Estudo Dirigido - Lipidograma

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Estudo Dirigido - Lipidograma
Enfermagem (Universidade Estadual da Paraíba)
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Baixado por Giovanna Mayssa (giopradomayssa@gmail.com)
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ESTUDO DIRIGIDO - LIPIDOGRAMA
1. O que é o Lipidograma e para que serve?
2. O que são as dislipidemias?
3. O colesterol é insolúvel na corrente sanguínea e para ser transportado se liga às
lipoproteínas. Quais são essas lipoproteínas?
4. O que é o Colesterol Total e o que ele avalia? Comente sobre os valores de referência.
5. Comente sobre a Lipoproteína de Alta Densidade (HDL).
6. Comente sobre a Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL).
7. Comente sobre a Lipoproteína de Muito Baixa Densidade (VLDL).
8. O que são os triglicerídeos (TG)? 
9. As apolipoproteínas são proteínas de superfície das partículas de lipoproteínas e são
importantes na avaliação da aterosclerose. Comente sobre elas.
10. Quais as orientações para a coleta do Lipidograma?
11. Quais os fatores interferem na interpretação do Lipidograma?
RESPOSTAS
1. O lipidograma, também conhecido como perfil lipídico, corresponde ao exame de
sangue responsável por determinar a quantidade de lipídios presente na circulação sanguínea.
Estes lipídios são conhecidos como LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos, e quando estão em
valores aumentados, representam um grande risco do indivíduo desenvolver doenças
cardiovasculares. Este exame é solicitado com o objetivo de identificar as doenças
anteriormente mencionadas e, a partir disso, o profissional pode orientar o indivíduo sobre as
condutas e o tratamento ideal. 
2. As dislipidemias são conceituadas como um distúrbio nos níveis de lipídios (LDL,
HDL, VLDL) e/ou triglicerídeos no sangue. Estes níveis apresentam-se elevados e, com isso,
contribuem para o desenvolvimento de doenças como a aterosclerose. As dislipidemias podem
ser classificadas em hiperlipidemias (níveis elevados de lipoproteínas) e hipolipidemias
(níveis plasmáticos de lipoproteínas baixos).
3. α-lipoproteína (HDL), β-lipoproteína (LDL) e Pré-β-lipoproteína (VLDL). É
válido ressaltar que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) traz essa divisão em quatro
grande classes de lipoproteínas que são separadas em dois grupos. O grupo I, abrange as
lipoproteínas ricas em Triglicerídeos, maiores e menos densas, representadas pelos
quilomícrons, de origem intestinal e pelas VLDL. O grupo II, abrange as lipoproteínas ricas
em colesterol, incluindo as LDL e as HDL. 
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De acordo com a SBC, ainda existe uma classe de Lipoproteínas de Densidade
Intermediária (IDL) e a Lipoproteína (a) - Lp(a). A função da Lp(a) ainda não é conhecida, no
entanto, estudos observacionais associam essa lipoproteína à formação e progressão da placa
aterosclerótica. 
4. Colesterol total corresponde ao exame que mede a quantidade desse lipídio na
circulação sanguínea. A dosagem do colesterol total avalia o risco do indivíduo desenvolver
doenças como a aterosclerose e cardiopatias. Os níveis de colesterol vão variar de acordo com
a idade, sexo, dieta e cultura dos indivíduos. Em alguns casos, o exame também pode avaliar
a concentração de triglicerídeos, caracterizados como as principais gorduras do organismo,
servindo como reserva de energia.
Os valores de referência para o exame de colesterol total, segundo a Sociedade
Brasileira de Cardiologia, são os seguintes: Desejável (<190 mg/dl), Limítrofe (de 200 a 239
mg/dl) e Elevado (>239 mg/dl). O valor desejável de Triglicerídeos deve estar <150. Valores
elevados podem indicar uma hipercolesterolemia, situação que pode ser observada em casos
de obesidade, glomerulonefrite, alcoolismo, colestase entre outros. Valores abaixo do
desejável, podem indicar uma hipocolesterolemia, podendo ser observada em casos de
desnutrição, infecção, hipertireoidismo entre outros.
5. A lipoproteína de alta densidade, α-lipoproteína ou HDL, é uma lipoproteína
produzida pelo fígado e intestino. É formada por fosfolipídios e uma ou duas
apolipoproteínas, e participa do metabolismo de outras lipoproteínas e do transporte de
colesterol dos tecidos periféricos para o fígado. É conhecida como “colesterol bom” pois
facilita a excreção do excesso de colesterol, removendo-o das artérias e levando-o de volta ao
fígado, impedindo seu acúmulo e diminuindo a ação do LDL. As taxas de HDL podem ser
aumentadas a partir de uma dieta balanceada e prática de exercícios físicos.
6. A lipoproteína de baixa densidade, β-lipoproteína ou LDL, é uma lipoproteína
responsável por transportar o colesterol do fígado até as células de outros tecidos e é
catabolisada no fígado. O LDL faz o transporte de partículas de colesterol do fígado e de
outros locais para as artérias. Dessa forma, se estiver em excesso na circulação, é acumulado e
com o tempo, esse acúmulo pode favorecer a oclusão desses vasos ou formar trombos.
Conhecido como “colesterol ruim”, em níveis aumentados pode favorecer o aparecimento de
doenças como a aterosclerose. Com isso, seus valores devem ser mantidos dentro dos níveis
adequados. 
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As taxas consideradas adequadas e ideais de LDL variam de pessoa para pessoa,
segundo a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia. As mudanças no estilo de vida com
exercícios físicos regulares e alimentação balanceada, associados ao uso de medicação,
servem para controlar os riscos de desenvolvimento de doenças relacionadas ao aumento das
taxas de LDL. 
7. A lipoproteína de muito baixa densidade, Pré-β-lipoproteína ou VLDL, é
responsável por transportar os triglicerídeos do fígado para os tecidos. É considerado um
“colesterol ruim” pois sua molécula de baixa densidade faz com que o colesterol permaneça
na superfície do sangue e se deposite na parede das artérias. A degradação dessa lipoproteína é
uma importante fonte de LDL. São lipoproteínas ricas em triglicerídeos e são montadas e
secretadas pelo fígado, sendo liberadas na circulação periférica. 
8. Os triglicerídeos são formados a partir da ligação de três ácidos graxos à uma
molécula de glicerol. Constituem uma dasformas de armazenamento energético mais
importantes no organismo, sendo depositados nos tecidos adiposo e muscular. Definidos como
um composto químico que integra a membrana das células do organismo, sendo
caracterizadas como as principais gorduras do organismo e servem como reserva de energia.
Valores elevados deste composto, estão relacionados ao alto risco cardiovascular e pancreatite
aguda. 
9. As apolipoproteínas correspondem ao componente protéico das lipoproteínas. São
classificadas como: Apo A, principal componente da HDL e Apo B, principal componente da
LDL e VLDL, importante na regulação da síntese e do metabolismo do colesterol. O teste
feito com os valores das apolipoproteínas é usado para avaliar o risco de coronariopatias.
Possuem diversas funções no metabolismo das lipoproteínas, como a formação
intracelular das partículas lipoproteicas, atuação como ligantes a receptores de membrana e
cofatores enzimáticos.
10. As orientações para a coleta de lipidograma são as seguintes:
● Abstinência de álcool em um período de 48 horas antes da coleta, pois o
álcool, em qualquer tipo ou quantidade, pode interferir no resultado do exame;
● A necessidade de jejum é dispensada. A obrigatoriedade do jejum prolongado
deverá ser avaliada pelo médico que acompanha o paciente em casos
específicos, como quando este apresentar concentração de triglicérides acima
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de 440 mg/dL, fora do estado de jejum, sendo considerado como referência o
nível desejável até 175 mg/dL;
● Não realizar exercício físico rigoroso na véspera e no dia da coleta;
● Colher uma amostra de 5ml de sangue venoso;
● Verificar os medicamentos utilizados pelo paciente. Alguns fármacos podem
alterar os níveis de colesterol (agentes anti-hipertensivos, corticóides,
diuréticos, β-bloqueadores entre outros);
● Informar doenças recentes como febre, infecções e outros problemas.
11. Os fatores que interferem na interpretação do lipidograma são os seguintes:
● Variações posturais
● Gravidez
● Estrogênios diminuem os níveis plasmáticos de colesterol;
● Variações sazonais
● Os níveis de colesterol e HDL não devem ser dosados logo após IM, sendo
necessário esperar um período de 3 meses.
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