Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CASO CLÍNICO Luana, 30 anos, procura atendimento fisioterapêutico devido a uma série de problemas relacionados ao seu ombro direito. Ela foi diagnosticada anteriormente com a síndrome de Ehlers-Danlos do tipo III (EDS-III), caracterizada pela hipermobilidade articular, pele macia e elástica, e uma história de entorses e luxações articulares recorrentes. Relata ter dor crônica músculo-articular, predominando nas regiões cervical, lombar e escapular superior. O desconforto tem se agravado ao longo dos anos, impactando significativamente sua capacidade de trabalho e funcionalidade. Desde a infância, a paciente enfrenta limitações na prática de atividades físicas, com a dor sendo a principal barreira. Há aproximadamente seis meses, Luana sofreu uma luxação no ombro direito durante uma atividade física intensa. Ela procurou atendimento médico imediatamente e teve o ombro reduzido. Desde então, no entanto, Luana vem experimentando dor persistente e uma progressiva perda de movimento no ombro. Ao examiná-la, o fisioterapeuta observa a hiperextensibilidade das articulações e a presença de cicatrizes atróficas na pele. A articulação do ombro direito está notavelmente rígida, com limitação significativa na amplitude de movimento. Luana relata dor constante e dificuldade em realizar atividades diárias simples, como pentear os cabelos, vestir-se ou fechar o soutien. Também se queixa de acordar durante a noite com dor no ombro, principalmente quando se deita sobre ele. Exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética, confirmam a presença de capsulite adesiva no ombro direito de Luana. O colágeno deficiente devido à EDS-III contribui para a fragilidade dos tecidos conjuntivos, predispondo-a à inflamação e encurtamento da cápsula articular após a luxação. EXAME FISIOTERAPEUTICO: Paciente apresenta dor do tipo pulsante na região lateral do braço, e referida no sentido distal (raiz de C5 – C6), e que se intensifica durante os movimentos (piora aos movimentos ativos), rigidez, apresenta 90º de abdução, 60º de flexão, 60º de rotação externa e 45º de rotação interna (Ver valores de referência – Figura 01). Ao realizar movimentos contra a resistência apresentou força grau 03, porém dolorosos. Há visivelmente hipotrofia dos mm. supraespinal, infraespinal e deltoide. QUESTÕES PARA APRENDIZAGEM 1. Identifique as limitações funcionais presentes no momento da avaliação. Amplitude de movimento (ADM) 90° Abdução - déficit de 30° (120°) 60° Flexão - déficit de 50° (110°) 60° Rotação externa - déficit de 30° (90°) 45° Rotação interna - déficit 45° (90°) Atividade de vida diária (AVD) Vestir-se Pentear o cabelo -Devido aos déficits de ADM Força Grau de força nível 3 com dor e fraqueza -Supraespinal(rotação externa) -Infraespinal(auxiliar o deltóide na abdução dos braços e como estabilizador.) -Deltóide(Abdução e estabilizador) 2. Qual a causa da lesão atual e a origem das limitações funcionais que a paciente apresenta. Síndrome de Ehlers-Danlos do tipo III (EDS III) -Caracterizado por articulações extremamente flexíveis, propensão a entorses e luxações articulares, dor crônica, fadiga, entre outros. Não está associado a defeitos significativos na pele. Atividade física intensa Luxação do ombro direito 3. Trace objetivos de tratamento a curto prazo. Melhorar a ADM Ganho de força Analgesia Reduzir a rigidez 4. Identifique quais técnicas ou recursos podem ser aplicados para cada objetivo idealizado. Discrimine o tratamento na ordem correta de aplicação, de acordo com seus objetivos e com a relação entre seus efeitos com o resultado esperado. Melhorar a ADM -Alongamento. (ativo assistido) -Manter os avanços da sessões de fisioterapia -ajudar na hipotrofia -Kabat. -Com objetivo de melhorar a ADM e como consequência ajudar no ganho de força -Massoterapia. -Com o objetivo de diminuir a dor e como efeito secundário. melhorar a ADM. Ganho de força -Kabat. -Com objetivo de melhorar a ADM e como consequência ajudar no ganho de força -Cinesioterapia. (exercícios resistidos contra a gravidade a princípio) -Exercicios resistidos para o aumento da força. Analgesia -Eletroterapia. (Ultrassom terapêutico) -Com o objetivo de liberar a articulação com a vasodilatação causada pelo calor e diminuir a dor crônica. Reduzir a rigidez -Massoterapia -Com o objetivo de diminuir a dor e como efeito secundário. melhorar a ADM. 5. Agora, faça a dosimetria dos recursos de acordo com a área tratada, com o quadro clínico atual e com os objetivos traçados. Melhorar a ADM -Alongamento. (ativo assistido) -Na sessão de fisioterapia e em casa. -Kabat -Após o uso de Rrecursos para diminuição de dor. -Massoterapia. -liberação e relaxamento da articulação Ganho de força -Kabat. -Após o uso de Rrecursos para diminuição de dor a gravidade a princípio) -Exercícios resistidos -Quando o paciente ja estiver melhor da condição do grau de força 3. podemos começar a implementar exercícios resistidos e gradativamente aumentar a resistência/peso Analgesia -Eletroterapia. (Ultrassom terapêutico) -Com o objetivo de liberar a articulação com a vasodilatação causada pelo calor e diminuir a dor crônica. -Ultrassom terapêutico -Ultrasosm de 1 MHZ (por ser algo crônico) -Modo contínuo -Área deve ser calculada Reduzir a rigidez -Massoterapia -Com o objetivo de diminuir a dor e como efeito secundário. melhorar a ADM 6. Imagine que a paciente evoluiu e, no momento, apresenta apenas a rigidez articular. O que você modificaria no seu tratamento? Retiraria os procedimentos focados em analgesia, deminuiria os exercícios de força e ADM e focaria em aplicar técnicas para a rigidez articular. o ultrassom terapêutico poderia continuar sendo usando para a vasodilatação e liberação da articulação. pode-se ser usado também a fisioterapia aquática e usar a resistência da água para os exercícios. juntamente com a água aquecida ajudando na circulação sanguínea. 7. Quais orientações devem ser realizadas para a paciente, como forma de potencializar a sua recuperação? Fisioterapia regularmente Auxilio de um educador físico -como a paciente ja praticava atividade física, pode ser aconselhado uma conversa entre o fisioterapeuta e o educador físico Alongamentos - praticar alongamentos selecionados pelo fisioterapeuta em casa a fim de não deixar a articulação cair em desuso ou perder o progresso.
Compartilhar