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Princípios gerais dos preparos cavitários 1 � Princípios gerais dos preparos cavitários Princípios de black Pensando na utilização do amálgama, por ser um material com propriedades mecânicas insatisfatórias e ter uma falta de adesão aos tecidos dentais, além disso não ser capaz de reforçar a estrutura dental fragilizada, como o esmalte sem suporte dentinário, Black formulou uma série de princípios gerais, que não é mais seguidos, haja visto a mudança nos conceitos da doença cárie, mas esses princípios ainda norteia um pouco os preparos cavitários. Ao seguir restritamente os princípios de black, resultava em cavidades extensas, preparos com aspectos padronizados, mesmo em dentes com lesões com tamanhos e localização diferentes, o que vai contra a odontologia minimamente invasiva, além disso não consegue garantir o controle da doença carie, não havendo garantias de um dente restaurado ser um dente resolvido. 💡 Um dente restaurado pode voltar a ser cariado. São princípios gerais de Black: � Forma de resistência � Forma de contorno � Forma de retenção � Forma de conveniência � Remoção de dentina cariada remanescente � Acabamento das paredes do esmalte Princípios gerais dos preparos cavitários 2 � Limpeza da cavidade Pilares que regem os atuais preparos cavitários Hoje em dia, segue-se os princípios da odontologia minimamente invasiva, assim, um dente em que há uma lesão de cárie pode ou não ser restaurado, as vezes a lesão não precisa ser aberta, mas, sim, monitorada. Nesses princípios, é preciso atitudes que visem a máxima conservação de estruturas dental sadia. 💡 As vezes é necessário o corte ou desgaste de estruturas sadia, para, por exemplo, fazer um acesso a lesão oculta. São pilares que regem os atuais preparos cavitários: Máxima conservação da estrutura dental sadia Conhecer as características de adesão e resistência dos materiais restauradores Bom senso Preparos cavitários: Cada lesão apresenta uma característica específica, assim como cada dente e devem, portanto, ser tratados de forma individualizada. É importante saber qual material será inserido na cavidade a ser feita . Restaurações e o periodonto No que diz respeito à interação das restaurações com o periodonto, a região mais importante é a porção dental entre a crista óssea e a margem cervical da restauração. É nessa região que se inserem os componentes biológicos responsáveis pela manutenção da homeostasia periodontal, esses componentes são a inserção conjuntiva, a epitélio juncional e o sulco gengival, os quais compõe as distâncias biológicas. O conjunto formado pela inserção conjuntiva e pelo epitélio juncional também pode ser denominado espaço biológico. Princípios gerais dos preparos cavitários 3 Vários preparos cavitários são realizados na região cervical, o sulco gengival não apresenta qualquer união a superfície dental e, por essa razão, é o único componente que pode ser invadido na realização do preparo cavitário. O sulco gengival tem em média 0,69mm, a partir dessa média foi estabelecido que qualquer preparo cavitário só pode entrar na região gengival cerca de meio milímetro 0,5mm), para garantir que se ainda estar no sulco gengival. Porém, quando o espaço biológico é invadido, por um preparo, por exemplo, ele responde com inflamação, haja visto que permite que bactérias e seus produtos alcancem o tecido conjunto. Dessa forma, nenhum preparo em região cervical pode ultrapassar meio milímetro, em direção a área de gengiva, ou seja, intrassulcular. 💡 É preciso que o sulco ou a gengiva estejam saudáveis, pois se estiver inflamada, estará edemaciada. 💡 Quando as distâncias biológicas são invadidas , o próprio organismo promove reabsorção da crista óssea para permitir a migração apical de seus componentes, mas essas resposta tecidual frente às agressões são diferentes para cada indivíduo, mas, normalmente, ela se expressa com a recessão gengival ou formação de bolsa periodontal. Princípios gerais dos preparos cavitários 4 Há condições clínicas que é preciso adentrar o sulco gengival, seja por lesão cervical não cariosa (biocorrosão, escovação…) ou pela doença cárie. Mas, de preferencia, todos os preparos nessa região, devem estar no nível gengival, se, por questões estéticas, tenha que se avançar um pouco, esse avanço não pode ultrapassar meio milímetro. 💡 Se for preciso invadir o espaço biológico em caso de trauma com fratura dental de 1,5 mm intrassulcular, por exemplo, pode-se fazer uma cirurgia de aumento de espaço biológico. 💡 Na recuperação do espaço biológico, retira-se um pouco de osso, tira tecido periodontal e reestabelece o espaço biológico. Existe situações que não é possível fazer o aumento do espaço biológico, na vestibular de um dente antero-superior, por exemplo, e o paciente com sorriso alto, pode-se, então, usar técnicas de ortodontia onde se traciona rapidamente o dente. 💡 Diante disso, quando há uma lesão no espaço biológico, pode- se recorrer a cirurgia periodontal ou movimentação ortodôntica ou a combinação dos dois. Princípios atuais do preparo cavitário � Acesso à lesão � Remoção de tecido cariado � Forma de retenção � Forma de resistência � Forma de conveniência � Forma de contorno Princípios gerais dos preparos cavitários 5 � Acabamento das paredes e margens do esmalte � Limpeza da cavidade 💡 Eles não estão colocados de maneira cronológica, um determina o outro e se mesclam. Os 2 primeiros e os 2 últimos estão dispostos em ordem cronológica, os demais se confundem, pois se mesclam e um determina o outro. Ao fazer uma restauração de uma lesão cariosa, é feito o acesso á lesão (caso seja necessário), remoção do tecido cariado e, a partir da análise da forma da cavidade, deve ser pensado o material a ser utilizado. Muitas vezes, o paciente já chega com uma cavidade e, logo, não precisa fazer o acesso. É feito o acabamento das paredes e das margens cavitárias (mesma broca do preparo em baixa rotação) e depois é feito a limpeza da cavidade para proceder a inserção do material restaurador. Acesso à lesão É o passo operatório realizado quando for necessário acessar a lesão cariosa. Deve considerar o menor gasto possível de estrutura dental sadia. Para isso, utiliza-se uma ponta diamantada e brocas pequenas na turbina de alta rotação. 💡 Lembre-se que o acesso pode ser necessários em alguns casos e outros momentos não. � Classe I Uma vez que se manifestam nas regiões de cicatrículas e fissuras, presentes nas faces livres, sempre permitem o acesso direto, ou seja, faz o acesso exatamente onde está a lesão. Faz o acesso com uma broca ou ponta diamantada pequena em alta rotação e, depois, remove-se a dentina cariada e amolecida, com cureta ou brocas em baixa rotação. Princípios gerais dos preparos cavitários 6 💡 É preciso fazer a radiografia. � Classe II Acesso direto, slot horizontal, slot vertical e tipo túnel O acesso as proximais é mais complicados, o ideal é ter o acesso direto por situações clínicas específicas. Mas, pode-se fazer esse acesso direto pela criação de espaço entre a lesão e o dente vizinho, para isso é feito o acesso mediato com borrachas para afastamento, instaladas 24 a 48 horas antes da sessão de preparo e restauração. Princípios gerais dos preparos cavitários 7 💡 Acesso mediato X Acesso imediato O acesso imediato não é muito utilizado, ele realiza o afastamento para o acesso direto na hora do acesso, por meio de um aparelho de afastamento dental, o qual funcionava como duas cunhas (dois triângulos), que rosqueava o parafuso, entrando um triangulo por cima e outro por baixo, assim, afastando os dentes. Entretanto, gera dor ao paciente. 💡 Pode-se realizar o acesso direto também através do preparo do dente adjacente, quando este apresenta uma lesão cariosa ou uma restauração deficiente. No entanto, as vezes não é possível executar o acesso direto, assim, deve-se priorizar formas de acessoalternativos, que permitem a máxima conservação da crista marginal (importante no reforço dental). Assim, pode se acessar pela horizontal Slot horizontal), no qual o acesso é feito fazendo uma “caixaˮ na horizontal pela face vestibular ou lingual/palatina. 💡 Slot horizontal https://youtu.be/IYmVvbYC0w?si=nJYryqPCWkU2IJSF https://youtu.be/I-YmVvbYC0w?si=nJYryqPCWkU2IJSF Princípios gerais dos preparos cavitários 8 Por outro lado, é possível executar o acesso pela face oclusão, fazendo o chamado Slot vertical. O slot vertical é um tipo de preparo conservador em que o acesso a cárie é realizado na crista marginal. Este preparo é o mais indicado para remoção de cáries proximais em dentes posteriores. 💡 O slot horizontal só está indicado para pequenas lesões, desde que visíveis por vestibular ou lingual e o acesso dos instrumentais seja possível. 💡 Slot vertical https://youtu.be/X_J3PUOuQc?si=NCLjQxPYlIjislfg As vezes já tem acesso na oclusal, assim, pode entrar pela oclusal e chegar na proximal, esse é o chamado acesso tipo túnel. https://youtu.be/X_J3PU-OuQc?si=NCLjQxPYlIjislfg Princípios gerais dos preparos cavitários 9 💡 Esse último acesso é o mais difícil, pois corre o risco de atingir a polpa (corno pulpar mais saliente) ou um dente vizinho. Dessa forma, deve ser feito quando já tem lesão na face oclusal precisando fazer restauração, e quando o corno pulpar está longe. 💡 Esse preparo deve ter no mínimo 2 mm entre a crista marginal e a parte mais oclusal da lesão de cárie. 💡 Quando nenhuma das vias de acesso é possível, resta o acesso oclusal convencional, com o envolvimento completo da cista marginal. � Classe III Princípios gerais dos preparos cavitários 10 Por envolver dentes anteriores, a estética é um ponto bastante importante no acesso dessa classe, diante disso, as lesões tipo classe III devem, sempre que possível, ser acessadas sem envolver a face vestibular. É preferível, assim como na classe II, realizar o acesso direto estritamente proximal, para isso deve-se fazer o afastamento mediato com a borracha de afastamento 2448h antes de realizar o acesso, esse acesso, além dos seus benefícios estéticos, é a alternativa mais conservadora. 💡 Acesso direto estritamente proximal https://youtu.be/OCjjYlRehh8?si=tzTXuBCKiAJVjnR2 Se o acesso já existir por conta de uma lesão, ou seja, situações em que as superfícies livres já se encontrem cavitadas, não é necessário realizar o acesso para remoção do tecido cariado, mas, se não tiver, e não for viável fazer o acesso estritamente proximal, deve-se optar pela via de acesso que acarrete menor desgaste de estrutura dental sadia, ou seja deve-se observar: � A localização da lesão cariosa Se estar mais para vestibular ou palatina (optar pela via de menor desgaste) � Questão estética Se a necessidade de remover tecido sadio for semelhante, esteticamente, é preferível o acesso palatino/lingual, além de preservar a integridade. https://youtu.be/OCjjYlRehh8?si=tzTXuBCKiAJVjnR2 Princípios gerais dos preparos cavitários 11 💡 Acesso palatino/lingual https://youtu.be/DJ1Mo8bm2Ko?si=BAxKwYfvfYBd-AE0 � Classe IV As restaurações desse tipo são proveniente de acidentes, não sendo necessário qualquer tipo de acesso. � Classe V Sempre permite acesso direto ou, muitas das vezes, não precisa fazer, pois já tem o acesso. Remoção do tecido cariado 💡 Quanto de tecido cariado deve ser removido? Vamos analisar ;) O processo carioso é promovido pela placa bacteriana, dessa forma, é possível controlar a progressão da lesão de cárie, seja fazendo medidas de higiene e/ou eliminando fatores retentivos de placas ou pelo selamento da cavidade. As bactérias acidogênicas e acidúricas, presentes no biofilme, produzem ácido lático, o qual, no esmalte, gera porosidade, até que, quando não tratada gera a cavidade. 💡 A cárie é uma doença crônica. Já, na dentina, o ácido lático leva ao amolecimento da dentina e, posteriormente, a cavitação. https://youtu.be/DJ1Mo8bm2Ko?si=BAxKwYfvfYBd-AE0 Princípios gerais dos preparos cavitários 12 💡 Em hipótese nenhuma, lesões cariosas não cavitadas, sejam elas restritas ao esmalte ou com envolvimento dentinário, devem ser restauradas. As que tiverem ativas devem haver medidas de promoção de saúde para reverter o processo DESRE. Dentina afetada É passível de remineralização, mais profunda, mais rígida/firme, fica seca e resistente à remoção mecânica. Deve ser preservada. Dentina infectada A dentina infectada é mais superficial e desorganizada, incapaz de remineralização. Normalmente se apresenta úmida, muito amolecida e sem resistência para remoção. Deve-se fazer a remoção com curetas ou brocas esféricas lisas, em baixa rotação, até chegar na dentina afetada. Princípios gerais dos preparos cavitários 13 💡 ATENÇÃO A presença de alteração de cor na dentina, não é um bom parâmetro para orientar a remoção da dentina. Mas é sabido que, quanto mais escura mais paralisada a lesão. Se atente: Apenas a consistência e o grau de umidade devem ser considerado. 💡 A dureza é o padrão ouro!! 💡 Pode tirar todas as dentinas infectadas das paredes circundantes, de tudo, mas deixe a dentina afetada na parede do fundo. 💡 Se na remoção do tecido amolecido percebe-se que a cavidade está muito profunda e corre risco de exposição pulpar, nem se mexa, pare! É mais preferível fazer a manutenção de dentina amolecida, associada o selamento temporário, do que arriscar uma exposição pulpar ;) Princípios gerais dos preparos cavitários 14 💡 A cárie se espalha como se fosse cones, ou seja, tridimensionalmente nos espaços interprismáticos. Oclusal Em esmalte, em região oclusal, com a base do cone 🔺 (maior) voltada para para a junção amelodentinária e o ápice para fora. Na dentina, a cárie se espalha como cone invertidos 🔻, a base para junção amelodentinária e o ápice para a polpa (ainda bem!. 💡 Por isso se tem cárie oculta. 💡 A cárie se espalha mais na dentina, pois é menos mineralizada que o esmalte→ pH crítico esmalte: 5,5; pH crítico da dentina: 6,2 a 6,5 (o pH não precisa cair tanto 5,5 para desmineralizar, por tanto, a dentina desmineraliza com maior facilidade. Proximal No esmalte, a base do cone (maior) fica voltado para extremidade e o ápice (menor) para junção amelodentinária 🔻. Na dentina, a base está Princípios gerais dos preparos cavitários 15 voltada para a junção amelodentinária e o ápice para polpa 🔻. Bom, e qual técnica a ser utilizada? Deve-se usar broca esférica lisa, nova, de maior tamanho possível na baixa rotação, para não penetrar tanto e chegar na polpa. Usar curetas dentinárias afiadas, sendo que o tamanho deve ser compatível com a cavidade da lesão de cárie. Forma de retenção É a forma dada a cavidade para torná-la capaz de reter a restauração, evitando o seu deslocamento, mas vai depender do material, preste a atenção: � Resina NÃO PRECISA DE PREPARO, NÃO É NECESSÁRIO qualquer forma de retenção, fazendo o uso de um bom sistema adesivo, tem-se uma retenção satisfatória. � Amálgama Devido a ausência de adesão à estrutura dental, a cavidade deve reter e conferir estabilidade à restauração, ou seja, deve ser uma cavidade autoretentiva. Cavidades com paredes paralelas e profundidade igual ou maior que a largura (profundida ≥ largura) são cavidades autoretentiva, não necessitando de adaptações. Entretanto, cavidades grande e rasa, ou seja, profundidade é menor que a largura (profundidade ≤ a largura), não são autoretentivas, assim, deve- se criar mecanismos, características geométricas que favoreçam a retenção: Princípios gerais dos preparos cavitários 16 “Apenas as faces vestibular e lingual devem convergir para a oclusalˮ 💡 Assim a abertura vai ser mais estreita do que a base. 💡 Mesial e distal não devem convergir para oclusal ;) Para isso, deve-se utilizar brocas compatíveis : n. 329 e n. 300. Essas brocas possuem forma de cone invertidos, ou seja,já garantem a convergência das faces V E L para oclusal. 💡 SENDO ASSIM, POR FAVOR, NÃO INCLINE A BROCA, CRIATURA ,) 💡 Para resina, relaxe! Não tem problema, pois é resiliente, o problema para amálgama. Princípios gerais dos preparos cavitários 17 Se, por acaso, a cavidade for muito ampla ou perder uma cúspide, ou seja, cavidades atípicas, deve-se fazer retenções adicionais com a confecção de sulco, canaletas, orifícios e pinos, para reter o amálgama. 💡 ATENÇÃO RELEMBRE Cavidade rasa e larga→ V e L convergem para O Perda de parede e cúspides→ Retenções adicionais 💡 Assim, é atinge-se dois princípios: FORMA DE RESITÊNCIA E FORMA DE RETENÇÃO Pense, assim, ao fazer isso o amálgama estará retido (Forma de retenção) e, logo, com menores chances de deslocar quando tiver submetido a forças oclusais, ou seja, mais resistente (Forma de resistência). Forma de resistência A forma de resistência é a característica dada à cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir às forças mastigatórias. Ela se divide em duas: do material e do remanescente dentário. Quanto a forma de resistência do material restaurador � Espessura mínima de 1,5mm Deve-se criar mecanismo para que a restauração de amálgama seja resistente, uma vez que, o amálgama necessita de pelo menos 1,5 mm de espessura para que sua resistência seja adequada, assim, a profundidade da cavidade deve ser mais que 1,5mm, para que ele tenha essa espessura e, logo, seja resistente. � Parede pulpar paralela ao plano oclusal É necessário que não haja variação de espessura do amálgama ao longa a restauração, é preciso que haja uma espessura constate. Dessa forma, é preciso Princípios gerais dos preparos cavitários 18 que a parede pulpar esteja paralela ao plano oclusal, para ter uma espessura constante e adequada ao longo de toda cavidade. 💡 Aspectos biológicos No 1PMI deve-se ter atenção, para evitar o aprofundamento excessivo da cavidade em direção ao corno pulpar: a parede pulpar deve está plana à superfície oclusal, assim, deve-se fazer o preparo com uma inclinação de 45°. � Ângulo formado entre as paredes circundante e a superfície externa, mais próxima de 90° O ideal é que o ângulo entre as paredes circundantes da cavidade e a superfície externa da restauração seja o mais próximo possível a 90°. Se as pare as paredes V e L forem retas, ficaria menor que 90°, garantindo uma menor espessura de amálgama e, logo, uma menor resistência. 💡 Assim, a convergência de V e L, atende a dois princípios ao mesmo tempo: a forma de resistência e a forma de retenção. Princípios gerais dos preparos cavitários 19 Princípios gerais dos preparos cavitários 20 💡 Classe II Curva reversa de Hollenback É uma curva feita para garantir resistência do material, ela é feita na parede vestibular da caixa proximal de uma classe II, para garantir a obtenção do ângulo de 90° com a superfície externa do dente. Assim, ao invés de ir reto na formação da parede vestibular, faz-se uma ligeira curva, a fim de aumentar a espessura do material na margem da restauração. 💡 Isso apenas na classe II, apenas na parede vestibular e nas restaurações de amálgama. Quanto a forma de resistência do remanescente dentário � Para todos: TODO PREPARO repito: “Todo preparoˮ) deve ter ângulos arredondados, seja amálgama ou resina, uma vez que ângulos retos resultam em concentração de Princípios gerais dos preparos cavitários 21 tensão. � Para o amálgama Toda vez que M e D ficar convergente para oclusal, os primas, pela disposição deles, ficam sem apoio, o que resultaria em uma fratura do esmalte, pela diminuição da resistência do remanescente, haja visto que o esmalte é uma estrutura friável. Assim, deve-se fazer a remoção ou apoio prévio com material adesivo de estrutura sem suporte dentinário. “As paredes proximais (caixa oclusal) devem estar paralelas ou divergentes para oclusalˮ 💡 ASSIM M e D estando plana ou ligeiramente divergente atende o princípio de resistência ao remanescente. 5 Forma de conveniência Princípios gerais dos preparos cavitários 22 💡 Essa etapa pode vir antes ou depois, pode variar. É a etapa que visa possibilitar a instrumentação adequada da cavidade e a inserção do material restaurador, além disso, diz respeito a trabalhar na forma mais conveniente e confortável para o profissional, para isso deve-se criar mecanismos: � Isolamento do campo operatório � Uso de grampo retrator � Uso de fio retrator (retrai 0,5mm) � Afastamento interdental para acesso direto 💡 É tudo que for facilitar a vida ;) Forma de contorno Define a área de superfície do dente a ser incluído no preparo cavitário. Ela corresponde ao somatório de tudo que foi dito, pois tudo interfere na forma de contorno: 💡 Como exemplo: classe II a forma de acesso define a forma de contorno, uma lesão de cárie define a forma de contorno, fratura, convergência de V e L para oclusal, bizel… Fatores que interferem: � Profundidade de extensão da lesão cariosa � Acesso � Material odontológico utilizado � Relação com o periodonto Princípios gerais dos preparos cavitários 23 � Retenção e resistência � Aspecto biológico %, estético (*) e mecânicos (#) 💡 % Preparo no 1PMI (* Classe V margem não próxima da gengiva, joga um pouco para baixo (subgengival) (# Se tem o preparo em que o contato oclusal está na interface, aumenta um pouco, para bater ou só em dente ou só em restauração. Acabamento das paredes e margens do preparo Corresponde a remoção dos prismas de esmaltes fragilizados e prismas desapoiados, isso é fundamental para manutenção da longevidade. 💡 Regulariza com cureta e recortador de margem gengival Limpeza da cavidade Corresponde a remoção de partículas remanescentes das paredes cavitárias possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade completamente limpa. Pode ser feito com produto químico, mas tem que ser compatível com o material: � Uso de ácidos � Jato de ar/água Princípios gerais dos preparos cavitários 24 💡 Aqui é elite, o maioral, esse sim é indispensável ;) � Solução digluconato de clorexidina 2%