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APS - Corpo Animal II - FMU


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VALQUIRIA LARISSA RAMOS MENEGUZZO, 3040608 
MEDICINA VETERINARIA (TURMA VESPERTINO)
Componentes do sistema linfático. 
Linfa: líquido que circula pelos vasos linfáticos 
Capilares linfáticos: recolhem a linfa no espaço intersticial 
Vasos linfáticos: transportam a linfa 
Órgãos linfáticos: timo, tonsilas, baço, linfonodos hemais, tecido linfático difuso e nódulos linfáticos presentes em muitas membranas mucosas. 
O que são linfonodos
Os linfonodos são firmes, possuem uma superfície lisa, de formato geralmente ovoide ou de feijão, com uma superfície convexa extensa e uma área côncava menos, o hilo. Internamente, o linfonodo se divide em um córtex e uma medula. O córtex contém os centros germinativos onde os linfócitos são produzidos continuamente. A medula consiste em cordoes de linfócitos em anastomose. Cada linfonodo é envolvido por uma capsula de tecido mole, da qual septos e trabéculas se projetam para o órgão, formando uma arquitetura interna. Cada linfonodo é responsável pela drenagem de uma região determinada.
O linfonodo, assim, prove uma barreira à disseminação de infecções e tumores, principalmente daqueles que se utilizam das vias linfáticas para sua disseminação. 
Descreva cada linfocentro e cite a região que estão localizados.
LINFONODOS DA CABEÇA 
· Linfocentro parotídeo (lc. Parotideum)
O linfocentro parotídeo compõe-se de um ou mais linfonodos parotídeos na base da orelha próximos da articulação temporo-mandibular e cobertos pela glândula parótida ou pelo músculo masseter. Os linfáticos aferentes drenam a metade dorsal da cabeça, a órbita e a musculatura da mastigação. 
· Linfocentro mandubular (lc. Mandibulare)
O linfocentro mandibular compreende uma série de linfonodos situados entre as hemimandíbulas, próximas da glândula salivar sublingual monostomática e da glândula salivar mandibular. Os linfáticos aferentes do linfocentro mandibular drenam a cavidade oral, incluindo a língua e os dentes, as glândulas salivares, o espaço intermandibular e a musculatura da mastigação. 
· Linfocentro retrofaríngeo (lc. Retropharyngeum)
O linfocentro retrofaríngeo se divide em um grupo medial e outro lateral. Seus vasos linfáticos aferentes drenam as partes profundas da cabeça, incluindo a faringe, a laringe, a parte cranial da traqueia e do esôfago. 
LINFONODOS DO PESCOÇO 
· Linfocentro cervical superficial (lc. Cervicale superficiale)
O linfocentro cervical superficial se situa cranial à articulação do ombro, coberto pelos músculos braquiocefálico e omotransverso. Entre os linfonodos do linfocentro cervical superficial estão os linfonodos cervicais superficiais dorsal, médio e ventral, com variações entre as espécies. Esses linfonodos possuem uma zona tributária relativamente extensa, que inclui a pele e as estruturas subjacentes da região cervical, do tórax e da parte proximal do membro torácico. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos passam para os linfonodos cervicais profundos caudais.
· Linfocentro cervical profundo (lc. Cervicale profundum)
O linfocentro cervical profundo compreende vários grupos de linfonodos localizados na extensão da traqueia: os linfonodos cervicais profundos craniais, médios e caudais, Há uma grande variação na distribuição desses linfonodos, e o linfonodo médio pode inexistir em algumas espécies. A zona de tributação desse linfocentros inclui as estruturas profundas da região cervical, além do esôfago, da traqueia, do timo e da glândula tireoide. Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos cervicais profundos se unem ao ducto linfático, o qual passa caudalmente na extensão da traqueia, em trajetória paralela à artéria carótica, até abrir-se na veia cava cranial ou, conforme o observado em alguns casos, no ducto linfático esquerdo para o ducto torácico. 
LINFONODOS DO MEMBRO TORÁCICO (a linfa das partes superficial e proximal do membro torácico drena para o linfocentro cervical superficial; a linfa do restante do membro drena para o linfocentro axilar)
· Linfocentro axilar
O linfocentro axilar situa-se na axila, medial à articulação do ombro, onde a artéria axilar se bifurca para formas as artérias subescapular e braquial. Além do linfonodo axilar próximo, pode haver um linfonodo axilar acessório na direção caudal, e um linfonodo da primeira costela na direção cranial. No equino e no ovino, um grupo mais distal pode ser localizado na face medial da articulação do ombro. O centro axilar drena as estruturas mais profundas do membro interno e as estruturas superficiais da porção distal do membro. Sua zona de tributação também se prolonga na face lateroventral do toráx, incluindo as glândulas mamárias localizadas nessa região. Os vasos linfáticos eferentes do linfocentro axilar se abrem na parte terminal do ducto linfático ou diretamente nas veias na abertura torácica.
LINFONODOS DO TÓRAX 
· Linfocentro torácico dorsal (lc. Thoracicum dorsale)
O linfocentro torácico dorsal compreende dois grupos de linfonodos, os linfonodos intercostais e os linfonodos aorticotorácicos. Como seus nomes indicam, os linfonodos se situam na parte superior de alguns espaços intercostais, e os linfonodos aorticotorácicos se espalham na extensão da aorta. Ruminantes costumam apresentar linfonodos hemais nessa região. Linfonodos hemais possuem uma arquitetura semelhante à dos linfonodos, sendo que a diferença é que seus seios não contêm linfa, e sim sangue, e estão conectados a vasos sanguíneos ao invés de vasos linfáticos. O linfocentro torácico dorsal drena o teto do tórax e envia seus vasos eferentes para o ducto torácico. 
· Linfocentro torácico ventral (lc. Thoracicum ventrale)
Os linfonodos do linfocentro ventral situam-se dorsalmente ao esterno e lateralmente ao músculo transverso do tórax. Eles se agrupam em um conjunto cranial em toas as espécies domésticas, sendo que os ruminantes e alguns gatos possuem um segundo conjunto caudal de linfonodos torácicos ventrais. O linfocentro torácico ventral drena a parte ventral da parede torácica e envia seus vasos linfáticos eferentes diretamente para o ducto torácico, ou então para os linfonodos mediastinais. 
· Linfocentro mediastinal (lc. Mediastinale)
O linfocentro mediastinal compreende os linfonodos mediastinais cranial, médio e caudal, os quais se posicionam nas partes de mesmo nome mediastino. O conjunto caudal inexiste no cão e no gato, embora em 25% dos gatos haja um linfonodo frênico próximo ao forame da veia cava. Em ruminantes, os linfonodos mediastinais caudais, formam uma massa relativamente grande na face dorsal do esôfago. O aumento desses linfonodos pode causar obstrução do esôfago nessas espécies. A zona de tributação do linfocentro mediastinal compreende os órgãos no interior do mediastino, incluindo o coração, a tranqueia, o esôfago e o timo. Ele recebe vasos linfáticos eferentes de outros linfonodos torácicos, do diafragma e dos órgãos abdominais imediatamente caudas ao diafragma.
· Linfocentro bronquial (lc. Bronchiale)
O linfocentro bronquial compõe-se dos linfonodos traqueo-bronquiais situados sobre a bifurcação da tranqueia. Eles estão agrupados em conjuntos direito, médio e esquerdo de linfonodos. Nos ruminantes e no suíno, os quis apresentam um brônquio traqueal, há um grupo adicional traqueobronquial cranial. Pequenos linfonodos pulmonares podem estar presentes dentro do tecido pulmonar juntamente aos brônquios principais. Esses linfonodos são importantes para a drenagem linfática dos pulmões. No equino, o grupo tranqueobronquial esquerdo é particularmente importante devido à patogênese da paralisia do nervo laríngeo recorrente esquerdo. Supõe-se que a inflamação desses linfonodos possa se espalhar para o nervo contíguo ou que o aumento dos linfonodos possa danificar o nervo mecanicamente, e assim levar a condição clínica de hemiplegia laríngea. 
LINFONODOS DO ABDOME 
· Linfocentro lombar
O linfocentro lombar compõe-se dos linfonodos lombares aórticos e renais. Os linfonodos lombares aórticos posicionam-se de cada lado da aorta, entre os processos transversos das vértebras lombares. Linfonodos hemais tambémpodem estar presentes no mesmo local em ruminantes. Os linfonodos lombares recebem vasos linfáticos aferentes do teto abdominal e dos vasos eferentes dos linfonodos situados mais caudalmente. A drenagem linfática do linfocentro lombar é recebida pela cisterna do quilo. Os linfonodos renais estão associados aos vasos renais e drenais os rins. 
· Linfocentro celíaco
O linfocentro celíaco compõe-se dos linfonodos localizados na região irrigada pela artéria celíaca, ou seja, dos linfonodos celíacos, esplânicos, gástricos e pancreaticoduodenais. Em ruminantes os linfonodos gástricos subdividem-se em ruminais, reticulares, omaseis e abomaseis. Sua zona tributária é indicada por sua nomenclatura. Os vasos eferentes formam o tronco linfático celíaco, uma das raízes da cisterna do quilo. 
· Linfocentro mesentérico cranial
O linfocentro mesentérico cranial é composto pelos linfonodos mesentérico cranial, jejunal, cecal e cólico. Eles apresentam variações consideráveis entre as espécies quando a quantidade, forma e posição. Esses linfonodos drenam o intestino delgado e o intestino grosso, prolongando-se distalmente até o colo transverso. Seus vasos eferentes convergem para formar o tronco mesentérico cranial, o qual se une com o tronco mesentérico caudal no tronco intestinal antes de se unir à cisterna do quilo. 
· Linfocentro mesentérico caudal
O linfocentro mesentérico caudal compõe-se dos linfonodos mesentéricos caudais, os quais recebem a linfa do colo descendente do intestino. Seus vasos eferentes formam o tronco mesentérico caudal, o qual se abre para a cisterna do quilo. 
LINFONODOS DA CAVIDADE PÉLVICA E DO MEMBRO PÉLVICO 
· Linfocentro iliossacral (compreende os linfonodos mediais, laterais, internos, sacrais e anorretais)
Os linfonodos ilíacos mediais são o grupo principal do linfocentro iliossacral e posicionam-se na ramificação final da aorta. Esses linfonodos são os centros de filtração secundários através dos quais flui a linfa eferente dos outros linfonodos das vísceras pélvicas e dos membros pélvicos. Essas ocorrências possuem relevância clinica particularmente na ocorrência de tumores nessa região. Os linfonodos ilíacos mediais dão origem aos troncos lombares, os quais se abrem na cisterna do quilo. Os linfonodos ilíacos laterais inexistem no cão e no gato e não estão presentes de forma consistente nos outros mamíferos domésticos. Quando eles se encontram em um animal, posicionam-se na bifurcação da artéria circunflexa ilíaca. Outros linfonodos pertencentes ao centro iliossacral situam-se no sentido ventral ao sacro, laterais ao reto, e na artéria ilíaca interna. Esses diversos linfonodos drenam as estruturas adjacentes. 
· Linfocentro iliofemoral 
O linfocentro iliofemoral compreende linfonodos localizados na extensão da artéria ilíaca externa ou sua continuação femoral. Sua zona de tributação inclui a parede corporal da contigua e a coxa. Ele também recebe vasos linfáticos eferentes dos linfonodos inguinais superficiais no gato e dos linfonodos poplíteos no equino. Seus vasos eferentes drenam para o linfonodos ilíacos mediais. 
· Linfocentro inguinofemoral 
O linfocentro inguinofemoral drena o flanco, a parte caudoventral da parede abdominal, o escroto e as glândulas mamárias. Os vasos eferentes desse linfonodo desembocam nos linfonodos dos ilíacos mediais. 
· Linfocentro isquiático 
O linfocentro isquiático compõe-se do linfonodo isquiático, o qual se situa na face lateral do ligamento sacroisquiático próximo à tuberosidade isquiática. Ele recebe a linfa da parte caudal da garupa e femoral e, no gato, dos vasos eferentes do linfonodo poplíteo. Seus vasos eferentes desembocam no linfonodo iliossacral. 
· Linfocentro poplíteo 
O linfocentro poplíteo é o cetro mais distal do membro pélvico e compreende linfonodos poplíteos superficiais e profundos, os quais se posicionam na fossa poplítea caudal ao joelho. O linfocentro poplíteo drena a parte distal do membro e direciona seu fluxo eferente para o centro ilíaco medial, exceto no equino, no qual ele passa para os linfonodos inguinais profundos. 
Descreva a morfologia do TIMO 
O timo é o órgão de controle dos sistemas imune e linfático. Órgão cuja importância é maior nos animais jovens. Ele começa a regredir no momento da puberdade e pode eventualmente quase desaparecer. Mesmo quando vestígios maiores persistem, estes são formados em sua maior parte por tecido adiposo e elementos fibrosos, e o tecido tímico está suprimido. O timo tem origem pareada a partir da terceira bolsa faríngea, embora exista alguma incerteza sobre a precisa contribuição do endoderma e do mesoderma subjacente; contribuição ectodérmica é conjeturada em algumas espécies. Os botões descem pelo pescoço ao lado da traqueia e invadem o mediastino, no qual se estendem até o pericárdio. A parte cervical regride prematuramente em muitas espécies (incluindo o cão) e, então, o timo aparece como um único órgão mediano, cuja natureza bilateral não é óbvia. Em seu apogeu ele é uma estrutura lobulada (com alguma semelhança com uma glândula salivar) que preenche a parte ventral do mediastino cranial, ajustando-se ao redor das outras estruturas desse espaço. O timo é divisível, em preparações microscópicas, em córtex e medula. O córtex produz os linfócitos T imunocompetentes que entram na corrente sanguínea para distribuição aos órgãos linfoides periféricos (linfonodos e nódulos linfoides difusos), onde se estabelecem e se multiplicam. A medula é formada por células epitelioides de significância mais especulativa. Devido à sua relevância para o desenvolvimento pós-natal e a manutenção da competência imunológica, o timo é de vital importância
Descreva a morfologia do BAÇO
O baço está contido na parte cranial esquerda do abdome, onde se une à curvatura maior do estômago através da inclusão no omento maior. Isso ajuda a fixá-lo em sua posição, que não pode ser definida com grande precisão, já que depende do grau de preenchimento do estômago e de seu próprio conteúdo de sangue. A forma básica é muito diferente nas várias espécies domésticas, sendo em forma de haltere no cão e no gato, semelhante a uma fita no suíno, com forma oblonga mais larga no bovino e falciforme no equino. Sua cápsula envia trabéculas para seu interior. Em algumas espécies (carnívoros), a cápsula e as trabéculas são muito musculares, em outras (ruminantes) muito menos; essas diferenças determinam a extensão de variação fisiológica que pode ocorrer no tamanho. Quando relaxado, o baço do cão e do gato aumenta várias vezes em relação ao seu tamanho quando contraído sendo, portanto, particularmente eficiente como reservatório a partir do qual o conteúdo celular da circulação pode ser recrutado em momentos de estresse. 
O tecido macio contido dentro da estrutura de sustentação é dividido em polpa vermelha e polpa branca; a primeira consiste em espaços em série com vasos sanguíneos e é ocupada por uma concentração de elementos celulares do sangue. A polpa branca, que é dividida em focos que geralmente podem ser vistos a olho nu, é formada por nódulos linfáticos em uma trama reticuloendotelial de sustentação. Esse tecido possui as usuais propriedades linfogênicas e fagocíticas. As funções do baço são o armazenamento de sangue, a remoção de material particulado da circulação, a destruição de eritrócitos desgastados e a produção de linfócitos. A primeira função é familiar a todos que experimentaram uma “pontada” de dor que às vezes acompanha o estresse físico e está associada à contração da cápsula esplênica. O baço é suprido pela artéria esplênica, um ramo da artéria celíaca cujo tamanho é amplo em relação ao órgão. A drenagem venosa é através da veia esplênica que conduz a veia porta. Existem importantes características específicas na disposição desses vasos. A artéria e a veia podem passar sem se dividirem através de um hilo limitado, seguir pelo comprimento do órgão, emitindo ramos em determinados intervalos ou se dividir conforme se aproximam do baço em ramos que irrigam compartimentos esplênicos normalmente independentes,embora se comuniquem. Os vasos linfáticos encontrados na cápsula e nas trabéculas não se estendem até a polpa. Os nervos simpáticos e parassimpáticos acompanham a artéria. O baço se desenvolve de uma condensação mesodérmica no mesogástrio dorsal (que se torna o omento maior). A parte da lâmina interposta entre o estômago e o baço pode ser especificamente distinta como ligamento gastroesplênico.
	QUESTÃO
	ALTERNATIVA
	1
	C
	2
	C
	3
	B
	4
	B
	5
	E
	6
	E

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