC, depois deixamos por 15 minutos fechada para eliminar os microrganismos resistentes. Parte 2 Escolhemos a tecnica de cultivo de microrganismos de acordo com o meio de cultura e a finalidade do cultivo. Procedimento: Colocamos os meios em placas de petri identificadas, e enquanto esfriavam, coletamos a amostra, passamos o swab em uma cédula de dinheiro e fizemos estrias utilizando da melhor forma toda a superficie da placa. Mergulhamos a alça de platina esterelizada na cultura bacteriana, fizemos estrias em cada divisão, e após incubamos as placas de forma invertida, depois do período retiramos para análise. Figura 2: Estriamento por esgotamento em meio de cultura Fonte: próprio autor Aula 5: Determinação do número de Micro-Organismos em amostras de produtos não estéreis (Xarope Iodeto de Potássio), utilizando método de Semeadura em Profundidade ou “Pour Plate”. Procedimento: 1. Preparação da amostra e diluição seriadas decimais Processo de quantificação de microrganismo. Realizou-se o processo de diluição, de unidades de formadoras de colônia, em meios de cultura. Trituramos amendoim e colocamos 1g em 9 mL de solução fisiológica e diluimos em 4 tubos de ensaio. O processo de diluição foi de 1/100. Em seguida realizamos o plaqueamento das diluições com ponteiras descartaveis com as quatro diluições de cada tubo. 2 . Semeadura em profundidade Transferimos 3 alíquotas de 1 mL de cada diluição preparada anteriormente para 2 placas de petri de 100x30 mm (diluição em duplicata); Separamos as 2 placas de cada diluição adicionamos 15 ml de ágar caseína-soja e homogeneizamos delicadamente em movimetos circulares, agauardamos a solidificação e incubamos ( na posição invertida) em estufa a 35 + 2ºC por 24 a 48 horas. Resultado: Em laborátorio, os microrganismos são cultivados ou desenvolvidos em material nutriente denominado maios de cultura. O tipo de meio utilizado, depende de vários fatores. A tecnica Pour Plate consiste em fazer uma prévia diluição da amostra e colocar em uma placa de petri vazia, e depois derramar o meio sobre a amostra e agitar para homogeneizar a amostra diluida com o meio de cultura. Aula 6 - Metodologia analítica para pesquisa de microrganismos patogênicos em amostras de produtos não estéries ( xarope de iodeto de potássio). Procedimentos 1- Enriquecimento não seletivo da amostra para pesquisa de Staphylococcus aureoas ( preparo prévio). Pipetamos 1 ml da amostra, transferimos para um tubo de ensaio contendo 9 ml de caldo casína-soja previamente esterilizado e homogeneizado, incubamos em estufa a 35- 37ºC durante 48 horas (Tubo I). 2- Enriquecimento seletivo da amostra para pesquisa de Escherichia coli ( preparo prévio) Pipetamos 1 ml da amostra, transferimos para um tubo de ensaio contendo 9 mL de caldo lactosado previamente esterelizado e homogeneizado, incubamos em estufa a 35- 37ºC durante 48 horas (Tubo II). 3- Isolamento de Staphyloscoccus aureus: Utiizamos o Tubo I, obtido em 1, com uma alça esterilizada coletamos o material enriquecido e transferimos para uma placa de petri com 20 mL de ágar manitol previamente preparado e esterelizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento, repetindo o mesmo procedimento anterior utilizando microrganismos padrão, e transferindo para uma segunda placa de petri com ágar manitol. Incubou-se ambas as placas em estufa à 35-37ºC. 4 - Isolamento de Escherichia Coli Utilizamos o Tubo II, obtido em 2, transfirimos uma alçada do material enriquecido para uma placa de Petri com 20 ml de Ágar Mac Conkey previamente preparado e esterilizado, utilizando a técnica do estriamento por esgotamento. Repitimos o mesmo procedimento anterior utilizando o micro- organismo padrão, retirando uma alçada da cultura fresca e transferindo-a para uma 2a placa dePetri com Ágar Mac Conkey. Incube ambas as placas em estufa a 35-37 °C durante 24-48 horas. Figura 3: Isolamento de E. coli Fonte: Próprio Autor Figura 4: Enriquecimento Seletivo Fonte: próprio autor Resultado: O método utilizado foi de estriamento por esgotamento, onde obtivemos colônias puras e isoladas para uma posterior identificação dos microorganismos isolados. Para isso, foram tomados os devidos cuidados na execução da técnica flambando a alça de platina, utilizando a zona esteril formada pelo bico de bunsen. Iniciando a semeadura com uma pequena quantidade de material, tomando os devidos cuidados durante a semeadura. Nos resultados da incubação não houve crescimento de microrganismos sob pesquisa do xarope Espec, assim como o esperado, comparando com as placas de inoculação da amostra com placas de inoculação dos microrganismos padrão. Houve crescimento somente nas placas de microrganismos padrão, o Escherichia coli semeada em ágar MacConkey e o Staphylococcus aureus semeada em ágar manitol. REFERÊNCIA 1. Kaur, A., et al. (2018). Quality control of pharmaceuticals: a review. Journal of Applied Pharmaceutical Science, 8(12), 177-184. 2. Smith, J., et al. (2020). Role of quality control in pharmaceutical manufacturing: a comprehensive review. Drug Manufacturing, 5(2), 89- 102. 3. Garcia, M., & Oliveira, R. (2019). Analytical methodologies in pharmaceutical quality control: advances and applications. Pharmaceutical Analysis Journal, 10(3), 45-58 4. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. Insumos farmacêuticos e especialidades. 6. ed. v. II. Brasília, 2019. 5. GIL, E. S. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. 3. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010 6. BRASIL. ANVISA.Farmacopeia Brasileira. Insumos farmacêuticos e especialidades.6. ed. v. II. Brasília, 2019. 7. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6. ed. v. I-II. Brasília, 2019. 8. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 229- 235, 2005.
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