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Aprendizagem da Criança e Vygotsky

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UFMA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA
SANIRA SANTOS SILVA
A APREDIZAGEM DACRIANÇA NA INTERAÇÃO COM O MEIO SOCIAL APARTIR DA TEORIA DE VYGOTSKY
	
BURITICUPU
2018
SANIRA SANTOS SILVA
A APREDIZAGEM DACRIANÇA NA INTERAÇÃO COM O MEIO SOCIAL APARTIR DA TEORIA DE VYGOTSKY
 (
Artigo científico apresentado a UFMA-Universidade Federal do Maranhão como requisito para obtenção do título de Graduação do Curso de Pedagogia.
Orientador: 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
)
BURITICUPU
2018
A APREDIZAGEM DACRIANÇA NA INTERAÇÃO COM O MEIO SOCIAL APARTIR DA TEORIA DE VYGOTSKY
 (
Sanira Santos Silva
Sanira_santos@hotmail.com
)
RESUMO
Todas as pessoas vêm ao mundo ligadas aos conhecimentos da sociedade da qual fazem parte. Assim, o objetivo central desse artigo é analisar a influencia da aprendizagem da criança na interação com o meio social, que é justificado pela seguinte pergunta: Como uma criança aprende com o meio social a partir da teoria de Vygotsky? Ainda que existam diferenças teóricas entre essas problemáticas no que se refere à ação do desenvolvimento biológico e do processo de ensino- aprendizagem com o meio social do qual o individuo faz parte, a interação do ser humano com o meio é alvo das principais modificações no desenvolvimento da criança. É através da interação em sociedade que, nos tornamos seres desenvolvidos e críticos, e dessa maneira passamos a criar inúmeras formas de interagir com o mundo, expandindo assim, os nossos instrumentos de interação com o meio social durante todo o nosso ciclo de vida 
Palavras - chaves: Interação-Vygotsky, Aprendizagem-da-criança, Criança-meio-social.
ABSTRACT
All people come into the world linked to the knowledge of the society of which they are a part. Thus, the central objective of this article is to analyze the influence of the child's learning in the interaction with the social environment, which is justified by the following question: How does a child learn from the social environment from Vygotsky's theory? Although there are theoretical differences between these problems regarding the biological development and teaching-learning process with the social environment of which the individual is part, the interaction of the human being with the environment is the main developmental modification of child. It is through interaction in society that we become developed and critical beings, and in this way we begin to create innumerable ways of interacting with the world, thus expanding our instruments of interaction with the social environment throughout our life cycle
Key - words: Interaction - Vygotsky, Child - Learning, Child - social – media.
1 INTRODUÇÃO
 Para Vygotsky (1996), os elementos histórico-social e a linguagem são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Desta forma a aquisição do conhecimento ocorre através da interação da mesma com o seu meio social. 
 Em conformidade com Vygotsky:
a)Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente. (...) b) Um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). (...) c) A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. (Vigostky. 1991, p.64).
 
 Nesse estudioso, o individuo se encontra em constante interação, pois é através dessa ação que o mesmo adquire informações através dos relacionamentos inter e intrapessoais e das trocas com o seu meio social, esse método é conhecido como mediação e consiste em que o conhecimento dever vir de forma espontânea, sendo permitida a sua intervenção apenas quando o mesmo foge do padrão exigido pelo meio social do qual a criança faz parte. Ao abordar as funções psicológicas superiores no desenvolvimento infantil, Vigotsky qualifica as mesmas em dois níveis:
Primeiro no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos. (Vigostky. 1998, p.75).
 Vygotsky defendia uma metodologia que procurasse sintetizar a criança como um ser biológico, histórico e social. Ele sempre ponderou que quando a criança é colocada na sociedade, a mesma adquire conhecimento interagindo com outros indivíduos que fazem parte dessa mesma sociedade. A abordagem desse teórico sócio interacionista procurava diferenciar os aspectos do comportamento humanos e formar hipóteses de como essas peculiares humanas são constituídas no decorrer do seu ciclo de vida. (Vygotsky, 1996).
2 COMO UMA CRIANÇA APRENDE COM O MEIO SOCIAL A PARTIR DA TEORIA DE VYGOTSKY?
 As maiores contribuições de Vygotsky estão relacionadas às interações sobre o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com o processo de ensino-aprendizagem em sociedade, aliado ao desenvolvimento da linguagem e do raciocínio.
 Para Vygotsky, a interação entre a aprendizagem e o desenvolvimento está relacionada de como a criança vive em sociedade, sendo 
o desenvolvimento o ponto principal para o processo de aprendizagem da criança. 
 O desenvolvimento em especial o psicológico/mental da criança (que é causado pelo convívio em sociedade, e pelos métodos de socialização, além do desenvolvimento orgânico), são dependentes do ensino na medida em que ocorre os procedimentos de aprendizagem dos conceitos expostos a ela, que são originados pelo processo de ensino- aprendizagem em sociedade, principalmente aquele esquematizado nas instituições escolares. (Vygotsky,1984).
	 Assim, não é satisfatório possuir todos os mecanismos biológicos da espécie para desempenhar uma atividade se o indivíduo não esta inserido no meio social e em práticas exclusivas que possibilitem uma aprendizagem real. 
Não é permitido imaginar que a criança se desenvolverá com o passar dos anos, pois a mesma não apresenta, por si só, meios para encarar sozinha a estrada do aperfeiçoamento, que é dependente dos seus conhecimentos de acordo com as experiências a que ela foram colocados. 
 Neste molde, a criança, é considerada como ser que raciocina, e que tem a capacidade de relacionar a sua ação à representatividade de mundo e que constrói assim a sua identidade. Desta maneira a escola é um mecanismo de espaço e tempo onde este momento é vivido, e onde a ação de ensino-aprendizagem esta diretamente ligada com a interação das crianças e o seu meio social.
4 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP)
 Para Vygotsky (1996) a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é a distância compreendida entre o grau de desenvolvimento real, ou seja, determinado pela habilidade de solucionar problemas independentemente, e o grau de desenvolvimento proximal, limitado pela capacidade de resolver problemas com o apoio de um companheiro mais sábio. 
Segundo Vygotsky, o mesmo considera que:
[...] a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal, para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais, mas formadas historicamente (VYGOTSKY, 1998, p. 115).
 São os conhecimentos adquiridos na ZDP que possibilitam a criança se desenvolver cada vez mais, ou seja, o desenvolvimentoocorre com a aprendizagem na ZDP o que eleva o desenvolvimento. Assim para esse teórico, tais métodos são indiscutíveis.
 É por isso que Vygotsky defende que é nesta zona de desenvolvimento proximal que ocorre a aprendizagem. Desta maneira a função do professor é a de proporcionar esta aprendizagem, atuando como intermediário entre a criança e o mundo que a cerca. Como foi mencionado anteriormente, é na essência das interações no interior da coletividade, que a criança terá meios de edificar suas próprias estruturas psicológicas e sociais.
 Desta forma, é assim que as crianças, apresentando capacidades parciais, as aperfeiçoam com o apoio de companheiros mais experientes (mediadores) até que essas capacidades passem de parciais a totais. 
Se fazemos alguma coisa com alegria as reações emocionais de alegria não significam nada senão que vamos continuar tentando fazer a mesma coisa. Se fazemos algo com repulsa isso significa que no futuro procuraremos por todos os meios interromper essas ocupações. Por outras palavras, o novo momento que as emoções inserem no comportamento consiste inteiramente na regulagem das reações pelo organismo. (VIGOTSKI, 2001, p. 139).
 Assim o professor deve trabalhar com a estimativa das potencialidades da criança, para que estas potencialidades se tornem em desenvolvimento efetivo, é exigido que nesse processo de aprendizagem, tanto os mediadores quanto as ferramentas por eles utilizadas estejam divididas em um ambiente apropriado.
5 VYGOTSKY E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO
 As instituições escolares se tornam muito importantes no momento em que dentro delas o processo ensino-aprendizagem se torna sistematizado sendo as atividades diferenciadas das extra-escolares e nesse local que a criança aprende a ler e escrever, adquirindo o domínio de cálculos, entre outras competências, dessa elas aumentam seus conhecimentos de mundo. 
 Observa-se que não é simplesmente o fato da criança ir a escola que a permitirá aprender, mas isso dependerá de toda uma conjuntura seja de questão econômica, política, ou metodologia de ensino. De acordo com o que foi observado até esse momento por inúmeros autores entre eles Vygotsky, as aulas em que o discente fica apenas ouvindo e decorando os conteúdos não é suficiente para se afirmar que a aprendizagem aconteceu, a aprendizagem segundo ele necessita de mais ações. 
 De acordo com Vigotsky, o mesmo afirma que: 
[...] Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo através de seus momentos críticos, até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer que o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras. (Vigotsky, 1998, p. 157).
 O efetivo trabalho pedagógico deve estar ligado à capacidade de progressos no desenvolvimento da criança como um todo, valorizando a sua zona de desenvolvimento proximal (ZDP) e o desenvolvimento potencial de cada aluno. 
 A escola necessita observar o aluno, e valorizar seus conhecimentos empíricos, e iniciar seu processo de ensino aprendizagem a partir desses conhecimentos, estimulando as competências destes oferecendo dessa forma a possibilidade deste educando superar suas capacidades indo à frente de sua aprendizagem e conhecimento. 
 Para que o docente possa desempenhar um bom trabalho ele necessita conhecer seu discente, suas opiniões, descobertas, hipóteses e crenças religiosas, aprimorando a conversação e criando condições onde o educando possa divulgar o seu conhecimento. 
 Dessa forma todas as informações e registros são de fundamental importância na elaboração de um planejamento adequado acompanhado de objetivos eficazes no processo de ensino-aprendizagem do educando. 
 As instituições escolares pregam em seus documentos uma sugestão de trabalho direcionada para o desenvolvimento do estudante, desejando formar um educando crítico, capaz de raciocinar, fazer suas próprias escolhas, decidindo assim o melhor para a sua vida. Algumas escolas de regiões mais desenvolvidas já estão trabalhando em turnos integrais com oficinas onde os discentes realizam estas atividades em turno diferentes do currículo normal. 
 Nessas oficinas os estudantes teriam condições de aprender a cantar e tocar um instrumento musical, matemática, esportes sendo que os próprios educandos opinariam quais as oficinas que desejariam ter na escola. Fala-se assim em dar liberdade e espaço para este educando, porém ao nos depararmos com a prática não é bem dessa forma que acontece. 
 O professor ao planejar a aula não aproveita o conhecimento empírico dos educandos, utilizando-se apenas dos conceitos científicos pré-definidos. Durante o planejamento da aula o professor tende a seguir apenas os conteúdos já pesquisados, não oferecendo espaços para os discentes fazerem perguntas ou expressar suas opiniões. 
 Mesmo que as classes estejam colocadas em grupos é proibido que os educandos conversem e troquem idéias e informações, o que não permite que ocorra um intercambio de dados. 
 O docente não é tido como mediador, nem aquela pessoa que incentiva o aluno para que o mesmo demonstre todo seu o seu potencial, analisando as capacidades destes, mas sim como uma pessoa tradicionalista que sabe e transmite o conteúdo aos estudantes, avaliando apenas aquilo que já fixaram mecanicamente. Fazendo uso assim de um processo de ensino-aprendizagem tradicional composto por regras, disciplinas, sendo que o melhor estudante é aquele que fica em calado, em sua carteira, responde conforme é perguntado e demonstra ter fixado o conteúdo por meio de provas individuais que levam em conta o quantitativo e não o qualitativo do aluno. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Ao se observar como é ministrado o ensino nas escolas públicas torna-se evidente que por mais que a teoria de Vygotsky seja de grande valia para o aperfeiçoamento do ser humano, quando se vai para a prática a mesma a ainda não está sendo colocada em prática. 
 Examinando a documentação e o regimento escolar observa-se que na sua maioria primam por um educando crítico capaz de expressar suas opiniões, questionamentos, desejos e aspirações, entretanto na prática pedagógica não se abre espaços suficientes para que isso suceda, o educando continua sendo um objeto manuseado pela vontade do discente, confiando que existe uma verdade incondicional sendo esta a verdade apontada pelo educador como sendo única e universal. 
 Na maioria das vezes a prática escolar fica restrita das atividades extra-escolares vivenciada pelos estudantes, ficando esta presa aos conteúdos extraídos de livros sem relacioná-los ao contexto histórico-social destes educandos. 
 Os estudos de Vygotsky parecem ser revolucionários frente a nossa realidade, mas transmite aquilo que o ser humano tem de melhor que são: sua capacidade criadora, sua liberdade para fazer o que acha certo, sua estrutura de sujeito ativo e não de objeto a ser modelado. 
 É errado imaginar que a educação não é algo retirado da vida diária, para a educação aconteça realmente é imprescindível que esta ocorra de forma transformadora de uma maneira que possa promover a não homogeneização, e acima de tudo o respeito pelas diferenças individuais de cada um.
REFÊNCIAS:
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes,
1991a.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,1996.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.
VIGOTSKI, L. S. A construção dopensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Sanira Santos silva1. Sanira_santos@hotmail.com Graduando do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela UFMA - Universidade Federal do Maranhão. Artigo científico2 apresentado a UFMA - Universidade Federal do Maranhão como requisito para obtenção do título de Graduação do Curso de Pedagogia. 	10
	
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