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Discursos de Poder AD2 – 2024.1 Universidade Federal Fluminense Avaliação à Distância II Curso: Tecnólogo em Segurança Pública Disciplina: Discursos de poder e Segurança Pública Data: 26/04/2024 Polo: Campo Grande Nome do aluno: Yuri Gomes Agapito 1- O discurso do interesse público pode ser acionado como um instrumento de poder em várias situações, muitas vezes para legitimar decisões ou ações do Estado que podem afetar indivíduos ou grupos sociais de diversas maneiras, um exemplo disso é quando o Estado frequentemente invoca o interesse para justificar intervenções em questões que afetam a sociedade como um todo, como na saúde pública, onde medidas de restrição de liberdade durante emergências de saúde, como a pandemia de COVID-19, são frequentemente justificadas pelo Estado como necessárias para proteger o interesse público na saúde e segurança da população, em que diversos trabalhadores ficaram restritos tanto para seu deslocamento ao trabalho como a restrição no direito de ir e vir, onde as idas em espaços públicos como: praia, restaurantes, cinemas e até ambientes sociais foram tomando medidas mais restritivas ao cidadão, prejudicando e evidenciando que o estado em seu momento em que precisa tomar decisões que afetam outros cidadãos ele acaba por ser impositivo e ríspido em suas decisões, há também prisões que acabaram por privar pessoas de suas liberdades, por expressar suas opiniões em atos públicos, mesmo quando as determinações e atos são pacíficos, não demonstrando que o estado seja fielmente cumpridor de determinações da constituição, denotando assim um caráter regulador em casos específicos de grupos sociais. Outro fator em que o estado se utilizado de seus interesses voltados a demais grupos sociais ou público, é na desapropriação de ambientes em que não há controle de algum espaço privado, sendo esse que esteja abandonado, causando diversos prejuízos ao poder público, por ser utilizado como ambiente de usuários, ou até mesmo de ilegalidades para diversos atos que sejam prejudiciais ao cidadão, tanto físico como na saúde, então o estado pode acabar por se apropriar de um bem privado pelos fatos evidenciados, que vão acabar por melhorar a condição e estado do local aos cidadãos. Em todas essas situações, o discurso do interesse público pode ser usado como uma forma de legitimação do poder estatal, justificando a tomada de decisões ou ações que podem afetar diferentes grupos sociais de maneiras desiguais. É importante estar ciente dessas dinâmicas e questionar como o interesse público é definido e aplicado em diferentes contextos, para garantir que ele realmente beneficie toda a sociedade de forma equitativa e justa, pois em alguns atos, ele pode acabar privilegiando não só a si mesmo por sua promoção e ganho para com determinadas entidades públicas, onde visa seu crescimento e domínio econômico entrando na parte da corrupção em que seus interesses sobressaem sobre classes sociais, ou na busca por parcerias com empresários e determinados empresários, que se utilizam desse poder para a promoção própria e até mesmo em políticas públicas, onde determinados grupos sociais ficam mais vulneráveis a ações de criminosos. 2) A – Ela é considera devido a algumas razoes que são fundamentais no controle e domínio de certo comercio local, onde certas locais poderiam gerar conflitos ou problemas no espaço ao qual foi destinado para a sua utilização, fazendo com que o poder público controle de forma mais incisiva o espaço cedido, moldando e controlando o ambiente, tanto econômico, quanto na sua área de pessoas que são frequentadoras do local, gerando assim uma segurança tanto aos responsáveis no qual foi cedido o ambiente, como para os moradores locais. Pois um ambiente em que o poder público não tem controle, tem de a gerar gastos para que se retorne a ordem local, dentre outros fatores que podem culminar a crimes, ataques, hostilização do local, perdendo o valor cultural ou local, desvalorizando assim a área, afetando a vida dos moradores e comerciantes locais, cabe salientar que, diante de diversos fatores a incisão e controle do poder público é suma importância para a regularização e controle das mercadorias e diversificação do espaço. Gerando mais segurança e confiabilidade devido ao ambiente ser utilizado e frequentado por pessoas que tem tendencia a melhoria de seu comercio, buscando a interação com demais comerciantes, com isso, previne e garante uma interação entre o poder público e os comerciantes, para que se adequem e sigam determinadas orientações do espaço, evitando conflitos de interesses entre os órgãos públicos. É notório que um ambiente que poderia ser utilizado por criminosos para diversos outros tipos de ilegalidades, na venda de produtos ilícitos, assaltos locais, contrabando de produtos provenientes de roubo e demais ilegalidades, é devidamente supervisionado pelo estado evitando esses tipos de delitos, estando sujeita a controle e supervisão pelo Estado. Isso implica que a administração pode intervir na atividade autorizada, se necessário, para proteger interesses públicos superiores, como saúde pública, segurança e ambientes em demais localidades do estado. Sendo considerada e classificada por dois modos e métodos em que se utilizam para o devido controle local, sendo elas: Caráter Discricionário e Caráter Precário, ficando evidente que o assunto exposto acima é retratado sobre o caráter precário, onde o estado subjuga determinados ambientes e se utiliza de uma forma menos impositiva para demonstrar controle local, sem que seja preciso usar a força ou impor leis, fazendo com que o ocupante do espaço cedido pelo estado fique à mercê de se submeter as condições em que o poder público concedeu para seu funcionamento, Já no Caráter Discricionário está relacionado totalmente a inversão de algo menos comprometido, regido por regulamentos e leis em que o comerciante se compromete com o estado, trazendo lhe segurança tanto em seu ambiente comercial, como no caso de ter direitos locais, tendo em vista o a concessão para a sua estadia. Em suma, a característica administrativa é observada como uma ferramenta de controle flexível, observados os fatos elencados, onde ela pode exercer controle de determinadas atividades que podem acabar afetando algum espaço ou interesse público, ao mesmo tempo em que mantém uma certa margem de manobra para adaptar suas decisões às circunstâncias específicas de cada caso. No entanto, essa flexibilidade também pode gerar incertezas para os autorizados, uma vez que suas atividades estão sujeitas à vontade discricionária da administração e podem ser revogadas ou modificadas a qualquer momento. B - A autorização pode se tornar um objeto de negociação entre o poder público e os indivíduos de várias maneiras, tanto na de forma formal, por meio de processos institucionais estabelecidos entre devidas instituições, quanto de forma informal, em interações cotidianas. Aqui estão exemplos de ambos: Formal: No contexto formal, um exemplo seria o processo de obtenção de uma licença ou permissão para realizar uma atividade específica, como construir uma casa em um local onde uma pessoa tenha um terreno que possa ser irregular ou falta documentação para que possa se comprovar a legalidade do imóvel, operar um negócio ou organizar um show em determinado espaço, pois podem ter certas restrições devido ao ambiente desse evento, onde seja preciso entrar em comunicação com o poder público para que aja uma maior legalidade e entendimento do que se pode ou não ser feito, evitando transtornos para a empresa em que irá realizar o evento e até mesmo das pessoas em que irá contatar o devido serviço, prorrogando os prazos do serviço que deve ser feito para que se tenha legalidade no procedimento, no preenchimento de formulários, estabelecendo a assertividadedos casos, no pagamento das taxas de sua utilização e em ser cumprido os regulamentos e contratos em que se foram estabelecidos, para que se tenha uma devida autorização na legalidade das ações que forem tomadas. Já no Informal: Em um contexto mais subjetivo, a autorização pode se tornar um objeto de negociação em interações cotidianas entre os cidadãos e os agentes do poder público, como policiais ou fiscais. Por exemplo, durante uma blitz de trânsito, um motorista parado por determinadas infrações de trânsito pode tentar negociar uma multa reduzida com o agente de segurança pública, apresentando diversas desculpas ou prometendo não novamente a devida infração. Da mesma forma, um comerciante de rua, onde pode negociar com um guarda municipal para evitar uma multa por vender mercadorias sem permissão, concordando em se mover para uma área designada ou em pagar uma taxa menor, todas essas determinações em que os agentes públicos se utilizam de seu poder instaurados e regulados pelo estado, fazendo com que aja uma desordem no cumprimento da lei, ficando evidente que, quando for para se cobrar com maior empeno as determinações do estado, os mesmo infratores irão acabar tentando ludibriar as autoridades por conta desses mesmos agentes que se eximem de cumprir suas determinações nas quais foram emanadas pelo estado, criando um descontrole tanto dos indivíduos em cumprir as determinações, como dos agentes ou entidades públicas. Portanto, em ambos os exemplos, a autorização se torna um objeto de negociação porque os indivíduos buscam obter o consentimento ou a aprovação das autoridades para realizar determinadas atividades, e as autoridades têm o poder de conceder, negar ou condicionar essa autorização de acordo com suas políticas e critérios estabelecidos. Essas negociações destacam a dinâmica complexa entre o poder público e os cidadãos, onde os interesses e as necessidades de ambas as partes podem influenciar o resultado das ações em que o interesse público e comum podem acabar por se cruzar, destoando da real função da qual devem ser tomadas, prejudicando assim demais cidadãos e entidades nas quais buscam por seguir todas as determinações, sem que seja burlado leis ou contratos aos quais foram impostos.