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A idade e o processo de envelhecimento possuem outras dimensões e significados que 
extrapolam as dimensões da idade cronológica, isso porque muitos pesquisadores que estudam 
sobre as fases do desenvolvimento humano com relação as idades apontam que as categorias 
tais como: velhice, infância, juventude nada mais é que uma construção social. Embora esta 
categorização seja bastante usual, cada vez mais as pesquisas revelam que o processo de 
envelhecimento é uma experiência heterogênea, vivida como uma experiência individual. Nos 
dias atuais, o envelhecimento aparece associado a doenças e perdas, e é na maioria das vezes 
entendido como apenas um problema médico, isso porque a sociedade ainda não se preparou 
para o futuro cada vez mais real de que a população está envelhecendo cada vez mais. 
Quando nasce uma criança ela é acolhida e amada pelos pais e inclusa na sociedade, na 
adolescência o mesmo ocorre, pois já é subentendido que nesta fase é de desenvolvimento social 
e transição da infância para fase adulta e que causa revolta e problemas. Mas também são fases 
ao qual nós como indivíduos começamos o nosso processo de amadurecimento emocional que 
irá nos formar adultos e nos preparará para a velhice. O Desenvolvimento emocional é um 
processo que ocorre através de todas as nossas vivências, boas e ruins, que irá se desenvolver 
em cada período de idade que passaremos ao longo de nossas vidas, mas é na infância por volta 
dos seis a sete de anos de idade que a criança começará a desenvolver uma certa capacidade 
emocional de se pôr no lugar do outro, ter empatia, mas não totalmente isso porque ela ainda 
não sabe lidar com as frustações e sofrimento que podem ocorrer em determinadas situações, 
então é muito comum que ela vá interromper esse processo exatamente por não saber como 
lidar com este, e quando a empatia é interrompida é como se esse processo de desenvolvimento 
emocional também regredisse e muitos acabam por se tornar, egocêntricos, imaturas, ficando 
voltadas apenas para forma como veem o mundo sem respeitar o ponto de vista das outras 
pessoas. A adolescência e a senescência serão os dois períodos mais complexos do existir 
humano, isso porque há mudanças hormonais, variações de humor e principalmente a 
capacidade do desenvolvimento emocional estará mais evidente para esses, mostrando se 
saberão lidar com maturidade ou se serão imaturos, egocêntricos e até mesmo infantis em 
situações que pedem uma maior inteligência emocional. 
O desenvolvimento emocional segundo o Psiquiatra Flávio Gikovate acontece quando 
os indivíduos “atingem um estado evolutivo no qual nos tornamos mais competentes para lidar 
com as dificuldades da vida; o que se relaciona com o desenvolvimento de uma boa tolerância 
às inevitáveis frustrações e contrariedades a que todos nós estamos sujeitos.” ou seja, essa boa 
capacidade de lidar bem com as frustações e sofrimento que ocorrem em nossas vidas e como 
lidamos com elas nos fazem pensar no outro também, imaginando como este se sente perante 
as várias adversidades, suas necessidades, seus pontos de vista. 
A maturidade emocional não é sinônimo de cabelos brancos ou como algo que só os 
mais velhos possuem, porque temos muitos idosos imaturos, assim como jovens, o que vale é 
como cada um lida com o que foi vivido e sobre o que foi aprendido com tal lição. O que acaba 
por revelar a importância que tem o acompanhamento do Psicólogo durante as fases da infância, 
adolescência e velhice, isso porque em todas as fases teremos vários conflitos com que não 
saberemos resolver sem o auxílio de um profissional, sentimento que podem nos impactar 
durante toda a vida e comprometer nosso desenvolvimento emocional a tal ponto de que quando 
formos velhos não saberemos aproveitar para fazer coisas que durante a vida inteira não 
podemos ter feito, ou por obrigações que carregamos, por imaturidade emocional de não saber 
se conhecer e se permitir, em minha opinião é de suma importância a terapia, não tardiamente, 
sempre exatamente para vencer esses sentimentos que tanto causa uma retardação emocional 
que poderá nos paralisar e fazer com que não vivamos a vida de forma plena e com mais 
qualidade, saúde, o corpo e mente andam juntos se um não vai bem o outro para, o mesmo se 
não nos colocarmos no lugar do outro e sociedade e a vida param juntos. Há aplicação de 
técnicas psicoterápicas ajudam não só no bem-estar, mas em prolongar a saúde, pensar no futuro 
de forma mais promissora, e como vivenciar as mudanças que ocorrem ao longo do caminho 
que é envelhecer, onde os indivíduos passam por algumas tensões e novos desafios nas esferas 
familiares, do trabalho e de novos compromissos emocionais, afinal a sociedade caminha para 
senescência e todo apoio e maturidade faz a diferença, e quanto mais cedo esse apoio chegar, 
maior será o equilíbrio para prosseguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências Bibliográficas: 
GIKOVATE, Flávio - Como definir maturidade emocional?- 2019. Disponível 
em:<https://flaviogikovate.com.br/como-definir-maturidade-emocional/> Acesso em: 22 
Maio 2019 
 
SCHNEIDER, Rodolfo Herberto, IRIGARAY, Tatiana Quarti. O envelhecimento na 
atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. 2008. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n4/a13v25n4.pdf> acesso em 21 Maio 2019 
 KAUFMAN, Fani G. Novo Velho: ENVELHECIMENTO, OLHARES E PERSPECTIVAS. 
1. ed. Editora: Casa do Psicólogo, pág 21 a 27. 
https://flaviogikovate.com.br/como-definir-maturidade-emocional/
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n4/a13v25n4.pdf