Prévia do material em texto
1 29 de abril de 2024 Continuando com a interpretação de Born para a função de onda e com a equação de Schrödinger A função de onda ψ é a amplitude de probabilidade no sentido de que seu módulo quadrado (ψ*ψ ou |ψ|2) é uma densidade de probabilidade. A probabilidade de encontrar uma partícula na região dx localizada em x é proporcional a |ψ|2 dx. Representamos a densidade de probabilidade pela densidade de sombreamento na banda sobreposta. A função de onda Ψ 2 Interpretação de Born para a Ψ. ΨΨ=Ψ *2Amplitude de E Ψ2, em módulo, é a densidade de probabilidade. Isto significa que a equação de Born representa a probabilidade de se encontrar a partícula em um intervalo entre x e x+dx, a um tempo t. A probabilidade de encontrar a partícula em um ponto x qualquer é dada pela densidade, determinada pelo quadrado da Ψ em cada ponto. Se a amplitude da função de onda da partícula é Ψ, em algum ponto x, a probabilidade de se encontrar a partícula entre x e (x + dx) é proporcional a Ψ*Ψ dx. Ψ = amplitude de probabilidade Ψ∗Ψ = densidade de probabilidade = = módulo quadrado de Ψ (real e nunca negativo) 3 Interpretação de Born para a Ψ. A probabilidade de se encontrar a partícula em um elemento de volume dτ = dx.dy.dz, em uma localização r, é proporcional ao produto de dτ e o valor de Ψ*Ψ neste local. Interpretação de Born para a Ψ, para um volume dτ. A interpretação de Born impôs várias restrições às funções de onda. (b) Inaceitável, porque a inclinação é descontínua. 4 (a) Inaceitável, porque não é contínua. As funções de onda devem ser: - contínuas, porque as probabilidades não podem ter valores indefinidos em nenhum ponto; (c) Inaceitável, porque não tem valor único. (d) Inaceitável, porque é infinita sobre uma região finita. - unívocas, porque a probabilidade (módulo ao quadrado das funções) em cada ponto não pode ter valores diferentes; - finitas em todos os pontos do espaço, porque probabilidades são finitas. A interpretação de Born impôs várias restrições às funções de onda, outros exemplos: 5 (a) Inaceitável, porque a função deve ser contínua; (c) Inaceitável, porque a função deve ser unívoca; (d) Inaceitável, porque ψ não deve ter valores infinitos, exceto casos excepcionais. (b) Aceitável, porque a inclinação deve ser contínua; Aceitável, porque a função é unívoca. 6 Para melhor compreendermos o significado das funções de onda: 1) Ψ é uma função matemática (tais como sen x ou exp -x) que pode ser larga (grande) em uma região, curta (pequena) em outra, ou zero; 2) Ψ contém todas as informações possíveis de se conhecer sobre a localização ou o movimento das partículas por ela descrita; 3) Se Ψ é larga em um ponto, então a partícula tem alta probabilidade de estar neste ponto; se Ψ é zero em um ponto, a partícula não pode estar lá localizada; 4) Quanto mais rapidamente Ψ mudar, de ponto para ponto, maior será a Ek da partícula por ela descrita. A função de onda Ψ 7 A equação de Schrödinger (repetindo este slide, mas este passo já foi visto na aula passada) A equação de Schrödinger independente do tempo, sistemas unidimensionais: na qual V (x) é a energia potencial da partícula e E é sua energia total. No caso geral, a equação de Schrödinger é escrita: em que é o operador hamiltoniano. Para o sistema tridimensional tem-se: em que V pode depender da posição. O símbolo ∇2 ('del quadrado') é Para a evolução de um sistema com o tempo, é necessário resolver a equação de Schrödinger dependente do tempo : 8 Embora a equação de Schrödinger deva ser considerada um postulado, como as equações de movimento de Newton, pode ser plausível notar que ela implica na relação de de Broglie para uma partícula em movimento livre em uma região com energia potencial constante V. Ao se fazer o substituição V(x) = V e reorganizar tem-se: Na MQ, uma função de onda que descreve a distribuição espacial de uma partícula (uma "função de onda espacial") é complexa se a partícula descrita tem um movimento líquido. No caso presente, podemos usar a relação eiθ = cos θ + i sin θ para escrever: 9 As partes real (no gráfico ao lado: Re) e imaginária (Im) de ψ estão desenhadas ao lado. Vemos que o componente imaginário Im(ψ) = sin kx é deslocado na direção do movimento da partícula. Ou seja, ambas as partes, real e imaginária da função de onda, são "reais", no sentido de estarem presentes. Expressamos ψ como uma função complexa simplesmente para ajudar na visualização do movimento da partícula descrito pela função de onda. A função cos kx (ou sen kx) representa uma onda de comprimento de onda λ = 2π / k, como pode ser visto comparando cos kx com a forma padrão de uma onda harmônica, cos (2πx / λ). 10 Portanto, o momento linear está relacionado ao comprimento de onda da função de onda por que é a relação de de Broglie, como já vimos. Como EK = p2 / 2m, segue-se que A quantidade (E – V) é igual à energia cinética da partícula, EK, então k = (2mEK / ћ2 )1/2, o que implica que EK = k2h2 / 2m. Os números complexos têm a forma z = x + iy, na qual i = (−1)1/2 e os números reais x e y correspondem às partes real e imaginária de z, denotadas Re(z) e Im(z), respectivamente. Da mesma forma, uma função complexa da forma f = g + ih, em que g e h são funções de argumentos reais, têm uma parte real Re(f) = g e uma parte imaginária Im(f) = h. O gráfico mostra as partes real (lilás) e imaginária (verde) de uma função de onda de partícula livre correspondendo ao movimento em direção a x positivo (conforme mostrado pela seta). 11 Se o potencial é constante, em V, a solução da equação é: em que: Sen kx ou cos kx são ondas de comprimento de onda λ = 2 π / k Como Ek = (E – V) e p é momentum linear, relacionado ao λ, da Ψ: Ek = p2 / 2m Resumindo Esta equação mostra que quanto maior for a diferença entre a Et e a Ep, mais curto é o comprimento de onda da função de onda. Ou seja, quanto maior Ek, menor é o λ. Se a partícula estiver em repouso, Ψ é constante. (Ek = 0, partícula estacionária → λ = infinito → Ψ = tem o mesmo valor em qualquer lugar) Se Ψ não tem forma de onda periódica, interpreta- se a curvatura de Ψ como uma derivada segunda: d2Ψ / dx2 12 Alta Ek → curto λ; baixa Ek → largos λ. A Ek observada para uma partícula é a média das contribuições de Ek de cada região. (Integra-se todo o espaço coberto pela Ψ) A Ψ da partícula, para um potencial decrescendo para a direita, e, por isto, submetido a força constante para a direita implica em: - o λ decresce à medida que a contribuição local para a Ek aumenta; - a diferença (E-V) = Ek aumenta da esquerda para a direita. 13 14 A equação de Schrödinger para uma partícula de massa m livre para se mover paralelamente ao eixo x com energia potencial zero, definindo V = 0, é obtida por: As soluções desta equação têm a forma: Para verificar se ψ é uma solução da equação de Schrödinger acima, substitui-se ψ no lado esquerdo da equação e confirma-se que se obtém Eψ: na qual A e B são constantes. Schrödinger - Funções de onda (Ψ) – Partícula livre 15 Consideremos A e B como constantes arbitrárias. Se B = 0 na equação , a função de onda é, simplesmente Aonde está a partícula? Para descobrir, calculamos a densidade de probabilidade: Essa densidade de probabilidade é independente de x, portanto, onde quer que olhemos ao longo do eixo x, há uma probabilidade igual de encontrar a partícula. Figura a. O módulo quadrado de uma função de onda correspondendo a um estado definido de momento linear é uma constante; portanto, corresponde a uma probabilidade uniforme de encontrar a partícula em qualquer lugar. Schrödinger - Funções de onda (Ψ) – Partícula livre 16 Ou seja, se a função de onda da partícula for dada pela eq. , então, não se pode prever onde apartícula será encontrada. O mesmo seria verdadeiro se a função de onda, na equação tivesse A = 0. Nesse caso, a densidade de probabilidade seria |B|2, uma constante. Agora suponha que na função de onda A = B. Então a equação anterior se torna: Figura b. Distribuição de probabilidade correspondendo à superposição de estados de igual magnitude de momento linear. A direção é oposta ao deslocamento. Essa função é ilustrada na figura b, abaixo. Schrödinger - Funções de onda (Ψ) – Partícula livre 17 A densidade de probabilidade varia periodicamente entre 0 e 4 |A|2. Os locais nos quais a densidade de probabilidade é zero correspondem aos nós na função de onda: partículas nunca serão encontradas nos nós. Retomando a equação do slide anterior: Um nó é um ponto onde uma função de onda passa por zero. O local onde uma função de onda se aproxima de zero, mas não passa, realmente, por zero não é um nó. Os nós são definidos em termos de amplitude de probabilidade, a função de onda em si. A densidade de probabilidade nunca passa através do zero porque não pode ser negativa. 18 Se a densidade de probabilidade de uma partícula é uma constante, segue-se que, com x variando de −∞ a + ∞, as constantes de normalização, A ou B, são 0. Para evitar este problema, x pode variar de - L para + L, e L pode ir até o infinito no final de todos os cálculos. Para nossos objetivos, ignoramos essa complicação. 19 Postulado I. Para cada partícula de massa m existe uma função de onda ψ(x). Postulado II. Para uma partícula de massa m, com energia total clássica constante (E), e energia potencial (Ep) dada por uma função V(x,y,z), a função de onda que satisfaz a equação de Schrödinger é: Postulado III. A função de onda ψ e sua derivada dψ/dx devem ser finitas, unívocas e contínuas, para todos os valores de x. Postulado IV. A função de onda deve conter informações sobre a localização da partícula, ou seja, a partícula deve estar em algum lugar do espaço. Postulado V. Vários experimentos idênticos são efetuados para determinar a energia, a posição ou o momentum de grande número de sistemas quânticos independentes. Há uma expressão, denominada “valor esperado”, que conterá o valor médio das grandezas medidas nesses sistemas. Vocês verão esta parte em Q. Quântica, pois sai do escopo dessa disciplina. Postulados da Mecânica Quântica Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19