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Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP Processo n˚: BUFFET CASÓRIUS LINDUS, inscritos no CNPJ/MF sob n˚ , com endereço eletrônico, sediado na rua , (número), no bairro do Tatuapé, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.009 do Código de Processo Civil, interpor tempestivamente o seguinte RECURSO DE APELAÇÃO, de acordo com as razões que acompanham esta peça. Requer a intimação da parte contrária para, caso seja de sua vontade, apresentar as suas contrarrazões recursais dentro do prazo de 15 (quinze) dias. Requer também a remessa dos autos para o Egrégio Tribunal de Justiça. Para admissão, processo e julgamento da presente. Segue também a juntada da inclusa guia de custas de preparo (doc. anexo) devidamente paga. Termos em que, Pede e espera deferimento. (Local, data) Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 ____________________________________ ADVOGADO OAB/UF Nº Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 RAZÕES DO RECURSO RECORRENTE: BUFFET CASÓRIUS LINDUS RECORRIDOS: JOÃO BRADD E MARIA ANGELINA PROCESSO N˚: VARA DE ORIGEM: VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP Egrégio Tribunal; Colenda Câmara; Nobres Julgadores. I- BREVE SÍNTESE Os Recorridos JOÃO BRADD e MARIA ANGELINA foram a juízo com uma “AÇÃO DE EXTINÇÃO CONTRATUAL COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS” na qual afirmaram que a empresa Recorrente não veio a cumprir as obrigações que estavam descritas no contrato firmado entre as partes quanto ao serviço de foto e filmagem da cerimônia. Por mais respeitável que a decisão proferida seja, é pedido a reforma da mesma pela Colenda Câmara a qual será apresentado tal recurso. II- TEMPESTIVIDADE Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 O presente recurso encontrado no artigo 1.009 e seguintes, do Código de Processo Civil tem o prazo de interposição de 15 (quinze) dias, já informando ao MM. Juízo que tal peça está dentro do prazo, além de estar sendo interposta contra a sentença de mérito proferida pelo MM. Juízo, se enquadrando então no cabimento do recurso pertinente para combater tal ação do juízo. É informado ao Egrégio Tribunal julgador do Recurso que ocorreu o recolhimento no montante de R$ 4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais) acerca do preparo recursal. “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.” Logo, nota-se que este recurso é o cabível para sanar dúvidas contraditas na r. sentença do MM. Juízo. Os Embargados pediram reparação de danos obrigação de indenizar com pedido de tutela de urgência, em ação promovida contra a Embargante, porém teve seu pedido julgado parcialmente procedente para Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 condenar o réu ao pagamento de danos materiais solicitados, além de ter a gratuidade de justiça e os danos morais negados, com informação de que não houve provas para estes pedidos serem atendidos pelo MM. Juízo. III- RAZÕES RECURSAIS Consoante já noticiado, a sentença de primeiro grau julgou procedente os pedidos formulados pela recorrente, ora apelante, em sede de reconvenção, condenando os apelados à indenização. No entanto, a decisão recorrida fixou honorários sucumbenciais em R$ 100,00 (cem reais), sendo tais valores irrisórios que ferem gravemente os ditames do CPC e do Estatuto da OAB, tendo em vista que não foram fixados dentro dos índices de 10% à 20% do valor da condenação. Com isso, passamos para a análise dos pontos que deverão ser reformados pelos Nobres Desembargadores: DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS Conforme narrado, os honorários advocatícios foram arbitrados em ínfimos R$ 100,00 (cem reais), não observando o montante principal da ação, que demonstra claro aviltamento da profissão. Em sede de embargos declaratórios a apelante manifestou sua insurgência ao sentenciado, requerendo que o Nobre Julgador “a quo” apontasse quais os parâmetros que se utilizou para chegar a este valor. Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 Não obtendo êxito nos embargos postulados, cabe a este Tribunal a reforma da decisão atacada, uma vez que devem ser observados os parâmetros previstos expressamente no Código de Processo Civil, que dispõe: “Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - O grau de zelo do profissional; II - O lugar de prestação do serviço; III - A natureza e a importância da causa; IV - O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.” Para tanto, devem ser observados a complexidade e empenho do profissional no caso em concreto, como bem salienta a doutrina: "A dedicação do advogado, a competência com que conduziu os interesses de seu cliente, o fato de defender seu constituinte em comarca onde não resida, os níveis de honorários na comarca onde se processa a ação, a complexidade da causa, o tempo despendido pelo causídico desde o início até o término da ação, são circunstâncias que devem ser necessariamente levadas em conta pelo juiz quando da fixação dos honorários de advogado." (Nélson Nery Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 Júnior e Rosa Maria Andrade Nery, Comentários ao Código de Processo Civil. – São Paulo: RT, 2015, p. 433) No entanto, em manifesta ilegalidade, a lei não foi cumprida na referida decisão, devendo ser majorado o valor arbitrado em honorários advocatícios. A decisão recorrida fere princípios mínimos de dignidade da advocacia, em especial aquele previsto na Constituição Federal, em seu art. 133: “O advogado é indispensável à administração da justiça”. Por tais razões, a decisão deve ser revista para fins de que seja majorada a condenação em honorários advocatícios, devendo ser fixado nos parâmetros legais de 10% à 20% do valor da causa, conforme art. 85, § 2º do CPC. Ressalta-se que em virtude da necessidade da fase recursal tem-se a majoração do § 11º do dispositivo citado. IV- DOS PEDIDOS Diante todo o exposto, requer: a) Conhecido o presente recurso de apelação, tendo em vista estar devidamente preenchidos os requisitos de admissibilidade; b) O provimento do pedido de fixação de honorários advocatícios por meio de percentual, haja vista ser o único meio de garantir valor Maria Vitória Pereira Esteves RA: 2499630 justo e em conformidade com o valor principal, devendo ser fixado no percentual máximo previsto em lei de 20%; d) Seja recebido o presente recurso em seus regulares efeitos suspensivos e devolutivo; e) A intimação dos Recorridos para se apresentar contrarrazões caso queira, nos termos do § 1º, art. 1.010 do CPC; f) A inversão da condenação ao pagamento das despesas processuais e honorários sucumbenciais, bem como sendo majorado os honoráriosconforme o art. 85, § 11º do CPC. Efetuado o recolhimento de preparo recursal acerca do valor de 4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais). Termos em que, Pede e espera deferimento. (Local, data) ____________________________________ ADVOGADO OAB/UF Nº