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Fisioterapia Aquática Prof. Cibelle C Cesar CONCEITO A Fisioterapia Aquática, também conhecida como Hidroterapia (“hydor”= água e “therapeia”= cura) ou Hidrocinesioterapia, é o emprego de exercícios terapêuticos, utilizando os princípios físicos da água e seus efeitos fisiológicos, visa proporcionar a cura e prevenção de doenças, além da promoção a saúde. HISTÓRIA - O uso do tratamento utilizando banhos fontes e piscinas se iniciou antes de Cristo nos rios da Mesopotâmia, Egito, Índia e China; - Os rituais das aguas curativas aparecem também nas culturas gregas, hebraicas, romana e cristã; - As raízes da reabilitação aquática atual derivam dos antigos spas europeus e americanos. Fisioterapia Aquática Brasil A hidroterapia científica teve seu início na Santa Casa do Rio de Janeiro, com banhos de água doce e salgada, com Artur Silva, em 1922, que comemorou o centenário do Serviço de Fisiatria Hospitalar, um dos mais antigos do mundo sob orientação médica. Acessibilidade na Piscina Uma piscina com acessibilidade potencializa a interação entre todos. Elevadores Paredes de transferências Itens recomendados segundo a Norma nᶱ 9.050/04 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): - Piso antiderrapante; - Escadas com piso antiderrapante; - Degraus submersos com bordas arredondadas; - Corrimão perimetral de apoio; - Iluminação da área. Condição IDEAL Hidrocinesioterapia Considerada a base para todos os métodos dentro da Fisioterapia aquática. É necessário o conhecimento das propriedades físicas, hidrodinâmica e termodinâmica da água assim como a anatomia, fisiologia e a biomecânica corporal. Flutuação Pressão Hidrostática Temperatura Objetivo da Hidrocinesioterapia - Alívio da dor; - Redução de edema; - Manter ou restaurar ADM; - Preservar a velocidade de consolidação da fratura; - Retornar o paciente à função o mais precocemente possível. PRINCÍPIOS FÍSICOS DA ÁGUA • Densidade • Flutuação • Pressão Hidrostática • Refração • Tensão Superficial • Viscosidade • Turbulência MASSA E PESO • MASSA: é a quantidade de matéria existente num corpo. • PESO: é o efeito da gravidade atuando sobre um corpo. DENSIDADE É a propriedade que determina se um objeto ira flutuar; É a relação entre a massa do objeto e a igual massa de volume de água deslocado/ < 1 o objeto irá flutuar; > 1 o objeto irá afundar; = 1 o objeto flutuará logo abaixo da superfície da água Podemos quantificar a densidade através de uma equação simples: Densidade= massa ____________________________ volume DENSIDADE RELATIVA Varia de acordo com: • Sexo • Idade • Quantidade de ar nos pulmões • Tipo de tecido: • dr da massa gorda = 0,8 g/cm3 • dr da massa óssea = 1,5 g/cm3 • dr da massa magra = 1,0 g/cm3 FLUTUAÇÃO Um corpo na agua esta sujeito a duas forças opostas: Gravidade atuando através do centro de gravidade; Flutuação atuando no centro de flutuação; É um empuxo de baixo para cima que atua na direção oposta à força da gravidade. UTILIZAÇÃO DA FLUTUAÇÃO NAS TERAPIAS - Assistência; - Resistência; - Apoio ou suporte. Podem ser aumentados com uso de flutuadores. CENTRO DE GRAVIDADE (CG) X CENTRO DE FLUTUAÇÃO (CF) • CG: é o ponto no qual atua a força da gravidade • Varia de acordo com a estrutura física, sexo, idade e forma • CG = interior da pélvis, a frente de S2 • CF: é o centro do volume de água que é deslocado quando um corpo é imerso • CF = no meio do tórax, na altura dos pulmões CENTRO DE GRAVIDADE X CENTRO DE FLUTUAÇÃO Pressão Hidrostática Lei de Pascal: a pressão exercida igualmente sobre todas as partes do corpo imerso em repouso a uma determinada profundidade; O efeito da pressão hidrostática varia de acordo com a profundidade que o corpo é submerso, quanto maior a profundidade, maior será a pressão exercida. Pressão Hidrostática PRESSÃO HIDROSTÁTICA • EFEITOS TERAPÊUTICOS: • Redução de edemas; • Atenuação de movimentos espasmódicos; • Aumento da coordenação; • Ajuda na sensação de ausência de peso; REFRAÇÃO É a deflação de um raio de luz quando ele passa de um meio para o outro de densidade diferente. Em razão desse fenômeno, o fundo da piscina pode parecer mais raso, e os segmentos corporais, deformados, por isso o profissional deverá entrar na piscina para visualizar os movimentos e a postura do paciente. Tensão Superficial É a força de atração entre as moléculas da superfície de um liquido. Viscosidade É um tipo de atrito que ocorre entre as moléculas da água (líquido) e que causa resistência ao fluxo desse liquido; Provocando uma turbulência maior ou menor de acordo com a velocidade com a qual executam-se os movimentos. Diminui com o aumento da temperatura. Fluxo laminar: todas as moléculas estão se movendo paralelas umas as outras e os trajetos não se cruzam. Fluxo turbulento: Fluxo desigual e trajetos paralelos saem bruscamente de alinhamento. Depende da velocidade, densidade e viscosidade do liquido. TURBULÊNCIA É a redução da pressão pela movimentação da água. Positiva: frente do corpo ou objeto; Negativa: atrás do corpo ou objeto; O grau depende da velocidade do movimento e a forma do corpo influencia na produção de turbulência. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO No sistema cardiovascular - Aumento da pressão arterial; - Compressão venosa; - Compressão linfática; - Aumento da pressão arterial pulmonar; - Sangue sai periferia em direção ao centro do corpo; - Aumento do débito cardíaco. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO No sistema respiratório - Compressão torácica e abdominal; - Redução da capacidade vital; - Redução do vol. Reserva expiratório; - Aumenta o trabalho respiratório. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO No sistema nervoso - Aumento da produção de dopamina e catecolaminas; - Diminuição de epinefrina e norepinefrina; - Hiperatividade do sistema vestibular; - Relaxamento do tônus muscular; - Aumento no limiar de dor. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO No sistema renal - Aumento da diurese; - Supressão de hormônios antidiurético; - Perda de plasma, sódio e potássio na urina. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO No sistema musculoesquelético - Diminui a sobrecarga articular; - Aumento da descarga de peso; - Diminuição do tônus muscular; - Diminuição proprioceptiva; - Facilita o aumento da ADM; - Facilita o ortostatismo; - Efeito sedativo; - Socialização; - Autonomia; - Confiança e auto-estima EFEITOS PSICOLÓGICOS INDICAÇÕES Condições neurológicas (TCE, TRM, AVE, miopatias, neuropatias, PC, síndrome de Down, mielomeningocele, entre outros); Condições ortopédicas, traumatológica e doenças reumáticas (artrite, artroses, osteoporose, fibromialgias, fraturas, lesões ligamentares, pós-cirúrgico , hérnia de disco, entre outras) Outras áreas (gineco-obstetrícia, alterações cardiorrespiratórias, grupos especiais) Contra-indicações • Estados febris; • Feridas abertas; • Doenças infecciosa não tratadas; • Disfunções cardíacas, renais e circulatórias graves; • Distúrbios convulsivos não controlados; • Traqueostomia, colostomia e cicatrizes com abertura parcial; • Hipertensão e hipotensão não controladas; • Descontrole esfincterianos; • Tímpanos perfurados Equipamentos para Fisioterapia aquática Aquatubo Equipamentos para Fisioterapia aquática Halter Triangular Equipamentos para Fisioterapia aquática Tornozeleira - Caneleira Equipamentos para Fisioterapia aquática Halter Turbo Heavy Equipamentos para Fisioterapia aquática Palmar Leque Equipamentos para Fisioterapia aquática Aquafins Equipamentos para Fisioterapia aquática Tornozeleira – Caneleira com Hastes Equipamentos para Fisioterapia aquática Bastão Equipamentos para Fisioterapia aquática Prancha Equipamentos para Fisioterapia aquática Step Equipamentos para Fisioterapia aquática Jump Equipamentos para Fisioterapia aquática Hidrobike Equipamentos para Fisioterapia aquática Equipamentos para Fisioterapia aquática ElípticoFICHA DE AVALIAÇÃO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA Nome Idade Diagnóstico Informações relevantes Data da Avaliação Respiração Realiza 1.Sopra com a boca fora da água 2. Faz bolhas com a boca na água 3. faz bolhas com a boca dentro da água (expira pelo nariz) 4. consegue sustentar a respiração dentro da água por 10 seg. 5. Consegue expirar com a cabeça debaixo da água 6. Tem respiração, de acordo com um movimento propulsivo Entrada / Saída da Piscina Realiza 1. Entra para água pelas escadas/rampa 2. Entra para água partindo da posição sentado 3. Entrada para água por mergulho de cabeça partindo da posição sentado 4. Entrada na água por mergulho de cabeça partindo da posição de joelhos 5. Entrada na água partindo da posição vertical 6. Saída pelas escadas 7. Saída pela borda Equilíbrio Realiza 1. Realiza tarefas em cima do colchão/prancha 2. Mantém-se na posição vertical 3. Mantém-se na posição "sentado" 4. Mantém-se em decúbito dorsal 5. Mantém-se em decúbito ventral 6. Consegue passar de decúbito dorsal a ventral, rodando por ambos os lados 7. Consegue passar de decúbito ventral a dorsal, rodando por ambos os lados 8. Adapta/flutua em posição de cogumelo 9 . Passa da posição de decúbito dorsal/ventral para a posição vertical Movimentos Ativos na água E D 1. Dá pontapés na superfície da água 2. Anda para a frente mais de 10 passos 3. Anda para o lado mais de 10 passos 4. Anda para trás mais de 10 passos 5. Pontapeia com movimentos de bicicleta 6. Pontapeia alternando os dois pés 7. Movimenta os braços debaixo de água 8. Dá braçadas/remadas debaixo de água DIVISÃO DO ESQUELETO HUMANO CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE EXTREMIDADES • Falhas nas biomecânica das extremidades inferiores podem afetará a coluna vertebral • As extremidades inferiores com exceção da fíbula suportam uma grande carga axial, e servem de apoio para a coluna vertebral, portanto não é incomum encontrar distúrbios primários ou secundários. • Estes distúrbios podem gerar respostas neurológicas ou distúrbios biomecânicos ascendentes à coluna vertebral EXTREMIDADES SUPERIORES • Anatomia • Avaliar a articulação em todas as direções buscando a restrição do movimento. LESÕES DE EXTREMIDADES Tratamento para MMSS Hipomobilidade: Capsulite adesiva Objetivo :Alívio da dor; Ganho de ADM; Função Fase inicial: Exercícios livres Baixa velocidade Iniciar Alongamentos Fase intermediária: Acentuar Alongamentos Exercícios de Rot. Interna e Externa Mobilizar Fase final: Fortalecimento efetivo com uso de resistor Visão global LESÕES DE EXTREMIDADES Tratamento para MMSS Hipermobilidade: Luxação recidivante Objetivo : Fortalecimento dos músculos da escápula; Exercícios resistidos; Bad Ragaz Observações: Respeitar a dor; Risco de luxação; Propriocepção e pliometria Cotovelo e Punho - Difícil estabilização; - Globalidade - Fisioterapia e terapia ocupacional ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL • Estabilidade • Alterações degenerativas (osteoartrite, osteoporose, etc) • As fixações crônicas do quadril podem se manifestar localmente, ou podem gerar distúrbios secundários suprajacentes (lombossacral) e infrajacentes (joelhos, tornozelos, pé) • Avaliação: testes específicos (sind. do impacto) • Avaliar a articulação em todas as direções. • Avaliação: testes específicos (sind. do impacto) • Avaliar a articulação em todas as direções. ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL JOELHO • Anatomia • Ligamentos, meniscos, cartilagem. • Testes ortopédicos específicos • Posturas do joelho: varo, valgo, semiflexo, hiperextensão • Avaliar a articulação em todas as direções. • Analisar articulações adjacentes. LESÕES DE EXTREMIDADES Tratamento para MMII Objetivo : Diminuição da descarga de peso; Diminuição do espasmo muscular; Diminuição da dor. Observações: Não pode sentir dor; Progredir com a involução do quadro; Piscina plana com diversos níveis PÉ E TORNOZELO • As articulações do pé e tornozelo devem ser flexíveis, livres de fixações. • Realizar testes ortopédicos e neurológicos (andar na ponta dos pés e nos calcanhares) PLANO DE TRATAMENTO 1. Aquecimento 2. Alongamentos musculares 3. Fortalecimento musculares 4. Aeróbio 5. Atividade funcional 6. Resfriamento 7. Relaxamento FASE 1 – Avaliação e tratamento inicial Redução da dor e do espasmo muscular, aumento da ADM, reeducação da marcha FASE 2 – Fortalecimento e Condicionamento muscular local (Aquecimento geral – técnicas de correção postural, aquecimento com atividade específica, treinamento de resistência, condicionamento cardiovascular, desaquecimento cardiovascular e treinamento de flexibilidade e período de relaxamento) FASE 3 – Equilíbrio, Coordenação e Condicionamento cardiovascular (evolução da Fase 2, atividades em solo aumentarão gradualmente) FASE 4 – Desenvolvimento de habilidades relacionadas a tarefas e de simulação de esportes (prioridade dos exercícios em solo. Visa aumentar a força + flexibilidade + condicionamento cardiorespiratório) FASE 5 – Manutenção e aptidão física Individual ou em grupo. Inclui exercícios de fortalecimento e flexibilidade do tronco e membros, com ênfase nas regiões vulneráveis do corpo) Lista de exercícios Exercício 1 Região: Exercício Global Finalidade: Aquecimento Movimento: *Transferência de peso *Marcha com e sem acessório Exercício 2 Região: Coluna Vertebral Finalidade: Aquecimento ou Mobilidade Projeções diagonais dos MMSS Rotação de tronco "8" com dois braços na horizontal Antiversão e retroversão da pelveMobilização dos MMSS e da cintura escapular Exercício 3 Região: Membros Superiores Finalidade: Fortalecimento dos músculos peitoral e tórax Movimento: Adução e Abdução dos MMSS, com ou sem resistor Exercício 4 Região: Membros Superiores e Coluna Vertebral Finalidade: Aumentar a flexão e a extensão de toda a coluna vertebral. Movimento: Puxar para trás os braços e o tronco Remada Exercício 5 Região: Membros Inferiores Finalidade: Fortalecimento dos músculos MMII Movimento: Flexão e extensão dos joelhos e quadril Exercício 6 Região: Membros Inferiores Finalidade: Fortalecimento dos músculos MMII Movimento: Flexão e extensão dos joelhos e quadril unilateral. Exercício 7 Região: Membros Inferiores Finalidade: Resistência dos MMII Movimento: Bicicleta Exercício 8 Região: Membros Inferiores Finalidade: Fortalecimento de quadríceps Movimento: Flexão e extensão unilateral do MI com flutuador Exercício 9 Região: Membros Inferiores Finalidade: Fortalecimento do glúteo e adutores do quadril Movimento: Adução e abdução unilateral do MI Exercício 10 Região: Tornozelo Finalidade: Alongamento e Mobilização Movimento: Circular Exercício 11 Região: Panturrilha e Tornozelo Finalidade: Aumentar a ADM de movimento do tornozelo Movimento: Dorsiflexão e flexão plantar Fisioterapia Aquática em pacientes neurológicos A reabilitação neuromotora aquática visa estimular o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças e adultos, favorecendo o controle de movimentos ativos funcionais promovendo a capacidade respiratória, facilitando movimentos e auxiliando atividades em solo. Benefícios Gerais - Prevenção de contraturas e deformidades; - Propicia ortostatismo e marcha; - Diminuição de espasticidade; - Melhora no equilíbrio estático e dinâmico; - Fortalecimento precoce; - Auxilia a ação de músculos fracos; - Benefícios Cardiovasculares; - Melhora a auto-estima; - Favorece a ludicidade (recreação); - Socialização; Vantagens da Reabilitação Aquática em Pacientes Neurológicos - Flutuação: Pacientes com posturas mais eretas, facilita os movimentos e capacidade funcional; - Realizar movimentos mais complexos com independência; - Turbulência: Fortalecimento e propriocepção; - Cuidados especiais : Obesos e hipotônico, trabalhar com nível da água adequado; - Observar compensações nos movimentos e desequilíbrio.AVC/ TCE - Hipertônico ou espástico; Fase aguda ou inicial - Técnicas de relaxamento e alongamentos; - Mobilização passiva e ganho de ADM; - Temperatura 33◦ a 34◦C; - Tempo de 30 à 40 minutos Fase Intermediária - Exercícios básicos; - Coordenação; - Equilíbrio / propriocepção; - Função Fase Tardia - Diminuir alongamentos e relaxamentos; - Potencializar exercícios de coordenação, equilíbrio, força e resistência. - Cuidado com a hipertonia dos músculos antagonistas. TREINO DE MARCHA - Equilíbrio de tronco e movimentos funcionais adequados; - Não potencializar as compensações e movimentos associados; HIPOTÔNICO - Temperatura ideal: 32◦ a 33◦ C; - Melhora o metabolismo; - Mobilização articular; - Ativação muscular. PARKINSON - Alongamento e relaxamento global; - Coordenação e equilíbrio; - Dinamismo e recreação na fase de manutenção • Métodos dos Anéis de Bad Ragaz • Método Halliwick • Método Watsu Métodos de Fisioterapia Aquática BAD RAGAZ O método Bad Ragaz é um tipo de terapia aquática usada para a reabilitação física baseada na facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Trata-se de um método realizado em piscinas terapêutica em que exercícios de fortalecimento e mobilização assistidos pelo terapeuta são realizados enquanto o paciente está horizontalmente na água, com apoio fornecido por flutuadores na cervical, MMSS, pelve e MMII. Equipamentos para Bad Ragaz Kit de Flutuadores Colar Cervical Tornozeleira Cinto Pélvico Os conceitos e técnicas da FNP adaptadas ao Bad Ragaz incluem: 1- A máxima resistência para os exercícios isométricos e isotônicos pode ser adaptada a capacidade do paciente durante o ciclo de movimento. 2- O apoio proporcionado pelo terapeuta serve como estímulo nociceptivo, proprioceptivo e pode facilitar o movimento. 3- Alternando padrões como puxar e empurrar, atua-se em estruturas articulares e terminações nervosas sensoriais para facilitar reflexos de alongamento. 4) Comando curtos e precisos dados pelo terapeuta facilitam e ativam o movimento. 5) A progressão de um apoio proximal para um apoio mais distal aumenta a dificuldade de progressão de um padrão de forma natural, promovendo o fortalecimento. 6) Músculos e articulações são exercitados em padrões de movimento que são funcionais para o paciente. Objetivos do Tratamento 1- Redução do tônus; 2- Relaxamento; 3- Aumento da ADM; 4- Fortalecimento muscular; 5- Alongamento e tração da coluna vertebral; 6- Reeducação muscular; 7- Melhorar o alinhamento e estabilidade do tronco; 8- Preparação das extremidades distais para sustentação do peso; 9- Restauração de padrões normais de movimento de extremidades superiores e inferiores; 10- melhorar condicionamento físico geral; Indicações -Patologias ortopédicas e reumáticas; - Desordens neurológicas; - Síndromes dolorosas; - Mastectomia e cirurgias cardíacas; -Atraso do desenvolvimento motor. Contra-Indicações/ Precauções -Fadiga; - Pacientes com espasticidade e hipertonia; - Problemas vestibulares; - Dores ou processos inflamatórios agudos. Tratamento - Iniciar com sessões mais curtas ( 5 a 15 min.) - Aumentar aos poucos o tempo do atendimento conforme o paciente progride ( até 30 min.) - Iniciar com técnicas de relaxamento antes do exercício para redução do tônus. - Neste método deve evitar padrões que aumentam o tônus em pacientes neurológicos. ►Progressão do exercício -Arrasto negativo; - Velocidade do movimento na água. A resistência ainda pode ser aumentada por: - Adição de anéis; - Movimentos mais amplos; - Mudando a direção do movimento ou o tamanho do braço alavanca; - Movendo de apoios proximais para apoios distais. Requisita do paciente maior controle de mais segmentos corporais, aumentando a dificuldade da atividade; - Diminuindo a quantidade de suportes. Terapeuta - Em pé na piscina junto com o paciente. - Imersão na altura da cintura ( nunca ultrapassando T8-T10 ou nível axilar). Profundidades maiores desestabilizam o terapeuta reduzindo a capacidade de dar estabilidade para o paciente e realizar as manobras de maneira adequada. - Utilizar sapatilhas especiais. - Se necessário utilizar peso nos tornozelos para aumentar a estabilidade do terapeuta. - Base de suporte alargada ( pernas separadas), joelhos e quadril levemente flexionados. Realizar transferência de peso entre MMII. Evitar rotações de tronco. - Roupas adequadas que limitem o contato pele a pele com o paciente. Preparo do Paciente ► Posicionado em Supino, decúbito lateral ou prono. ► Flutuadores: - Colar cervical – manter as orelhas fora d’água para ouvir o comando verbal. - Cinto Pélvico na região pélvica (L5-S2) – Impede que as extremidades afundem causando desalinhamento postural. - Flutuadores nas extremidades (braço e perna) – Manter a estabilidade e o alinhamento corporal. Devido a necessidade do terapeuta em oferecer estabilidade para o paciente e ao mesmo tempo ser flexível para a aplicação do método são descritas 3 maneiras de como o paciente age em relação ao fisioterapeuta. 1- Isocineticamente O terapeuta proporciona um ponto fixo, enquanto o paciente se move na água. A resistência é determinada pela velocidade com que o movimento é realizado na água. 2- Isotonicamente O terapeuta age como ponto de fixação móvel. O paciente pode ser puxado ou empurrado dentro da direção do seu movimento ativo. Ocorre o aumento da resistência imposta ao movimento. Inversamente o movimento pode ser assistido pelo terapeuta empurrando na direção oposta da intenção de movimento. 3- Isometricamente – O paciente mantém uma posição fixa, enquanto o terapeuta o empurra através da água. Esta técnica promove contração de estabilização. 4- Passivamente – O paciente é movido passivamente na água pelo terapeuta. Promove relaxamento, alongamento do tronco e redução do tônus. ► EMPUNHADURAS ● Contato pélvico ● Contato dorsal ou axilar ● Contato de cotovelo CONTATO PÉLVICO CONTATO JOELHO CONTATO PÉ CONTATO DORSAL CONTATO COTOVELO CONTATO MÃO PADRÕES DE TRONCO ● Padrão de tronco 1 ►Paciente - Em supino, flutuadores nas regiões cervical, lombosacra e MMII. ►Terapeuta - Em pé, entre as pernas do paciente, de frente para o rosto do paciente. ►Pega do terapeuta – Pélvica/ joelho/ tornozelo. ►Comandos: “Mantenha o tronco alinhado”. “Não deixe que eu te empurre”. “Não deixe que o tronco se movimente”. Padrão de Tronco 2 Rotação de Tronco – Isométrico (unilateral para a D ou E) ► Paciente – Em supino com flutuador cervical, pélvico e em MMII. Roda o tronco para a D ou E elevando o quadril para a superfície da água. ► Terapeuta - Em pé, de frente para o rosto do paciente. ► Pega do Terapeuta – Pélvica/ axilar/ cotovelo/mão. ► Comandos: “ Vire o quadril para cima (D ou E), mantenha, mantenha e relaxe. Padrão de Tronco 3 Rotação de Tronco com Flexão Isotônico (Unilateral para a D ou E ) ► Paciente – Em supino com flutuadores em cervical, pelve e MMII. Roda o tronco ( D ou E), traz o quadril respectivo para a superfície da água. Realiza flexão do quadril, dorsi-flexão, mantendo os joelhos estendidos. ► Terapeuta – Em pé atrás da cabeça do paciente. ►Pega do Terapeuta - Axilar/ cotovelo/ mão. ►Comandos – “Vire o quadril para cima (D ou E) e flexione” “Traga as pontas dos pés em direção ao ombro (D ou E). Padrões de MMSS ● Padrão de Braço 1 ( Isocinético - Simétrico Bilateral) ► Paciente - Em supino com flutuadores cervical, pélvico e mmii. MMII aduzidos. ►Terapeuta – Em pé atrás da cabeça do paciente à distância do comprimento de um braço. Posição de andar parado. ► Pega do terapeuta – Superfície extensora da mão do paciente. Paciente move-se afastando do terapeuta. ►Comandos: “Empurre os dedos e punhos para trás, traga os braços ao lado da cabeça e relaxe.” Padrão de Braço 2 ( Isocinético – simétrico – Bilateral) Flexão/abdução, rotação externa de ombros, extensão de punhos/dedose Abdução movendo- se para Extensão/adução, rotação interna de ombros, flexão de punhos e dedos e adução (cotovelo move-se de extensão para flexão e retorna a extensão). ► Paciente - Em supino com flutuadores em cervical, pelve e mmii. MMII em adução. ► Terapeuta – Atrás da cabeça do paciente Na posição andar parado à distância do comprimento de um braço. ► Pega do terapeuta - Paciente e terapeuta apertam a mão um do outro. A pega do terapeuta é na palma da mão do paciente para fornecer o estímulo sensitivo para o movimento desejado. ►Comandos – “ Aperte minhas mãos, puxe para baixo e para o lado do seu tronco, relaxe. Padrão de Braço 3 ( Isocinético – Unilateral) Extensão e adução de ombro, pronação de antebraço, flexão de punhos e dedos movendo-se para Flexão e abdução de ombro, supinação de antebraço, extensão de punhos/dedos. ► Paciente - Em supino com flutuadores em cervical, pelve e mmii, braço posicionado ligeiramente atrás das costas. ► Terapeuta – Em pé, base alargada, ao lado do paciente. ► Pega do terapeuta - Uma mão na axila do paciente e a outra aperta a mão do paciente sobre a superfície extensora. ► Comando verbal – “ Empurre os dedos e o punho para trás, empurre e relaxe. Padrões de MMII ● Padrão de Membro inferior ( Isocinético - Unilateral) ► Paciente - Em supino com flutuadores em cervical, pelve e MI. ► Terapeuta – Em pé, base alargada, ao lado do paciente. ► Pega do terapeuta - Uma mão no quadril do paciente e a outra na parte interna do pé do paciente. ► Comando verbal – Empurre minha mão fazendo uma abdução e rotação externa da perna. MÉTODO HALLIWICK “Não se pode ensinar o corpo humano a mover-se, ele sabe como fazê-lo. A maturação é obtida a partir do conforto com determinadas situações e de seus próprios procedimentos experimentais onde o corpo encontrará uma resolução.” MacMillan Filosofia do Halliwick - Ensinamos inicialmente a alcançar a FELICIDADE na água e posteriormente a dominação do PROGRAMA DE 10 PONTOS; - Usamos INSTRUTORES TREINADOS para ajudar os nadadores, não usamos flutuadores; - Ensinamos dentro da água com todos no MESMO NÍVEL; - Tratamos os nadadores pelo primeiro, enfatizando a IGUALDADE; - Ensinamos lentamente, em RITMO APROPRIADO para cada nadador. MÉTODO HALLIWICK McMilliam, o criador da técnica , desenvolveu inicialmente uma atividade recreativa que visava dar independência individual na água, para pacientes com incapacidade e treiná-los a nadar. 4 Princípios: • Ajuste mental • Desligamento • Inibição • Facilitação OBJETIVO DO MÉTODO HALLIWCK - Fortalecimento de grupos musculares; - Aumento da ADM; - Facilitar as reações de postura e equilíbrio; - Melhorar a condição física e emocional ; - Redução do quadro álgico; - Redução de espasticidade. Programa dos 10 pontos O programa dos 10 pontos é um processo de aprendizagem estruturado através do qual a pessoa sem experiência prévia pode progredir à independência na água. Isso acontece através do domínio e controle de movimentos no ambiente aquático. • Adaptação Mental • Desligamento • Controle da Rotação Transversal • Controle da Rotação Sagital • Controle da Rotação Longitudinal • Controle da Rotação Combinada • Empuxo • Equilíbrio e imobilidade • Turbulência e Deslize • Progressões Simples e Movimentações Básicas INDICAÇÕES DO HALLIWICK • Paralisia Cerebral • Acidente Vascular Cerebral • Esclerose Múltipla • Paraplegia • Traumatismo Crânio-Encefálico • Artrites Ajuste Mental Desligamento Controle da Rotação Longitudinal - Eixo longitudinal; - Movimentos rotacionais; - Posição vertical ou horizontal. Empuxo WATSU ORIGEM • Harold Dull • Zen Shiatsu • Norte da Califórnia – EUA • Trabalho corporal (o primeiro registrado) ■ Físico ■ Psíquico ■ Energético ■ Espiritual FÍSICO • Relaxamento muscular global • Diminuição de dores • Redução estresse-ansiedade • Mobilização articular • Alongamento musculares INDICAÇÕES • Pacientes com dores crônicas • Desordens relacionadas com estresse/ansiedade • Depressão • Insônia APLICAÇÃO TÉCNICA • Paciente adaptado ; • Entender o que é o watsu; • Avaliar tendência a mal estar ou náusea; Dança da respiração Oferecendo lento • Adaptação e relaxamento muscular. • Segurança pela água e pelo terapeuta. Liberando a coluna • Mobilização da coluna • Dissociação das cinturas Oferecendo com uma e duas pernas Mobilidade em abdução de quadris Mobilidade em flexão de quadris Sanfona • Alongamento dos extensores da coluna • Glúteo máximo • Mobilidade em flexão dos quadris e do tronco Sanfona rotativa • Alongamento dos eretores da coluna, quadrado lombar, oblíquos e transversos. • Glúteo máximo • Mobilidade de flexão de quadris • Mobilidade vertebral em rotação Rotação das pernas de dentro e fora • Mobilidade de abdução e adução • Mobilizações vertebrais Dança da respiração Tracionando a coluna Ondulando a coluna • Mobilização sacro-ilíaca e lombar Acompanhar o movimento • Mobilização da coluna vertebral Braço na frente/Algas • Mobilização do gradil costal Sela de lado Encerramento Procure sempre manter Bons hábitos para uma vida saudável