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Relação entre Seres Vivos

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20/05 – Q2
Introdução à Parasitologia
· Relação entre os seres vivos:
Harmônicas: foresia, comensalismo, mutualismo.
Desarmônicas: competição, predatismo, parasitismo.
· Parasitismo: 
Toda a relação ecológica desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa, uma associação íntima com dependência metabólica, na qual uma das espécies é beneficiada em detrimento da outra.
Parasitas: organismos que dependem de outros seres vivos.
Hospedeiros: Organismos que albergam o parasita.
· Grupos de interesse em Parasitologia:
Entomologia: Filo Arthropoda
Protozoologia: Reino Protozoa
Helmintologia: Filos Plathyhelmintes e Nematoda
· Aspectos estudados dos parasitas:
Agente etiológico
Biologia/ morfologia
Ciclo – transmissão
Doença
Diagnóstico
Tratamento
Epidemiologia
20/05 – Q2
Entomologia
Filo Arthropoda
CLASSE INSECTA
MORFOLOGIA EXTERNA
· Patas articuladas (3 pares em adultos);
· Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome;
· Corpo segmentado.
CABEÇA
· Antenas
Órgãos sensoriais, localizados na região dorsal da cabeça, com diferente formatos.
· Olhos
Olhos compostos: maiores e compostos por muitas células, responsável pela visualização (formação de imagem) e localização.
Ocelos: a maioria dos insetos possuem 3 ocelos, olhos rudimentares sem formação de imagem, possuem a função de localização (noção de claro e escuro).
· Aparelho bucal
Os 3 principais tipos são: 
Pungitivo – hematófagos ou sugadores de seiva. Lambedor – alimentos líquidos. 
Mastigador – detritos.
TÓRAX
· Tórax segmentado, dividido em 3 partes.
· Asas ou ápteros inseridos no tórax. Para insetos com um par de asas, elas são inseridas no segundo segmento. Para insetos com dois paras, elas se inserem no segundo e terceiro segmento.
· Internamente ao tórax, há muitos músculos que movimentam as asas e as patas do inseto.
· Os espiráculos respiratórios são estruturas importantes, presentes no tórax, estes permitem as trocas gasosas e a penetração de ar para a produção de energia.
ABDOME
· Segmentado, formado por placas rígidas conectadas através de uma membrana flexível.
· Região flexível.
· Nos últimos segmentos, há as aberturas do sistema reprodutor/genital e do sistema digestivo.
· Contém os espiráculos respiratórios.
DESENVOLVIMENTO
· Hemimetábolo: metamorfose parcial
Acontece quando o inseto tem em seu desenvolvimento apenas 3 fases. Sendo que na fase de ninfa podem ocorrer várias modificações morfológicas.
· Holometábolo: metamorfose total/completa
Acontece quando o inseto apresenta as 4 fases de desenvolvimento, sendo que a fase larval pode conter diferentes modificações morfológicas.
ORDEM: DIPTERAS 
(moscas)
· Ordem: Diptera.
· Subordem: Braquíceros.
· Famílias importantes:
Tabanidae (importunadora);
Calliphoridae (causadora de miíase);
Sarcophagidae (causadora de miíase);
Muscidae (importunadora);
Oestridae (causadora de miíase).
· Morfologia:
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
6 pares de nos adultos.
Asas: 2 pares. Primeiro par é membranoso e o segundo par é vestigial (também chamado de halter).
Respiração Traqueal.
1 par de antenas.
2 olhos compostos lateralmente.
3 ocelos.
Tórax segmentado.
· Classificação entomológica (mosca):
Obrigatória ou Primária: moscas que dependem do hospedeiro para completar seu ciclo de vida – larvas biontófagas.
Facultativa ou Secundária: causam miíase, mas podem completar seu ciclo em outros substratos – larvas necrobiontófagas.
· Classificação clínica (hospedeiro): Quanto ao tipo de lesão.
Traumática: lesões abertas (berne).
Furuncular: nodulares (bicheiro).
· Miíase:
Também chamado de berne ou bicheiro, pode ser traumática ou furuncular. 
Infestação de vertebrado vivo por larvas de dípteros que se alimentam de tecido vivo ou morto e/ou substâncias corporais líquidas.
· As larvas das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae possuem de 15 a 17 mm, são cilíndricas, branco amareladas e possuem 2 estimas respiratórios e 2 ganchos orais.
20/05 – Q2
Dermatobia hominis
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Oestridae
· Gênero: Dermatobia
· Espécie: Dermatobia hominis 
CARACTERÍSTICAS
· Espécie causadora da miíase furuncular obrigatória.
· Também conhecida como mosca do berne ou mosca berneira.
· Desenvolvimento holometábolo (3 estádios lavais). 
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total de 100 a 140 dias.
· Os adultos da espécie podem ser encontrados em regiões de mata sombreada.
· Adultos emergem do pupário, pouco depois, são bem ativos e realizam a cópula (dentro de 4 horas). 
· Machos e fêmeas possuem peças bucais atrofiadas, não se alimentam, eles utilizam reservas energéticas adquiridas durante o estágio larval (vida curta – 4 a 30 dias).
· Sensíveis à variação de umidade (dissecação).
· São mais ativos em ambientes com temperatura elevada, assim gastam rapidamente sua reserva energética. 
· Após a cópula, a fêmea demora entre 24 a 48 horas para a postura de ovos férteis.
· Para a postura, a fêmea captura um inseto e deposita seu ovos no abdome do inseto (insetos veiculadores), este carreia os ovos até o hospedeiro vertebrado.
· Insetos veiculadores (hospedeiro forético):
Moscas: Gêneros – Stomoxys, Musca e Sarcopromusca.
Outros gêneros: Anopheles, Aedes, Simulium, Chrysops e Fannia.
· Em condições ótimas de temperatura, os ovos demoram entorno de 6 dias para se desenvolverem em larvas de primeiro estágio aptas a parasitar o hospedeiro.
· Quando o hospedeiro forético pousa no potencial hospedeiro vertebrado, as larvas eclodem, caem e penetram na pele do hospedeiro, iniciando a fase parasitária.
· As larvas dentro do hospedeiro, alimentam-se e desenvolvem-se, realizando duas mudas (segundo e terceiro estágios larvais) – 32 a 38 dias.
· A larva já desenvolvida no terceiro estágio, sai do hospedeiro e cai no solo, enterrando-se, neste local, produz seu pupário (30 dias até 3 meses para a metamorfose completa).
PATOGENIA (miíase furuncular obrigatória)
· É relacionada à penetração das larvas no hospedeiro, movimentação e secreção de enzimas líticas.
· Localização: dermal ou subdermal (não atingem o tecido muscular).
· Complicações: podem ocorrer infecções bacterianas, miíases traumáticas após a saída da larva.
QUADRO CLÍNICO
· Nódulos avermelhados com orifício central, apresentando secreção.
· Inquietação causada pela dor durante o movimento das larvas.
· Alguns animais podem apresentar vários nódulos, caracterizando a placa de miíase furuncular.
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Neotropical.
· Ocorrente do México até Argentina.
· Brasil: todas as regiões com exceção do NE (temperaturas altas, com baixa umidade).
· Mais frequente: em locais com vegetação abundante, regiões quentes e úmidas, mais frequentes em regiões inferiores a 1000 metros e na estação de chuvas.
· Em rebanhos, poucos animais são altamente infestados.
· Existem raças mais susceptíveis, como Bos taurus (bovinos).
HOSPEDEIROS
· Principalmente bovinos e cães.
· Raramente em equinos, felinos e humanos.
· Animais de pelagem escura são mais atacados.
IMPORTÂNCIA
· Prejuízos estimados (América Latina): U$ 260 milhões/ ano.
· O prejuízo é devido ao retardo no crescimento (incômodos dos animais), queda na produção, gastos com medicamento e danos ao couro.
TRATAMENTO
· Remoção mecânica das larvas no local de parasitismo com assepsia local (anestesias não sempre necessárias).
· É recomendado que a larva seja morta, para facilitar sua remoção, utilizando uma pinça. 
· Após a remoção, o recomendado é fazer uma bandagem, a fim de que não ocorra infestação local por outros organismos (animais de companhia).
· Em animais de produção, a remoção pode ser mais difícil, devido à falta do contato humano, por isso são colocados alguns fármacos no local que matam a larva. Caso a larva morra antes de conseguir sair do local, há a possibilidade de formação de um abscesso. 
CONTROLE
· Hospedeiro: tratar os animais parasitados
· Ambiente: Modificação nas condições do ambiente para evitar o crescimentopopulacional do parasita.
· Parasita adulto: o controle dos adultos é difícil, logo o foco para o controle é voltado aos hospedeiros foréticos, com a utilização de repelentes/inseticidas, criação de telas e controle da esterqueira e do lixo em criadouros.
· Parasita larval: tratamento de animais infestados (meios químicos ou mecânico) e utilização de raças mais resistentes.
· Animais de companhia: esterilidade, tratamento quando parasitado (remoção mecânica) e prevenção utilizando repelentes e inseticidas.
· Animais de produção: manter o bem estar animal e manter o parasitismo abaixo do limiar econômico. Além disso é necessário ter programas de controle, visando o manejo, o tratamento emergencial e o tratamento estratégico (períodos secos e estações chuvosas).
PERSPECTIVAS FUTURAS
· Controle de larvas e pupas com através do controle biológico (parasitoides – microhimenópteros), de predadores (formigas, ácaros e pássaros), de fungos (Metarhizium e Beauveria) e de bactérias.
24/05 – Q4
Cochliomyia hominivorax 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Calliphoridae
· Gênero: Cochliomyia
· Espécie: Cochliomyia hominivorax 
CARACTERÍSTICAS
· O gênero Cochliomyia possui 3 faixas no tórax.
· Mosca robusta (8-12 mm), aparelho bucal lambedor.
· Única espécie, no Brasil, causadora da miíase traumática obrigatória (lesões mais extensas e sem delimitação fixa).
· A família Sarcophagidae e espécies como Cochliomyia macellaria, Chrysomyia sp (família Calliphoridae) e Lucilia sp são causadoras da miíase traumática facultativa.
· Adultos possuem coloração azul metálica no tórax e no abdome, possuem pernas alaranjadas e os olhos vermelhos.
· Popularmente conhecida como “mosca varejeira”, mosca primária.
· Desenvolvimento holometábolo (3 estádios larvais). 
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total de 18 a 24 dias.
· O ciclo se inicia quando os adultos emergem do pupário.
· São moscas lambedoras que se alimentam de partículas solubilizadas.
· A fêmea só realiza a cópula uma vez na vida, ela possui um reservatório para armazenar os espermatozoides e ir fertilizando seus ovos.
· Um ou dois dias depois da cópula, a fêmea já está apta a fazer a postura de ovos viáveis (30-100 ovos).
· A postura, normalmente, é feita em tecidos de um vertebrado vivo, próximo à ferida ou à mucosa.
· O período de incubação dos ovos é entorno de 12-24 horas, após esse período a larva de primeiro estádio eclode e começa a se alimentar de tecido vivo do hospedeiro.
· A evolução (1 mm a 15 mm)da larva de primeiro a terceiro estádio ocorre dentro do hospedeiro vivo (6-7 dias).
· Após o desenvolvimento completo da larva, esta sai do hospedeiro e cai no solo, aonde há formação do pupário.
PATOGENIA (miíase traumática obrigatória)
· É relacionada à movimentação das larvas dentro do hospedeiro (alimentação).
· A extremidade anterior da larva fica voltada para o hospedeiro se alimentando e a extremidade posterior com os estigmas respiratórios é voltada para o meio (trocas gasosas). 
· Complicações: infecções bacterianas secundárias e outras miíases (sucessão parasitária) após a saída da larva de terceiro estádio. Podem ocorrer novas posturas de ovos.
HOSPEDEIROS
· Mamíferos e aves.
· Atraídas por odores de feridas e mucosas (acúmulo de secreção).
· Situações comuns: umbigo de bezerros recém nascidos, ferimentos de castração, lesões (brigas, tosquia e manejo) e outras parasitoses (carrapatos).
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Neotropical.
· Climas quentes e úmidos.
· América central até norte do Chile e Argentina.
· Exclusiva do novo mundo.
· Dispersão: animais parasitados.
· Não existe mais na América do Norte, devido a uma medida de controle implementada.
· Brasil: encontrada em todos os estados (ideal 28-30 °C).
IMPORTÂNCIA
· Prejuízos econômicos.
· Mortalidade.
· Incômodo.
QUADRO CLÍNICO
· O animal pode apresentar incomodo e dor, devido à alimentação e movimentação da larva, seguido de apatia e anorexia.
· As lesões possuem aspecto úmido, com a presença de larvas e odor fétido característico.
TRATAMENTO
· Retirada mecânica das larvas, indicado matar a larva antes da remoção. 
· Tratamentos com químicos – tópicos/sistêmicos (sprays inseticidas).
· Bandagem da ferida após a remoção.
CONTROLE
· Parasita adulto: armadilhas com atraentes para adultos (substâncias mortíferas), evitar locais atraentes nos animais (bandagem/repelente).
· Parasilta larval: tratamento da miíases (químico ou mecânico).
· Ambiente: é feito de forma emergencial (tratamento do animal), não há tratamento estratégico.
· Controle biológico: no sul dos EUA foram utilizados machos estéreis criados em laboratórios, lançando pupas em locais infestados, gerando ovos inviáveis.
24/05 – Q4
Chrysomya sp
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Calliphoridae
· Gênero: Chrysomya 
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Causadora da miíase traumática facultativa.
· Espécie introduzida na década de 1980 no Brasil.
· Moscas varejeiras.
· Cor metálica – verde/azul com 3 faixas transversais no abdome (coincide com o local de união das placas abdominais).
· Robustas – 8 a 15 mm. Aparelho bucal lambedor.
· Desenvolvimento holometábolo (3 estádios).
CICLO BIOLÓGICO 
· Ciclo total de 10 a 60 dias.
· Insetos lambedores (soluções nutritivas), adultos tem vida de 1 a 2 meses.
· Os adultos emergem do pupário e fazem a cópula – são realizadas diversas cópulas ao longo da vida.
· As larvas se desenvolvem completamente em 6-7 dias (3 estádios).
· O local de desenvolvimento das larvas é rico em matéria orgânica, nutritiva e em decomposição, causam miíase esporadicamente.
· A larva já desenvolvida, enterra-se para formar a pupa para sofrer a metamorfose (entorno de 5 dias em condições ótimas). Larvas necrobiontófagas.
PATOGENIA E QUADRO CLÍNICO
(miíase traumática facultativa)
· Inicia-se por um tecido necrosado e posteriormente, para o tecido vivo (larvas necrófagas e necrobiontófagas).
· Infecção bacteriana secundária e miíases sucessivas.
HOSPEDEIROS
· Mamíferos e aves.
· Atraídas por odores de tecido necrosado.
· Situações atraentes: sujeira nos quartos posteriores (urina, diarreia), putrefação de lã de ovinos, miíases).
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Clima quente e úmido.
· Toda a América do Sul.
· Alta capacidade reprodutiva.
IMPORTÂNCIA
· Prejuízos econômicos menores (ocorrência menor de miíases facultativas).
· Mortalidade.
· Incômodo.
· Terapia larval: desbridamento de feridas, auxílio da cicatrização, tratamento de laminite em equinos (Lucilia sericata, Lucilia cuprina e Phormia regina).
· Entomologia forense: Indicação do tempo e local de morte, toxicologia (Famílias: Calliphoridae, Sarcophagidae e Muscidae).
CONTROLE
· Tratamento de animais.
· Evitar locais atraentes nos animais.
· Destino correto de carcaças.
24/05 – Q4
Família: Sarcophagidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Sarcophagidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Causadora da miíase traumática facultativa.
· A família Sarcophagidae é prevalente em todos os locais do Brasil em diferentes biótopos.
· São moscas acinzentadas com listras, de tamanho médio a grande (6 a 15 mm), olhos vermelhos compostos bem desenvolvidos e possuem o abdome axadrezado. Aparelho bucal lambedor.
· Desenvolvimento holometábolo (3 estádios).
CICLO BIOLÓGICO 
· Ciclo total de 10 a 60 dias (adultos, larvas e pupas).
· As fêmeas dessa espécies não realizam a postura de ovos, pois são vivíparas, assim, fazem a postura de larvas de primeiro estádio.
· Insetos lambedores (soluções nutritivas), adultos tem vida de 1 a 2 meses.
· Os adultos emergem do pupário e fazem a cópula – são realizadas diversas cópulas ao longo da vida.
· As larvas se desenvolvem completamente em 6-7 dias (3 estádios).
· O local de desenvolvimento das larvas é rico em matéria orgânica, nutritiva eem decomposição, causam miíase esporadicamente.
· A larva já desenvolvida, enterra-se para formar a pupa para sofrer a metamorfose (entorno de 5 dias em condições ótimas). Larvas necrobiontófagas.
PATOGENIA E QUADRO CLÍNICO
(miíase traumática facultativa)
· Inicia-se por um tecido necrosado e posteriormente, para o tecido vivo (larvas necrófagas e necrobiontófagas).
· Infecção bacteriana secundária e miíases sucessivas.
HOSPEDEIROS
· Mamíferos e aves.
· Atraídas por odores de tecido necrosado.
· Situações atraentes: sujeira nos quartos posteriores (urina, diarreia), putrefação de lã de ovinos, miíases.
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Clima quente e úmido.
· Toda a América do Sul.
· Alta capacidade reprodutiva.
IMPORTÂNCIA
· Prejuízos econômicos menores (ocorrência menor de miíases facultativas).
· Mortalidade.
· Incômodo.
· Terapia larval: desbridamento de feridas, auxílio da cicatrização, tratamento de laminite em equinos (Lucilia sericata, Lucilia cuprina e Phormia regina).
· Entomologia forense: Indicação do tempo e local de morte, toxicologia (Famílias: Calliphoridae, Sarcophagidae e Muscidae).
CONTROLE
· Tratamento de animais.
· Evitar locais atraentes nos animais.
· Destino correto de carcaças.
24/05 – Q4
Família: Tabanidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Tabanidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Mosca robusta (6-30 mm), de coloração escura, olhos grandes (alguns de coloração verde metálica), asas com manchas ou sem, abdome de coloração marrom ou cinza e cabeça mais larga que o tórax. Aparelho bucal pungitivo.
· Mosca importunadora.
· Conhecida popularmente como mutucas, moscas dos cavalos.
· Tamanho e coloração variados
· São mais de 3 mil espécies (500 no Brasil).
· Alguns gêneros: Chrysops, Fidena e Tabanus. 
· Desenvolvimento holometábolo (o número de estádios varia com a espécie, 7-11 estádios).
CICLO BIOLÓGICO 
· Ciclo total de 4 a 5 meses.
· Adultos emergem do pupário, alimentam-se de seiva de plantas e secreções de insetos (fitófagos).
· Para que a fêmea consiga se nutrir, ela alimenta-se de sangue (hematófaga).
· A fêmea deposita seus ovos em grupos 50-300 ovos em locais úmidos/alagados de baixa profundidade.
· As larvas eclodem dos ovos depois de 2-14 dias. 
· O desenvolvimento das larvas ocorre entre 2 meses a 3 anos, sendo que em períodos desfavoráveis as larvas podem hibernar.
· Após o desenvolvimento completo, as larvas migram para locais mais secos para a formação do pupário (1-3 semanas).
HÁBITOS ALIMENTARES
· Machos: fitófagos (todas as espécies).
· Fêmeas: fitófagas e hematófagas.
· A fêmea tem o aparelho bucal rudimentar, logo necessita fazer uma lesão grande para se alimentar (picada dolorosa).
· São vorazes e mudam frequentemente de local – grandes importunadoras e podem carregar patógenos.
· Possuem hábitos diurnos de alimentação.
· Podem alimentar-se de equinos, bovinos, cães, homens, aves e animais silvestres.
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Clima quente e chuvoso.
· Cosmopolitas.
· Variam com a espécies – podem viver próximos aos criadouros e podem voar grandes distâncias.
· Presentes em todas as regiões do Brasil.
IMPORTÂNCIA
· Espoliação sanguínea, irritação do hospedeiro.
· Transmissão mecânica de patógenos: Anemia infecciosa equina, Trypanosoma equinum, T. vivax, ovos de D. hominis (hospedeiro forético), anaplasmose e pasteurelose.
CONTROLE
· Baixos níveis populacionais (baixa prevalência).
· Moscas adultas: aplicação de inseticidas sistêmicos e tópicos e de repelentes nos animais (proteção). Confecção de armadilhas – painéis escuros e pegajosos.
· Larvas e pupas: medidas caras e pouco efetivas, é mais indicado acabar com os criadouros (drenagem) ou evitar locais próximos a eles.
25/05 – Q5
Família: Muscidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Diptera
· Família: Muscidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Moscas importunadoras.
· Tórax acinzentado com 4 faixas negras longitudinais.
· A família Muscidae possui entorno de 4500 espécies, na região neotropical – 843 espécies com 85 gêneros.
· Espécies de alta prevalência.
· Subfamílias:
Muscinae: aparelho lambedor (Musca domestica).
Stomoxydinae: aparelho pungitivo (Stomoxys calcitrans e Haematobia irritans).
· Desenvolvimento holometábolo (larva com 3 estádios).
CICLO BIOLÓGICO 
EPIDEMIOLOGIA E DISTRIBUIÇÃO
· Ambientes quentes e úmidos.
· Maiores taxas populacionais em períodos chuvosos.
CONTROLE
· Larvas: acabar com os criadouros – destino correto de lixo e de esterco, aplicação de inseticidas nos criadouros.
· Adultos: colocar armadilhas (cartões impregnados), grades de eletrocussão, telagem e aplicação de inseticidas.
Musca domestica
· Mosca da cozinha.
· Tamanho médio (5-9 mm), tórax acinzentado com 4 faixas longitudinais, abdome amarelo/marrom. 
· Não são parasitas obrigatórios.
· Muito ativa (regurgitam e defecam frequentemente), possuem hábitos diurnos.
· Ciclo biológico: ciclo total de 10 a 49 dias. 
· Alimentação: dieta solubilizada (aparelho lambedor/ sugador), são atraídas por secreções dos hospedeiros.
· Criadouros: matéria orgânica em decomposição rica em nutrientes, locais úmidos e sombreados (locais com fezes e lixo).
· Importância: Importunação (queda de produção) e veiculação de patógenos (patas, corpo, labela, regurgitação e fezes).
Principal hospedeiro forético da D. hominis e é o hospedeiro intermediário de Habronema e Raillietina (endoparasitas).
Stomoxys calcitrans 
· Mosca dos estábulos.
· Tamanho médio (5-9 mm), tórax acinzentado com 4 faixas longitudinais, abdome cinza com manchas. 
· Aparelho bucal pungitivo (picador/sugador) com palpos curtos
· Macho e fêmea são hematófagos (possuem picada dolorosa). 
· Ciclo biológico: ciclo total de 12 a 60 dias. 
· Hospedeiros: bovinos e equinos.
· Criadouros: locais úmidos com matéria vegetal em decomposição, misturada a fezes e locais próximos a usinas de cana de açúcar.
· Importância: espoliação sanguínea, causando incômodo, agitação e queda na produção.
Podem ser hospedeiros intermediários de Setaria e Habronema (endoparasitas) e hospedeiro forético de D. hominis, além de fazer a transmissão mecânica de vírus, bactérias e Trypanosoma sp. 
Haematobia irritans 
· Mosca dos chifres, pouso com as asas abertas (formato triangular – asa delta) de cabeça para baixo.
· Tamanho pequeno (4 mm), tórax acinzentado com 4 faixas longitudinais, abdome amarelo/marrom. 
· Aparelho bucal pungitivo com palpos grossos e longos.
· Machos e fêmeas hematófagas.
· Hospedeiros: bovinos - preferem animais escuros, alimentam-se em diferentes regiões do corpo (vários repastos por dia).
· Criadouro: fezes recentes de bovinos (local de postura), passam apenas 2% de sua vida fora do hospedeiro (ovos, larvas e pupas desenvolvem-se nas fezes).
· Importância: espoliação sanguínea, podem causar irritação, estresse e feridas cutâneas.
São os principais vetores de Stephanofilaria.
27/05 – Q6
ORDEM: SIPHONAPTERA
(pulgas)
· Famílias importantes: 
Pulicidae: não penetrantes
Xenopsylla cheopis
Pulex irritans
Ctenocephalides canis 
Ctenocephalides felis
Tungidae: penetrantes (fêmeas)
Tunga penetrans
· Aproximadamente 3000 espécies, no Brasil, são 60 espécies em 8 famílias.
· Os adultos são hematófagos – ectoparasitas obrigatórios.
· Vetores de doenças.
· Insetos pequenos (1 a 3 mm), corpo achatado lateralmente, pernas desenvolvidas (principalmente o 3º par), aparelhos bucal picador-sugador, ápteros.
· Possui dimorfismo sexual nítido: fêmeas possuem a extremidade do abdome arredondada e os machos afilada. 
Família: Pulicidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Siphonaptera
· Família: Pulicidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Tórax longo e mandíbulas curtas.
· Desenvolvimento holometábolo (3 estádios larvais).
· Adultos possuem vida parasitária, outros estágios possuem vida livre.
· O ambiente mais seco favorece asobrevivência destes animais.
CICLO BIOLÓGICO 
· O ciclo total ocorre em 25 a 30 dias.
· Adultos machos e fêmeas vivem sob o hospedeiro (mamíferos) ou no ambiente que buscam o hospedeiro apenas para se alimentar.
· As pulgas possuem o ciclo intestinal muito rápido, assim grande parte do conteúdo defecado não está totalmente digerido, este conteúdo seca e cai no solo, servindo de alimento para os outros estágios de desenvolvimento.
· As fêmeas depositam cerca de 400 a 1800 ovos, sendo 3 a 20 ovos/dia.
· O período de incubação dos ovos é de 2 a 4 dias.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Parasitismo:
Espoliação sanguínea, inflamação, eritema e pápula (incômodo animal).
Prurido intenso e irritação.
Dermatites e alergias (50% dos casos em gatos - DAPP)
· Vetores de patógenos:
Vírus, bactérias, protozoários e helmintos.
CONTROLE E PREVENÇÃO
· Foco nos hospedeiros e no ambiente.
· Apenas 5% da população de pulgas são adultas, os 95% estão em vida livre (ovos, larvas e pupas).
· Hospedeiro: catação manual (escovação com pente fino).
· Ambiente: limpeza frequente, varrição, lavagem ou aspiração.
Manejo da vegetação, poda e corte.
Uso de calçados e luvas.
Combate de roedores.
· Métodos químicos: funcionam tanto para os animais, quanto para o meio ambiente – inseticidas, sabão, talco, comprimidos, coleiras.
Ctenocephalides sp 
· Fase adulta no hospedeiro.
· Características: presença de ctenídeos, mesopleura dividida, espermateca não pigmentada e cerdas antipigidiais. 
· Hospedeiros: cães e gatos.
· Não transmitem doenças para o homem.
· Importância: 
É o hospedeiro intermediário de Dipylidium Caninum e Dipetalonema reconditum.
É o vetor de Rickettsia felis.
· C. canis: mais prevalente em extremos de temperatura.
· C. felis: mais prevalente em temperaturas amenas (próximo aos trópicos).
Xenopsylla cheopis
· Hospedeiro: ratos e camundongos.
· Características: várias cerdas no occipício, mesopleura dividida no 2º par de patas e espermateca pigmentada.
· Cosmopolita.
· Distribuída em todos os estados brasileiros.
· Fase adulta no hospedeiro.
· Importância: 
É o hospedeiro intermediário de Hymenolepis spp.
É o vetor de Yersinia pestis (peste bubônica) e Rickettsia typhi (tifo murino).
Pulex irritans
· Hospedeiro: vários.
· Características: uma cerda no occipício, mesopleura não dividida no 2º par de patas e espermateca não pigmentada.
· Fase adulta no hospedeiro.
· Pulga do homem ou das casas
· Cosmopolita e pode ser encontrada em todos os estados do Brasil.
· Não transmitem doenças.
27/05 – Q6
Família: Tungidae
(Tunga penetrans) 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Insecta
· Ordem: Siphonaptera
· Família: Tungidae
· Gênero: Tunga
· Espécie: Tunga penetrans
CARACTERÍSTICAS
· Tórax curto e mandíbulas longas e serrilhadas (pequena – 1mm).
· Desenvolvimento holometábolo (2 estádios larvais).
· Adultos possuem vida parasitária, outros estágios possuem vida livre.
· O ambiente mais seco favorece a sobrevivência destes animais.
· As fêmeas são penetrantes, isto é penetram na pele do hospedeiro durante a vida adulta.
· Hospedeiros: porco, home, cão e gato.
· Importância: causadora da Tungíase (bicho-de-pé).
CICLO BIOLÓGICO 
· O ciclo total dura entre 20 a 30 dias.
· Adultos machos e fêmea emergem do pupário, as fêmeas penetram na pele (região subcutânea), alimentando-se no local.
· A cópula pode ser feita em cima da pele do hospedeiro ou após a penetração da fêmea.
· Após 7 dias de parasitismo, a fêmea já está apta a fazer a postura de ovos (entorno de 100 ovos/fêmea), ela os joga no ambiente, através de um orifício na pele do hospedeiro.
· A larva de primeiro estádio eclode do ovo e realiza seu desenvolvimento no solo.
· Após o período de 15-21 dias a fêmea morre.
PATOLOGIA E SINAIS CLÍNICOS
· Localização: planta dos pés, patas, sob unhas e espações entre os dedos.
· Sinais clínicos: Lesão furuncular bem arredondada eritematosa, prurido intenso e dor.
· Problemas: lesões múltiplas, automutilação.
· Importância: veiculação de Clostridium tetani e C. perfringes.
CONTROLE E PREVENÇÃO
· Foco nos hospedeiros e no ambiente.
· Apenas 5% da população de pulgas são adultas, os 95% estão em vida livre (ovos, larvas e pupas).
· Hospedeiro: retirada mecânica e bandagem. Ambiente: limpeza frequente, varrição, lavagem ou aspiração.
Manejo da vegetação, poda e corte.
Uso de calçados e luvas.
Combate de roedores.
· Métodos químicos: funcionam tanto para os animais, quanto para o meio ambiente – inseticidas, sabão, talco, comprimidos, coleiras.
27/05 – Q6
ORDEM: PHTHIRAPTERA
(piolhos)
· Adultos com tamanho de 1 a 11 mm. Piolhos achatados dorso-ventralmente, presença de garras nas patas e são ápteros.
· Piolhos espécie-específicos.
· São 532 espécies em 15 famílias.
· Parasitam tanto mamífero, quanto aves.
· Subordens: 
· Podem ser divididos em piolhos mastigadores (Amblycera e Ischnocera) e piolhos sugadores (Anoplura).
· Características: 
· Espécies importantes - SUGADORES:
Pediculus capitis, P. humanus (homem)
Pthirus pubis (homem)
Haematopinus suis (suínos, H. eurystemus (ruminantes), H. asini (equinos), H. tuberculatus (búfalos)
Linognathus vituli (bovino), L. setosus (cães), L. pedalis (ovinos), L. stenopsis (caprinos)
· Espécies importantes - MATIGADORES: 
Cães: Trichodectes canis, Heterodoxus spiniger
Ruminantes: Bovicola bovis, B. equi, B. caprae e B. ovis
Felinos: Felicola subrostratus
Aves: Menacanthus spp, Monopon gallinae, Goniodes spp, Lipeurus spp, Columbicola columbae (pombos) 
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovos, ninfas e adultos) com 3 estádios ninfais.
· Ovos operculados, conhecidos como lêndeas, depositados junto de uma substância cimentante.
· Importância: 
É o hospedeiro intermediário de Dipylidium caninum
É o vetor de Trichodectes canis
· Não transmitem muitas doenças, já que são espécie-específico, não trocam muito de hospedeiro e não possuem muito tempo de vida livre.
CICLO BIOLÓGICO 
· O ciclo total dura entre 20 a 25 dias.
· Estão sempre sobre o hospedeiro, vive entorno de 24-48 horas fora do hospedeiro.
· Alimentam-se de células de descamação, bárbulas (penugens mais novas), ferimentos em recuperação e sangue, algumas espécie morde a base dos pelos ou das penas para obter sangue.
· Adultos e ninfas possuem o mesmo tipo de alimentação.
· Machos e fêmeas vivem entre 2 a 3 meses.
· A fêmea faz a postura de 7 a 10/ovos (lêndea) dia junto de uma substância colante que fica aderida ao pelo do animal.
· O período de incubação é de 4-7 dias para eclodir a ninfa de primeiro estádio.
· Transmissão: contato direto entre hospedeiros ou fômites (utensílios contaminados que carreiam os piolhos).
Facilitadores: aglomerações, coabitação em locais apertador.
Prevalência: baixo nível nutricional, tempo de vida, falta de higiene e época do ano.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Está relacionada com os hábitos alimentares.
· Sugadores: provocam lesões na pele, patogenia ligada à movimentação e à alimentação. Causam eritema, inflamação da pele e lesões papulosas, com intenso prurido e escoriações.
· Mastigadores: patogenia ligada à movimentação e à alimentação. Causam prurido, escoriações na pele e danificação nas penas. 
TRATAMENTO 
· Métodos mecânicos: catação manual, pentear com pente fino, calor, corte curto do pelo (<0,8 cm), uso de géis e óleos (obstáculos para a aderência).
· Métodos químicos: piolhicidas, inseticidas de contato (sugadores), inseticidas de contato e sistêmicos (mastigadores) – matam apenas para adultos, indicado repetir a aplicação por 3 vezes com intervalos de 10-15 dias.
CONTROLE
· Tratar fontes de infecção.
· Manter boa higiene e nutrição.
· Evitar animais errantes (principalmente aves).
· Limpeza e esterilização de fômites (objetos e superfícies contaminados com parasitas).
27/05 – Q7
CLASSE ARACHNIDA
MORFOLOGIA 
· Corpo fundido.
· 4 pares de patas.
· Sem antenas. 
· Apenas a ordem Acari é parasitária.
ORDEM: ACARI 
(ácaros e carrapatos) 
CARACTERÍSTICAS
·Corpo globoso.
· Divisões do corpo:
Gnatossoma: contém as quelíceras, os palpos e hipostômio (Alguns livros chamam o Gnatossoma de cefalotórax).
Idiossoma: restante das estruturas do corpo (abdômen).
· Ciclo com 4 estágios:
· Subordens: 
ÁCAROS 
Família: Sarcoptidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Sarcoptidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Doença inflamatória da pele – SARNA.
· Ácaros escavadores, escavam túneis na pele dos hospedeiros.
· Gêneros:
Sarcoptes: S. scabiei com diferentes variedades (hominis, canis, bovis, ovis, caprae e suis). 
Corpo globoso, pequeno (0,3 a 0,4 mm), cutícula fina come strias.
Gnatossoma curto (comprimento e largura iguais). 
No idiossoma, patas curtas com formato triangular e cerdas, distanciamento grande entre o 2º e o 3º par, corpo coberto de espinhos.
Notoedres: N. cati, N. muris e N. cuniculi
· Desenvolvimento hemimetábolo com 2 estádio ninfais (1º estádio - proto e 2º estádio - deutoninfa).
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total entre 14 a 20 dias.
· Os adultos macho e fêmea vivem sob a pele do hospedeiro, embaixo de crostas formadas pela doença, ali realizam a cópula.
· Após a cópula, a fêmea escava túneis na epiderme do hospedeiro e faz a postura de ovos nestes locais.
· Em 48 horas, as larvas eclodem, migrando para locais mais superficiais. Na superfície, entorno de 4 dias torna-se adulto.
· Todos os estágios de desenvolvimento se alimentam de células e materiais do exsudato do hospedeiro.
· Transmissão: contato direto ou fômites.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: Está diretamente relacionada à perfuração da epiderme do hospedeiro pelas fêmeas e pela presença de produtos que irritam a pele (ácaros, produção de excreção, saliva e ovos).
· Sinais clínicos: inflamações da pele com regiões eritematosas, alopecia, formação de crostas (exsudação da linfa e descamação) e prurido intenso (principalmente a noite).
· Sarna sarcóptica: Sarcoptes sp - Acomete todas as raças e idades, sendo que os jovens são mais acometidos (cães e suínos).
· Sarna notoédrica: Notoedres sp – Acomete gatos e coelhos, na região das orelhas e na face (região nasal).
EPIDEMIOLOGIA
· Relaciona-se com o tamanho da população espaço/animal e a movimentação.
· Cada variedade está adaptada ao seu hospedeiro específico, se a espécie de ácaro infectante não está em seu hospedeiro específico os sinais clínicos são mais brandos e é capaz do animal conseguir curar-se sozinho.
DIAGNÓSTICO
· Clínico: anamnese, avaliação do hospedeiro e das lesões (presença de prurido ou não). Exame: localização e o aspecto das lesões.
· Parasitológico: raspagem das lesões e observação ao M.O. (raspagem da epiderme no limite das crostas).
TRATAMENTO, CONTROLE E PROFILAXIA
· Tratamento: acaricidas tópicos ou sistêmicos.
· Controle: Tratar os animais doentes.
· Profilaxia: Separar os animais infestados, manter boa higiene das instalações, esterilizar o ambiente e materiais de uso comum, evitar estresse e evitar acúmulo de animais.
Família: Psoroptidae
(Psoroptes equi) 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Psoroptidae
· Gênero: Psoroptes
· Espécie: Psoroptes equi
CARACTERÍSTICAS
· Corpo globoso cutícula fina, tamanho 0,5 a 0,6 mm.
· Gnatossoma longo e cônico.
· No idiossoma: pernas longas com pedicelo, cerdas ao longo do corpo, distanciamento maior entre o 2º e o 3º par. 
· Ácaros não escavadores.
· Sana psoróptica (Psoroptes sp).
· Espécies: Psoroptes equi com as variedades de cada espécie animal (P. ovis, P. bovis, P. caprae e P. cuniculi).
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adultos) com 2 estádios ninfais.
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total de 10 a 12 dias.
· As fêmeas não escavam galerias na epiderme, todos os estágios de desenvolvimento da espécie ocorrem na superfície da pele, entre a superfície e as crostas formadas pela patogenia da doença.
· Conseguem perfurar a pele do hospedeiro para se alimentar.
· Transmissão: contato direto e fômites.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: picada dolorida (alimentação e movimentação).
· Sinais clínicos: Prurido e alopecia, regiões eritematosas, em fases avançadas forma crostas pardo amareladas.
· Espécies mais acometidas: equinos, coelhos, caprinos, ovinos e bovinos.
DIAGNÓSTICO
· Clínico: anamnese, avaliação do hospedeiro e das lesões (presença de prurido ou não). Exame: localização e o aspecto das lesões.
· Parasitológico: raspagem das lesões e observação ao M.O. (raspagem da epiderme no limite das crostas).
TRATAMENTO, CONTROLE E PROFILAXIA
· Tratamento: acaricidas tópicos ou sistêmicos.
· Controle: Tratar os animais doentes.
· Profilaxia: Separar os animais infestados, manter boa higiene das instalações, esterilizar o ambiente e materiais de uso comum, evitar estresse e evitar acúmulo de animais.
27/05 – Q7
Família: Demodecidae
(Demodex sp) 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Demodecidae
· Gênero: Demodex
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Corpo alongado e cilíndrico, cutícula fina, tamanho 0,1 – 0,4 mm.
· Gnatossoma curto.
· No idiossoma: pernas curtas com distanciamento regular e apresenta estrias transversais. 
· Sarna demodécica, vermelha ou folicular – demodicose.
· Parasitam os folículos pilosos ou glândulas sebáceas.
· Espécies importantes: Demodex follicullorum (homem), D. brevis (homem), D. phylloides (suínos), D. caprae, D. bovis, D. canis, D. cati, D. cuniculi e D. ovis.
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adultos) com 2 estádios ninfais.
· Hospedeiros: os cães são a espécie mais sensível, é um residente normal da pele canina (não desencadeiam patogenias se o animal estiver com um bom sistema imunológico).
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total dura entre 20 a 35 dias.
· Os ácaros vivem na base dos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas associadas aos folículos se alimentando de células epiteliais e exsudato.
· Os machos ocasionalmente sobem à superfície da pele, realizando a cópula e para ser transmitido a outro hospedeiro.
· Transmissão: contato ou por fômites, cães normalmente adquirem a infecção quando neonatos.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: associada à presença dos ácaros nos folículos pilosos, apresentando sinais clínicos moderados ou ausentes. A maioria dos portadores são assintomáticos, alguns mais sensíveis desenvolvem sinais severos e não conseguem combater os ácaros (fatores genéticos ou adquirido em animais adultos – estresse, drogas ou doenças).
· Na fase inicial é mais branda, sarna demodécica localizada. 
· Sinais clínicos: Primeiro contato ou com causa pontual. Na fase inicial, os ácaros nos folículos pilosos se proliferam, levando a uma reação inflamatória local - ponto eritematoso e edemasiado, podem ser em áreas bem distintas, pequenas áreas de alopecia com pouco ou sem prurido. 90% dos casos tem cura espontânea em 3-8 semanas, os outros 10% evoluem para a fase avançada.
Na fase avançada (sarna demodécica generalizada ou úmida), há multiplicação exagerada dos parasitas, grandes extensões acometidas, foliculite, piodermite, microabsessos cutâneos, hiperceratose, intensa alopecia, sangramentos e exsudação purulenta.
DIAGNÓSTICO
· Clínico: anamnese, avaliação do hospedeiro e das lesões (presença de prurido ou não). Exame: localização, evolução e aspecto das lesões.
· Parasitológico: raspagem profunda das lesões e dos pelos, observação ao M.O. 
TRATAMENTO, CONTROLE E PROFILAXIA
· Tratamento: acaricidas tópicos ou sistêmicos.
· Controle: Tratar os animais doentes.
· Profilaxia: Separar os animais infestados, manter boa higiene das instalações, esterilizar o ambiente e materiais de uso comum, evitar estresse e o acúmulo de animais. Descartar animais sensíveis e selecionar as matrizes (tratamento das causas).
27/05 – Q7
Família: Cnemidocoptidae
(Cnemidocoptes sp)
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo:Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Cnemidocoptidae
· Gênero: Cnemidocoptes
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Espécies: Cnemidocoptes mutans (galináceos), C. gallinae, C. columbae (pombos) e C. pilae (periquitos).
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adulto) com 2 estádios ninfais.
· Transmissão: contato direto ou fômites.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: alimentação, produtos de excreção e ovos.
· Ácaros sedentários, não se movimentam muito no hospedeiro.
· Sinais clínicos: Inflamação da epiderme – proliferação de tecido alveolar com câmaras repletas de ácaros (deformação), evolução lenta e pouco pruriginosa. 
DIAGNÓSTICO
· Clínico: anamnese, avaliação do hospedeiro e das lesões. Exame: localização, extensão, evolução e aspecto das lesões.
· Parasitológico: raspagem do tecido esponjoso das lesões e observação ao M.O. 
TRATAMENTO, CONTROLE E PROFILAXIA
· Tratamento: acaricidas tópicos (pomadas e soluções) ou sistêmicos.
· Controle: Tratar os animais doentes.
· Profilaxia: Separar os animais infestados, evitar animais errante e a movimentação dos doentes.
Cnemidocoptes mutans 
· Sarna cnemidocóptica.
· Patas das galinhas, pombos, perus e outras aves. 
· Nas patas, os ácaros sobrevivem entre as escamas, provocando a formação de um tecido alveolar o que causa inflamação e produção de tecido alveolar esponjoso, causando deformações nas patas e andar com dificuldades.
Cnemidocoptes pilae
· Sarna cnemidocóptica.
· Acomete periquitos.
· Aloja-se em regiões desprovidas de penas, como a base do bico.
· Estimula uma reação inflamatória e crescimento de tecido esponjoso no local de parasitismo, causando deformação nas regiões.
Cnemidocoptes gallinae e Cnemidocoptes columbae
· Acomete a pele de galináceos, base das penas.
· Causa reações inflamatórias, quebras na base e quedas das penas (irritação) e prurido.
27/05 – Q7
Família: Dermanyssidae
(Dermanyssus gallinae) 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Dermanyssidae
· Gênero: Dermanyssus
· Espécie: Dermanyssus gallinae
CARACTERÍSTICAS
· “Piolho” das galinhas, pode atacar outras aves domésticas e silvestres, bem como o homem e outros animais.
· Hematófagos.
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adulto) com 2 estádios ninfais.
· Os organismos podem viver como parasitas nas aves ou no ambiente, procurando as aves sempre que precisam se alimentar.
· Importância: grande capacidade de povoar o ambiente, queda na produção e mortalidade de jovens.
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total ocorre entorno de 7 dias.
· As larvas eclodem dos ovos e não se alimentam, vivem com as reservas do ovo até a muda de protoninfa.
· A cada alimentação feita (repasse sanguíneo) uma muda é realizada até chegar na fase adulta.
· Toda a vez que a fêmea faz o repasse sanguíneo (alimentação), faz, também, a postura de um grupo de ovos.
· Todas as fases de seu desenvolvimento ficam no ambiente.
· Possuem hábitos noturnos de alimentação.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: alimentação 
· Causam espoliação sanguínea e prurido (reação inflamatória).
· Sinais clínicos: Penas secas e quebradiças, regiões eritematosas e hiperqueratose.
DIAGNÓSTICO
· Encontro dos ácaros nos ninhos, esconderijos ou corpo das aves.
TRATAMENTO
· Ambiente: aplicação de acaricidas, limpeza (esterilização de materiais, vazio sanitário, remoção dos ninhos, limpeza de gaiolas).
· Animais: aplicação de acaricidas, isolamento ou substituição de aves parasitadas, evitar movimentação de animais.
27/05 – Q7
Família: Macronyssidae
(Ornithonyssus sp)
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Macronyssidae
· Gênero: Ornithonyssus
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS
· Corpo elíptico, tamanho 1 a 1,5 mm.
· Gnatossoma longo.
· No idiossoma: pernas longas com garras, cerdas e placas (esternal e anal) pelo corpo, estigmas respiratórios.
· Espécies: Ornithonyssus bursa e O. silviarum.
· “Piolho” das galinhas, pode atacar outras aves domésticas e silvestres, bem como o homem e outros animais.
· Hematófagos.
· Desenvolvimento hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adulto) com 2 estádios ninfais. 
· Os organismos podem viver como parasitas nas aves ou no ambiente, procurando as aves sempre que precisam se alimentar.
· Importância: grande capacidade de povoar o ambiente, queda na produção e mortalidade de jovens.
CICLO BIOLÓGICO
· Ciclo total ocorre entorno de 7 dias.
· Buscam alimento nas aves desde seu estágio larval.
· A cada alimentação feita (repasse sanguíneo) uma muda é realizada até chegar na fase adulta.
· Toda a vez que a fêmea faz o repasse sanguíneo (alimentação), faz, também, a postura de um grupo de ovos.
· Normalmente, vivem sobre o corpo dos animais, em épocas de grandes infestações, podem ser encontrados no ambiente.
· Os ovos podem ser encontrados no hospedeiro ou no ambiente.
· Possuem hábitos noturnos de alimentação.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
· Patogenia: alimentação e movimentação.
· Causam espoliação sanguínea e prurido (reação inflamatória).
· Sinais clínicos: Penas secas e quebradiças, regiões eritematosas e hiperqueratose.
DIAGNÓSTICO
· Encontro dos ácaros nos ninhos, esconderijos ou corpo das aves.
TRATAMENTO
· Ambiente: aplicação de acaricidas, limpeza (esterilização de materiais, vazio sanitário, remoção dos ninhos, limpeza de gaiolas).
· Animais: aplicação de acaricidas, isolamento ou substituição de aves parasitadas, evitar movimentação de animais.
31/05 – Q8
CARRAPATOS 
· Subordem: Ixodida
· Famílias: 
Argasidae (carrapato mole)
Ixodidae (carrapato duro)
Nuttalliellidae
· Ciclo hemimetábolo (ovo, larva, ninfa e adulto) com 2 estádio ninfais (protoninfa e deutoninfa).
· Carrapatos duros possuem um exoesqueleto de quitina e seu capítulo (aparelho bucal) é visível.
· Espécies no Brasil: 
· Características: 
Família: Argasidae
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Argasidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS 
· São os carrapatos moles com ausência de escudo dorsal esclerotizado (cutícula expande totalmente).
· Hábitats áridos ou semiáridos (espécies extremamente resistentes à mudanças ambientais).
· Vivem em nichos dos seus hospedeiros em grandes grupos – parasitismo múltiplo.
Ornithodoros sp
· Espécies: O. brasiliensis
· Hospedeiros: aves, morcegos e outros mamíferos (seres humanos).
· Importância: são vetores de Borrelia burgdorferi (doença de Lyme) e Rickettsia rickettsii.
· Sinais clínicos: o local da picada pode sofrer intenso processo inflamatório.
Toxicose, hiperemia no local, prurido, letargia, febre, anemia não regenerativa, aumento no tempo de coagulação.
· Possui a picada muito dolorosa.
· Alimentam-se e ficam escondidos (chão, forro de telhado) e possuem longa expectativa de vida (até 10 anos em laboratório).
Argas miniatus
· Hospedeiros: aves.
· Carrapato de galinheiro, restrita às Américas do Sul e Central (Gallus gallus).
· Corpo oval, achatado, bordo lateral nítido, tegumento mamilonado e rugoso, aparelho bucal (gnatossoma) na face ventral.
· Todos os estágios são hematófagos (hábitos noturnos)
· Heteroxênico.
· O gênero Argas possui cerca de 60 espécies no mundo e na faixa zona tropical 12 espécies.
· Importância: perdas na produtividade, prejuízos em criações orgânicas e BEA, hematofagismo, transmissão de agentes patogênicos – borreliose aviária (Borrelia anserina). 
· Sinais clínicos: em aves jovens pode causar paresia (neurotoxina induzida pelas larvas), irritação, diminuição na postura e menor desenvolvimento das aves novas.
· Morfologia: 
Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido, possuem coloração castanho-claro;
Achatado dorso-ventralmente, corpo estreito com as faces dorsal e ventral bem separadas, apresenta áreas quadrangulares na margem;
Aparelho bucal na face ventral, não possuem olhos, nem placas ventrais;
Peritemas saltados entre o terceiro e o quarto par de patas;Macho mede cerca de 4 a 5 mm de comprimento e a fêmea de 7 a 10 mm.
· Ciclo biológico: Ciclo total em 2 meses.
Adultos ingurgitam sobre a ave;
Fêmea cai e faz a postura dos ovos (600 ovos), o período de incubação dos ovos é de 3 semanas;
Larvas hexápodes fixam-se na ave e ingurgitam (5 a 10 dias), após o período caem e fazem ecdise;
Ninfas 1 (protoninfa) fixam-se na ave para alimentação, caem e fazem ecdise para ninfas 2;
Ninfas 2 (deutoninfa) sobem na ave e ingurgitam;
No solo as ninfas 2 passam a adultos, machos e fêmeas;
Adultos sobem na ave e alimentam-se.
· Controle: é difícil (alta sobrevivência ao jejum), necessário ter cuidado ao introduzir novas aves, aplicação de fosforados ou piretróides carrapaticidas.
31/05 – Q8
Família: Ixodidae
 CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
· Reino: Animalia
· Filo: Arthropoda
· Classe: Arachnida
· Ordem: Acari
· Família: Ixodidae
· Gênero: -
· Espécie: -
CARACTERÍSTICAS 
· Gnatossoma de base retangular, peritrema em forma de disco, 7 festões, coxas de tamanho crescente, possui formato dimorfismo sexual (escudo).
· Maioria das espécies de carrapatos no Brasil.
· Gêneros de maior importância médica e veterinária.
· Conhecidos como “carrapato duro” (escudo no idiossoma). 
· O escudo incompleto pode ser encontrado, nos 2 estádios ninfais e na fêmea adulta (a fêmea necessita de espaço para expandir a cutícula - alimentação). 
· O escudo completo é encontrado apenas nos machos.
· A postura dos ovos ocorre sempre no ambiente, tanto das espécies monoxênicas, quanto de espécies trioxênicas.
· Ciclo monoxênico: espécies Rhipicephalus microplus (boi) e Dermacentor nitens (orelha do cavalo).
Todo o ciclo evolutivo ocorre em um único hospedeiro.
· Ciclo trioxênico: espécies Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma sp.
O ciclo evolutivo ocorre em vários hospedeiros, a cada estágio/estádio evolutivo o hospedeiro é trocado (a muda ocorre no ambiente).
Amblyomma sculptum e Amblyomma cajennense
· “ carrapato estrela”.
· A. sculptum gnatossoma longo com base retangular, corpo globoso, 2 palpos sensoriais. Escudo ornamentado, peritrema triangular, 11 festões. Apresenta dimorfismo sexual – machos possuem escudo completo e fêmea incompleto.
· Hospedeiros: equídeos, antas, capivaras e porcos selvagens (pode parasitar humanos).
· Importância: principal vetor de Rickettsia rickettsii (febre maculosa) e de Borrelia (doença de Lyme);
Queda na produção e na produtividade, depreciação do couro e comprometimento estético aos animais.
· Sinais clínicos: espoliação sanguínea (hematofagia intensa), inoculação de toxinas com efeitos paralisantes e as vezes fatais durante sua alimentação;
Picada dolorosa, causando reação inflamatória local e acompanhada de febre e estresse.
· Ciclo biológico: Todas as mudas ocorrem no ambiente e são necessários 3 hospedeiros distintos para completar o ciclo (trioxeno).
A fêmea faz a postura de 6 a 8 mil ovos.
· Controle: 
Fases imaturas são mais sensíveis aos carrapaticidas;
Tratamentos químicos estratégicos com banhos nos animais infestados no período de prevalência de larvas e ninfas (abril-outubro);
Tratamento dos animais infestados – catação manual;
Limpeza das áreas de pastagem dos animais;
Impedir o acesso de equinos a áreas de mata.
Rhipicephalus sanguineus
· Gnatossoma curto de base hexagonal, peritrema em forma de vírgula, os machos possuem 2 placas adanais e apêndice caudal, 11 festões e coxa bífida.
· Hospedeiros: cães (carrapato vermelho do cão), um só cão é capaz de manter a população de carrapatos. Machos são mais parasitados.
· Cosmopolita – Ixodídeo mais amplamente distribuído no mundo. Encontrado em todos os estados brasileiros nas diversas estações.
· Todos os estágios são hematófagos.
· Ciclo biológico: Ciclo total em 121 dias em condições naturais.
Todas as mudas ocorrem no ambiente e são necessários 3 hospedeiros distintos para completar o ciclo (trioxeno).
A postura ocorre no ambiente.
O ciclo biológico sofre influência de fatores bióticos. 
· A espécie possui geotropismo negativo, em todos os estágios de seu desenvolvimento, o carrapato sobe nos lugares para se abrigar (frestas e buracos).
· Possui hábitos nidícolas, os locais de repouso de seus hospedeiros são importantes para a manutenção das fases não parasitárias.
· Diapausa: tipo de hibernação da espécies, quando não há condições favoráveis ao desenvolvimento.
· Sinais clínicos: espoliações sanguínea, dermatites, desconfortos, paralisia (neurotoxinas), nódulos subcutâneos, anemia em casos de infestação maciça e hiperceratose dérmica no local da picada.
· Importância: podem transmitir Babesia vogeli, Ehrlichia canis, Hepatozoon canis e Rickettsia rickettsii.
· Controle: carrapaticidas em cães, ambiente e vizinhos.
Dermacentor nitens
· “Carrapato da orelha do cavalo”.
· Hospedeiro: equídeos.
· Possui o peritrema bem evidente no formato de dial de telefone antigo.
· Sinais clínicos: irritação, espoliação sanguínea e lesões escuras no pavilhão auricular, orelha troncha uni ou bilateral.
· Importância: 
Transmissor de Babesia caballi – Babesiose equina (queda no desempenho e morte).
Depreciação dos animais em termos zootécnicos e econômicos, dificulta a comercialização e transporte de animais entre países.
Queda na produtividade com predisposição a miíases e infecções bacterianas secundárias.
· Ciclo hospedeiro: Ciclo total em 63 dias.
O ciclo ocorre todo em um único hospedeiro (monoxênico).
Período parasitário das larvas e ninfas – 25 a 28 dias.
A postura dos ovos ocorre no ambiente.
· Controle: banhos e tratamentos estratégicos com carrapaticidas (piretróides) nos pavilhões auriculares.
Rhipicephalus microplus
· “Carrapato do boi”
· Gnatossoma curto de base hexagonal, peritrema oval ou circular, machos com 4 placas adanais e apêndice caudal, não possui festões.
· Hospedeiro: bovinos, bubalinos, equídeos, cervídeos, cães e pequenos ruminantes.
· É distribuído em todo o Brasil.
· Sinais clínicos: irritação e desconforto no animal, dermatite, inflamações nos locais da picada, espoliação sanguínea, prurido, nódulos subcutâneos e hiperceratose dérmica no local da picada. 
· Importância: 
É o vetor de Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale (causa tristeza parasitária bovina).
Pode causar infecções secundárias e miíases.
Prejuízos econômicos e à produção de carne e leite, pode também provocar danos ao couro.
· Ciclo hospedeiro: Ciclo total 21-23 dias.
O ciclo ocorre todo em um único hospedeiro (monoxênico).
Fases não alimentadas podem entrar em diapausa.
A postura dos ovos é feita no ambiente (3 a 4 mil ovos).
· Controle: tratamento estratégicos dos animais com banhos, utilizando carrapaticidas (tratamentos concentrados em uma época do ano). 
Necessário realizar o biocarrapaticidograma e respeitar o intervalo entre os tratamentos.
Tratar animais novos no rebanho.
Fazer rotação de pastagens.
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