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Informativo STF 1135

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13 DE MAIO DE 2024
Edição 1135/2024
Secretaria-Geral da Presidência
Aline Rezende Peres Osorio
Gabinete da Presidência
Fernanda Silva de Paula
Diretoria-Geral
Eduardo Silva Toledo
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
Patrícia Perrone Campos Mello
Coordenadoria de Difusão da Informação
Renata Helena Souza Batista de Azevedo Rudolf
Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona 
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro 
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior 
Mariana Bontempo Bastos
Pedro Augusto Dantas Barbosa
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira
Capa e projeto gráfico
Flávia Carvalho Coelho Arlant
Diagramação
Eduardo Kenji Misawa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e 
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de 
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação. 
CDDir 340.6
Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.
ISSN: 2675-8210
INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1135/2024. 
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 13 de maio de 2024. 
INFORMAÇÕES 
ADICIONAIS
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13 de maio de 2024 | 1135/2024 INFORMATIVO STF
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
MINISTRO 
LUÍS ROBERTO BARROSO
Presidente [26.06.2013]
MINISTRO 
LUIZ EDSON FACHIN
Vice-presidente [16.06.2015]
MINISTRO 
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.06.2002]
MINISTRA 
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.06.2006]
MINISTRO 
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]
MINISTRO
LUIZ FUX
[03.03.2011]
MINISTRO 
ALEXANDRE DE MORAES
[22.03.2017]
MINISTRO 
KASSIO NUNES MARQUES
[05.11.2020]
MINISTRO 
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]
MINISTRO 
CRISTIANO ZANIN MARTINS
[04.08.2023]
MINISTRO 
FLÁVIO DINO DE CASTRO E COSTA
[22.02.2024]
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO
 » Militar; Forças Armadas; Licença a Pedido; Exigência de Indenização 
Prévia; Direitos e Garantias Fundamentais; Livre Exercício de Atividade 
Profissional; Liberdade de Locomoção
• Serviço militar: desligamento voluntário antecipado de oficial das Forças 
Armadas que tenha ingressado na carreira mediante concurso público - RE 
680.871/RS (Tema 574 RG)
 » Servidor Público; Concurso Público; Direito à Nomeação; Classificação e 
Preterição; Questionamento Judicial; Prazo para a Propositura de Ação
• Direito à nomeação de candidato preterido e prazo para ajuizamento da 
ação judicial - RE 766.304/RS (Tema 683 RG)
DIREITO CONSTITUCIONAL
 » Ministério Público; Funções Institucionais; Poder Investigatório; Direitos e 
Garantias Fundamentais
• Poder investigatório do Ministério Público: alcance, parâmetros e limites - 
ADI 2.943/DF, ADI 3.309/DF e ADI 3.318/MG
 » Precatórios; Parcelamento; Débitos da Fazenda Pública; Direitos e 
Garantias Fundamentais
• EC nº 30/2000 e regime excepcional de parcelamento de precatórios - ADI 
2.356/DF e ADI 2.362/DF
DIREITO DO TRABALHO
 » Cooperativas de trabalho; Organização e Funcionamento; Profissionais 
Liberais; Livre Exercício de Atividade Profissional
• Lei n° 12.690/2012 e cooperativas de profissionais liberais - ADI 4.849/DF
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4226663&numeroProcesso=680871&classeProcesso=RE&numeroTema=574
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4449480
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4449480&numeroProcesso=766304&classeProcesso=RE&numeroTema=683
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2145454
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2245981
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2248981
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1885065
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1885065
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1887803
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4297918
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
• ICMS: aproveitamento e direito de crédito em operações de exportação 
(Tema 619 RG) - RE 662.976/RS
• Reserva de lei para instituir sanções de detenção e prisão disciplinares 
aplicáveis aos militares (Tema 703 RG) - RE 603.116/RS
• Destinação dos recursos provenientes de transação penal e suspensão 
condicional - ADI 5.388/DF
• Obrigatoriedade de licenciamento para instalação e funcionamento de 
estações rádio base (torre de celulares) - ADI 7.498/RN
• ICMS: incidência sobre operações de serviço de transporte interestadual 
e intermunicipal de passageiros por via marítima - ADI 2.779/DF
• Sociedade de economia mista prestadora de serviço público em regime 
não concorrencial: (im)possibilidade de constrição judicial de valores - 
ADPF 1.145 MC-Ref/CE
• Requisição, pela autoridade policial ao Ministério Público, de propositura 
de ação cautelar de antecipação de produção de provas - ADI 7.192/DF
• Partidos políticos: autonomia organizacional e definição do prazo de 
duração de órgãos partidários provisórios - ADI 5.875/DF
• Extensão de gratificação de ensino especial a professores do Distrito 
Federal - ADPF 615/DF
• Obrigatoriedade de contratação de pessoas com mais de 40 anos no 
âmbito da Administração Pública distrital - ADI 4.082/DF
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS DO STF
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4165488&numeroProcesso=662976&classeProcesso=RE&numeroTema=619
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4165488
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3756081&numeroProcesso=603116&classeProcesso=RE&numeroTema=703
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3756081
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4852009
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6776543
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2078901
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6906194
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6433707
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5336273
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5760306
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2621580
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
 PLENÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO – MILITAR; FORÇAS ARMADAS; LICENÇA A 
PEDIDO; EXIGÊNCIA DE INDENIZAÇÃO PRÉVIA
DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS; LIVRE 
EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL; LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
 Serviço militar: desligamento voluntário antecipado 
de oficial das Forças Armadas que tenha ingressado 
na carreira mediante concurso público - RE 680.871/
RS (Tema 574 RG)
TESE FIXADA:
“Não possui repercussão geral a discussão sobreo desligamento voluntário do 
serviço militar, antes do cumprimento de lapso temporal legalmente previsto, de 
praça das Forças Armadas que ingressa na carreira por meio de concurso público.”
RESUMO:
Impõe-se o afastamento da repercussão geral inicialmente reconhecida para o Tema 
574 em virtude (i) da alteração promovida no Estatuto dos Militares, que extinguiu 
a exigência de um período mínimo de serviço para o praça de carreira das Forças 
Armadas fazer jus ao licenciamento a pedido; (ii) da verificação de ofensa reflexa 
à Constituição com relação à suposta afronta a alguns princípios; e (iii) das par-
ticularidades do caso concreto e da consequente necessidade de reexaminar a 
causa à luz do conjunto fático-probatório constante dos autos.
A Lei nº 13.954/2019 excluiu o requisito do cumprimento de determinado lapso temporal 
para o licenciamento do serviço de praça de carreira, pois revogou o art. 121, § 1º, “b”, 
da Lei nº 6.880/1980 - Estatuto dos Militares (1), e previu a possibilidade da licença, a 
pedido, ainda que com menos de três anos de formação, por meio de requerimento 
da parte interessada (§ 1º-A).
ÁUDIO
DO TEXTO
REPERCUSSÃO
GERAL
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4226663&numeroProcesso=680871&classeProcesso=RE&numeroTema=574
https://drive.google.com/file/d/1G0zumoiNq4T7IsnCWowzzGyGDItOC4aw/view?usp=sharing
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
De qualquer sorte, há precedentes desta Corte no sentido de que o direito ao livre 
exercício de profissão, bem como o de ir e vir (CF/1988, art. 5º, XIII e XV) devem pre-
ponderar sobre qualquer tipo de condicionamento ao pagamento prévio de prejuízos 
decorrentes de despesas efetuadas pela União com o desenvolvimento do militar (2).
Na espécie, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao manter a concessão da licença 
pleiteada, ponderou os direitos essenciais à saúde e à convivência familiar do militar 
(CF/1988, art. 226), compreendendo não ser possível mantê-lo no serviço contraria-
mente à sua vontade, de modo que a Administração deve buscar, pelas vias cabíveis, 
as providências necessárias ao ressarcimento dos prejuízos advindos do investimento 
na formação especializada do licenciado.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por unanimidade, ao apreciar o Tema 
574 da repercussão geral, negou seguimento ao recurso extraordinário e fixou a tese 
anteriormente citada.
(1) Lei nº 6.880/1980: “Art. 121. O licenciamento do serviço ativo se efetua: I - a pedido; e II - ex officio § 1º No 
caso de militar temporário, o licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde que não haja prejuízo para 
o serviço: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019) I - ao oficial da reserva convocado, após prestação de 
serviço ativo durante 6 (seis) meses; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) II - à praça engajada ou reengajada, 
desde que tenha cumprido, no mínimo, a metade do tempo de serviço a que estava obrigada. (Incluído pela 
Lei nº 13.954, de 2019) § 1º-A. No caso de praça de carreira, o licenciamento a pedido será concedido por 
meio de requerimento do interessado: (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) I - sem indenização das despesas 
efetuadas pela União com a sua preparação, formação ou adaptação, quando contar mais de 3 (três) anos 
de formado como praça de carreira; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) II - com indenização das despesas 
efetuadas pela União com a sua preparação, formação ou adaptação, quando contar menos de 3 (três) anos 
de formado como praça de carreira. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) § 1º-B. A praça de carreira que 
requerer licenciamento deverá indenizar o erário pelas despesas que a União tiver realizado com os demais 
cursos ou estágios frequentados no País ou no exterior, acrescidas, se for o caso, daquelas previstas no 
inciso II do § 1º-A deste artigo, quando não decorridos: (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) I - 2 (dois) anos, 
para curso ou estágio com duração igual ou superior a 2 (dois) meses e inferior a 6 (seis) meses; (Incluído 
pela Lei nº 13.954, de 2019) II - 3 (três) anos, para curso ou estágio com duração igual ou superior a 6 (seis) 
meses. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) § 1º-C. A forma e o cálculo das indenizações a que se referem o 
inciso II do § 1º-A e o § 1º-B deste artigo serão estabelecidos em ato do Ministro de Estado da Defesa, cabendo 
o cálculo aos Comandos da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019) § 
1º-D. O disposto no § 1º-A e no § 1º-B deste artigo será aplicado às praças especiais, aos Guardas-Marinha 
e aos Aspirantes a Oficial após a conclusão do curso de formação. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)”
(2) Precedentes citados: RE 446.869 (monocrática) e RE 529.937 (monocrática).
RE 680.871/RS, relator Ministro Dias Toffoli, julgamento virtual finalizado em 06.05.2024 (segunda-
feira), às 23:59
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4226663&numeroProcesso=680871&classeProcesso=RE&numeroTema=574
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4226663&numeroProcesso=680871&classeProcesso=RE&numeroTema=574
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6880.htm
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/despacho128981/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/despacho135203/false
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4226663
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO; CONCURSO 
PÚBLICO; DIREITO À NOMEAÇÃO; CLASSIFICAÇÃO E PRETERIÇÃO; 
QUESTIONAMENTO JUDICIAL; PRAZO PARA A PROPOSITURA DE AÇÃO
 Direito à nomeação de candidato preterido e prazo 
para ajuizamento da ação judicial - RE 766.304/RS 
(Tema 683 RG) 
ÁUDIO
DO TEXTO 
REPERCUSSÃO
GERAL
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 3
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 4
VÍDEO DO
JULGAMENTO
TESE FIXADA:
“A ação judicial visando ao reconhecimento do direito à nomeação de candidato 
aprovado fora das vagas previstas no edital (cadastro de reserva) deve ter por 
causa de pedir preterição ocorrida na vigência do certame.”
RESUMO:
A preterição de candidato aprovado em concurso público e classificado dentro do 
cadastro de reserva legitima o ajuizamento da ação judicial para a sua nomeação, 
desde que ocorrida durante o prazo de validade do certame.
Os aprovados fora do número de vagas previsto inicialmente no edital possuem apenas 
uma mera expectativa de direito à nomeação, visto que cabe ao ente público decidir 
sobre as contratações de acordo com sua conveniência.
Conforme jurisprudência desta Corte, a contratação temporária, por meio de processo 
seletivo simplificado, na vigência de concurso público com quantidade de aprovados 
capaz de atender à demanda de serviços exigida, ainda que observados todos os 
procedimentos legais, revela-se incompatível com os princípios da moralidade e impes-
soalidade (CF/1988, art. 37, caput) e acarreta preterição ilegal (1). 
Nesse contexto, para que se caracterize a preterição de um candidato aprovado em 
favor de uma contratação temporária, esta deve ocorrer durante o prazo de vigên-
cia do concurso. As contratações efetuadas posteriormente à expiração do prazo de 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4449480
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4449480&numeroProcesso=766304&classeProcesso=RE&numeroTema=683
https://drive.google.com/file/d/1GqaVXcA2luAMJFbPzcEsW5IJyLqv9Tyr/view?usp=sharing
https://youtu.be/vpBGEvo9hf4?si=NY10nkqFqDuRr1_k&t=65
https://youtu.be/0YcFnI-tXWI?si=mWjZusJyN92hTbpW&t=592
https://youtu.be/Go_JUZrtV3Q?si=SuoeLN_j8ni1jrX4&t=3743
https://youtu.be/6HK81dUrPT0?si=h9Bv8hMJsP8bzg89&t=11297https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
validade do certame não implicam preterição nem acarretam o direito à nomeação, 
na medida em que, a partir de então, os aprovados no certame não podem mais ser 
convocados para assumir o cargo público, pois não possuem mais esse direito.
Na espécie, o edital previa apenas uma vaga para o cargo de professor da rede pública 
estadual e a recorrida foi aprovada em 10º lugar na classificação final. No período de 
validade do concurso, foi nomeado um candidato e, ainda dentro do prazo de validade, 
outros sete professores foram contratados a título precário, totalizando oito vagas. 
Após a validade do concurso, o Poder Público contratou outras vinte e quatro pessoas, 
também temporariamente, o que ensejou o questionamento judicial pela recorrida, que 
alegou preterição. A ação foi julgada improcedente pelo juízo de primeiro grau e, em 
grau de recurso, a Turma Recursal da Fazenda Pública dos Juizados Especiais Cíveis 
do Estado do Rio Grande do Sul deu parcial provimento ao recurso inominado para 
reformar a sentença e determinar a nomeação da recorrida.
 Com base nesses e em outros entendimentos, o Plenário, por unanimidade, ao apreciar 
o Tema 683 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário (noticiado 
no Informativo 991) e fixou a tese anteriormente citada.
(1) Precedente citado: RE 837.311 (Tema 784 RG).
RE 766.304/RS, relator Ministro Marco Aurélio, redator do acórdão Ministro Edson Fachin, julgamento 
finalizado em 02.05.2024
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4449480&numeroProcesso=766304&classeProcesso=RE&numeroTema=683
https://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo991.htm#Concurso%20p%C3%BAblico:%20prazo%20de%20validade%20esgotado%20e%20direito%20%C3%A0%20nomea%C3%A7%C3%A3o
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10744965
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4634356&numeroProcesso=837311&classeProcesso=RE&numeroTema=784
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4449480
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4449480
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – MINISTÉRIO PÚBLICO; FUNÇÕES 
INSTITUCIONAIS; PODER INVESTIGATÓRIO; DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
DIREITO PROCESSUAL PENAL – INVESTIGAÇÃO PENAL; MINISTÉRIO 
PÚBLICO; PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL; PARÂMETROS 
E EXIGÊNCIAS
 Poder investigatório do Ministério Público: alcance, 
parâmetros e limites - ADI 2.943/DF, ADI 3.309/DF e 
ADI 3.318/MG 
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 3
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
TESE FIXADA:
“1. O Ministério Público dispõe de atribuição concorrente para promover, por 
autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde 
que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a 
qualquer pessoa sob investigação do Estado. Devem ser observadas sempre, por 
seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as 
prerrogativas profissionais da advocacia, sem prejuízo da possibilidade do per-
manente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula 
Vinculante 14), praticados pelos membros dessa Instituição (Tema 184 RG); 2. A 
realização de investigações criminais pelo Ministério Público tem por exigência: (i) 
comunicação imediata ao juiz competente sobre a instauração e o encerramento 
de procedimento investigatório, com o devido registro e distribuição; (ii) obser-
vância dos mesmos prazos e regramentos previstos para conclusão de inquéritos 
policiais; (iii) necessidade de autorização judicial para eventuais prorrogações de 
prazo, sendo vedadas renovações desproporcionais ou imotivadas; iv) distribuição 
por dependência ao Juízo que primeiro conhecer de PIC ou inquérito policial a fim 
de buscar evitar, tanto quanto possível, a duplicidade de investigações; v) aplica-
ção do artigo 18 do Código de Processo Penal ao PIC (Procedimento Investigatório 
Criminal) instaurado pelo Ministério Público; 3. Deve ser assegurado o cumpri-
mento da determinação contida nos itens 18 e 189 da Sentença no Caso Honorato 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2145454
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2245981
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2248981
https://drive.google.com/file/d/1MEAPI_ngFd04v7PRwdO90pFtWj1mOFCj/view?usp=sharing
https://youtu.be/AWEFmDUFcdM?si=lDdvxgFW-OfOMkFt&t=1811
https://youtu.be/tohhSuTPSmQ?si=T_aRt_HtwdWoILim&t=1975
https://youtu.be/6HK81dUrPT0?si=O1RI4B1oPB2Kxtaa&t=1850
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
e Outros versus Brasil, de 27 de novembro de 2023, da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos - CIDH, no sentido de reconhecer que o Estado deve garantir ao 
Ministério Público, para o fim de exercer a função de controle externo da polícia, 
recursos econômicos e humanos necessários para investigar as mortes de civis 
cometidas por policiais civis ou militares; 4. A instauração de procedimento inves-
tigatório pelo Ministério Público deverá ser motivada sempre que houver suspeita 
de envolvimento de agentes dos órgãos de segurança pública na prática de infra-
ções penais ou sempre que mortes ou ferimentos graves ocorram em virtude da 
utilização de armas de fogo por esses mesmos agentes. Havendo representação 
ao Ministério Público, a não instauração do procedimento investigatório deverá 
ser sempre motivada; 5. Nas investigações de natureza penal, o Ministério Público 
pode requisitar a realização de perícias técnicas, cujos peritos deverão gozar de 
plena autonomia funcional, técnica e científica na realização dos laudos”.
RESUMO:
A polícia judiciária não possui exclusividade na condução de investigações, de 
modo que é legítima a investigação criminal promovida pelo Ministério Público, o 
qual, em atribuição concorrente, deve dispor de todos os instrumentos indispen-
sáveis para a efetivação da denúncia, incluindo-se a capacidade de coletar pro-
vas que embasem a acusação. Além de outras exigências específicas ora fixadas 
pelo Supremo Tribunal Federal, o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sempre 
deve assegurar os direitos e garantias fundamentais dos investigados, as prerro-
gativas dos advogados e as reservas constitucionais de jurisdição.
Apesar de a Constituição Federal de 1988 não mencionar expressamente que o Ministério 
Público tem poder de investigar crimes, tal incumbência decorre de sua atribuição 
própria e imprescindível de zelar pelo respeito aos direitos fundamentais, por meio 
da promoção da ação penal pública (CF/1988, art. 129, I). Essa atribuição tem como 
base doutrinária a “teoria dos poderes implícitos”, segundo a qual a Constituição, ao 
outorgar determinada atividade-fim a um órgão, concede-lhe implicitamente todos os 
meios necessários para a realização das suas atribuições (1).
O respeito aos direitos e garantias fundamentais do investigado exige que o Ministério 
Público comunique imediatamente ao juiz competente sobre a instauração e o encerra-
mento de procedimento investigatório, com o devido registro e distribuição. Além disso, 
é necessário observar os mesmos prazos e regramentos previstos para conclusão de 
inquéritos policiais, sendo obrigatória a autorização judicial para eventuais prorroga-
ções de prazo e vedadas renovações desproporcionais ou imotivadas (2).
Ademais, o órgão ministerial tem o poder-dever de realizar as investigações para a 
elucidação de fatos que envolvam, potencialmente, a execução arbitrária de pessoas 
(3), motivo pelo qual deve motivar o ato de instauração de procedimento investigatório 
sempre que (i) houversuspeita de envolvimento de agentes dos órgãos de segurança 
pública na prática de infrações penais ou (ii) mortes ou ferimentos graves ocorram em 
virtude da utilização de armas de fogo por esses mesmos agentes. De igual modo, 
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
quando existir representação ao Parquet, a não instauração do procedimento investi-
gatório deverá ser sempre motivada.
Por fim, é dever da União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a independên-
cia e a autonomia técnico-funcional dos órgãos oficiais de perícias.
Com base nesses e em outros entendimentos, o Plenário, em apreciação conjunta, por 
unanimidade, conheceu integralmente da ADI 2.943/DF e em parte das ADIs 3.309/DF 
e 3.318/MG, e, por maioria, nas partes conhecidas, as julgou parcialmente proceden-
tes para dar interpretação conforme a Constituição nos moldes da tese anteriormente 
citada.
(1) Precedente citado: RE 593.727 (Tema 184 RG).
(2) Precedentes citados: HC 96.055, RE 467.923 e AP 913 QO.
(3) Precedente citado: ADI 6.621.
ADI 2.943/DF, relator Ministro Edson Fachin, julgamento finalizado em 02.05.2024
ADI 3.309/DF, relator Ministro Edson Fachin, julgamento finalizado em 02.05.2024
ADI 3.318/MG, relator Ministro Edson Fachin, julgamento finalizado em 02.05.2024
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9336233
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=2641697&numeroProcesso=593727&classeProcesso=RE&numeroTema=184
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=610576
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=368530
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9997546
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=756246306
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2145454
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2245981
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2248981
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL – PRECATÓRIOS; PARCELAMENTO; DÉBITOS 
DA FAZENDA PÚBLICA; DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
 EC nº 30/2000 e regime excepcional de parcelamento 
de precatórios - ADI 2.356/DF e ADI 2.362/DF 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É inconstitucional – por violar o princípio da separação dos Poderes (CF/1988, 
art. 2º), bem como por ofender os direitos fundamentais à propriedade (CF/1988, 
art. 5º, XXII e XXIV), à isonomia (CF/1988, art. 5º, caput), ao devido processo legal 
substantivo (CF/1988, art. 5º, LIV) e ao acesso à jurisdição (CF/1988, art. 5º, XXXV) – 
o regime excepcional de parcelamento de precatórios instituído pela EC nº 30/2000.
O principal objetivo do precatório, como instituto jurídico-constitucional (CF/1988, art. 
100), é a satisfação de dívida da Fazenda Pública com os cidadãos e pessoas jurídicas 
e, por via de consequência, a concretização dos fundamentos e objetivos do Estado 
Democrático de Direito (CF/1988, arts. 1º ao 3º).
Nesse contexto, diante da mora em receber o que lhes era devido, já atestado em 
título judicial transitado em julgado, milhares de cidadãos credores tiveram os direi-
tos fundamentais acima descritos violados pelo regime instituído pela EC nº 30/2000.
Ademais, o citado regime — apesar de objetivar a correção do caos nas finanças públi-
cas existente à época —, ao mitigar a autoridade das decisões do Poder Judiciário nas 
condenações da Fazenda Pública, infringiu o princípio da separação de funções dos 
Poderes, porque relativizou a obrigatoriedade imposta aos agentes políticos e públicos 
em cumprir decisões judiciais.
Com base nesses e em outros entendimentos, o Plenário, em apreciação conjunta, por 
maioria, julgou procedentes as ações para confirmar a medida cautelar anteriormente 
deferida e declarar a inconstitucionalidade do art. 2º da EC nº 2000/30, que introduziu 
o art. 78 ao ADCT da CF/1988 (1). O Tribunal, também por maioria, modulou os efeitos 
da decisão para lhe conferir eficácia ex nunc, mantendo-se os parcelamentos realiza-
dos até 25.11.2010, data em que concedida a medida cautelar.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1885065
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1887803
https://drive.google.com/file/d/1II0dFum31IzJLLQQMsWRTotSuy06kUtc/view?usp=sharing
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=623127
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=623127
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc30.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#adct
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
(1) EC nº 30/2000: “Art. 2º É acrescido, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o art. 78, com a seguinte 
redação: ‘Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, 
os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os 
que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na 
data de promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 
1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, 
iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos.’ (AC) ‘§ 1º É permitida a 
decomposição de parcelas, a critério do credor.” (AC) ‘§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste 
artigo terão, se não liquidadas até o final do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento 
de tributos da entidade devedora.’ (AC) ‘§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois 
anos, nos casos de precatórios judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde 
que comprovadamente único à época da imissão na posse.’ (AC) ‘§ 4º O Presidente do Tribunal competente 
deverá, vencido o prazo ou em caso de omissão no orçamento, ou preterição ao direito de precedência, a 
requerimento do credor, requisitar ou determinar o seqüestro de recursos financeiros da entidade executada, 
suficientes à satisfação da prestação.’ (AC)”
ADI 2.356/DF, relator Ministro Nunes Marques, redator do acórdão Ministro Edson Fachin, julgamento 
virtual finalizado em 06.05.2024 (segunda-feira), às 23:59
ADI 2.362/DF, relator Ministro Nunes Marques, redator do acórdão Ministro Edson Fachin, julgamento 
virtual finalizado em 06.05.2024 (segunda-feira), às 23:59
DIREITO DO TRABALHO – COOPERATIVAS DE TRABALHO; ORGANIZAÇÃO 
E FUNCIONAMENTO; PROFISSIONAIS LIBERAIS; LIVRE EXERCÍCIO DE 
ATIVIDADE PROFISSIONAL
 Lei n° 12.690/2012 e cooperativas de profissionais 
liberais - ADI 4.849/DF
ÁUDIO
DO TEXTO 
AMICUS
CURIAE
RESUMO:
É constitucional – por não violar os princípios da proporcionalidade e do livre exer-
cício de atividade profissional (CF/1988, art. 5º, XIII) – a exclusão, do âmbito de 
incidência da Lei nº 12.690/2012, das cooperativas de profissionais liberais cujos 
sócios exerçam as atividades em seus próprios estabelecimentos.
A norma impugnada dispõe sobre a organização e o funcionamento das cooperativas 
de trabalho, cujas bases são a solidariedade, a integração e a reciprocidade entre 
os seus associados, que se interligam pela mútua colaboração. Ao regular a matéria, 
ela não impede a formação de cooperativas por profissionais liberais que atuem em 
seus próprios estabelecimentos, tampouco proíbe o livre exercício da profissão por 
essa categoria. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc30.htm
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1885065
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1885065
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1887803https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1887803
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4297918
https://drive.google.com/file/d/1LEp810_bcvwt4Pc6K-o1n6uBY96fq8xJ/view?usp=sharing
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
A restrição da aplicabilidade da referida lei aos profissionais liberais ocorre apenas 
na situação em que a atividade é exercida fora da sede da cooperativa, uma vez que 
a ausência de união de esforços e de um espírito cooperativo revela uma atividade 
individual, totalmente autônoma, e, por consequência, incompatível com os princípios, 
valores e propósitos do cooperativismo.
Nesse contexto, trata-se de exceção que observa padrões técnicos e racionais e que 
não configura discriminação arbitrária, pois fundamentada. Ademais, não há que se 
falar em vácuo normativo ou desamparo legal, na medida em que a mencionada limi-
tação decorre do reconhecimento da natureza civilista do instituto, em relação ao qual 
deverão incidir as regras dispostas no Código Civil e em outros diplomas normativos 
pertinentes.
Com base nesses e outros entendimentos, o Plenário, por unanimidade, julgou impro-
cedente a ação para assentar a constitucionalidade do art. 1º, parágrafo único, III, da 
Lei nº 12.690/2012 (1).
(1) Lei nº 12.690/2012: “Art. 1º A Cooperativa de Trabalho é regulada por esta Lei e, no que com ela não 
colidir, pelas Leis nºs 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
Parágrafo único. Estão excluídas do âmbito desta Lei: (...) III - as cooperativas de profissionais liberais cujos 
sócios exerçam as atividades em seus próprios estabelecimentos;(...)”
ADI 4.849/DF, relator Ministro Luiz Fux, julgamento virtual finalizado em 06.05.2024 (segunda-feira), 
às 23:59
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
JULGAMENTO VIRTUAL: 10.05 a 17.05.2024
 
RE 662.976/RS
Relator: Ministro DIAS TOFFOLI 
 ICMS: aproveitamento e direito de crédito em operações de exportação 
(Tema 619 RG)
Discussão constitucional acerca da possibilidade de aproveitamento, nas operações 
de exportação, de créditos de ICMS decorrentes de aquisições de bens destinados 
ao ativo fixo da empresa. Jurisprudência: RE 354.935 AgR.
ÁUDIO
DO TEXTO
REPERCUSSÃO
GERAL
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12690.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12690.htm
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4297918
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4297918
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4165488
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4165488&numeroProcesso=662976&classeProcesso=RE&numeroTema=619
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur15528/false
https://drive.google.com/file/d/1mayEUEv0KD1pJNtxvp_OymckQLilwJhZ/view?usp=sharing
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
RE 603.116/RS
Relator: Ministro DIAS TOFFOLI 
 Reserva de lei para instituir sanções de detenção e prisão disciplinares 
aplicáveis aos militares (Tema 703 RG)
Discussão sobre a recepção do art. 47 da Lei nº 6.880/1980, que possibilita que 
um decreto regulamentar defina os casos de prisão e detenção disciplinares por 
transgressão militar. Debate-se também a validade das disposições do Decreto 
nº 4.346/2002 (Regulamento Disciplinar do Exército) pertinentes à aplicação das 
referidas penalidades.
ADI 5.388/DF
Relator: Ministro MARCO AURÉLIO 
 Destinação dos recursos provenientes de transação penal e suspensão 
condicional
Análise da constitucionalidade, à luz do princípio da autonomia institucional do 
Ministério Público e do princípio da reserva legal, da Resolução nº 154/2012 do Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ) e do dispositivo da Resolução nº 295/2014 do Conselho 
da Justiça Federal (CJF) que disciplinam a destinação dos recursos provenientes de 
transação penal e suspensão condicional.
REPERCUSSÃO
GERAL
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3756081
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3756081&numeroProcesso=603116&classeProcesso=RE&numeroTema=703
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6880.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4346.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4346.htm
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4852009
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/58
https://www.cjf.jus.br/publico/biblioteca/Res 295-2014.pdf
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 7.498/RN
Relator: Ministro GILMAR MENDES 
 Obrigatoriedade de licenciamento para instalação e funcionamento de 
estações rádio base (torre de celulares) 
Controvérsia sobre a constitucionalidade, à luz do regime de repartição de competências, 
da Lei Complementar nº 272/2004 do Estado do Rio Grande do Norte que impõe 
a obrigatoriedade de licenciamento ambiental para a instalação local de rede 
de transmissão de sistemas de telefonia, estações rádio base e equipamentos de 
telefonia sem fio.
 ADI 2.779/DF
Relator: Ministro LUIZ FUX 
ICMS: incidência sobre operações de serviço de transporte interestadual 
e intermunicipal de passageiros por via marítima
Debate constitucional a respeito da possibilidade da incidência de ICMS sobre 
operações de transporte marítimo, afretamento e navegação de apoio marítimo, 
prevista em dispositivo da Lei Complementar nº 87/1996. Jurisprudência: ADI 1.600 
e ADI 2.669.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6776543
https://www.al.rn.leg.br/storage/legislacao/2019/07/12/9e549d2e5f3ecdace24a5d37d934857a.pdf
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2078901
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur15112/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur271103/false
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADPF 1.145 MC-Ref/CE
Relator: Ministro LUIZ FUX 
 Sociedade de economia mista prestadora de serviço público em regime não 
concorrencial: (im)possibilidade de constrição judicial de valores
Referendo de decisão que deferiu a medida cautelar para suspender, até o julgamento 
final do processo, todas as ordens judiciais de constrição de valores de titularidade 
da empresa estatal Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (METROFOR) 
e também determinou a submissão das execuções em curso contra a empresa ao 
regime de precatórios. 
ADI 7.192/DF
Relator: Ministro LUIZ FUX
 Requisição, pela autoridade policial ao Ministério Público, de propositura 
de ação cautelar de antecipação de produção de provas 
Controvérsia sobre a constitucionalidade do dispositivo da Lei nº 14.344/2022 que 
prevê a possibilidade de a autoridade policial determinar ao Ministério Público a 
propositura de ação cautelar de antecipação de provas em caso de notícia de 
violência contra vítimas menores de idade.
ADI 5.875/DF
Relator: Ministro LUIZ FUX 
 Partidos políticos: autonomia organizacional e definição do prazo de duração 
de órgãos partidários provisórios
Discussão constitucional a respeito de dispositivo da EC nº 97/2017, na parte em que 
alterou o art. 17, § 1º, da Constituição Federal de 1988, que autoriza partidos políticos 
a estabelecerem livremente o tempo de duração de seus diretórios provisórios.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6906194
https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15366582699&ext=.pdf
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6433707
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/lei/l14344.htm
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5336273https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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SUMÁRIO
ADPF 615/DF
Relator: Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO 
 Extensão de gratificação de ensino especial a professores do Distrito Federal
Verificação da constitucionalidade de decisões proferidas por Juizados Especiais 
da Fazenda Pública do Distrito Federal que negaram pedidos de reconhecimento 
da inexigibilidade de títulos executivos fundada em interpretação de lei declarada 
inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acerca 
do pagamento da Gratificação de Atividade de Ensino Especial (GAEE).
ADI 4.082/DF
Relator: Ministro EDSON FACHIN 
Obrigatoriedade de contratação de pessoas com mais de 40 anos no 
âmbito da Administração Pública distrital
Debate sobre a constitucionalidade da Lei Distrital nº 4.118/2008, que determina 
a contratação de, no mínimo, 5% de empregados com mais de quarenta anos de 
idade pela Administração Pública direta e indireta do Distrito Federal, bem como 
o estabelecimento de cláusula que assegure, nas licitações para contratação de 
serviços que incluam o fornecimento de mão de obra, o mínimo de 10% das vagas 
para pessoas com mais de quarenta anos.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5760306
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2621580
https://legislacao.cl.df.gov.br/Legislacao/consultaTextoLeiParaNormaJuridicaNJUR-116382!buscarTextoLeiParaNormaJuridicaNJUR.action
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF
Resolução nº 828, de 02.05.2024 - Altera a Resolução nº 799, de 29 de maio de 2023, 
que torna público o Regulamento Geral do Plano de Assistência à Saúde e Benefícios 
Sociais do Supremo Tribunal Federal.
Resolução nº 829, de 04.05.2024 - Suspende, no período de 2 a 10 de maio de 2024, 
a contagem dos prazos processuais dos feitos de que sejam parte o Estado do Rio 
Grande do Sul ou seus Municípios, bem como aqueles que sejam oriundos das varas 
e tribunais sediados no Estado ou cujas partes estejam representadas exclusivamente 
por advogados inscritos na Seccional da OAB/RS (Ementa elaborada pela Biblioteca).
Resolução nº 830, de 06.05.2024 - Estende a suspensão dos prazos processuais pre-
vista na Resolução STF nº 829, de 04 de maio de 2024, aos feitos em que houver atu-
ação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul e da Defensoria Pública 
do Estado do Rio Grande do Sul.
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estruturados de todas as edições do Informativo já publicadas no portal do STF.
https://api-atosnormativosprd.azurewebsites.net/api/normativo/apresentacao/K7U3To8BMi2vwso7DQNl
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https://api-atosnormativosprd.azurewebsites.net/api/normativo/apresentacao/e7c6To8BvUtUZJHilipr
https://api-atosnormativosprd.azurewebsites.net/api/normativo/apresentacao/LLWIU48BMi2vwso7_AMi
https://api-atosnormativosprd.azurewebsites.net/api/normativo/apresentacao/e7c6To8BvUtUZJHilipr
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_Dados/Dados_InformativosSTF.xlsx
	Plenário
	Serviço
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	nomeação
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	Ministério_Público
	_Hlk166168533
	precatorio
	_Hlk166168556
	COOPERATIVAS
	_Hlk166181830
	_Hlk166181870
	Virtual
	ICMS
	Reserva
	Destinação
	Obrigatoriedade
	_Hlk157878972
	incidência
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	contratação
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