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Biossegurança e Controle de Infecções

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Biossegurança e Controle de Infecções
INTRODUÇÃO
Conjunto de ações voltadas para prevenção,
minimização ou eliminação de riscos; riscos que
podem comprometer a saúde do homem, do meio
ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
ETIMOLOGIA: Bio = Vida; Segurança= Livre de
perigo, riscos. Genericamente, pode ser
considerada como ações que contribuem para a
segurança das pessoas. (COSTA, 2005).
INFECÇÃO: É a entrada e a multiplicação de um
agente infeccioso (agente etiológico, patógeno, ou
agente patogênico) nos tecidos de um hospedeiro.
(POTTER, 2005).
AGENTE INFECCIOSO: Bactérias, Fungos, Vírus,
Parasitas (helmintos e protozoários) etc.
CCIH: Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar.
SUPERBACTÉRIAS:
CA-MRSA (sigla em inglês) SARM associado à
comunidade; HA-MRSA (sigla em inglês) SARM
associado ao hospital.
TIPOS DE INFECÇÃO
→ Infecção Comunitária: Aquela diagnosticada no
ato da admissão do cliente ou cujo período de
incubação é anterior à internação, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo
hospital.
→ Infecção Cruzada: Aquela que refere-se à
transferência de microrganismos de cliente a
cliente, geralmente através das MÃOS DE
PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Pode ser considerada
infecção hospitalar.
→ Infecção Hospitalar: Infecção adquirida 48 a 72
horas após a admissão do paciente em um
hospital, manifestada durante internamento ou
após a sua alta, quando essa infecção estiver
diretamente relacionada com a internação ou
procedimento hospitalar.
No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes
internados contraem alguma infecção hospitalar.
CAUSAS
● Condição clínica do Cliente;
● Falta de vigilância epidemiológica adequada;
● Uso de antimicrobianos inadequadamente;
● Utilização excessiva de procedimentos
invasivos;
● Métodos de proteção anti-infeccioso
ineficazes;
● Não utilização ou uso inadequado de EPIs e
EPCs (profissionais).
FATORES DE RISCO PARA INFECÇÕES
→ Ambiente: são reservatórios de organismos
que comportam ameaças aos clientes (Instituições
de saúde, creches, escolas.). Quanto maior o
tempo de internação maior o risco;
→ Esquema terapêutico: aumenta a
suscetibilidade ou diminui a competência
imunológica. (procedimentos invasivos,
antibióticos, quimioterapia e outros);
→ Resistência do cliente: resistência da infecção
devido às alterações no estado físico do cliente
(lesões, má nutrição, má higiene, status
imunológico, doenças crônicas).
→ Extremos de faixa etária: recém-nascidos e
pessoas idosas;
→ Patologias que predispõe o indivíduo a infecção
(ex.: leucemia, diabetes, câncer, AIDS, etc);
→ Concentrações de pacientes em um ambiente;
→ Instrumental utilizado/ contaminado;
→ Equipe despreparada (não realiza os cuidados
adequados na prevenção de infecções).
FONTES DE INFECÇÃO
→ Fômites: todos os objetos inanimados, tais como:
materiais e equipamentos hospitalares (mobiliário,
roupas, nebulizadores, respiradores, instrumentos,
etc);
→ Alimentos: a água pode estar contaminada com
microorganismos (ex: Salmonella);
→ Funcionários: devem se manter em boas
condições de saúde, higiene e técnicas, a fim de
não transmitirem ou contraírem infecção;
→ Cliente: fica exposto a uma grande variedade de
espécies de agentes infecciosos.
PORTA DE ENTRADA DOS AGENTES
INFECCIOSOS
Os organismos podem entrar no corpo de uma
pessoa pelas mesmas vias que usam para sair. Por
exemplo, quando agulhas contaminadas
penetram na pele do paciente ou cliente, os
organismos se alojam no corpo.
→ Via digestiva: os agentes (ovos de helmintos,
bactérias, vírus, protozoários, fungos), entram no
corpo através da boca, com os alimentos ou água
contaminada.
→ Via respiratória: os agentes são inalados pelo
nariz e entram no corpo através do processo de
respiração, e dos procedimentos como
nebulização, anestesia gasosa, traqueostomia,
aspiração traqueal, intubação e assistência
ventilatória.
→ Via genital e urinária: os agentes entram no
corpo pelos órgãos sexuais, pelo contato direto
com pessoas contaminadas (micro-organismos
IST’s), procedimentos como cateterismo vesical,
coleta de material para exame, etc.
→ Pele e mucosas: os agentes entram no corpo
pelo contato da pele e mucosas com o solo ou
água que contenhammicroorganismos, picada de
insetos, agulhas ou instrumentos contaminados,
queimaduras.
→ Via Oral e Faringe: a saliva contém substâncias
bactericidas. Mas o acúmulo de partículas de
alimentos pode prover os nutrientes necessários
para o desenvolvimento de bactérias envolvidas
em doenças periodontais, endocardites e
pneumonias por aspiração.
→ Via respiratória: os agentes são expelidos através
de pequenas gotas ou partículas produzidas pelo
mecanismo da tosse, espirro, expectoração, fala.
→ Via entérica: os agentes são expelidos pelas
fezes.
→ Via circulatória: saem diretamente, quando se
realiza uma punção ou nos vários sangramentos.
Pele: são expelidos pelas lesões (feridas abertas),
contatos diretos com objeto ou pele de outra
pessoa.
→ Via genital e urinária: são eliminados por meio
do contato sexual ou pela urina.
MEIO DE TRANSMISSÃO DAS INFECÇÕES
HOSPITALARES
CONTATO:
→ Direto imediato: pessoa a pessoa ex.: através de
mãos contaminadas;
→ Direto mediato: via respiratória ex:. através do ar
(aerossóis) e gotículas (nariz, boca);
→ Endógeno: (da própria pessoa);
→ Indireto: ex.: alimentos, água, solo, vetores,
material biológico contaminado (resíduos);
→ Indivíduo para indivíduo: contato, toque com
partes infectadas ou exsudatos de uma ferida, e
indiretamente pelas mãos dos profissionais de
saúde;
MEIOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO
→ Campanhas - Dia Nacional de Controle de
Infecção Hospitalar (15 de maio);
→ Esterilização de objetos hospitalares;
→ Higienização do ambiente hospitalar etc.
PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAIS
→ Objetivo: reduzir/evitar o risco de transmissão de
microrganismos a partir de fontes de infecção
reconhecidas ou não.
→ Quando usar: no cuidado de todos os pacientes,
indiferentemente dos diagnósticos, sempre que
existir possibilidade de infecção;
→ Tipos: lavagem das mãos, luvas, máscaras, óculos
de proteção e aventais, (apropriados para o
contato com o paciente em que haja a
possibilidade de contaminação); * ADORNO ZERO
(CCIH - HGPV).
PADRÕES ESTABELECIDOS DE SEGURANÇA
OCUPACIONAL
Nunca reencapar, desconectar agulhas ou
manipular de outra forma que não seja com as
duas mãos;
Jamais usar técnica que coloque a ponta da
agulha em direção a qualquer parte do corpo,
sempre voltada para baixo;
Colocar o material perfurocortante em recipiente
apropriado caixa de perfuro, e que deve estar bem
posicionado;
Descarte em recipientes apropriados com
especificações, seringas e agulhas, sem
desconectá-las ou reencapá-las, conforme
definido pela RDC no 306/2004.
OBS: É importante destacar que os materiais
perfurocortantes devem ser descartados no local
de uso.
IMPLEMENTAÇÃO DAS PRECAUÇÕES PADRÃO E
ESPECÍFICAS COM BASE NA TRANSMISSÃO
→ Precauções padrão: todos os pacientes;
→ Transmissão vias aéreas: suspeita de infecção
por microorganismos transmitidos por gotículas
aéreas ou partículas que permanecem em
suspensão, ou se depositam . Ex.: perdigotos ,
aerossóis;
→ Transmissão por gotículas perdigotos: suspeita
de infecção por microorganismos transmitidos por
gotículas aéreas produzidos por tosse, espirro, fala
ou realização de procedimentos etc. Atingem no
máximo (1 METRO), através do ar e são
depositados na conjuntiva, mucosa nasal, boca,
pele íntegra produzindo colonização. Perdigoto
(gotículas > 5 μm);
→ Transmissão por partículas aerossóis: Ocorre
pela disseminação de pequenas partículas
evaporadas (5 micra ou menos), que contém um
agente infeccioso, e que ficam suspensas no ar,
podendo ser amplamente dispersas por correntes
aéreas e inaladas pelos indivíduos susceptíveis.
Atingem (VÁRIOS METROS). Aerossol (partículas <
5 μm);
→ Transmissão contato: suspeita de infecção por
microorganismos de importância epidemiológica,
transmitido pelo contato direto com o paciente ou
indireto com o toque em superfície ou
equipamentosdo mesmo.
PRECAUÇÕES PADRÕES
→ Devem ser seguidas por todos os pacientes com
suspeita ou não de infecções;
→ Higienização das mãos: lave com água e sabão,
ou friccione as mãos com solução alcoólica (se as
mãos não estiverem visivelmente sujas), antes e
após o contato com qualquer paciente, após a
remoção das luvas e após o contato com sangue
ou secreções;
→ Garantir procedimentos adequados quanto aos
cuidados rotineiros de limpeza e desinfecção de
superfícies ambientais e mobiliários, como leito,
gradis, criados-mudos e outras superfícies
frequentemente tocadas;
→ Assegurar que estes procedimentos estão sendo
seguidos;
→ Práticas assépticas e seguras na administração
de medicamentos (oral, tópica, parenteral etc; na
realização de curativos, entre outros);
→ Use luvas apenas quando houver risco de
contato com sangue, secreções ou membranas
mucosas;
→ Use touca, óculos, máscara e/ou avental, jaleco
quando houver risco de contato de sangue ou
secreções, para proteção da mucosa de olhos,
boca, nariz, roupa e superfícies corporais;
→ Antissepsia com álcool á 70% dos aparelhos de
uso coletivo entre a equipe de saúde; antes e após
o cuidado, entre um paciente e outro, entre um
profissional e outro, para proteção dos pacientes e
profissionais de saúde;
→ Utilizar equipamentos adequados para a
ventilação artificial, como cânulas, kit reservatório
(ambú), e outros materiais para evitar a realização
de respiração boca-a-boca.
→ Lixeiras comuns e para materiais infectantes,
dispostas nos corredores, dependências e
unidades de internação etc.;
→ Hamper para acondicionar roupa de cama e
privativas sujas.
COMO SABER QUE UM PACIENTE ESTÁ
SUBMETIDO À PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS?
É obrigatório que a CCIH providencie um
sinalizador (cartazes informativos), indicando os
quartos de pacientes que necessitam de
Precauções Específicas. Este sinalizador deve
indicar qual o tipo de precaução a ser tomada e os
equipamentos de proteção necessários a serem
utilizados;
Em todas as situações em que não há indicação
de Precauções Específicas, os profissionais de
saúde deverão respeitar as Precauções Padrão! Ou
seja, luvas, avental, jaleco, touca e máscara etc.,
poderão ser utilizados em qualquer procedimento
que possa haver o risco de contato com sangue ou
outros líquidos do corpo;
Objetos como cadeira de rodas, de banho;
utensílios aparadeira/comadre, papagaio etc..,
devem ser de uso exclusivo do paciente em
precaução/isolamento, caso não seja possível,
providenciar limpeza e desinfecção (CCIH).
PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS PERDIGOTOS
→ Indicações: meningites bacterianas, coqueluche,
difteria, caxumba, influenza, rubéola, pneumonia,
COVID-19 e outras infecções virais etc.
Seguir as precauções padrão ATENÇÃO!
Se não houver quarto privativo disponível, deve-se
manter pacientes internados pela mesma
patologia, boa ventilação, observando distância
mínima de ummetro entre eles;
O transporte do paciente deve ser evitado, mas,
quando necessário, ele deverá usar máscara
cirúrgica durante toda sua permanência fora do
quarto. Ex: realização de exames;
Higienização das mãos e máscara cirúrgica para os
profissionais, independente se foram vacinados ou
apresentaram a doença.
Quarto Privativo:
→ Não há necessidade de pressão interna negativa
e nem ventilação especial;
→ A porta do quarto pode ficar
aberta/entreaberta(com sinalizador); Iluminação
natural;
→ Uma caixa de perfurocortantes privativa;
→ Paredes, piso e teto laváveis (seguir normas de
limpeza da CCIH);
1 hamper e 2 lixeiras (uma comum e outra para
resíduos infectantes com pedal), e artigos
privativos (aparadeira, escabelo).
→ Máscara Cirúrgica Padrão: Tantos os
profissionais de saúde tanto os visitantes, deverão
utilizar máscara cirúrgica sempre que a
proximidade com o paciente for menor que um
metro. *Trocá-la no tempo máximo de 2 horas.
OBJETIVO DA PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA POR
PERDIGOTOS
→ Impedir a propagação de infecção por gotículas
maiores que 5μm eliminados durante a tosse, fala,
espirros, e na realização de diversos
procedimentos.
→ Orientar o paciente, caso o mesmo consiga, a
cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar, ou utilizar
lenço de papel, descartá-lo e logo após, higienizar
as mãos (solução alcoólica).
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS
→ Indicações: sarampo, varicela, herpes zoster
disseminado, tuberculose pulmonar ou laríngea,
influenza aviária ou pandêmica etc; *Seguir as
precauções padrão ATENÇÃO!
→ Mantenha portas e janelas do quarto SEMPRE
fechadas e bem vedadas e coloque a máscara
particulada antes de entrar no quarto;
Quarto privativo:
→ Deve ter pressão negativa em relação à área
adjacente;
→ Manter portas e janelas fechadas com vedação
(com sinalizador);
→ Filtragem de ar de alta eficiência (ummínimo de
06 trocas de ar por hora , ideal até 12 trocas; e
cuidados com o ar que é retirado do quarto
(filtragem com filtros HEPA), antes da recirculação
em outras áreas do hospital;
→ Iluminação artificial;
→ Paredes, piso e o teto laváveis ( seguir normas de
limpeza CCIH);
→ 1 hamper e 2 lixeiras (uma comum e outra para
resíduos infectantes), privativos com pedal;
→ Uma caixa de perfurocortantes privativa;
→ Utensílios/artigos privativos (aparadeira,
escabelo...);
A pressão negativa impede a movimentação de ar
de dentro para fora do quarto de modo a evitar a
ida de aerossóis a outros pacientes.
Quando não houver disponibilidade de quarto
privativo, o cliente pode ser internado com outros
pacientes com infecção pelo mesmo
microorganismo, com distância de um metro
entre um leito e outro. OBS: pacientes com
suspeita de tuberculose resistente ao tratamento
não podem dividir o mesmo quarto com outros
pacientes com tuberculose;
O transporte do cliente deve ser evitado, mas
quando necessário, o mesmo deverá usar máscara
cirúrgica durante toda sua permanência fora do
quarto;
Profissionais utilizar máscara particulada
PFF,(N-95), ‘’MÁSCARA BICO DE PATO’’, durante o
transporte, e no cuidado ao cliente;
● PFF (N-95), é considerada semi descartável.
Pode ser guardada para um próximo uso
(individual), em locais definidos pelo seu
serviço/setor, desde que obedeça às
normas padrões da ANVISA.
PFF/ N-95 / BICO DE PATO
→ Deve-se acondicioná-la em saco de papel
fechado,
identificado com seu nome e data protegendo-a
mantendo sua forma , ou em um saco plástico que
tenha sido previamente furado (pequeno furo),
com o uso da tampa de uma caneta. Lembre-se
de colocar a máscara antes de adentrar ao
ambiente de internação do paciente e só retirá-la
após a saída do mesmo;
→ Como este permite a saída de ar expirado pelo
usuário, não deve ser usado quando o trabalhador
da saúde estiver em um campo estéril .Ex: Centro
cirúrgico;
→ Prazo de validade de até 5 dias caso a N-95 (EUA);
Bico de pato ou PFF1, PFF2 e PFF3 (BRASIL),
estiver obedecendo às normas de segurança da
ANVISA.
OBS: enquanto a máscara se encontrar íntegra
sem amassados, rasgos e sem que esteja
molhada e manchada, contaminada com
respingos, salpicos ou que não tenha perdido sua
eficácia de proteção (filtração).
→ Verificação de vedação pelo teste de pressão
positiva: cobrir a PFF com as mãos em concha sem
forçar a máscara sobre o rosto e soprar
suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais.
Se houver vazamentos o respirador está mal
colocado ou o tamanho é inadequado.
→ A vedação é considerada satisfatória quando o
usuário sentir ligeira pressão dentro da PFF e não
conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona
de vedação com o rosto.
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Indicações: infecção ou colonização por
micro-organismos multirresistentes
(Staphylococcus aureus HA-MRSA, Pseudomonas
aeruginosa etc); varicela, infecções de pele e
tecidos moles com secreções não contidas no
curativo, impetigo, escabiose, pediculose (piolhos),
herpes zoster disseminado ou em
imunossuprimido, diarreia infecciosa (ex.:
Shiguelose) etc;
*Seguir as precauções padrão ATENÇÃO!
→ Contato direto (pele com pele) com o paciente,
ou indireto (itens ambientais e de uso pessoal do
cliente);
→ Use luvas e avental durantetoda manipulação
do cliente, de cateteres e sondas, do circuito e do
equipamento ventilatório e de outras superfícies
próximas ao leito.
→ Quando não houver disponibilidade de quarto
privativo, o paciente pode ser internado com
outros pacientes com infecção pelo mesmo
microrganismo com distância de ummetro entre
um leito e outro;
Quarto privativo:
→ A porta pode ficar aberta/entreaberta (com
sinalizador);
→ Iluminação natural;
→ 1 hamper e 2 lixeiras ( uma comum e outra para
resíduos infectantes), privativos com pedal;
→ Equipamentos como termômetro,
esfigmomanômetro, estetoscópio, oxímetro, e
artigos (aparadeira, escabelo), etc, devem ser de
uso exclusivo do paciente, armazenados em um
mobiliário no local ou (guardados e identificados
em um recipiente com nome do cliente e leito do
mesmo). Caso não tenha equipamentos privativos
disponíveis, providenciar antissepsia com álcool a
70%; Uma caixa de perfurocortantes privativa;
→ Os itens que o paciente tem contato e as
superfícies ambientais devem ser submetidos à
desinfecção e limpeza diária. Paredes , piso e teto
laváveis ( seguir normas da CCIH).
→ Transporte: profissionais uso de luvas e avental
descartável durante o transporte do paciente,
paciente com curativos, protegê-los com
coberturas especiais e impermeáveis as secreções
que possam contaminar o ambiente, etc. Ex.:
(exames, alta, transferência de setor/unidade, etc..).
PRECAUÇÕES MISTAS
→ Indicação: recomendadas para evitar a
disseminação de agentes que apresentam dupla
via de transmissão;
Seguir as Precauções Padrão ATENÇÃO!
Consiste em associar:
● Precaução de Contato + Precaução com
Gotículas. (*Porta do quarto aberta /
entreaberta);
● Precaução de Contato + Precaução com
Aerossóis. (*Porta do quarto deve permanecer
fechada);
PRECAUÇÃO PROTETORA OU REVERSA
→ Será instituído principalmente em pacientes
imunodeprimidos e neutropênicos (pacientes com
baixa contagem de neutrófilos), a fim de garantir a
proteção do paciente contra infecções;
→ Porta deverá permanecer fechada;
→ O leito dos pacientes deverá ser sinalizado com
as precauções necessárias para sua assistência.
TRANSPORTE DO CLIENTE
→ Transmissão vias aéreas / Transmissão
perdigotos , aerossóis: limitar o transporte do
cliente para procedimentos indispensáveis. Se
possível, usar máscara cirúrgica no cliente para
minimizar a dispersão de gotículas e partículas.
→ Transmissão de contato: limitar o transporte do
cliente para procedimentos indispensáveis.
Assegurar que as precauções de contato sejam
mantidas durante o transporte.
Antes de encaminhar o cliente, avisar o setor de
realização do exame sobre as precauções que
estão sendo mantidas o cliente, (padrão, aerossóis,
perdigotos ,contato, mista, protetora/reversa);
Ao manipular o cliente em precaução por contato
e seus equipamentos terapêuticos, durante a sua
transferência para maca/cadeira de rodas,
assegurar as medidas de precaução envolvida.
Risco de contato mais próximo na manipulação e
transporte;
Durante o transporte do paciente, o profissional
deverá aplicar as Precauções padrão, para que
não ocorra a contaminação das superfícies, como
por exemplo, não tocar em superfícies com as
mãos enluvadas, como botão do elevador,
maçaneta das
portas, prontuários e telefones etc;
RECOMENDAÇÕES DE PRECAUÇÃO PARA O
PESSOAL EM ÁREA HOSPITALAR
No caso de um dos funcionários apresentar
alguma doença infecciosa, ou ser exposto a
alguma delas devem ser observadas algumas
precauções para que ele não seja o transmissor da
doença.
1- Se estiver com diarreia: lavar as mãos
cuidadosamente após usar o banheiro, antes do
contato com os pacientes ou equipamentos. Evitar
trabalhar com crianças menores de dois anos;
2- Se estiver com resfriado: Lavar as mãos
cuidadosamente. Usar luvas e máscaras para
contato direto com crianças menores de (2) anos.
Evitar contato com recém-nascidos,
imunodeficientes e portadores de cardiopatias
congênitas;
3- Se estiver com herpes labial: Lavar as mãos. Usar
máscaras. Evitar contato com recém-nascidos,
queimados e imunodeficientes;
4- Se for exposto a sangue/secreções através de
contato com mucosas, olho e pele: comunicar a
CCIH/SCIH ou Serviço de Saúde Ocupacional para
verificar a necessidade de profilaxia para Hepatite
B e HIV.
LAVAGEM DAS MÃOS
Precauções padrão – imediatamente após a
remoção de luvas, entre o contato com pacientes e
para prevenir a transmissão de microrganismos
para outros clientes ou para o ambiente.
Removendo a flora transitória,e/ou reduzindo a
flora residente;
Transmissão de contato – usar soluções
degermantes ou antissépticas (CLOREXIDINA 2%
OU PVPI 10%), na ausência de água. Preparo das
mãos de profissionais de saúde, antes da
realização de procedimentos invasivos, p.ex.,
cirurgias, instalação de cateteres vasculares e
urinários etc...;
IMPORTANTE: Antes de iniciar qualquer uma
dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis,
pulseiras, relógio etc), pois sob tais fômites podem
acumular ou carrear microorganismos;
Antes e após os procedimentos invasivos ou não ,
no cuidado ao cliente direto ou indiretamente ,nas
medidas de precaução, antes do registro no
prontuário etc.
MICROBIOTA DA PELE
O que é flora transitória da pele?
A flora transitória da pele é formada por
micro-organismos que sobrevivem na superfície
da pele e tem como características:
A virulência, ou seja, são capazes de produzir
doença;
Sobrevivem sobre a sujidade e a oleosidade da
pele;
São retirados com a lavagem básica das mãos (
água e sabão).
O que é flora residente da pele?
A flora residente da pele é formada por
micro-organismos que vivem e se multiplicam em
camadas profundas da pele apresentando as
seguintes caraterísticas:
Apresentam baixa virulência;
Não são retiradas com a lavagem básica das mãos;
Somente a antissepsia cirúrgica pode reduzir a
flora residente;
São exemplos de antissépticos que eliminam a
flora residente:
● Povidine Tópico (PvPi);
● Gluconato de Clorexidina.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
→ Higienização Simples das Mãos: Finalidade:
Remover os microrganismos que colonizam as
camadas superficiais da pele, assim como o suor, a
oleosidade e as células mortas, retirando a
sujidade propícia à permanência e à proliferação
de micro-organismos. Duração do procedimento:
40 a 60 segundos. Secar as mãos com papel
toalha.
→ Higienização antisseptica das Mãos: Finalidade:
Promover a remoção de sujidades e de
microorganismos, reduzindo a carga microbiana
das mãos, com auxílio de um antisséptico.
* Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
Técnica: a técnica de higienização antisséptica é
igual àquela utilizada para higienização simples
das mãos, substituindo-se o sabão por um
antisséptico. Exemplo: antisséptico degermante,
clorexidina a 2%;
→ Fricção Antisséptica das mãos com preparação
alcóolica: Finalidade: reduzir a carga microbiana
das mãos (não há remoção de sujidades). A
utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode
substituir a higienização com água e sabão
quando as mãos não estiverem visivelmente sujas;
Técnica: idem lavagem simples das mãos. Duração
do Procedimento: 20 a 30 segundos. *Secar as
mãos naturalmente.
→ Antissespsia Cirúrgica ou Preparo
Pré-Opertaório das Mãos: Finalidade: Eliminar a
microbiota transitória da pele e reduzir a
microbiota residente, além de proporcionar efeito
residual na pele do profissional;
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das
mãos (escovas de degermação) devem ser de
cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não
com antisséptico e de uso exclusivo em leito
ungueal e subungueal (embaixo da unha).
Para este procedimento, recomenda-se:
Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com
antisséptico degermante (Ex: Riodeine).
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para
a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as
cirurgias subsequentes (sempre seguindo o
tempo de duração recomendado pelo fabricante).
Secagem das mãos compressa estéril.
IMPORTANTE: No caso de torneiras com contato
manual para fechamento,sempre utilize
papel-toalha para fechá-las;
O uso coletivo de toalhas de tecido é
contra-indicado nas instituições de saúde, pois
estas permanecem úmidas, favorecendo a
proliferação bacteriana e fúngica.
O Papel-toalha deve ser suave, possuir boa
propriedade de secagem, ser esteticamente
aceitável e não liberar partículas. Na utilização do
papel-toalha, deve-se dar preferência aos papéis
em bloco, que possibilitam o uso individual, folha a
folha;
O PORTA-PAPEL-TOALHA: deve ser fabricado,
preferencialmente, com material que não favorece
a oxidação, sendo também de fácil limpeza. A
instalação deve ser de tal forma que ele não
receba respingos de água e sabão. É necessário o
estabelecimento de rotinas de limpeza e de
reposição do papel.
Os lavatórios ou pias devem possuir torneiras ou
comandos que dispensem o contato das mãos
quando do fechamento da água. Deve ainda existir
provisão de sabão líquido, além de recursos para
secagem das mãos;
No lavabo cirúrgico, o acionamento e o
fechamento devem ocorrer com cotovelo, pé,
joelho ou célula fotoelétrica;
Para os ambientes que executem
procedimentos invasivos, cuidados a pacientes
críticos ou que a equipe de assistência tenha
contato direto com feridas, deve existir, além do
sabão já citado, provisão de antisséptico junto às
torneiras de higienização das mãos
Todos esses lavatórios devem ter fácil acesso e
atender à proporção abaixo definida:
Quarto ou enfermaria: 1 (um) lavatório externo
pode servir a, no máximo, 4 (quatro) quartos ou 2
(duas) enfermarias;
UTI: deve existir um lavatório a cada 5 (cinco) leitos
de não isolamento; Berçário: 1 (um) lavatório a
cada 4 (quatro) berços;
Ambientes destinados à realização de
procedimentos de reabilitação e coleta
laboratorial: 1 (um) lavatório a cada 6 (seis) boxes;
Unidade destinada ao processamento de roupas:
1 (um) lavatório na área “suja” (banheiro) e 1 (um)
lavatório na área “limpa”;
DISPENSADORES DE SABÃO E ANTISSÉPTICOS
Para evitar a contaminação têm-se as seguintes
recomendações:
No caso dos recipientes de sabão líquido e
antisséptico ou almotolias não serem descartáveis,
deve-se proceder à limpeza destes com água e
sabão (não utilizar o sabão restante no recipiente)
e secagem, seguida de desinfecção com álcool
etílico a 70%, no mínimo uma vez por semana ou a
critério da CCIH;
Não se deve completar o conteúdo do recipiente
antes do término do produto, devido ao risco de
contaminação;
Para os produtos não utilizados em recipientes
descartáveis, devem-se manter os registros dos
responsáveis pela execução das atividades e a data
de manipulação, envase e de validade da solução
fracionada;
A validade do sabão, quando mantida na
embalagem original, é definida pelo fabricante e
deve constar no rótulo;
A validade do produto fora da embalagem do
fabricante ou fracionado deve ser validada para ser
estabelecida, ou seja, pode ser menor que aquela
definida pelo fabricante, pois o produto já foi
manipulado; essa validade pode ser monitorada,
por exemplo, pelo uso de testes que apurem o pH,
a concentração da solução e a presença de
matéria orgânica;
Deve-se optar por dispensadores de fácil limpeza e
que evitem o contato direto das mãos, facilitando
seu esvaziamento e preenchimento. Escolher,
preferencialmente, os do tipo refil. Neste caso, a
limpeza interna pode ser feita no momento da
troca do refil.
SECADOR ELÉTRICO:
No processo de higienização das mãos, não é
indicado, uma vez que raramente o tempo
necessário para a secagem é obedecido, além de
haver dificuldade no seu acionamento. Eles
podem, ainda, carregar microorganismos. O
acionamento manual de certos modelos de
aparelho também pode permitir a
recontaminação das mãos;
LIXEIRA PARA DESCARTE DO PAPEL-TOALHA:
Junto aos lavatórios e às pias, deve sempre existir
recipiente para o acondicionamento do material
utilizado na secagem das mãos. Este recipiente
deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a
existência de tampa. No caso de se optar por
mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa
articulada com acionamento de abertura sem
utilização das mãos.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
São dispositivos de uso pessoal, designados para
proteger o profissional da saúde do contato com
agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor
excessivo, fogo e outros perigos;
O uso dos EPI no Brasil é regulamentado pela
Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria Nº.
3214 de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego;
OBS: A roupa e o equipamento servem, também,
para evitar a contaminação do material em
experimento ou em produção;
Cuidado com o uso indiscriminado de EPIs x
Despesas extras.
QUAIS SÃO AS EPIs?
● Luvas (de procedimentos, estéreis);
● Gorros e Toucas (tecido descartáveis);
● Uniformes (limpos, estéreis, plástico,
descartáveis);
● Jaleco de tecido sintético ou algodão e avental
descartável, impermeável;
● Sapatos, botas, propé (fechados);
● Óculos de proteção: material rígido e leve,
cobrindo a área dos olhos;
● Protetores faciais: deve ser ajustável a cabeça
e cobrir todo o rosto (face shield);
● Máscaras: de tecido de algodão, fibra sintética,
descartável, com filtros para gases, pó, etc.
SEQUÊNCIA DA VESTIMENTA DE EPIs:
OBS: Propés (se necessário, colocá-los antes de
adentrar ambiente cirúrgico, sala de parto,
berçário, ambientes com riscos de contaminação
etc.);
1. Higienização das mãos (solução alcoólica,
água e sabão ou solução antisséptica);
2. Jaleco; Se necessário, o avental;
3. Gorro ou Touca (Se indicado, colocar antes de
colocar a máscara);
4. Máscara ou respirador;
5. Óculos de segurança ou Protetor facial se
necessário;
6. Luvas.
SEQUÊNCIA DE RETIRADA DE EPIs:
OBS: Propés (retirá-los antes de sair do ambiente
cirúrgico, sala de parto, berçário, ambientes com
riscos de contaminação etc.);
Luvas;
1. Avental;
2. Higienização das mãos (solução alcoólica ,
água e sabão ou solução antisséptica);
3. Óculos de segurança ou Protetor facial;
4. Máscara ou respirador;
5. Gorro ou Touca (Se estiver com o gorro ou
touca, retirá-lo após retirar a máscara);
6. Jaleco;
7. Higienização das mãos (solução alcoólica ,
água e sabão ou solução antisséptica);
GORRO E TOUCAS
Toucas: descartável microporoso ou impermeável,
nos ambientes de serviços de saúde, laboratoriais
e biotérios;
Finalidade: Cabelos principalmente os longos,
devem permanecer presos para evitar acidentes, e
minimizar contaminações por micro-organismos,
poeiras e ectoparasitos em suspensão;
O uso destes, não impede a contaminação do
profissional, pois são de materiais microporosos ou
tecido e não estéril. O Gorro cirúrgico também é
propício à contaminação, ainda é discutido no
meio científico sua eficácia (tecido, descartável
impermeável e microporoso).
MÁSCARAS E ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Precauções padrão: para proteger mucosa ocular,
nasal e oral durante procedimentos que podem
gerar gotículas ou jatos de secreções ou fluidos.
Transmissão aerossóis - usar máscaras especiais
(filtro) para proteção respiratória quando entrar no
quarto de paciente portador ou com suspeita de
tuberculose.
Transmissão perdigotos: uso de máscara cirúrgica
quando trabalhar próximo ao paciente (1 metro).
As máscaras têm como finalidade servir de
barreira física à propagação de bactérias da
cavidade bucal do usuário para o ar ambiente e
ou campo cirúrgico, medidas de precauções,
reduzindo a carga bacteriana no ar ambiente;
São utilizadas para proteção durante a realização
de procedimentos em geral (material microporoso
sem filtro, tipo cirúrgico), como também na
proteção de pacientes durante a realização de
procedimento asséptico;
Produto de uso único;
Contato com pacientes em isolamento por
aerossóis (material resistente com filtro, filtrar
material particulado);
Eficiência dos respiradores PFF1, PFF2 e PFF3
(variações conforme a numeração). Nenhuma é
eficaz 100%.
Óculos de Proteção
Protegem os olhos do trabalhador de borrifos,
salpicos, gotas e impactos decorrentes da
manipulação de substâncias que causam risco
químico (irritantes, corrosivas etc.), risco biológico(sangue, material infectante etc.) e, risco físico
(radiações UV e infravermelho);
Os óculos de proteção devem ser de uso exclusivo;
Sugere-se para a desinfecção deixar em imersão
com álcool 70%, hipoclorito de sódio á 1% ou outro
desinfetante recomendado pelo fabricante e
proceder a limpeza com água e sabão.
FACE SHIELD
Os protetores faciais (que cubram a frente e os
lados do rosto) devem ser utilizados quando
houver risco de exposição do profissional a
respingos de sangue, secreções corporais,
excreções, etc.
Os protetores faciais devem ser exclusivos de cada
profissional responsável pela assistência, devendo,
imediatamente após o uso sofrer limpeza e
posterior desinfecção com álcool líquido a 70%
(quando o material for compatível), hipoclorito de
sódio ou outro desinfetante recomendado pelo
fabricante ou pela CCIH do serviço.
Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve
ser lavado com água e sabão/detergente e só
depois dessa limpeza, passar pelo processo de
desinfecção.
LUVAS
Precauções padrão: quando existir risco de
contato com sangue, fluidos corporais, excreções e
materiais contaminados; contato com membrana
mucosa e feridas da pele; remover as luvas após o
uso e antes do contato com materiais não
contaminados, com o ambiente e outros
pacientes;
Transmissão contato: obrigatório antes e após a
manipulação do cliente; São utilizadas como
barreira de proteção, prevenindo a contaminação
das mãos do trabalhador de serviços de saúde e
de laboratório ao manipular material
contaminado;
As luvas reduzem a possibilidade de transmissão
de microrganismos presentes nas mãos para
clientes ou materiais
TIPOS:
Ao realizar procedimentos assépticos LUVA
ESTÉRIL (cateterismo vesical , curativos sem uso de
pinças cirúrgicas, aspiração de secreção, campo
operatório/instrumental cirúrgico, drenos etc),
DEVE- SE UTILIZÁ-LA;
As luvas estéreis tem o lado direito e esquerdo,
segue uma técnica rigorosa para calçá-las.
AVENTAL E JALECOS
→ Precauções padrão – usar avental descartável e
jaleco limpo para a proteção da pele e prevenção
de contaminação da roupa durante
procedimentos com risco de contato com sangue,
fluidos, secreções... No caso do jaleco em qualquer
procedimento hospitalar;
→ Transmissão de contato – uso de avental
descartável limpo por cima do jaleco, antes de
entrar no quarto, se o contato com o paciente ou
superfícies próximas ou não for necessário.
AVENTAIS:
Os aventais podem ser usados sobre ou sob os
jalecos (microporosos, impermeáveis);
Para manipulação de produtos químicos em
Cloreto de Polivinila (PVC);
Altos níveis de calor em Kevler®
Borracha onde há manipulação de grandes
volumes de soluções e durante lavagem e limpeza
de vidrarias, equipamentos e instalações;
Em procedimentos com risco de contaminação
por fluidos corpóreos. Ex: lavagem intestinal,
enema, curativos diversos, aspiração de secreção.
JALECO:
Protegem a parte superior e inferior do corpo;
Algodão entre outros; mangas longas com ou sem
punhos, elásticos; fechado ou com botões e não
vazados com bordados etc.;
Previnem contaminação de origem biológica,
química e radioativa, além da exposição direta a
sangue, fluidos corpóreos, borrifos, salpicos e
derramamentos de origens diversas;
Comprimento abaixo ou na altura do joelho.
CUIDADOS COM O JALECO
Após o uso retirá-lo pelo avesso, e transportá-lo
numa sacola plástica ou porta jaleco com zíper
(exclusivo para o mesmo);
Posteriormente, deixá-lo de molho por 30 á 40 min
aproximadamente, em uma solução (1 colher de
sopa de hipoclorito de sódio a 1% diluída em 1 litro
de água), em seguida promover a lavagem
normalmente com água e sabão , assim segue-se
as roupas usadas em ambiente hospitalar;
Não expor/vestir o jaleco antes de adentrar ao
ambiente hospitalar ou instituição de saúde; e
nem após o seu uso ao sair do local, para não levar
infecção para o ambiente externo e vice/versa;
Não pendurá-lo na mochila, bolsa ou em qualquer
parte do corpo, após saída do hospital ou ao
adentrar a instituição. Evite a propagação de
microorganismos hospitalares e de comunidade;
Além disso, a OMS diz que o jaleco é mais uma
barreira de proteção contra os microorganismos a
que o profissional de saúde é exposto na rotina de
trabalho;
Os locais no jaleco com mais bactérias, são os
bolsos, onde o risco de contaminação é de 51% e
na região do abdome, 43%;
Por esse motivo recomenda-se ainda não deixar o
jaleco junto aos objetos pessoais mesmo no
ambiente de trabalho.
CALÇADOS E PROPÉS
Calçados fechados, sem furos, não vazados e
impermeáveis durante o trabalho em serviços de
saúde e laboratórios;
Evitam e/ou minimizam acidentes que envolvem
derramamento e salpicos de substâncias de risco
químico e biológico, impactos, perfurocortantes,
queimaduras, choques, calor, frio, eletricidade etc;
Não expor os artelhos, ao uso de sandálias ou
sapatos de tecido é proibido (CROCS, SAPATILHAS
etc);
Recomenda-se o uso de protetor de calçado
(propés), a fim de não carrear microorganismos ou
sujidades de áreas externas e minimizar a
exposição dos calçados a respingo de sangue,
secreções corporais e excreções durante a
assistência , no cuidado com precaução de contato
se necessário, ao adentrar no CC e outros
ambientes recomendados.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
São equipamentos que possibilitam a proteção do
pessoal da área da saúde, do meio ambiente e do
produto ou pesquisa desenvolvida;
● Extintores de incêndio;
● Mangueira de incêndio;
● Autoclaves – gera a esterilização de
equipamentos termo resistentes e insumos
através de calor úmido vapor e pressão;
● Chuveiro de emergência e lava olhos- chuveiro
de aproximadamente 30cm de diâmetro,
acionado por alavancas de mão, cotovelo ou
pé; fácil localização;
● Microincineradores;
● Caixas ou containers de aço;
● Caixa descartável perfurocortante;
● Centrífugas com copos de segurança.
RESÍDUOS HOSPITALARES
O lixo hospitalar ou resíduos de serviço de saúde
(RSS), são os materiais descartados pelos
estabelecimentos de saúde sejam hospitais,
clínicas, laboratórios, ambulatórios, farmácias,
postos de saúde, necrotérios, centros de pesquisa.
Eles podem ser materiais descartáveis como luvas,
seringas, algodão, gazes, bem como órgãos,
tecidos, medicação, vacinas vencidas, materiais
cortantes, dentre outros.
TIPOS
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) na Resolução RDC no 33/03 os resíduos
hospitalares são classificados em 5 tipos, sendo
que o primeiro (classe A) são os mais perigosos
uma vez que representam grandes riscos de
contaminação devido à presença de agentes
biológicos;
• Grupo A (potencialmente infectantes);
• Grupo B (químicos);
• Grupo C (rejeitos radioativos);
• Grupo D (resíduos comuns);
• Grupo E (perfurocortantes).
→ Resíduos infecciosos: nessa classificação
encontram-se os resíduos em estado sólido ou
semissólido, e líquidos que não podem ser
lançados na rede pública de esgotos. Esses
resíduos pertencem ao grupo 1, pois apresentam
risco devido à presença de agentes biológicos.
Entre eles temos: sangue hemoderivados,
excreções, secreções, líquidos orgânicos, tecidos,
órgãos, fetos, peças anatômicas, filtros de gases
aspirados de áreas contaminadas, objetos
perfurocortantes provenientes de
estabelecimentos prestadores de serviços de
saúde entre outros.
→ Resíduos especiais: nessa classificação
encontram-se os radioativos compostos por
materiais diversos expostos à radiação, resíduos
farmacêuticos, como medicamentos vencidos e
contaminados, e os resíduos químicos perigosos
(tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio). Eles
pertencem ao grupo 2.
→ Resíduos gerais ou comuns: nessa classificação
encontram-se os materiais que vêm das áreas
administrativas, resíduos alimentares da produção
de alimentos, áreas externas e jardins entre outros.
Estes pertencem ao grupo 3.
Descarte correto de resíduos biológicos
Para evitar infecções e problemas ambientais, é
fundamental que o descarte de resíduos
biológicos seja realizado de maneira correta.
Confira, a seguir, como devem ser descartadosos
principais tipos de resíduo biológico e lixo
hospitalar:
→ Frascos de imunobiológicos com prazo de
validade expirado, com conteúdo não utilizado,
vazios ou com restos do produto devem ser
encaminhados às Secretarias de Saúde que
fizeram a distribuição, mantidos em recipientes
com tampa resistentes a perfurações, rupturas e
vazamentos e com identificação do conteúdo. O
mesmo vale para agulhas e seringas;
→ Assim segue-se, drágeas, comprimidos,
cápsulas, frascos (soluções, liófilos). De segunda a
sexta-feira devem ser encaminhados à Vigilância
Sanitária. O material então é enviado para uma
empresa terceirizada onde é incinerado.
→ Agulhas, lâminas de bisturi, lancetas de
glicemia, jelco, scalp, seringas (resíduos
perfurocortantes), devem ser descartados em
coletores específicos, de cor amarela posicionado
em suporte, no nível do campo visual e
ergonômico dos profissionais;
→ Algodão, gazes, luvas de procedimentos,
esparadrapos e ataduras devem ser descartados
em lixeiras revestidas com sacos branco leitoso
(infectante), devem sofrer processo de esterilização
antes do descarte.
Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço
de Saúde (PGRSS) RESOLUÇÃO RDC No 306, DE 7
DE DEZEMBRO DE 2004.
MEIOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO
→ Antissepsia: “é o ato de limpar”. É o conjunto de
medidas propostas para inibir o crescimento de
microorganismos ou removê-los de um
determinado ambiente, podendo ou não
destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos
ou desinfetantes. Prática importante para a
redução de infecções no ambiente hospitalar. Os
antissépticos aplicados na pele e mucosas devem
ser de baixa causticidade e hipoalérgicos. Ser letal
ou inibitória da reprodução microbiana; Ex.:
mobiliário e ambiente hospitalar. (EX:
DESINFETANTE DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO
SURFIC, USADO NO HGPV).
→ Assepsia: É o conjunto de medidas que
utilizamos para impedir a penetração de
micro-organismos num ambiente já considerado
livre de infecção ( ausência de germes , patógenos,
micróbios ou pirógenos). Ex.: uso de luva estéril,
campo operatório e instrumentos estéreis;
→ Assepsia Clínica: troca de roupas de cama
diariamente (limpeza e preparo da unidade),
lavagem das mãos, recipientes limpos para
medicamentos.
→ Antissépticos: álcool a 70%, PVPI degermante,
álcool iodado, PVPI – tópico;
→ Assepsia Cirúrgica: requer precauções mais
estritas do que a clínica (processo de esterilização).
→ Desinfecção: Processo físico ou químico que
destrói todos os microorganismos, exceto os
esporulados/encapsulados, o mesmo que
antissepsia, ressalva-se que nesta, usa os
desinfetantes para tecidos inanimados, como
desinfecção da mesa, bancada, leito, colchão, etc.
Pode ser feita com glutaraldeído 2% (desinfecção
de alto nível); álcool 70%, hipoclorito de sódio, água
em ebulição (desinfecção de nível médio) e
quaternário de amônia (desinfecção de baixo
nível).
→ Esterilização: Processo físico ou químico que
destrói todos os microorganismos, inclusive os
esporulados/encapsulados. Por meio físico a vapor
sob pressão (autoclave). Altamente efetiva, rápido
aquecimento, pode esterilizar líquidos. Tempo e
temperatura variáveis. Por calor seco (estufa). Ex:
esterilizar pacotes de curativos com pinças
cirúrgicas, compressas, ataduras, gaze, bolas de
algodão, espátulas; em papel grau cirúrgico estéril
etc.
O Processamento da roupa dos serviços de
saúde abrange as seguintes atividades:
1. Retirada da roupa suja da unidade geradora e
seu acondicionamento;
2. Coleta e transporte da roupa suja até a
unidade de processamento;
3. Recebimento, pesagem, separação e
classificação da roupa suja;
4. Processo de lavagem da roupa suja;
5. Centrifugação ;
6. Secagem, calandragem ou prensagem ou
passadoria da roupa limpa;
7. Separação, dobra, embalagem da roupa limpa;
8. Armazenamento, transporte e distribuição da
roupa limpa. Na retirada da roupa suja deve
haver o mínimo de agitação e manuseio,
observando-se as medidas de precauções;
Roupas provenientes do isolamento não devem
ser transportadas através de tubos de queda;
Devido ao risco de promover partículas em
suspensão e contaminação do trabalhador, não é
recomendada a manipulação, separação ou
classificação de roupas sujas provenientes do
isolamento. As mesmas devem ser colocadas
diretamente na lavadora.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS
→ Limpeza: Inibe o crescimento de
microorganismos.
→ Imersão: em detergentes enzimáticos etc. Ex.:
pinças cirúrgicas contaminadas após o curativo,
imersas no detergente enzimático antes de
proceder a lavagem;
→ Lavagem: visa remover a matéria orgânica e os
produtos químicos presentes na superfície do
material usado. Pode ser feita por fricção
mecânica com água e sabão, auxiliados por
esponja ou escova;
→ Enxágue: com água corrente;
→ Secagem: pode ser feita com: pano limpo e seco,
secadora de ar;
→ Estufa: para esterilizar os materiais em papel
grau cirúrgico (regulada para este fim).
TIPOS DE LIMPEZA
Recomenda-se que a limpeza das áreas de
isolamento seja concorrente, imediata ou terminal.
A limpeza concorrente é aquela realizada
diariamente; a limpeza terminal é aquela realizada
após a alta, óbito ou transferência do paciente; e a
limpeza imediata é aquela realizada em qualquer
momento, quando ocorrem sujidades ou
contaminação do ambiente e equipamentos com
matéria orgânica, mesmo após ter sido realizado a
limpeza concorrente.
A desinfecção de superfícies das unidades de
isolamento deve ser realizada após a sua limpeza.
Os desinfetantes com potencial para desinfecção
de superfícies incluem aqueles à base de cloro,
alcoóis, alguns fenóis, e alguns iodóforos e o
quaternário de amônio.
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