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Zootecnia de ruminantes AULA 4

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Zootecnia de ruminantes 
Prof.ª ME Tainá Freitas 
Zootecnia 
A Zootecnia ou produção animal é a ciência que visa desenvolver e aprimorar as potencialidades dos animais domésticos e domesticáveis, silvestres e de companhia com a finalidade de incrementar sua produção com o aprimoramento da nutrição, seleção genética, sanidade, reprodução e bem-estar.
Introdução 
Os ruminantes são mamíferos herbívoros que se caracterizam por mastigar novamente o alimento que retorna do estômago. 
Esses animais apresentam também um estômago dividido em quatro compartimentos. 
Introdução 
A divisão do estômago dos ruminantes em compartimentos é de extrema importância, pois permite um melhor aproveitamento da celulose
Processo digestivo 
É o mecanismo através do qual o animal realiza a Digestão, Absorção e Metabolismo dos nutrientes do alimento ingerido.
DIGESTÃO: degradação (quebra) dos alimentos para serem absorvidos;
ABSORÇÃO: mecanismo ativo ou passivo de entrada dos nutrientes do lúmen do trato digestivo para dentro do organismo do animal;
METABOLISMO: processamento dos nutrientes absorvidos para retirada de energia e síntese de substâncias essenciais para as células. 
Sistema digestório dos ruminantes
Possui dois compartimentos para atividade fermentativa microbiana (rúmen, retículo) 
E um compartimento de transição (omaso) que antecedem o compartimento gástrico propriamente dito (abomaso) onde ocorre a digestão gástrica, isto é, um estômago composto. 
Sistema digestório dos ruminantes
Digestão 
Forças Mecânicas: mastigação, contrações musculares;
Fermentação microbiana no pré-estômago (rúmen, retículo)
Ação química do Ácido Clorídrico e enzimática no estômago (abomaso), e intestino delgado;
Atividade fermentativa microbiana no intestino grosso (ceco e cólon)
Rúmen 
É o maior das 4 partes , preenche quase todo lado esquerdo da cavidade abdominal.
É uma câmera fermentativa ( bactérias , fungos e protozoários).
Condições para a sobrevivência desses microrganismos: Ph, temperatura, umidade e substratos. 
Rúmen 
Depois de deglutido o alimento é amassado e sofre a ação de bactérias, protozoários e fungos que degradam a celulose encontrada no alimento ingerido.
Depois de fermentados, os carboidratos dos vegetais (celulose, amido e açucares) produzirão ácidos orgânicos que serão absorvidos pelas papilas ruminais 
Fornecendo : energia, vitaminas, metano e gás carbônico
Retículo 
Se movimenta junto ao rúmen
É responsável pela regurgitação
No retículo existem glândulas salivares cheias de bactérias e protozoários , que continuam a degradação da celulose.
Também é responsável pela retenção de corpos estranhos como pregos, arames. 
Omaso 
Absorve água, minerais, ácidos graxos e reduz as partículas alimentares.
Absorve cerca de 60 a 70% de água.
Só a matéria sólida passa para o abomaso.
Ele quem define se o alimento passa para o abomaso ou se volta para o reticulo/rúmen.
Abomaso 
Conhecido como estomago verdadeiro
Localizado ao lado direito do rúmen
Secreta enzimas ( pepsina e pepsinogênio) , hormônios (gastrina), acido clorídrico e água
Ocorre a digestão das proteínas e das bactérias oriundas do rúmen e do retículo.
Intestino 
INTESTINO DELGADO 
Ainda possui digestão química
Absorção de nutrientes – microvilosidades
INTESTINO GROSSO (CECO, COLON E RETO)
Reabsroção de água e eletrólitos
Formação das fezes 
Ruminação e Eructção 
Ruminação
Cerca de 8:00 horas por dia
Eructação
Processo de expulsão dos gases formados durante a fermentação microbiana dos nutrientes ingeridos;
Os principais gases formados são: Metano(CH4), Dióxido de Carbono(CO2) a maior parte , e , Gás Sulfídrico(H2s), Monóxido de Carbono(CO), Gás Hidrogênio(H2) e Gás Nitrogênio(N2);
Bovinos adultos produzem 30 a 50 litros/hora e ovinos 5l/h
Apreensão dos alimentos 
Bovinos: Língua
Caprinos e ovinos : Dentes incisivos inferiores, língua e lábio superior
O processo de digestão inicia-se com a introdução dos alimentos na cavidade oral.
O processo da mastigação tem por finalidade reduzir o tamanho dos componentes da alimentação a partículas menores e misturá-las com a saliva, facilitando a deglutição
Saliva 
Produção contínua, com maiores quantidades na ingestão e ruminação
Saliva 
Facilita a deglutição, fonte de água para o rúmen onde funciona como solvente.
Não contém enzimas digestivas. 
Efeito anti-espumante;
Contém tampões fosfato de sódio e bicarbonato de sódio
 A saliva é hipotônica e alcalina (ph aproximado =8,0)
Poder tampão 
capacidade de manter ph.
É importante para manter o ph ruminal, permitir boa atuação das bactérias e manter a gordura do leite.
A ingestão de concentrado aumenta a velocidade de ingestão de matéria seca (MS), e reduz a produção de saliva por grama de MS do alimento ingerido
A ingestão de forragem reduz a velocidade de ingestão de MS, e aumenta a quantidade de saliva produzida por grama de MS de alimento ingerido
Desequilíbrio do Ph ruminal
Acidose ruminal 
Comum em vacas leiteiras que consomem dietas ricas em carboidratos. Diminui o teor de gordura do leite e causa laminite.
 Acidose subclínica : ocorre quando o pH do rúmen cai abaixo de 5,8. Com isso o crescimento bacteriano é reduzido. 
Sintomas comuns : alta variabilidade na produção de leite , fezes inconsistentes, pouca ruminação e uma depressão geral na aparência da vaca
Desequilíbrio do Ph ruminal
Timpanismo 
Comum em animais de confinamento , quando recebem dietas ricas em concentrados ou ingestão de leguminosas de alta fermentação (alfada).
Timpanismo primário  :aumento na viscosidade do líquido ruminal e há presença de bolhas gasosas na espuma.
Timpanismo secundário : dificuldades funcionais ou físicas à eructação
Desequilíbrio do Ph ruminal
Timpanismo primário
Dieta sem equilíbrio entre volumoso e concentrado
Forrageiras altamente fermentativas;
Grãos com granulometria muito fina
Timpanismo secundário 
Obstrução do esôfago por corpo estranho;
Lesão das vias de manutenção do reflexo de eructação;
Enfartamento ganglionar devido infecções
Formas de controlar o Ph ruminal 
Parcelar a dieta em várias refeições;
Dieta completa (mistura do volumoso com o concentrado)
Uso de Tamponantes e Alcalinizantes
  (bicarbonato de sódio, óxido de magnésio)
Fístula 
Procedimento cirúrgico, onde é realizada uma abertura na região central, do lado esquerdo do animal, onde se localiza o rúmen. É implantado um tubo de silicone para manter o orifício vedado, porém, com acesso ao órgão.
Realizado para : estudos de metabolismo e fisiologia do pré-estômago,  análises de amostras de microrganismos rúmen e transfaunação .
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Pré-ruminantes
Contaminação rumem é lenta
Demora cerca de 6 semanas para se tornarem ruminantes 
Pré-ruminantes 
A entrada de leite no rúmen e sua consequente fermentação por bactérias, resulta em grande produção de ácido lático que será absorvido causando acidose metabólica 
Acidose metabólica: reduz o desempenho animal
Obrigada !
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