Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
WBA0033_v.30 Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem Alterações no desenvolvimento da aprendizagem Transtornos e dificuldades de aprendizagem Bloco 1 Neide Rodriguez Barea Transtornos e dificuldades de aprendizagem • Atrapalha o percurso regular. • Rompe com a progressão esperada. • Causa lacunas. • Gera fragilidades. • Associação com o fracasso escolar. • Pode ser de ordem neurológica, biológica ou psicoemocional. • Sempre há abalos emocionais na presença de transtornos de aprendizagem. Transtornos e dificuldades de aprendizagem Fatores Psicoemocionais. Baixa autoestima Pouca confiança Medo e insegurança Traumas e bloqueios Baixa qualidade de ensino, levando a uma dificuldade de aprendizagem Transtorno neurobiológico e outras situações. TDAH Dislexia - Discalculia Transtornos motores Transtorno do Espectro Autista Deficiências e síndromes Fatores psicoemocionais Atendimento especializado e diagnóstico. Acolhimento e suporte. Psicólogo, psicopedagogo, professor particular, neurologista – equipe. Intervenção assertiva. Motivação do educando. Abertura e boa intenção da escola. Alterações no desenvolvimento da aprendizagem Transtornos específicos da aprendizagem Bloco 2 Neide Rodriguez Barea TDAH Caracterização: trata-se de um amadurecimento mais lento da área frontal do cérebro, o que leva o indivíduo a ter comportamento agitado, impulsivo e/ou dispersivo. O cérebro não consegue inibir a recepção dos estímulos externos, tem um funcionamento diferenciado. Sintomas: agitação, incapacidade de controlar os movimentos, impulsividade (fala e age sem conseguir controlar), pequeno tempo de concentração nas atividades. Os sintomas melhoram com o amadurecimento, mas nunca desaparecem. Relação com o não-aprender: os sintomas do TDAH implicam em um processo de aprendizagem mais lento e fracionado, que leva o educando ao cansaço pelo esforço necessário de controle mental e dos movimentos. Condutas: diagnóstico e atendimento multidisciplinar, emprego de estratégias de estudo (marcação, mapas mentais etc.), orientação aos pais e à escola. (ROTTA et al., 2015) Dislexia Caracterização: comprometimento cerebral nos campos de recepção, compreensão e produção do código escrito. Sintomas: leitura muito lenta ou incapacidade de leitura, compressão da leitura prejudicada, escrita incompreensível ou com falhas relacionadas à ausência de letras e sílabas, bem como inversão de letras. Relação com o não-aprender: todo o processo de aquisição e emprego da linguagem escrita é comprometido, de forma que a aprendizagem é completamente prejudicada, já que o suporte da língua escrita é essencial em nossa cultura. Condutas: diagnóstico multidisciplinar e atendimento especializado (psicopedagogo), emprego de estratégias específicas de leitura e escrita, orientação a pais e escola. (ROTTA et al., 2015) Discalculia Caracterização: comprometimento na contagem, na compreensão de quantidade, no emprego de números, nas operações matemáticas, na interpretação e resolução de problemas e, em alguns casos, prejuízo no raciocínio lógico. Sintomas: não consegue contar, não diferencia quantidades, lê e escreve números com muita dificuldade, não realiza operações matemáticas ou as faz com muitos erros, grandes dificuldades em interpretar e resolver problemas. Relação com o não-aprender: todo o processo relacionado ao campo da matemática é comprometido, mas não há impactos em outras áreas do saber. Condutas: diagnóstico multidisciplinar e atendimento especializado (psicopedagogo), emprego de estratégias específicas para contagem, operações matemáticas e interpretação e resolução de problemas. (ROTTA et al., 2015) Disgrafia e Disortografia Disgrafia Letra ilegível, comprometimento motor. Escrita lenta, traços finos ou grossos, sem padrão, não acompanha a linha da folha de papel. Disortografia Transtorno da produção escrita. Dificuldade de organização, estruturação e produção da escrita. (FERNANDES, 2019) Alterações no desenvolvimento da aprendizagem TEA, deficiências e outros casos Bloco 3 Neide Rodriguez Barea Transtorno do Espectro Autista Socialização Comunicação Comportamento • Inteligência mais ou menos desenvolvida. • Foco de interesse versus dificuldade Deficiências sem comprometimento cognitivo • Braille. • Amplificador de visão.Visual • Verificar condições motoras.Física • Libras. • Amplificador auditivo.Auditiva Comprometimento cognitivo e adaptação curricular Deficiência intelectual Síndrome de Down Paralisia cerebral Teoria em Prática Bloco 4 Neide Rodriguez Barea Reflita sobre a seguinte situação • Imagine que você acabou de ser contratado por uma escola. • Você ainda está em contrato de experiência e na primeira semana de trabalho. • Um aluno chama a sua atenção, pois está usando uma bota ortopédica. No terceiro dia, quando você está acompanhando o intervalo, observa que esse aluno continua correndo e jogando basquete, mesmo com a bota ortopédica no pé. • Você acha estranho e vai conversar com o aluno. Ele relata que estava jogando futebol na escola e foi chutar a bola para fazer um gol, mas errou. Ele ficou tão bravo consigo mesmo que chutou a arquibancada, cuja estrutura é de concreto. • Resultado: quase rompeu os ligamentos do pé direito e precisará usar a bota ortopédica por 20 dias. Reflita sobre a seguinte situação • Apesar da sua orientação, o aluno continua correndo e jogando basquete, alegando que a bota existe justamente para ele poder andar, só não pode chutar. • Nos dias seguintes, você presta atenção no aluno. • Ele sai duas ou três vezes da sala a cada aula, ora para beber água, ora para ir ao banheiro. • Ao sair da sala, vai dançando pelo corredor, chocando-se contra as paredes, falando alto, às vezes vai rodopiando, chegou a ir rastejando. • Em sala de aula, não para na carteira, está sempre em movimento, balançando-se, balançando o que tiver nas mãos, mexe bastante as pernas e as mãos. • Fala initerruptamente, comentando sobre tudo e, muitas vezes, atrapalhando a aula. • Ele é magro, tem olheiras e ninguém gosta muito de estudar com ele. Reflita sobre a seguinte situação • Você vai à secretaria e pede para ler o prontuário do aluno. • Descobre que ele chegou na escola há menos de um ano – atualmente frequenta o sexto ano do ensino fundamental anos finais, passou por outras quatro escola, obteve notas sempre medianas, raramente observava-se um 6,0 em seu boletim, a quase totalidade das notas esteve na casa do 5,0. • Conversando com alguns professores, eles afirmaram que ele é inquieto, impulsivo, fala e se mexe sem parar e atrapalha a aula, que precisa “dar uma andadinha” para se acalmar. • O que essas observações sugerem a você? O que é ideal que aconteça para que esse aluno possa ter uma melhoraria em seu comportamento e em seu processo de aprendizagem? Os sintomas são claros para um quadro de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade: inquietação, impulsividade, notas baixas devido à desatenção, não controla os movimentos, já com comprometimento das relações sociais e pedagógicas. Em uma situação como essa, a escola (coordenador pedagógico, orientador educacional, psicopedagogo ou diretor) precisa posicionar a família sobre a suspeita de um quadro de TDAH e solicitar que se inicie o diagnóstico. Se a família tiver condições financeiras e aceitar bem a ideia (algumas vezes isso não acontece), a escola normalmente encaminha o aluno a um psicopedagogo (que não pode ser o mesmo que trabalha na escola) e ele direciona para a avaliação neurológica. O neurologista encaminha para o neuropsicólogo, que faz testes específicos. O diagnóstico só é fechado após a avaliação do neuropsicólogo e do neurologista. Depois, inicia-se o trabalho de atendimento psicopedagógico na clínica. Norte para a resolução Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Neide Rodriguez Barea Prezado aluno, as indicaçõesa seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 Nos trechos indicados para leitura, você conhecerá mais sobre os transtornos de aprendizagem, também chamados de distúrbios, mais presentes no ambiente escolar. Além dos transtornos mais conhecidos, é possível conhecer a disartria, a dislalia e os diversos tipos de discalculia. Referência: FARIAS, Elizabeth Regina Streisky de; GRACINO, Elza Ribas. Dificuldades e distúrbios de aprendizagem. Curitiba: Intersaberes, 2019, p. 70-88. [Biblioteca Virtual 3.0/Pearson] Indicação de leitura 2 Neste capítulo, você conhecerá sobre o processo de diagnóstico neuropsicológico, ou seja, o processo que o profissional realiza para localizar as pistas que conduzirão à hipótese diagnóstica. Trata-se de um estudo importante, pois permitirá a você conhecer o processo de diagnóstico com mais profundidade. Referência: TRAD, Luciana Isabel de Almeida. Avaliação e intervenção neuropsicopedagógica nas diversas dificuldades e transtornos. Curitiba: Contentus, 2020. p. 53-73. [Biblioteca Virtual 3.0/Pearson] Dica do(a) Professor(a) A educação escolar é preparada para atender processos de aprendizagem que caminhem de acordo com o desenvolvimento regular esperado para cada faixa etária. No entanto, quando um educando não corresponde ao processo, é preciso investigar as causas e realizar intervenções assertivas. Muitas vezes, a escola, a família e o educando precisam de um suporte maior para entender o que está acontecendo. Os sites sérios, dedicados à divulgação das informações sobre os transtornos de aprendizagem, são excelentes suportes para todos. Pesquise por: • Transtorno no déficit de atenção e hiperatividade. • Dislexia. FERNANDES, F. Transtornos de escrita: disgrafia e disortografia. Multirio, 6 set. 2019. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/15211-transtornos- de-escrita-disgrafia-e-disortografia. Acesso em: 10 jul. 2022. ROTTA, N. T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. dos S. Transtorno da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2015. Referências Bons estudos!
Compartilhar