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Materiais e Suportes para Desenho


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Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
 
 
 
 
 
 
Atelier de Artes Visuais: Desenho 
 
 
 
Aula 2 
 
 
 
 
 
 
Prof. Jack de Castro Holmer 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa inicial 
Para o avanço de nossos estudos, pensaremos sobre como o material 
utilizado influencia o conteúdo do desenho, buscando métodos para a melhor 
escolha dos materiais marcadores e de suportes para o desenho. 
Podemos definir que um marcador é tudo que usamos para “marcar” uma 
superfície ou um suporte, e suporte é tudo aquilo que recebe uma marca, 
deixada por um marcador. Em um exemplo simples e comum, podemos dizer 
que um lápis de grafite é um marcador e um papel branco de algodão é um 
suporte. Entenderemos melhor como escolher a combinação adequada, mas, 
para isso, precisamos conhecer alguns materiais e suportes básicos, 
específicos e também os não convencionais. 
Contextualização 
Se analisarmos diferentes caligrafias, poderemos notar que suas 
diferenças (as diferenças nas suas formas) estão associadas a características 
tanto de quem escreveu, quando se escreveu, com que se escreveu e onde se 
escreveu. Se a pessoa é um médico que escreve muito e com pouco tempo 
para tal, vemos que a forma da escrita tende a ficar inelegível, e quanto mais 
diminuímos o tempo dado a quem escreve e mais conteúdo incluirmos, mais 
“deformada” ficaram as letras e as palavras. Agora, se dermos a um calígrafo – 
lembrando que “caligrafia” vem do grego κάλλος (“kalli” ou "beleza") + γραφή 
(graphẽ ou "escrita") – uma única palavra, ele usará mais tempo para entregar 
a palavra escrita com alta legibilidade e “beleza” em sua forma. O médico usa 
papel sulfite A5 branco e caneta esferográfica, pois, como escreve muito, ele 
opta por materiais mais baratos, que cumprem o objetivo de fixar informação 
curta sobre um papel de maneira rápida. Já o calígrafo pode utilizar um papel 
arroz e tinta nanquim na sua escrita, pois esses materiais são mais resistentes 
ao tempo e têm maior definição para detalhes, algo que a caneta esferográfica 
não tem, assim como o papel arroz absorve melhor a tinta aplicada sobre ele. 
 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
Vemos aqui que a escolha do material depende do conteúdo e dos 
objetivos de quem produz as palavras, assim como, no nosso caso, depende 
qual é o objetivo do desenho: se é um rascunho ou um projeto, se o tempo de 
execução é rápido ou demorado, e várias outras propriedades que devemos 
notar. Cada desenhista escolherá o material mais apropriado para os objetivos 
de seus desenhos. 
E você? Sobre o que seus desenhos são? Como os materiais podem te 
ajudar a comunicar melhor? 
Tema 1: Materiais do desenho 
Quando estudamos História da Arte, vemos que as primeiras 
manifestações artísticas, a Arte Rupestre, se utilizava de materiais coletados 
no ambiente que os homens viviam e também o que gostariam de registrar. As 
paredes das cavernas recebiam pigmentos e óleos vegetais, que eram melhor 
fixados nas rochas. Os índios brasileiros utilizavam frutas e macerados 
misturados com carvão para suas pinturas corporais. Junto com a evolução 
tecnológica, novos materiais foram usados, e podemos notar a relação do 
estado tecnológico de uma sociedade pelas obras de seus artistas: o nanquim 
da China Antiga, as têmperas do século XIII, a tinta a óleo do século XVIII, a 
tinta acrílica moderna ou as linhas virtuais de nosso tempo. Cada material tem 
suas características específicas, seu grau de precisão e controle, sua 
densidade e potencial de fixação. 
Tema 2: Marcadores 
Para o desenho, utilizamos regularmente o grafite em forma de lápis, 
variando em dureza e fixação. Quando necessitamos de precisão, usamos um 
grafite mais duro com uma graduação H (Hard), e quando precisamos de áreas 
escuras e degradês, um grafite mais “mole” ou negro, como o 6B (Black). Essa 
graduação foi feita por Lothar Faber, no século XVIII, o criador da empresa 
Faber Castell. 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
Ela depende da origem do grafite, ou seja, do local onde ele foi 
minerado. Se quisermos mais expressividade no traço e graduação de tons, 
podemos usar o carvão, que é outro material muito utilizado para esboços e 
estudos. 
Todo material que deixa um “rastro” sobre uma superfície pode ser 
usado como marcador, desde o dedo sobre a areia até toner sobre papel. 
Abaixo, podemos observar a variação de claro e escuro, conforme a 
graduação do lápis usado: 
Figura 1 
 
Além dos materiais “acadêmicos”, podemos utilizar de lápis coloridos, 
canetas tinteiras, canetas hidrocores e todo material que produza pontos, 
linhas e superfícies. 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
Tema 3: Suportes 
O aparato que recebe o marcador para produzir um desenho é o 
suporte. Comumente, usamos vários tipos de papel. Eles possuem gramatura 
específica, sendo o tamanho A4 de sulfite comum com 90 gramas (90g/m2), 
uma gramatura mais “fina”, ideal para o uso corriqueiro do cotidiano. Outro 
exemplo é o papel para aquarela com 300 gramas, mais “grosso”, 
recomendado para trabalhos em que a tinta usada no marcador seja mais 
líquida (técnicas úmidas), devendo o papel ter melhor absorção, daí a 
gramatura maior. A escolha do papel ideal dependerá do material que será 
fixado sobre ele. Um desenho com grafite em uma graduação maior que B 
pede um papel mais vigoroso, com uma gramatura em torno das 200 gramas. 
Além da gramatura, o papel pode ser liso, ideal para desenhos técnicos, ou 
texturizado, melhor para desenhos artísticos. 
Além do papel, o desenho pode ser realizado em superfícies diversas 
que tenham a características de absorção e fixação do material marcador. 
Síntese 
Como vimos nesta aula, para se produzir um desenho, devemos pensar 
em quais são os materiais mais adequados para dar materialidade às nossas 
ideias. O material escolhido pode reforçar a mensagem que queremos 
comunicar, ajudando quem olha/interpreta o desenho a obter o significado 
desejado pelo artista. Não há limites para as possibilidades de combinação de 
materiais, contanto que o marcador seja adequado ao suporte, e este último ao 
conteúdo. Sugiro que cada desenho seja pensado individualmente e que, 
somente depois que o tema e os rascunhos/esboços estiverem prontos, sejam 
feitam as escolhas de material definitivo. 
 
 
 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
Referências 
 
DERDYK, E. (org). Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: SENAC, 2007. 
 
DONDIS, D. A. A sintaxe da linguagem visual. 2. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 1997 
 
KANDINSKY, W. Ponto e linha sobre plano: contribuição à análise dos 
elementos da pintura. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
 
MAYER, R. Manual do artista. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 
 
MOLINA, J. J. G. (org.). Las lecciones del dibujo. Madrid: Cátedra, 2006.

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