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DEFORMAÇÃO PERMANENTE

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 É necessário utilizar vários corpos de prova e, em cada 
um, a aplicação de um par de tensões específico.
 Vários tipos e modelos de comportamento à deformação 
permanente podem ser obtidos nos ensaios:
• Tipo I – Acomodamento plástico (ou shakedown): tendência à 
estabilização para poucos ciclos;
• Tipo II – Acomodamento plástico (ou shakedown): tendência 
à estabilização, porém com um valor alto de DP acumulado 
antes do acomodamento;
• Tipo III – O material não se acomoda;
• Tipo IV – Colapso incremental: ruptura a baixo nº de ciclos.
 Existem diferentes modelos e equações matemáticas que 
buscam descrever a deformação permanente de solos para 
pavimentação. Nesta Instrução de Ensaio é utilizado o modelo 
de Guimarães (2009).
 É utilizada a técnica de regressão não linear múltipla para 
se obter as constantes do modelo.
4. CONCLUSÃO
 A expressão dos vários ensaios permite o cálculo da 
contribuição de cada camada no ATR e a comparação das 
tensões verticais calculadas no dimensionamento com aquelas 
que levam ao comportamento de acomodação do material 
analisado. Ademais, permitam selecionar os materiais de 
forma a definir espessuras adequadas sob este aspecto. 
Assim, a DP é um dos principais parâmetros em ensaios 
dinâmicos, e faz parte também do MeDiNa.
 
Manoel Leandro Araújo e Farias, Engenheiro Dr. – mlaf.engcivil@gmail.com
NORMA DNIT 179/2018 – IE
Pavimentação – Solos – Determinação da deformação permanente – Instrução de ensaio
DEFORMAÇÃO PERMANENTE
1. INTRODUÇÃO
 A Figura 1 mostra um comportamento típico elastoplástico 
dos solos sob cargas repetidas (dinâmicas). A deformação 
total é dividida em deformações permanentes e resilientes.
 
 
 A deformação permanente resulta do comportamento 
plástico, ou seja, quando a camada do pavimento sofre ação 
da carga pelo tráfego de veículo, há uma parcela da 
deformação total que não volta ao seu estado original, 
acarretando no acúmulo de pequenas quantidades de 
deformação não recuperáveis ao longo da vida de serviço do 
pavimento.
 Este defeito estrutural, quando ocorre ao longo de um 
segmento longitudinal da faixa de tráfego nas trilhas de roda é 
denominado de afundamento de trilha de roda (ATR), sendo 
considerado um defeito estrutural grave se passar de certa 
profundidade.
2. NORMAS E PROCEDIMENTOS
 A deformação permanente de solos é normatizada pelo 
norma DNIT-IE 179/2018.
 A norma pode ser aplicada para amostras de britas 
graduadas, materiais estabilizados granulometricamente, solos 
e materiais melhorados, desde que não estabilizados 
quimicamente.
 Durante todo o ensaio a tensão confinante é mantida 
constante (não cíclica).
APOIO
Figura 1 – Deformações resilientes e plásticas sob carga dinâmica
PROCEDIMENTO INICIAL
σ3 (kPa) σd (kPa) Frequência (Hz) N° de ciclos
30 30 2 ~ 5 50
SEQUÊNCIA DE TENSÕES
σ3 (kPa) σd (kPa) Frequência (Hz) N° de ciclos
40
40 2 ~ 5 150.000
80 2 ~ 5 150.000
120 2 ~ 5 150.000
80
80 2 ~ 5 150.000
160 2 ~ 5 150.000
240 2 ~ 5 150.000
120
120 2 ~ 5 150.000
240 2 ~ 5 150.000
360 2 ~ 5 150.000
DNIT-IE 179/2018
𝜀𝑝 % = 𝜓1.
𝜎3
𝜌0
𝜓2
.
𝜎𝑑
𝜌0
𝜓3
. 𝑁𝜓4
𝜓1 𝜓2 𝜓3 𝜓4 R²
0,00085 -0,26 1,41 0,059 0,83
σ3 (kPa) σd (kPa)
Deformação permanente (mm)
ℇ1.000 ℇ10.000 ℇ50.000 ℇ100.000 ℇ150.000
40
40 0,02 0,03 0,04 0,04 0,04
80 0,52 0,57 0,61 0,63 0,64
120 0,64 0,73 0,78 0,81 0,82
80
80 0,28 0,33 0,37 0,38 0,39
160 0,38 0,47 0,53 0,56 0,57
240 0,61 0,70 0,76 0,79 0,80
120
120 0,42 0,47 0,51 0,53 0,54
240 0,73 0,84 0,92 0,95 0,97
360 1,80 2,02 2,17 2,23 2,27
Modelo de Guimarães (2009)
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