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Biossegurança e Controle de Infecções INTRODUÇÃO Conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos; riscos que podem comprometer a saúde do homem, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. ETIMOLOGIA: Bio = Vida; Segurança= Livre de perigo, riscos. Genericamente, pode ser considerada como ações que contribuem para a segurança das pessoas. (COSTA, 2005). INFECÇÃO: É a entrada e a multiplicação de um agente infeccioso (agente etiológico, patógeno, ou agente patogênico) nos tecidos de um hospedeiro. (POTTER, 2005). AGENTE INFECCIOSO: Bactérias, Fungos, Vírus, Parasitas (helmintos e protozoários) etc. CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. SUPERBACTÉRIAS: CA-MRSA (sigla em inglês) SARM associado à comunidade; HA-MRSA (sigla em inglês) SARM associado ao hospital. TIPOS DE INFECÇÃO → Infecção Comunitária: Aquela diagnosticada no ato da admissão do cliente ou cujo período de incubação é anterior à internação, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. → Infecção Cruzada: Aquela que refere-se à transferência de microrganismos de cliente a cliente, geralmente através das MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Pode ser considerada infecção hospitalar. → Infecção Hospitalar: Infecção adquirida 48 a 72 horas após a admissão do paciente em um hospital, manifestada durante internamento ou após a sua alta, quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar. No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados contraem alguma infecção hospitalar. CAUSAS ● Condição clínica do Cliente; ● Falta de vigilância epidemiológica adequada; ● Uso de antimicrobianos inadequadamente; ● Utilização excessiva de procedimentos invasivos; ● Métodos de proteção anti-infeccioso ineficazes; ● Não utilização ou uso inadequado de EPIs e EPCs (profissionais). FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES → Ambiente: são reservatórios de organismos que comportam ameaças aos clientes (Instituições de saúde, creches, escolas.). Quanto maior o tempo de internação maior o risco; → Esquema terapêutico: aumenta a suscetibilidade ou diminui a competência imunológica. (procedimentos invasivos, antibióticos, quimioterapia e outros); → Resistência do cliente: resistência da infecção devido às alterações no estado físico do cliente (lesões, má nutrição, má higiene, status imunológico, doenças crônicas). → Extremos de faixa etária: recém-nascidos e pessoas idosas; → Patologias que predispõe o indivíduo a infecção (ex.: leucemia, diabetes, câncer, AIDS, etc); → Concentrações de pacientes em um ambiente; → Instrumental utilizado/ contaminado; → Equipe despreparada (não realiza os cuidados adequados na prevenção de infecções). FONTES DE INFECÇÃO → Fômites: todos os objetos inanimados, tais como: materiais e equipamentos hospitalares (mobiliário, roupas, nebulizadores, respiradores, instrumentos, etc); → Alimentos: a água pode estar contaminada com microorganismos (ex: Salmonella); → Funcionários: devem se manter em boas condições de saúde, higiene e técnicas, a fim de não transmitirem ou contraírem infecção; → Cliente: fica exposto a uma grande variedade de espécies de agentes infecciosos. PORTA DE ENTRADA DOS AGENTES INFECCIOSOS Os organismos podem entrar no corpo de uma pessoa pelas mesmas vias que usam para sair. Por exemplo, quando agulhas contaminadas penetram na pele do paciente ou cliente, os organismos se alojam no corpo. → Via digestiva: os agentes (ovos de helmintos, bactérias, vírus, protozoários, fungos), entram no corpo através da boca, com os alimentos ou água contaminada. → Via respiratória: os agentes são inalados pelo nariz e entram no corpo através do processo de respiração, e dos procedimentos como nebulização, anestesia gasosa, traqueostomia, aspiração traqueal, intubação e assistência ventilatória. → Via genital e urinária: os agentes entram no corpo pelos órgãos sexuais, pelo contato direto com pessoas contaminadas (micro-organismos IST’s), procedimentos como cateterismo vesical, coleta de material para exame, etc. → Pele e mucosas: os agentes entram no corpo pelo contato da pele e mucosas com o solo ou água que contenhammicroorganismos, picada de insetos, agulhas ou instrumentos contaminados, queimaduras. → Via Oral e Faringe: a saliva contém substâncias bactericidas. Mas o acúmulo de partículas de alimentos pode prover os nutrientes necessários para o desenvolvimento de bactérias envolvidas em doenças periodontais, endocardites e pneumonias por aspiração. → Via respiratória: os agentes são expelidos através de pequenas gotas ou partículas produzidas pelo mecanismo da tosse, espirro, expectoração, fala. → Via entérica: os agentes são expelidos pelas fezes. → Via circulatória: saem diretamente, quando se realiza uma punção ou nos vários sangramentos. Pele: são expelidos pelas lesões (feridas abertas), contatos diretos com objeto ou pele de outra pessoa. → Via genital e urinária: são eliminados por meio do contato sexual ou pela urina. MEIO DE TRANSMISSÃO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES CONTATO: → Direto imediato: pessoa a pessoa ex.: através de mãos contaminadas; → Direto mediato: via respiratória ex:. através do ar (aerossóis) e gotículas (nariz, boca); → Endógeno: (da própria pessoa); → Indireto: ex.: alimentos, água, solo, vetores, material biológico contaminado (resíduos); → Indivíduo para indivíduo: contato, toque com partes infectadas ou exsudatos de uma ferida, e indiretamente pelas mãos dos profissionais de saúde; MEIOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO → Campanhas - Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (15 de maio); → Esterilização de objetos hospitalares; → Higienização do ambiente hospitalar etc. PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAIS → Objetivo: reduzir/evitar o risco de transmissão de microrganismos a partir de fontes de infecção reconhecidas ou não. → Quando usar: no cuidado de todos os pacientes, indiferentemente dos diagnósticos, sempre que existir possibilidade de infecção; → Tipos: lavagem das mãos, luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais, (apropriados para o contato com o paciente em que haja a possibilidade de contaminação); * ADORNO ZERO (CCIH - HGPV). PADRÕES ESTABELECIDOS DE SEGURANÇA OCUPACIONAL Nunca reencapar, desconectar agulhas ou manipular de outra forma que não seja com as duas mãos; Jamais usar técnica que coloque a ponta da agulha em direção a qualquer parte do corpo, sempre voltada para baixo; Colocar o material perfurocortante em recipiente apropriado caixa de perfuro, e que deve estar bem posicionado; Descarte em recipientes apropriados com especificações, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las, conforme definido pela RDC no 306/2004. OBS: É importante destacar que os materiais perfurocortantes devem ser descartados no local de uso. IMPLEMENTAÇÃO DAS PRECAUÇÕES PADRÃO E ESPECÍFICAS COM BASE NA TRANSMISSÃO → Precauções padrão: todos os pacientes; → Transmissão vias aéreas: suspeita de infecção por microorganismos transmitidos por gotículas aéreas ou partículas que permanecem em suspensão, ou se depositam . Ex.: perdigotos , aerossóis; → Transmissão por gotículas perdigotos: suspeita de infecção por microorganismos transmitidos por gotículas aéreas produzidos por tosse, espirro, fala ou realização de procedimentos etc. Atingem no máximo (1 METRO), através do ar e são depositados na conjuntiva, mucosa nasal, boca, pele íntegra produzindo colonização. Perdigoto (gotículas > 5 μm); → Transmissão por partículas aerossóis: Ocorre pela disseminação de pequenas partículas evaporadas (5 micra ou menos), que contém um agente infeccioso, e que ficam suspensas no ar, podendo ser amplamente dispersas por correntes aéreas e inaladas pelos indivíduos susceptíveis. Atingem (VÁRIOS METROS). Aerossol (partículas < 5 μm); → Transmissão contato: suspeita de infecção por microorganismos de importância epidemiológica, transmitido pelo contato direto com o paciente ou indireto com o toque em superfície ou equipamentosdo mesmo. PRECAUÇÕES PADRÕES → Devem ser seguidas por todos os pacientes com suspeita ou não de infecções; → Higienização das mãos: lave com água e sabão, ou friccione as mãos com solução alcoólica (se as mãos não estiverem visivelmente sujas), antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções; → Garantir procedimentos adequados quanto aos cuidados rotineiros de limpeza e desinfecção de superfícies ambientais e mobiliários, como leito, gradis, criados-mudos e outras superfícies frequentemente tocadas; → Assegurar que estes procedimentos estão sendo seguidos; → Práticas assépticas e seguras na administração de medicamentos (oral, tópica, parenteral etc; na realização de curativos, entre outros); → Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas; → Use touca, óculos, máscara e/ou avental, jaleco quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais; → Antissepsia com álcool á 70% dos aparelhos de uso coletivo entre a equipe de saúde; antes e após o cuidado, entre um paciente e outro, entre um profissional e outro, para proteção dos pacientes e profissionais de saúde; → Utilizar equipamentos adequados para a ventilação artificial, como cânulas, kit reservatório (ambú), e outros materiais para evitar a realização de respiração boca-a-boca. → Lixeiras comuns e para materiais infectantes, dispostas nos corredores, dependências e unidades de internação etc.; → Hamper para acondicionar roupa de cama e privativas sujas. COMO SABER QUE UM PACIENTE ESTÁ SUBMETIDO À PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS? É obrigatório que a CCIH providencie um sinalizador (cartazes informativos), indicando os quartos de pacientes que necessitam de Precauções Específicas. Este sinalizador deve indicar qual o tipo de precaução a ser tomada e os equipamentos de proteção necessários a serem utilizados; Em todas as situações em que não há indicação de Precauções Específicas, os profissionais de saúde deverão respeitar as Precauções Padrão! Ou seja, luvas, avental, jaleco, touca e máscara etc., poderão ser utilizados em qualquer procedimento que possa haver o risco de contato com sangue ou outros líquidos do corpo; Objetos como cadeira de rodas, de banho; utensílios aparadeira/comadre, papagaio etc.., devem ser de uso exclusivo do paciente em precaução/isolamento, caso não seja possível, providenciar limpeza e desinfecção (CCIH). PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS PERDIGOTOS → Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, pneumonia, COVID-19 e outras infecções virais etc. Seguir as precauções padrão ATENÇÃO! Se não houver quarto privativo disponível, deve-se manter pacientes internados pela mesma patologia, boa ventilação, observando distância mínima de ummetro entre eles; O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Ex: realização de exames; Higienização das mãos e máscara cirúrgica para os profissionais, independente se foram vacinados ou apresentaram a doença. Quarto Privativo: → Não há necessidade de pressão interna negativa e nem ventilação especial; → A porta do quarto pode ficar aberta/entreaberta(com sinalizador); Iluminação natural; → Uma caixa de perfurocortantes privativa; → Paredes, piso e teto laváveis (seguir normas de limpeza da CCIH); 1 hamper e 2 lixeiras (uma comum e outra para resíduos infectantes com pedal), e artigos privativos (aparadeira, escabelo). → Máscara Cirúrgica Padrão: Tantos os profissionais de saúde tanto os visitantes, deverão utilizar máscara cirúrgica sempre que a proximidade com o paciente for menor que um metro. *Trocá-la no tempo máximo de 2 horas. OBJETIVO DA PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA POR PERDIGOTOS → Impedir a propagação de infecção por gotículas maiores que 5μm eliminados durante a tosse, fala, espirros, e na realização de diversos procedimentos. → Orientar o paciente, caso o mesmo consiga, a cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, ou utilizar lenço de papel, descartá-lo e logo após, higienizar as mãos (solução alcoólica). PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS → Indicações: sarampo, varicela, herpes zoster disseminado, tuberculose pulmonar ou laríngea, influenza aviária ou pandêmica etc; *Seguir as precauções padrão ATENÇÃO! → Mantenha portas e janelas do quarto SEMPRE fechadas e bem vedadas e coloque a máscara particulada antes de entrar no quarto; Quarto privativo: → Deve ter pressão negativa em relação à área adjacente; → Manter portas e janelas fechadas com vedação (com sinalizador); → Filtragem de ar de alta eficiência (ummínimo de 06 trocas de ar por hora , ideal até 12 trocas; e cuidados com o ar que é retirado do quarto (filtragem com filtros HEPA), antes da recirculação em outras áreas do hospital; → Iluminação artificial; → Paredes, piso e o teto laváveis ( seguir normas de limpeza CCIH); → 1 hamper e 2 lixeiras (uma comum e outra para resíduos infectantes), privativos com pedal; → Uma caixa de perfurocortantes privativa; → Utensílios/artigos privativos (aparadeira, escabelo...); A pressão negativa impede a movimentação de ar de dentro para fora do quarto de modo a evitar a ida de aerossóis a outros pacientes. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o cliente pode ser internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microorganismo, com distância de um metro entre um leito e outro. OBS: pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose; O transporte do cliente deve ser evitado, mas quando necessário, o mesmo deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto; Profissionais utilizar máscara particulada PFF,(N-95), ‘’MÁSCARA BICO DE PATO’’, durante o transporte, e no cuidado ao cliente; ● PFF (N-95), é considerada semi descartável. Pode ser guardada para um próximo uso (individual), em locais definidos pelo seu serviço/setor, desde que obedeça às normas padrões da ANVISA. PFF/ N-95 / BICO DE PATO → Deve-se acondicioná-la em saco de papel fechado, identificado com seu nome e data protegendo-a mantendo sua forma , ou em um saco plástico que tenha sido previamente furado (pequeno furo), com o uso da tampa de uma caneta. Lembre-se de colocar a máscara antes de adentrar ao ambiente de internação do paciente e só retirá-la após a saída do mesmo; → Como este permite a saída de ar expirado pelo usuário, não deve ser usado quando o trabalhador da saúde estiver em um campo estéril .Ex: Centro cirúrgico; → Prazo de validade de até 5 dias caso a N-95 (EUA); Bico de pato ou PFF1, PFF2 e PFF3 (BRASIL), estiver obedecendo às normas de segurança da ANVISA. OBS: enquanto a máscara se encontrar íntegra sem amassados, rasgos e sem que esteja molhada e manchada, contaminada com respingos, salpicos ou que não tenha perdido sua eficácia de proteção (filtração). → Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva: cobrir a PFF com as mãos em concha sem forçar a máscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais. Se houver vazamentos o respirador está mal colocado ou o tamanho é inadequado. → A vedação é considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da PFF e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto. PRECAUÇÕES DE CONTATO Indicações: infecção ou colonização por micro-organismos multirresistentes (Staphylococcus aureus HA-MRSA, Pseudomonas aeruginosa etc); varicela, infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, escabiose, pediculose (piolhos), herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido, diarreia infecciosa (ex.: Shiguelose) etc; *Seguir as precauções padrão ATENÇÃO! → Contato direto (pele com pele) com o paciente, ou indireto (itens ambientais e de uso pessoal do cliente); → Use luvas e avental durantetoda manipulação do cliente, de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. → Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo com distância de ummetro entre um leito e outro; Quarto privativo: → A porta pode ficar aberta/entreaberta (com sinalizador); → Iluminação natural; → 1 hamper e 2 lixeiras ( uma comum e outra para resíduos infectantes), privativos com pedal; → Equipamentos como termômetro, esfigmomanômetro, estetoscópio, oxímetro, e artigos (aparadeira, escabelo), etc, devem ser de uso exclusivo do paciente, armazenados em um mobiliário no local ou (guardados e identificados em um recipiente com nome do cliente e leito do mesmo). Caso não tenha equipamentos privativos disponíveis, providenciar antissepsia com álcool a 70%; Uma caixa de perfurocortantes privativa; → Os itens que o paciente tem contato e as superfícies ambientais devem ser submetidos à desinfecção e limpeza diária. Paredes , piso e teto laváveis ( seguir normas da CCIH). → Transporte: profissionais uso de luvas e avental descartável durante o transporte do paciente, paciente com curativos, protegê-los com coberturas especiais e impermeáveis as secreções que possam contaminar o ambiente, etc. Ex.: (exames, alta, transferência de setor/unidade, etc..). PRECAUÇÕES MISTAS → Indicação: recomendadas para evitar a disseminação de agentes que apresentam dupla via de transmissão; Seguir as Precauções Padrão ATENÇÃO! Consiste em associar: ● Precaução de Contato + Precaução com Gotículas. (*Porta do quarto aberta / entreaberta); ● Precaução de Contato + Precaução com Aerossóis. (*Porta do quarto deve permanecer fechada); PRECAUÇÃO PROTETORA OU REVERSA → Será instituído principalmente em pacientes imunodeprimidos e neutropênicos (pacientes com baixa contagem de neutrófilos), a fim de garantir a proteção do paciente contra infecções; → Porta deverá permanecer fechada; → O leito dos pacientes deverá ser sinalizado com as precauções necessárias para sua assistência. TRANSPORTE DO CLIENTE → Transmissão vias aéreas / Transmissão perdigotos , aerossóis: limitar o transporte do cliente para procedimentos indispensáveis. Se possível, usar máscara cirúrgica no cliente para minimizar a dispersão de gotículas e partículas. → Transmissão de contato: limitar o transporte do cliente para procedimentos indispensáveis. Assegurar que as precauções de contato sejam mantidas durante o transporte. Antes de encaminhar o cliente, avisar o setor de realização do exame sobre as precauções que estão sendo mantidas o cliente, (padrão, aerossóis, perdigotos ,contato, mista, protetora/reversa); Ao manipular o cliente em precaução por contato e seus equipamentos terapêuticos, durante a sua transferência para maca/cadeira de rodas, assegurar as medidas de precaução envolvida. Risco de contato mais próximo na manipulação e transporte; Durante o transporte do paciente, o profissional deverá aplicar as Precauções padrão, para que não ocorra a contaminação das superfícies, como por exemplo, não tocar em superfícies com as mãos enluvadas, como botão do elevador, maçaneta das portas, prontuários e telefones etc; RECOMENDAÇÕES DE PRECAUÇÃO PARA O PESSOAL EM ÁREA HOSPITALAR No caso de um dos funcionários apresentar alguma doença infecciosa, ou ser exposto a alguma delas devem ser observadas algumas precauções para que ele não seja o transmissor da doença. 1- Se estiver com diarreia: lavar as mãos cuidadosamente após usar o banheiro, antes do contato com os pacientes ou equipamentos. Evitar trabalhar com crianças menores de dois anos; 2- Se estiver com resfriado: Lavar as mãos cuidadosamente. Usar luvas e máscaras para contato direto com crianças menores de (2) anos. Evitar contato com recém-nascidos, imunodeficientes e portadores de cardiopatias congênitas; 3- Se estiver com herpes labial: Lavar as mãos. Usar máscaras. Evitar contato com recém-nascidos, queimados e imunodeficientes; 4- Se for exposto a sangue/secreções através de contato com mucosas, olho e pele: comunicar a CCIH/SCIH ou Serviço de Saúde Ocupacional para verificar a necessidade de profilaxia para Hepatite B e HIV. LAVAGEM DAS MÃOS Precauções padrão – imediatamente após a remoção de luvas, entre o contato com pacientes e para prevenir a transmissão de microrganismos para outros clientes ou para o ambiente. Removendo a flora transitória,e/ou reduzindo a flora residente; Transmissão de contato – usar soluções degermantes ou antissépticas (CLOREXIDINA 2% OU PVPI 10%), na ausência de água. Preparo das mãos de profissionais de saúde, antes da realização de procedimentos invasivos, p.ex., cirurgias, instalação de cateteres vasculares e urinários etc...; IMPORTANTE: Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio etc), pois sob tais fômites podem acumular ou carrear microorganismos; Antes e após os procedimentos invasivos ou não , no cuidado ao cliente direto ou indiretamente ,nas medidas de precaução, antes do registro no prontuário etc. MICROBIOTA DA PELE O que é flora transitória da pele? A flora transitória da pele é formada por micro-organismos que sobrevivem na superfície da pele e tem como características: A virulência, ou seja, são capazes de produzir doença; Sobrevivem sobre a sujidade e a oleosidade da pele; São retirados com a lavagem básica das mãos ( água e sabão). O que é flora residente da pele? A flora residente da pele é formada por micro-organismos que vivem e se multiplicam em camadas profundas da pele apresentando as seguintes caraterísticas: Apresentam baixa virulência; Não são retiradas com a lavagem básica das mãos; Somente a antissepsia cirúrgica pode reduzir a flora residente; São exemplos de antissépticos que eliminam a flora residente: ● Povidine Tópico (PvPi); ● Gluconato de Clorexidina. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP) → Higienização Simples das Mãos: Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de micro-organismos. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. Secar as mãos com papel toalha. → Higienização antisseptica das Mãos: Finalidade: Promover a remoção de sujidades e de microorganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico. * Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. Técnica: a técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um antisséptico. Exemplo: antisséptico degermante, clorexidina a 2%; → Fricção Antisséptica das mãos com preparação alcóolica: Finalidade: reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas; Técnica: idem lavagem simples das mãos. Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. *Secar as mãos naturalmente. → Antissespsia Cirúrgica ou Preparo Pré-Opertaório das Mãos: Finalidade: Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional; As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos (escovas de degermação) devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal (embaixo da unha). Para este procedimento, recomenda-se: Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante (Ex: Riodeine). Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguindo o tempo de duração recomendado pelo fabricante). Secagem das mãos compressa estéril. IMPORTANTE: No caso de torneiras com contato manual para fechamento,sempre utilize papel-toalha para fechá-las; O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado nas instituições de saúde, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana e fúngica. O Papel-toalha deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas. Na utilização do papel-toalha, deve-se dar preferência aos papéis em bloco, que possibilitam o uso individual, folha a folha; O PORTA-PAPEL-TOALHA: deve ser fabricado, preferencialmente, com material que não favorece a oxidação, sendo também de fácil limpeza. A instalação deve ser de tal forma que ele não receba respingos de água e sabão. É necessário o estabelecimento de rotinas de limpeza e de reposição do papel. Os lavatórios ou pias devem possuir torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos quando do fechamento da água. Deve ainda existir provisão de sabão líquido, além de recursos para secagem das mãos; No lavabo cirúrgico, o acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo, pé, joelho ou célula fotoelétrica; Para os ambientes que executem procedimentos invasivos, cuidados a pacientes críticos ou que a equipe de assistência tenha contato direto com feridas, deve existir, além do sabão já citado, provisão de antisséptico junto às torneiras de higienização das mãos Todos esses lavatórios devem ter fácil acesso e atender à proporção abaixo definida: Quarto ou enfermaria: 1 (um) lavatório externo pode servir a, no máximo, 4 (quatro) quartos ou 2 (duas) enfermarias; UTI: deve existir um lavatório a cada 5 (cinco) leitos de não isolamento; Berçário: 1 (um) lavatório a cada 4 (quatro) berços; Ambientes destinados à realização de procedimentos de reabilitação e coleta laboratorial: 1 (um) lavatório a cada 6 (seis) boxes; Unidade destinada ao processamento de roupas: 1 (um) lavatório na área “suja” (banheiro) e 1 (um) lavatório na área “limpa”; DISPENSADORES DE SABÃO E ANTISSÉPTICOS Para evitar a contaminação têm-se as seguintes recomendações: No caso dos recipientes de sabão líquido e antisséptico ou almotolias não serem descartáveis, deve-se proceder à limpeza destes com água e sabão (não utilizar o sabão restante no recipiente) e secagem, seguida de desinfecção com álcool etílico a 70%, no mínimo uma vez por semana ou a critério da CCIH; Não se deve completar o conteúdo do recipiente antes do término do produto, devido ao risco de contaminação; Para os produtos não utilizados em recipientes descartáveis, devem-se manter os registros dos responsáveis pela execução das atividades e a data de manipulação, envase e de validade da solução fracionada; A validade do sabão, quando mantida na embalagem original, é definida pelo fabricante e deve constar no rótulo; A validade do produto fora da embalagem do fabricante ou fracionado deve ser validada para ser estabelecida, ou seja, pode ser menor que aquela definida pelo fabricante, pois o produto já foi manipulado; essa validade pode ser monitorada, por exemplo, pelo uso de testes que apurem o pH, a concentração da solução e a presença de matéria orgânica; Deve-se optar por dispensadores de fácil limpeza e que evitem o contato direto das mãos, facilitando seu esvaziamento e preenchimento. Escolher, preferencialmente, os do tipo refil. Neste caso, a limpeza interna pode ser feita no momento da troca do refil. SECADOR ELÉTRICO: No processo de higienização das mãos, não é indicado, uma vez que raramente o tempo necessário para a secagem é obedecido, além de haver dificuldade no seu acionamento. Eles podem, ainda, carregar microorganismos. O acionamento manual de certos modelos de aparelho também pode permitir a recontaminação das mãos; LIXEIRA PARA DESCARTE DO PAPEL-TOALHA: Junto aos lavatórios e às pias, deve sempre existir recipiente para o acondicionamento do material utilizado na secagem das mãos. Este recipiente deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a existência de tampa. No caso de se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articulada com acionamento de abertura sem utilização das mãos. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) São dispositivos de uso pessoal, designados para proteger o profissional da saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos; O uso dos EPI no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria Nº. 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego; OBS: A roupa e o equipamento servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção; Cuidado com o uso indiscriminado de EPIs x Despesas extras. QUAIS SÃO AS EPIs? ● Luvas (de procedimentos, estéreis); ● Gorros e Toucas (tecido descartáveis); ● Uniformes (limpos, estéreis, plástico, descartáveis); ● Jaleco de tecido sintético ou algodão e avental descartável, impermeável; ● Sapatos, botas, propé (fechados); ● Óculos de proteção: material rígido e leve, cobrindo a área dos olhos; ● Protetores faciais: deve ser ajustável a cabeça e cobrir todo o rosto (face shield); ● Máscaras: de tecido de algodão, fibra sintética, descartável, com filtros para gases, pó, etc. SEQUÊNCIA DA VESTIMENTA DE EPIs: OBS: Propés (se necessário, colocá-los antes de adentrar ambiente cirúrgico, sala de parto, berçário, ambientes com riscos de contaminação etc.); 1. Higienização das mãos (solução alcoólica, água e sabão ou solução antisséptica); 2. Jaleco; Se necessário, o avental; 3. Gorro ou Touca (Se indicado, colocar antes de colocar a máscara); 4. Máscara ou respirador; 5. Óculos de segurança ou Protetor facial se necessário; 6. Luvas. SEQUÊNCIA DE RETIRADA DE EPIs: OBS: Propés (retirá-los antes de sair do ambiente cirúrgico, sala de parto, berçário, ambientes com riscos de contaminação etc.); Luvas; 1. Avental; 2. Higienização das mãos (solução alcoólica , água e sabão ou solução antisséptica); 3. Óculos de segurança ou Protetor facial; 4. Máscara ou respirador; 5. Gorro ou Touca (Se estiver com o gorro ou touca, retirá-lo após retirar a máscara); 6. Jaleco; 7. Higienização das mãos (solução alcoólica , água e sabão ou solução antisséptica); GORRO E TOUCAS Toucas: descartável microporoso ou impermeável, nos ambientes de serviços de saúde, laboratoriais e biotérios; Finalidade: Cabelos principalmente os longos, devem permanecer presos para evitar acidentes, e minimizar contaminações por micro-organismos, poeiras e ectoparasitos em suspensão; O uso destes, não impede a contaminação do profissional, pois são de materiais microporosos ou tecido e não estéril. O Gorro cirúrgico também é propício à contaminação, ainda é discutido no meio científico sua eficácia (tecido, descartável impermeável e microporoso). MÁSCARAS E ÓCULOS DE PROTEÇÃO Precauções padrão: para proteger mucosa ocular, nasal e oral durante procedimentos que podem gerar gotículas ou jatos de secreções ou fluidos. Transmissão aerossóis - usar máscaras especiais (filtro) para proteção respiratória quando entrar no quarto de paciente portador ou com suspeita de tuberculose. Transmissão perdigotos: uso de máscara cirúrgica quando trabalhar próximo ao paciente (1 metro). As máscaras têm como finalidade servir de barreira física à propagação de bactérias da cavidade bucal do usuário para o ar ambiente e ou campo cirúrgico, medidas de precauções, reduzindo a carga bacteriana no ar ambiente; São utilizadas para proteção durante a realização de procedimentos em geral (material microporoso sem filtro, tipo cirúrgico), como também na proteção de pacientes durante a realização de procedimento asséptico; Produto de uso único; Contato com pacientes em isolamento por aerossóis (material resistente com filtro, filtrar material particulado); Eficiência dos respiradores PFF1, PFF2 e PFF3 (variações conforme a numeração). Nenhuma é eficaz 100%. Óculos de Proteção Protegem os olhos do trabalhador de borrifos, salpicos, gotas e impactos decorrentes da manipulação de substâncias que causam risco químico (irritantes, corrosivas etc.), risco biológico(sangue, material infectante etc.) e, risco físico (radiações UV e infravermelho); Os óculos de proteção devem ser de uso exclusivo; Sugere-se para a desinfecção deixar em imersão com álcool 70%, hipoclorito de sódio á 1% ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante e proceder a limpeza com água e sabão. FACE SHIELD Os protetores faciais (que cubram a frente e os lados do rosto) devem ser utilizados quando houver risco de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções corporais, excreções, etc. Os protetores faciais devem ser exclusivos de cada profissional responsável pela assistência, devendo, imediatamente após o uso sofrer limpeza e posterior desinfecção com álcool líquido a 70% (quando o material for compatível), hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante ou pela CCIH do serviço. Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e sabão/detergente e só depois dessa limpeza, passar pelo processo de desinfecção. LUVAS Precauções padrão: quando existir risco de contato com sangue, fluidos corporais, excreções e materiais contaminados; contato com membrana mucosa e feridas da pele; remover as luvas após o uso e antes do contato com materiais não contaminados, com o ambiente e outros pacientes; Transmissão contato: obrigatório antes e após a manipulação do cliente; São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos do trabalhador de serviços de saúde e de laboratório ao manipular material contaminado; As luvas reduzem a possibilidade de transmissão de microrganismos presentes nas mãos para clientes ou materiais TIPOS: Ao realizar procedimentos assépticos LUVA ESTÉRIL (cateterismo vesical , curativos sem uso de pinças cirúrgicas, aspiração de secreção, campo operatório/instrumental cirúrgico, drenos etc), DEVE- SE UTILIZÁ-LA; As luvas estéreis tem o lado direito e esquerdo, segue uma técnica rigorosa para calçá-las. AVENTAL E JALECOS → Precauções padrão – usar avental descartável e jaleco limpo para a proteção da pele e prevenção de contaminação da roupa durante procedimentos com risco de contato com sangue, fluidos, secreções... No caso do jaleco em qualquer procedimento hospitalar; → Transmissão de contato – uso de avental descartável limpo por cima do jaleco, antes de entrar no quarto, se o contato com o paciente ou superfícies próximas ou não for necessário. AVENTAIS: Os aventais podem ser usados sobre ou sob os jalecos (microporosos, impermeáveis); Para manipulação de produtos químicos em Cloreto de Polivinila (PVC); Altos níveis de calor em Kevler® Borracha onde há manipulação de grandes volumes de soluções e durante lavagem e limpeza de vidrarias, equipamentos e instalações; Em procedimentos com risco de contaminação por fluidos corpóreos. Ex: lavagem intestinal, enema, curativos diversos, aspiração de secreção. JALECO: Protegem a parte superior e inferior do corpo; Algodão entre outros; mangas longas com ou sem punhos, elásticos; fechado ou com botões e não vazados com bordados etc.; Previnem contaminação de origem biológica, química e radioativa, além da exposição direta a sangue, fluidos corpóreos, borrifos, salpicos e derramamentos de origens diversas; Comprimento abaixo ou na altura do joelho. CUIDADOS COM O JALECO Após o uso retirá-lo pelo avesso, e transportá-lo numa sacola plástica ou porta jaleco com zíper (exclusivo para o mesmo); Posteriormente, deixá-lo de molho por 30 á 40 min aproximadamente, em uma solução (1 colher de sopa de hipoclorito de sódio a 1% diluída em 1 litro de água), em seguida promover a lavagem normalmente com água e sabão , assim segue-se as roupas usadas em ambiente hospitalar; Não expor/vestir o jaleco antes de adentrar ao ambiente hospitalar ou instituição de saúde; e nem após o seu uso ao sair do local, para não levar infecção para o ambiente externo e vice/versa; Não pendurá-lo na mochila, bolsa ou em qualquer parte do corpo, após saída do hospital ou ao adentrar a instituição. Evite a propagação de microorganismos hospitalares e de comunidade; Além disso, a OMS diz que o jaleco é mais uma barreira de proteção contra os microorganismos a que o profissional de saúde é exposto na rotina de trabalho; Os locais no jaleco com mais bactérias, são os bolsos, onde o risco de contaminação é de 51% e na região do abdome, 43%; Por esse motivo recomenda-se ainda não deixar o jaleco junto aos objetos pessoais mesmo no ambiente de trabalho. CALÇADOS E PROPÉS Calçados fechados, sem furos, não vazados e impermeáveis durante o trabalho em serviços de saúde e laboratórios; Evitam e/ou minimizam acidentes que envolvem derramamento e salpicos de substâncias de risco químico e biológico, impactos, perfurocortantes, queimaduras, choques, calor, frio, eletricidade etc; Não expor os artelhos, ao uso de sandálias ou sapatos de tecido é proibido (CROCS, SAPATILHAS etc); Recomenda-se o uso de protetor de calçado (propés), a fim de não carrear microorganismos ou sujidades de áreas externas e minimizar a exposição dos calçados a respingo de sangue, secreções corporais e excreções durante a assistência , no cuidado com precaução de contato se necessário, ao adentrar no CC e outros ambientes recomendados. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal da área da saúde, do meio ambiente e do produto ou pesquisa desenvolvida; ● Extintores de incêndio; ● Mangueira de incêndio; ● Autoclaves – gera a esterilização de equipamentos termo resistentes e insumos através de calor úmido vapor e pressão; ● Chuveiro de emergência e lava olhos- chuveiro de aproximadamente 30cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelo ou pé; fácil localização; ● Microincineradores; ● Caixas ou containers de aço; ● Caixa descartável perfurocortante; ● Centrífugas com copos de segurança. RESÍDUOS HOSPITALARES O lixo hospitalar ou resíduos de serviço de saúde (RSS), são os materiais descartados pelos estabelecimentos de saúde sejam hospitais, clínicas, laboratórios, ambulatórios, farmácias, postos de saúde, necrotérios, centros de pesquisa. Eles podem ser materiais descartáveis como luvas, seringas, algodão, gazes, bem como órgãos, tecidos, medicação, vacinas vencidas, materiais cortantes, dentre outros. TIPOS Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na Resolução RDC no 33/03 os resíduos hospitalares são classificados em 5 tipos, sendo que o primeiro (classe A) são os mais perigosos uma vez que representam grandes riscos de contaminação devido à presença de agentes biológicos; • Grupo A (potencialmente infectantes); • Grupo B (químicos); • Grupo C (rejeitos radioativos); • Grupo D (resíduos comuns); • Grupo E (perfurocortantes). → Resíduos infecciosos: nessa classificação encontram-se os resíduos em estado sólido ou semissólido, e líquidos que não podem ser lançados na rede pública de esgotos. Esses resíduos pertencem ao grupo 1, pois apresentam risco devido à presença de agentes biológicos. Entre eles temos: sangue hemoderivados, excreções, secreções, líquidos orgânicos, tecidos, órgãos, fetos, peças anatômicas, filtros de gases aspirados de áreas contaminadas, objetos perfurocortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde entre outros. → Resíduos especiais: nessa classificação encontram-se os radioativos compostos por materiais diversos expostos à radiação, resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados, e os resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio). Eles pertencem ao grupo 2. → Resíduos gerais ou comuns: nessa classificação encontram-se os materiais que vêm das áreas administrativas, resíduos alimentares da produção de alimentos, áreas externas e jardins entre outros. Estes pertencem ao grupo 3. Descarte correto de resíduos biológicos Para evitar infecções e problemas ambientais, é fundamental que o descarte de resíduos biológicos seja realizado de maneira correta. Confira, a seguir, como devem ser descartadosos principais tipos de resíduo biológico e lixo hospitalar: → Frascos de imunobiológicos com prazo de validade expirado, com conteúdo não utilizado, vazios ou com restos do produto devem ser encaminhados às Secretarias de Saúde que fizeram a distribuição, mantidos em recipientes com tampa resistentes a perfurações, rupturas e vazamentos e com identificação do conteúdo. O mesmo vale para agulhas e seringas; → Assim segue-se, drágeas, comprimidos, cápsulas, frascos (soluções, liófilos). De segunda a sexta-feira devem ser encaminhados à Vigilância Sanitária. O material então é enviado para uma empresa terceirizada onde é incinerado. → Agulhas, lâminas de bisturi, lancetas de glicemia, jelco, scalp, seringas (resíduos perfurocortantes), devem ser descartados em coletores específicos, de cor amarela posicionado em suporte, no nível do campo visual e ergonômico dos profissionais; → Algodão, gazes, luvas de procedimentos, esparadrapos e ataduras devem ser descartados em lixeiras revestidas com sacos branco leitoso (infectante), devem sofrer processo de esterilização antes do descarte. Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) RESOLUÇÃO RDC No 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004. MEIOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO → Antissepsia: “é o ato de limpar”. É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. Prática importante para a redução de infecções no ambiente hospitalar. Os antissépticos aplicados na pele e mucosas devem ser de baixa causticidade e hipoalérgicos. Ser letal ou inibitória da reprodução microbiana; Ex.: mobiliário e ambiente hospitalar. (EX: DESINFETANTE DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO SURFIC, USADO NO HGPV). → Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos num ambiente já considerado livre de infecção ( ausência de germes , patógenos, micróbios ou pirógenos). Ex.: uso de luva estéril, campo operatório e instrumentos estéreis; → Assepsia Clínica: troca de roupas de cama diariamente (limpeza e preparo da unidade), lavagem das mãos, recipientes limpos para medicamentos. → Antissépticos: álcool a 70%, PVPI degermante, álcool iodado, PVPI – tópico; → Assepsia Cirúrgica: requer precauções mais estritas do que a clínica (processo de esterilização). → Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos, exceto os esporulados/encapsulados, o mesmo que antissepsia, ressalva-se que nesta, usa os desinfetantes para tecidos inanimados, como desinfecção da mesa, bancada, leito, colchão, etc. Pode ser feita com glutaraldeído 2% (desinfecção de alto nível); álcool 70%, hipoclorito de sódio, água em ebulição (desinfecção de nível médio) e quaternário de amônia (desinfecção de baixo nível). → Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos, inclusive os esporulados/encapsulados. Por meio físico a vapor sob pressão (autoclave). Altamente efetiva, rápido aquecimento, pode esterilizar líquidos. Tempo e temperatura variáveis. Por calor seco (estufa). Ex: esterilizar pacotes de curativos com pinças cirúrgicas, compressas, ataduras, gaze, bolas de algodão, espátulas; em papel grau cirúrgico estéril etc. O Processamento da roupa dos serviços de saúde abrange as seguintes atividades: 1. Retirada da roupa suja da unidade geradora e seu acondicionamento; 2. Coleta e transporte da roupa suja até a unidade de processamento; 3. Recebimento, pesagem, separação e classificação da roupa suja; 4. Processo de lavagem da roupa suja; 5. Centrifugação ; 6. Secagem, calandragem ou prensagem ou passadoria da roupa limpa; 7. Separação, dobra, embalagem da roupa limpa; 8. Armazenamento, transporte e distribuição da roupa limpa. Na retirada da roupa suja deve haver o mínimo de agitação e manuseio, observando-se as medidas de precauções; Roupas provenientes do isolamento não devem ser transportadas através de tubos de queda; Devido ao risco de promover partículas em suspensão e contaminação do trabalhador, não é recomendada a manipulação, separação ou classificação de roupas sujas provenientes do isolamento. As mesmas devem ser colocadas diretamente na lavadora. PROCESSAMENTO DE ARTIGOS → Limpeza: Inibe o crescimento de microorganismos. → Imersão: em detergentes enzimáticos etc. Ex.: pinças cirúrgicas contaminadas após o curativo, imersas no detergente enzimático antes de proceder a lavagem; → Lavagem: visa remover a matéria orgânica e os produtos químicos presentes na superfície do material usado. Pode ser feita por fricção mecânica com água e sabão, auxiliados por esponja ou escova; → Enxágue: com água corrente; → Secagem: pode ser feita com: pano limpo e seco, secadora de ar; → Estufa: para esterilizar os materiais em papel grau cirúrgico (regulada para este fim). TIPOS DE LIMPEZA Recomenda-se que a limpeza das áreas de isolamento seja concorrente, imediata ou terminal. A limpeza concorrente é aquela realizada diariamente; a limpeza terminal é aquela realizada após a alta, óbito ou transferência do paciente; e a limpeza imediata é aquela realizada em qualquer momento, quando ocorrem sujidades ou contaminação do ambiente e equipamentos com matéria orgânica, mesmo após ter sido realizado a limpeza concorrente. A desinfecção de superfícies das unidades de isolamento deve ser realizada após a sua limpeza. Os desinfetantes com potencial para desinfecção de superfícies incluem aqueles à base de cloro, alcoóis, alguns fenóis, e alguns iodóforos e o quaternário de amônio. 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