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A CRIANÇA E SUA RELAÇÃO COM O APRENDER: EXPERIÊNCIA S 
EM AMBIENTE HOSPITALAR 
 
ROLIM, Carmem Lucia Artioli1 - UFT 
 
Grupo de Trabalho – Pedagogia hospitalar 
Agência Financiadora: CAPES 
 
Resumo 
 
No presente estudo observamos crianças em tratamento de câncer no espaço de um programa 
recreativo-educacional em ambiente hospitalar, procurando analisar suas manifestações de 
receptividade às experiências de aprendizagem, com o propósito mais amplo de levantar 
sugestões para iniciativas sócio educacionais; que lhes propiciem explorar dimensões 
saudáveis de vida. A implementação do estudo foi referenciada em proposições de Vigotski 
(1997, 1996) e Leontiev (1988, 1978), no que concerne ao desenvolvimento infantil, e ao 
processo ensino-aprendizagem; e em Fonseca (2003) e Fontes (2005), que se reportam à 
pedagogia hospitalar no Brasil. Os registros de ocorrências das atividades, as produções das 
crianças nas sessões do programa, e o diálogo com os autores, permitem indicar a existência 
de uma intensa disposição da criança ao aprender e, particularmente, um interesse em realizar 
atividades escolares, a busca da atividade pedagógica possibilita manter o elo com o mundo 
que ficou fora do hospital, e assim, fugir das paredes erguidas pela doença. Considerando o 
contexto hospitalar e o escolar, observamos que é necessário enfrentar o desafio de superar o 
divórcio entre esses contextos, observando a necessidade de propiciar o desenvolvimento 
educacional das crianças durante o tratamento, e de mudar a forma como muitas escolas lidam 
com esse o aluno, oferecendo a promoção facilitada esquecendo-se de proporcionar condições 
para um ensino efetivo, possibilitando que a criança exerça o direito de ser aluno entre alunos, 
à medida que a criança demonstra o desejo de frequentar a escola, e esse desejo parece 
impregnado de significados de estar vivo. Nesse contexto, escolas e hospitais devem garantir 
o desenvolvimento, oferecendo experiências de aprendizagem de maneira a fortalecer o 
núcleo vital saudável da criança em tratamento. 
 
Palavras-chave: Crianças em tratamento. Ações inclusivas. Espaços hospitalares e escolares. 
 
1 Doutora em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba – Brasil. Professora Adjunta da Universidade 
Federal do Tocantins (UFT). Docente do curso de Pedagogia de Palmas e do Programa de Pós Graduação em 
Educação da UFT. E-mail: carmem.rolim@uft.edu.br 
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Introdução 
O presente estudo é resultado de nossa pesquisa de doutorado, cujo tema surgiu da 
experiência docente, tanto no âmbito do desenvolvimento de recursos digitais para o processo 
de ensino, como em projetos de extensão. Nessas atividades, cuja diretriz é considerar o 
conhecimento como direito de todos, intensificou-se minha preocupação com crianças que 
apresentam graves problemas de saúde, tendo de atravessar momentos dolorosos de 
tratamento e por vezes necessitando de isolamento no espaço hospitalar. Tratamos de 
aprendizes que por algum motivo são afastados do ambiente escolar e veem restringidos o 
espaço físico e convívio social. 
A criança hospitalizada, assim como qualquer criança, apresenta o desenvolvimento 
que lhe é possível de acordo com uma diversidade de fatores com os quais interage 
e, dentre eles, as limitações que o diagnóstico clínico possa lhe impor. De forma 
alguma podemos considerar que a hospitalização seja de fato, incapacitante para a 
criança. Um ser em desenvolvimento tem sempre possibilidades de usar e expressar 
de uma forma ou de outra seu potencial (FONSECA, 2003, p. 17). 
Para contribuir com a melhoria da qualidade de vida desses sujeitos, criamos o 
programa de extensão que chamaremos de Dédalo. Esse programa chegou às crianças através 
de uma parceria entre uma Universidade e um hospital de câncer infantil, numa cidade de 
porte médio do Estado de São Paulo. O Hospital é uma entidade beneficente foi criada com o 
objetivo de atender integralmente crianças e adolescentes (0-18 anos) portadores de neoplasia 
maligna. Atende principalmente pacientes da região, porém são encaminhados casos de 
diferentes regiões do país, suas ações abrangem, também, a assistência social extensiva aos 
familiares dos pacientes (alojamento, alimentação). A implementação do estudo foi 
referenciada em proposições de Vigotski (1997, 1996) e Leontiev (1988, 1978), no que 
concerne ao desenvolvimento infantil e ao processo ensino-aprendizagem; e em Fonseca 
(2003) e Fontes (2005), que se reportam à pedagogia hospitalar no Brasil. Os registros de 
dados consistiram de anotações em diário de campo e de variadas produções dos educandos: 
textos, desenhos, exercícios manuscritos e atividades realizadas no computador. Nas análises, 
elegemos três temas: a) A aceitação da atividade da “sala” pelas crianças. b) O desejo de 
“fazer lição”. c) Manifestações sobre experiências relativas à vida escolar, temas que foram 
trabalhados individualmente, porém por diversos momentos se inter-relacionam. 
As discussões indicaram que os protocolos de tratamento do câncer infantil, exigem 
limitação dos espaços de convivência e, o afastamento das atividades escolares torna-se 
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inevitável, as oportunidades de atividades lúdicas restringem-se marcadamente. Mas são as 
próprias crianças, que indicam caminhos para a atividade educacional em ambiente hospitalar. 
O desenvolvimento das atividades deve basear-se não apenas no que concerne ao desempenho 
acadêmico da criança, mas também na perspectiva de ser aluno entre alunos, no direito a 
aprender e continuar seu desenvolvimento para a vida. 
Desenvolvimento 
Focalizando crianças em tratamento de câncer no espaço de um programa recreativo-
educacional em ambiente hospitalar, procuramos analisar suas manifestações de receptividade 
há experiências de aprendizagem que se vinculam à esfera escolar e a outras esferas do 
cotidiano, com o propósito de levantar sugestões para iniciativas sócio educacionais; que lhes 
propiciem explorar uma dimensão saudável de vida, de maneira a fortalecer seu núcleo vital, 
como recomenda Vigotski (1997) nas discussões sobre o desenvolvimento humano 
comprometido por fatores orgânicos. É necessário destacar, que o tratamento de câncer 
apresenta especificidades que ultrapassam as necessidades biológicas, o desenvolvimento da 
criança “[...] está submetido não às leis biológicas, mas às leis sócio históricas.” (LEONTIEV, 
1978, p. 262). Numa visão semelhante, Vigotski (1996) destaca: 
A natureza do próprio desenvolvimento se transforma do biológico para o sócio 
histórico. O pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inato, 
mas é determinado pelo processo histórico-cultural e tem propriedades e leis 
específicas, que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e 
fala. Uma vez admitido o caráter histórico e cultural do pensamento, devemos 
considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico que são válidas 
para qualquer fenômeno histórico da sociedade humana. Espera-se apenas que, neste 
nível, o desenvolvimento do comportamento seja regido essencialmente pelas leis 
gerais da evolução histórica da sociedade humana (VIGOTSKI, 1996, p.44). 
Então pensar na criança em tratamento é considerar o processo da patologia, para 
Rolim (2008), o significado da doença está relacionado à sua história, quanto maior a relação 
com incapacidades e óbitos, mais intensos são os dilemas que acompanham o processo, 
“Considerando o ato de viver como único, a experiência saúde/doença deixa marcas no 
humano, não apenas pelas adaptações impostas ao organismo para preservação da vida, mas 
também pela história coletiva que a envolve” (ROLIM, 2008, p. 17). Essa história é por vezes, 
contada nos silêncios, e intimamente relacionada ao agir, revelado como algo a ser 
exterminado, e numa visão cartesiana e dualista, saúde e doença são extremos que não 
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convivem.Para Foucault (2001) o olhar do ‘outro’ transforma doente em sua doença, e como 
tal é nomeado, seu fazer agora é limitado pelo julgamento social, que por vezes, limita-se a 
fatores orgânicos ignorando as potencialidades do sujeito. “Reencontra-se, neste ponto, o 
tema do retrato, o doente é a doença que adquiriu traços singulares; dada com sombra e 
relevo, modulações, matizes, profundidade [...]” (FOUCAULT, 2001, p. 15). 
Quando esse sujeito, doente-doença, é uma criança, é importante considerar, que 
envolve uma importante fase do ser humano, a infância, momento em que o desenvolvimento 
apresenta-se de forma acentuada. Diante da fragilização da infância, e da possibilidade de 
limitação de experiências, é indispensável que o grupo social trabalhe a valorização da vida, 
de modo a contribuir para superação das fragilidades emergentes. Para Vigotski (1997) é 
necessário reconhecer as enfermidades, mas resgatar o sujeito que apresenta essa 
enfermidade, pois é através do outro, que dificuldades se transformam, manifestando-se como 
obstáculo ou superação. O comprometimento orgânico, não conduz ao desenvolvimento 
inferior, mas exige que o desenvolvimento ocorra de outra forma, com o uso de diferentes 
estratégias, mobilizadas pelo grupo social. Rolim (2008, p. 40) pontua a dependência do 
desenvolvimento da criança ao grupo social, pois as necessidades manifestas pelo 
comprometimento orgânico, não precisam resultar em incapacidades, nem tão pouco no 
fracasso escolar, outro caminho é possível, através da valorização de experiências de 
aprendizagem e da consideração do conhecimento como essencial para a vida, que a 
sociedade pode promover a continuidade do processo de escolarização, iniciativa capaz de 
criar uma perspectiva de educação “[...] que fertilize a vida, pois o desejo de 
aprender/conhecer engendra o desejo de viver no ser humano” (FONTES, 2005, p. 123). 
Nesse contexto o programa Dédalo é desenvolvido através de atividade recreativa-
educacional, originada em um projeto de extensão, cujas ações foram centradas na utilização 
de computador e desenvolvidas sob duas formas: virtual e presencial. Com a criação de uma 
sala virtual, procuramos levar às crianças os benefícios que a tecnologia oferece. A sala, 
hospedada no site da universidade, possibilitava à criança escolher um perfil de personagem 
virtual que a representaria e empregar recursos para mandar mensagens, estabelecer conversas 
e realizar variadas atividades. No desdobramento do programa constatamos a necessidade de 
dar maior abrangência ao propósito das sessões. Incluímos experiências não restritas a esse 
uso específico do computador (sala virtual), ampliando as atividades digitais, com acesso a 
sites e exploração de CDs educativos e, por solicitação das crianças, inserimos recursos como 
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livros de histórias e textos com exercícios escolares, o que expandiu o componente presencial 
de maneira significativa. As sessões tinham duração de duas horas e eram desenvolvidas na 
biblioteca do Hospital. Na sala existiam livros, uma mesa com várias cadeiras e três 
computadores. Os sujeitos que participavam da atividade de extensão eram crianças com 
idades variadas, dentro da faixa de 6 a 12 anos, que ficavam afastadas da escola por um longo 
período (em média, dois anos). Com o passar do tempo, quando o quadro clínico permite, as 
crianças em tratamento retornam à escola, mas sua frequência é esporádica, pois precisam 
manter visitas constantes ao hospital até que tenham alta. Os dados envolveram registros no 
diário de campo e as produções dos educandos, que consistiram nos exercícios, produções de 
cartas e textos, pinturas e desenhos, e atividades realizadas com o auxílio do 
microcomputador. Nas análises, elegemos três temas: o primeiro trata da aceitação da 
atividade da ‘sala’ pelas crianças, o segundo aborda o desejo de ‘fazer lição’, e o terceiro e 
último, trata das manifestações sobre experiências relativas à vida escolar. Os temas foram 
trabalhados individualmente, porém por diversos momentos se inter-relacionam. 
A aceitação da atividade “sala” pelas crianças 
Constatamos uma grande receptividade das crianças às atividades do programa, elas 
aguardam ansiosas pelo início da sessão e realizam as atividades com muita disposição 
independentemente das condições em que se encontram: com soro, ataduras, com pontos de 
cirurgia, em cadeiras de rodas, carregadas... Sempre que o médico permite, elas comparecem 
mesmo nas mais adversas circunstâncias (como as fortes dores físicas). Por vezes forma-se 
uma fila junto à porta, incluindo as mães das crianças que dependem de ajuda para 
locomoção. 
O desejo de “fazer lição” 
Durante o trabalho as crianças passaram a pedir para “fazer lição”, solicitando 
atividades de “reforço”, “treino”, “contas”, “textos”. Desde então, as sessões estão 
organizadas de maneira a permitir que os participantes escolham entre atividades disponíveis, 
que podem ser de grafismo e leitura-escrita, ou de uso do computador (exploração de sites, 
CDs educativos e sala virtual). As observações sugerem que a escola é um ‘pedaço’ da 
infância lhes faz muita falta. Ou seja, a busca por atividades escolares parece dever-se menos 
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ao gosto pelo caráter didático dos materiais e mais à busca de uma preservação mínima da 
esfera de aprendizagem caracterizada pela convivência que envolve a relação educador-
educando e pela ocupação do lugar de aluno entre alunos, esfera essa que marca a ‘agenda 
cultural’ das crianças em geral, mas está em suspensão para elas. 
Manifestações sobre experiências relativas à vida escolar 
Falar das crianças que participam da atividade é antes de tudo reconhecer sua 
sensibilidade e capacidade de elaboração da realidade. Elas percebem o que está acontecendo 
em suas vidas; por exemplo, mesmo que não falem explicitamente da fase de tratamento em 
que se encontram, suas conversas mostram entendimento da situação, seu vocabulário inclui 
coletas, cirurgias, protocolos, plaquetas, com a mesma naturalidade que tratam dos materiais 
escolares. Suas manifestações trazem a escola como continuidade, indicando expectativas e 
frustrações em termos de oportunidades para aprender, na escola e em outros espaços. 
Considerações finais 
As análises possibilitam, afirmar a grande receptividade manifesta pelas crianças para 
aprender e o interesse especial nas atividades de caráter escolar. A nosso ver, a busca da 
atividade pedagógica significa manter o elo com o mundo que ficou fora do hospital e fugir 
das paredes erguidas pela doença. A angústia perante a doença e a internação remete ao 
inegável desconhecido, que traz as dores impostas não apenas pelo tratamento, mas 
especialmente pela perda de laços e espaços. Nigro (2004) compara a internação com uma 
“ventania” que arranca o que é familiar, para colocar em seu lugar um espaço frio e distante. 
Nas sessões, fazer o que se faz na escola é um momento de ‘matar saudade’ do 
cotidiano roubado, de ‘aprender’, ‘ter colegas’, ‘brincar’. Nesses momentos em que vencem 
as barreiras impostas pela doença, elas vivem experiências de realização e alegria, e através 
da aprendizagem abre-se a possibilidade de superar limites, tão importante para a vida. 
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A atividade de estudo é um direito fundamental de qualquer criança, ainda mais para 
uma criança afetada do ponto de vista da sua saúde. Neste último caso, além da 
criança aprender, essa atividade traz melhoria para qualidade de vida das mesmas, 
tendo em vista que este investimento pode dispersar a perspectiva de morte, muitas 
vezes estereotipada, sobre este tipo de doença. A falta do acompanhamento escolar 
durante o tratamento medicamentoso da doença, pode contribuir para o baixo 
rendimento nas atividades escolares, tendo em vista que a criança fica impedida de 
realizar atividades com as quais naturalmente se envolveria se estivesse sadia. 
(SILVA et al., 2006,p.35) 
Essas indicações levantam questionamentos em pelo menos dois sentidos. Quanto ao 
caráter que devem ter programas em ambiente hospitalar, os dados colocam- nos a indagação 
sobre suas metas: propiciar aprendizagens no plano lúdico ou escolarizar as atividades. É um 
desafio lidar com as contradições implicadas em cada alternativa e encontrar um ponto de 
equilíbrio, levando em conta, ao mesmo tempo, as condições de realidade. E quanto à postura 
das escolas que têm alunos portadores de câncer, as manifestações das crianças mostram que 
são usadas estratégias de esquiva e/ou condescendência para lidar com os problemas de 
interrupção das atividades em decorrência da doença e tentam facilitar a situação, apenas 
abonando as faltas do aluno e aprovando-o para as séries seguintes. Ao que parece, conhecem 
pouco sobre as dificuldades enfrentadas pelo aluno para dar continuidade à vida escolar e não 
sabem o que fazer a esse respeito. No contexto hospitalar, a omissão do atendimento 
educacional às crianças hospitalizadas é claramente nociva. No contexto escolar, com o abono 
de faltas e a aprovação automática, nega-se o direito da criança à continuidade da 
aprendizagem, a sonhar com o futuro, a sentir que o tratamento é busca pela vida e não 
sinônimo de morte. Dessa maneira constatamos a necessidade urgente de ações integradas 
entre o contexto hospitalar e o escolar, à medida que a criança demonstra o desejo de 
frequentar a escola, e esse desejo parece impregnado de significados de estar vivo. 
REFERÊNCIAS 
FONSECA, Eneida Simões. Atendimento escolar em ambiente hospitalar. São Paulo: 
Memnon, 2003. 
FONTES, Rejane S. A escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da 
educação no hospital. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, no 29, p. 119 – 139, ago. 
2005. 
FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. 
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LEONTIEV, Aléxis N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In: 
VIGOTSKI, L.S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Universidade 
de São Paulo, 1988. 
__________. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978. 
ROLIM, Carmem Lucia Artioli. A criança em tratamento de câncer e sua relação com o 
aprender: experiências num programa educacional em ambiente hospitalar. 2008. 102 f. Tese 
(Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Metodista de Piracicaba, 
Piracicaba, 2008. Disponível em: 
<https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/OXMURLEQVLKA.pdf>. Acesso em: 19 
mar. 2012. 
NIGRO, Magdalena. Hospitalização: o impacto na criança, no adolescente e no psicólogo 
hospitalar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. 
SILVA, Aline Magalhães et al. Habilidades intelectuais de crianças com câncer e crianças não 
portadoras da doença. Avaliação psicologia, vol.5, no. 1, p.33-41, jun. 2006. 
VIGOTSKI, Lev Semenovich. Fundamentos de defectología. Obras escogidas. Vol. V 
Madri: Visor, 1997. 
__________. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

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