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Doenças Ocupacionais: Estudo e Prevenção

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Doenças Ocupacionais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Solange de Fátima Azevedo Dias 
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes 
Físicos, Químicos e Biológicos
• Introdução;
• Doenças do Trabalho e Doença Profissional;
• Tipos de Riscos Ocupacionais.
 · Conhecer e identificar algumas doenças provocadas pelos Agentes 
Físicos, Químicos e Biológicos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Estudo das Doenças Provocadas pelos 
Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
Introdução
No Brasil, as principais doenças ocupacionais estão diretamente ligadas às mudan-
ças ou aos avanços de profissões no Mercado de trabalho em constante crescimento. 
Às vezes, elas são silenciosas e de difícil relação entre trabalho x corpo x mente, 
deixando dúvidas se as causas são mesmo a rotina do trabalho ou qualquer outra 
causa física, genética ou congênita. Portanto, a mais eficaz forma de se proteger 
das doenças ocupacionais é estar sempre atento a qualquer sintoma, seja pequeno 
ou grande, para investigar a tempo de corrigir, antes que o problema se agrave.
Um dos maiores problemas para a saúde do trabalhador é a falta de investi-
mento das empresas empregadoras em recursos ou ações que possam diminuir ou 
evitar a exposição ocupacional e ou o adoecimento do trabalhador.
O empregador deveria avaliar que a ausência do trabalhador adoecido causa 
grande impacto na linha de montagem de uma Empresa.
Causa prejuízos financeiros e queda na qualidade dos serviços, decorrentes da 
doença do trabalhador, como faltas, licenças médicas, afastamentos e presenteísmo, 
que são grandes e, às vezes, até maiores que os custos com prevenção de acidentes.
É considerado acidente de trabalho quando um trabalhador, no ato de suas 
funções, sofre uma lesão corporal ou perturbação funcional que possa causar per-
da ou redução da capacidade de exercer suas funções, seja de forma temporária, 
seja permanente. Também se considera acidente do trabalho o ato de agressão, 
sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho.
De acordo com a CLT, acidentes de trabalho podem ser:
a) Doença profissional – Produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho de uma determinada atividade, como, por exemplo: problemas 
respiratórios com o trabalho em marmoraria;
b) Doença do trabalho – Adquirida ou desencadeada em função de con-
dições especiais em que o trabalho é realizado, relacionado diretamente 
a ele. Por exemplo: surdez ou perda parcial da audição provocada por 
trabalho, máquina ou em local de muito barulho: tratores, britadeiras etc.
Doenças do Trabalho e Doença Profissional
É considerada doença do trabalho, segundo a Legislação vigente, é aquela ad-
quirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é re-
alizado e com ele se relacione diretamente. Por exemplos: cegueira, surdez, perda 
dos sentidos e outras.
8
9
A doença profissional é toda doença produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o da Previdência Social. Por exemplo: into-
xicações causadas por produtos químicos (chumbo, sílica e outros metais).
Ler o artigo disponível no link a seguir: https://goo.gl/ovQ6dp
Ex
pl
or
A presença de agentes químicos, físicos ou biológicos no ambiente de trabalho 
pode oferecer risco à saúde dos trabalhadores e levá-los a doenças do trabalho ou 
profissionais.
No entanto, o fato de um trabalhador estar exposto a um agente agressivo não 
implica, obrigatoriamente, que ele possa contrair uma doença do trabalho.
Para que os agentes causem danos à saúde, a Legislação indica que os limites de 
tolerância estejam acima da concentração ou da intensidade especificada.
Dessa forma, é preciso que um profissional habilitado faça uma avaliação quan-
titativa do agente e do tempo real de exposição do trabalhador a esse agente.
Os limites especificados devem garantir a proteção da saúde do trabalhador. 
Existe uma Tabela que indica se o trabalhador esteve em contato com o agente, 
o tempo de exposição e a frequência. Esses dados determinam se a exposição ao 
agente foi suficiente para ter causado um dano na saúde do trabalhador.
Esses limites também não são números puros, dependendo do tempo de ex-
posição do trabalhador e podem sofrer alterações de ano para ano, conforme se 
constate que o limite, anteriormente fixado, não está protegendo efetivamente o 
trabalhador. Nesse caso, ele é chamado de “Limite de Tolerância”.
A Norma Regulamentadora 9 (NR-9) – Programa de Prevenção de Riscos Am-
bientais (Quadro 1) indicam as ações que visam à preservação da saúde e da inte-
gridade dos trabalhadores:
[...] através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente 
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham 
a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do 
meio ambiente e dos recursos naturais (BRASIL, 1994, p.2).
Segundo o item 9.1.5 da NR-9, o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA):
[...] considera riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos 
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, 
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de cau-
sar danos à saúde do trabalhado (BRASIL,1994, p.13).
9
UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
Para que o trabalhador não corra riscos de exposição aos agentes, é preciso que 
ele e o empregador sigam corretamente as instruções da NR-9.
A fim de assegurar ao trabalhador o cumprimento do PPRA, o empregador 
deve estabelecer e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e 
o trabalhador precisa colaborar e participar dessa implementação e:
1. Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
2. Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamen-
to, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores (BRASIL, 1994, p.12).
O Programade Prevenção de Riscos Ambientais está disponível no endereço:
https://goo.gl/o19guW
Ex
pl
or
Tipos de Riscos Ocupacionais
Figura 1 – Riscos Ocupacionais
O Grupo 1 (verde) se refere aos riscos físicos, como ruídos, vibrações, radiações 
ionizantes e radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
O Grupo 2 (vermelho) são os riscos químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, 
gases, vapores e substâncias compostas ou produtos químicos.
O Grupo 3 (marrom) abrange os riscos biológicos: vírus, bactérias, protozoários, 
fungos, parasitas e bacilos.
O Grupo 4 (amarelo) engloba os riscos ergonômicos, tais como esforço: le-
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vantamento e transporte de peso exagerado, exigência de postura inadequada, 
controle rígido de produtividade, trabalho noturno, jornadas de trabalho extensas, 
monotonia e repetitividade, entre outras situações que se ligam ao estresse físico 
ou psicológico do trabalhador.
E, por último o Grupo 5 (azul), que se compõe de riscos de acidentes causados 
por máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inapropriadas, ilumina-
ção incorreta, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão e , armazena-
mento inadequado.
Riscos Físicos
Ruídos
Dentre os riscos físicos, o ruído é um dos causadores de afastamentos e indeni-
zações em indústrias. 
A audição é um dos órgãos dos sentidos sensorial de suma importância para a 
vida, pois o ato de ouvir constitui a principal forma de comunicação entre os seres 
e a orelha e seus componentes são responsáveis pelo equilíbrio do corpo. Sendo 
assim, qualquer problema ocasionado na audição, como o excesso de ruído, pode 
causar sérios problemas para a vida das pessoas.
Efeitos do ruído na audição
Pode ocorrer a perda irreversível da audição, como no ruído de impacto, que é 
chamada de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Quando o ruído é intenso 
e a exposição a ele é continuada, em média 85 dB durante oito horas por dia, 
ocorrem alterações estruturais na orelha interna (sic), que determinam a ocorrência 
de uma PAIR.
Segundo a OMS, os efeitos do ruído até 50 dB podem causar perturbações no 
organismo humano; porém, essas perturbações são momentâneas e o organismo 
se adapta facilmente a elas. 
Acima de 55 dB, pode ocorrer um estresse leve e uma sensação de desconforto. 
Um ruído de 70 dB é caracterizado como o nível inicial do desgaste do organis-
mo, aumento do risco de infarto, derrame cerebral, infecções, hipertensão arterial 
e outras patologias. 
A partir de 80 dB ocorre a liberação de endorfinas, causando sensações de pra-
zer momentâneo, e a 100 dB pode haver perda de audição permanente.
Portanto, os efeitos do ruído dependem da duração, da influência e da continui-
dade e descontinuidade do ruído.
Com as perturbações, estresses e desconforto no organismo, o trabalhador pode 
causar ou sofrer algum tipo de acidente no local de trabalho.
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UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
O trabalhador com esses sintomas pode ter problemas de insônia, irritabilidade e 
dificuldade de concentração. Em decorrências desses sintomas, ele pode reduzir seu 
rendimento de raciocínio lógico e a capacidade de desenvolver suas atividades de 
forma produtiva e pró ativa. Pode, ainda, desenvolver ansiedade, depressão e perda 
de memória, além de problemas de relacionamento no trabalho e na sua vida social.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Mas não é por estar num ambiente com ruído que ultrapasse o limite de tolerân-
cia de 80-85 dB que o trabalhador será afetado. Em certos locais, se essa exposi-
ção não for contínua, como nos ambientes profissionais, mas for intermitente, as 
lesões auditivas podem ser amenas.
Por isso, a Legislação brasileira estabelece que os trabalhadores podem ficar 
expostos a ruídos de, no máximo, até 85dB (A) durante sua jornada de trabalho 
diária de 8 horas, na qual, em níveis acima desse patamar começam a surgir riscos 
para a saúde dos trabalhadores.
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Além dos problemas já citados com o ruído, ele ocasiona lesões no Sistema 
Nervoso Central, que tem influência direta nos problemas identificados a seguir.
Figura 3
Tipos de atividades causadores de ruídos
 · Afi nação, ensaios e utilização de motores de explosão e de propulsão e 
de reatores;
 · Discotecas de salas de diversão;
 · Martelagem, rebitagem e estampagem de metais;
 · Trabalhos com martelos e perfuradores pneumáticos;
 · Trabalhos com rotativas na indústria gráfi ca;
 · Trabalhos de construção civil efetuados com máquinas ruidosas (bulldozers, 
escavadoras, pás mecânicas etc.);
 · Trabalhos de estampagem de tecidos;
 · Trabalhos em caldeiraria;
 · Trabalhos em linhas de enchimento (de garrafas, de barris etc.) na Indús-
tria Alimentar;
 · Trabalhos em salas de máquinas de navios;
 · Trabalhos em teares de lançadeira;
 · Utilização e destruição de munições ou de explosivos militares.
Vibrações
As vibrações podem ser definidas como movimentos oscilatórios do corpo sobre 
o ponto de equilíbrio e, diferentemente do ruído, no qual o trabalhador é passivo, o 
trabalhador que fica exposto à vibração faz parte do processo, pois existe o contato 
entre ele e o equipamento ou máquina que transmite a vibração.
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UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
As partes do corpo, como mostra a Figura a seguir, estão em processo de 
vibração, quando a quantidade em Hertz indica o número de vezes em que o 
movimento ocorre no corpo do trabalhador, utilizando, por exemplo, na atividade 
laboral uma máquina vibratória para lixamento de uma peça.
Vibração Natural do ser Humano: https://goo.gl/h58NiW
Ex
pl
or
As principais máquinas e equipamentos causadores de vibrações são:
 · Máquinas-ferramentas (martelos pneumáticos e engenhos similares);
 · Máquinas de esmerilar, de rebarbar, de polir, de serrar, de aplainar etc.;
 · Ferramentas, peças e objetos associados às máquinas precedentes, nome-
adamente em trabalhos de acabamento, de moldagem ou de modelagem.
Efeito das vibrações
Os efeitos da vibração no homem dependem, entre outros aspectos, das frequ-
ências que compõem a vibração.
As baixas frequências são as mais prejudiciais – de 1 até 80-100hz. Nessa faixa 
de frequência ocorre a ressonância das partes do corpo humano, que pode ser 
considerado um sistema mecânico complexo.
Acima de 100hz, as partes do corpo absorvem a vibração, não ocorrendo ressonân-
cia. O Quadro 1 exemplifica as alterações para o homem, dependendo da frequência.
Quadro 1 – Efeitos da Vibração
Baixa frequência Alta frequência De um modo geral
V
I
B
R
A
Ç
Õ
E
S 
Alteração nos batimentos cardíacos;
Contrações musculares;
Dores abdominais, náuseas;
Dores no peito;
Perda de equilíbrio, 
Respiração curta.
Aumento da frequência cardíaca;
Cefaleia;
Danificar o Sistema Nervoso Central 
autônomo;
Fadiga, irritação;
Impotência no aparelho reprodutor 
masculino;
Problemas musculares e de coluna.
Lentidão nos reflexos;
Falta de concentração para o trabalho; 
Gastrites, ulcerações,;
Degeneração paulatina do tecido 
muscular e nervoso;
Apresentam, também, doença conhecida 
como dedo branco, que causa perda da 
capacidade de manipular e o tato nas 
mãos e nos dedos.
Pressões Anormais
As pressões anormais são aquelas acima ou abaixo dos níveis padrões de pressão 
ambiental em que o trabalhador fica exposto.
Podem ser:
a) Baixas pressões: a pressão atmosférica normal é de 1 atm ou 760 
mmHg; quando a pressão no ambiente de trabalho está abaixo do nor-
mal, considera-se um trabalho em baixas pressões;
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b) Altas pressões (pressão hiperbárica): quando a pressão no ambiente 
de trabalho está acima da pressão normal.
Por exemplo: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos 
fundos dos mares, rios e represas.
As Figuras a seguir mostram os trabalhos executados em pressões hiperbáricas. 
Construção de colunas de pontos: https://goo.gl/stXZmC
Mergulhador executando manutenção em rede elétrica: https://goo.gl/VjWYEYExpl
or
Doenças causadas por pressões hiperbáricas
Doença descompressiva
Ocorre quando o mergulhador excede o limite de tempo ou de profundidade, ou 
os dois ao mesmo tempo, durante o trabalho que está exercendo.
a.Sintomas
Paralisia, fraqueza, choque, insensibilidade, formigamento, dificuldade respira-
tória e dor nas articulações e membros.
b. Formas de evitar
A NR- 15 especifica que:
 · Os equipamentos deverão ser verifi cados por pessoal devidamente qualifi -
cado quanto ao estado de conservação e as condições de operacionalidade;
 · Paradas (descompressão) durante a subida são fundamentais para permitir 
que o nitrogênio seja eliminado sem risco de causar formação de bolhas;
 · Submeter o trabalhador à Câmara Hiperbárica, que é um vaso de pressão 
especialmente projetado para a ocupação humana, no qual os ocupantes 
podem ser submetidos a condições hiperbáricas, sendo utilizada tanto 
para descompressão dos mergulhadores, quanto para tratamento de aci-
dentes hiperbáricos;
 · Exames médicos periódicos previstos no Anexo 6 da NR 15, item 2.9.7:
Radiações
As radiações podem ser Ionizantes e Não Ionizantes.
a. Radiações ionizantes: “são ondas eletromagnéticas ou partículas que se 
propagam com alta velocidade e portando energia, eventualmente, carga elétrica e 
magnética, e que, ao interagirem, podem produzir variados efeitos sobre a matéria 
(CNEN, 2009).
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UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
As radiações são consideradas ionizantes quando possuem a capacidade de ioni-
zar, ou seja, quando possuem a capacidade de interagir com átomos neutros pelos 
quais ela se propaga. Elas ocorrem em hospitais e consultórios odontológicos que 
utilizam aparelho de RX, e também em fábricas de alimentos (ver Tabela 1).
b. Radiações não-ionizantes: são consideradas quando não possuem energia 
suficiente para ionizar, ou seja, não possuem energia suficiente para arrancar elé-
trons dos átomos do meio pelo qual estão se deslocando, mas, mesmo assim, têm o 
poder de quebrar moléculas e ligações químicas. A fonte mais conhecida é o Sol, os 
micro-ondas, as radiofrequências e os infravermelhos. Mas também podem ocorrer 
nas indústrias que desempenham atividades com solda.O efeitos da radiação estão 
elencadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Efeitos da radiação
Radiação Efeitos No organismo
Ionizante. Queimaduras. 
Queda de cabelo;
Câncer;
Radiodermite.
Não-ionizante. Calor. Queimadas; 
Câncer de pele.
Soldas. Calor. Queimaduras. 
Umidade e Calor 
Umidade
É a quantidade de água existente no ambiente de trabalho e fica caracterizada 
quando o trabalhador fica exposto a ambientes alagados ou encharcados. 
As consequências da umidade no organismo humano estão apresentadas na 
Tabela 2.
Tabela 2 – Consequências da umidade
Umidade Atividade/locais Consequências 
Lavanderias; 
Lava a Jato;
Frigoríficos;
Cozinhas;
Pesca;
Areais (drenagem). 
Doenças respiratórias;
Doenças de pele;
Quedas;
Doenças circulatórias. 
16
17
Umidade
O trabalho em locais muito quentes provoca desconforto térmico e o corpo, por 
meio da sudorese, tenta equilibrar a temperatura interna. Dessa forma, o trabalho 
em ambientes com exposição ao calor pode provocar alterações no metabolismo e 
causar diversos efeitos danosos ao organismo.
Consequências do calor: desidratação, erupções na pele, câimbras, fadiga físi-
ca, distúrbios psiconeuróticos, problemas cardiocirculatórios e insolação.
Consequências do frio: ocorrem rachaduras e necroses na pele, o trabalhador 
fica congelado e, consequentemente, ocorre o agravamento de doenças reumáticas 
e respiratórias.
Riscos Químicos
São causados por agentes químicos, sólidos, líquidos ou gasosos. Os mais comuns no 
nosso país são as poeiras, os fumos, as névoas, os gases, os vapores, as neblinas e os 
compostos ou produtos químicos, em geral, que estão dispersos no ar (aerodispersoides).
As poeiras de sílica, asbesto ou carvão minerais podem causar doenças graves 
como a Silicose, Asbestose e doenças pulmonares.
Os fumos oriundos de metais utilizados em soldagem como óxido de ferro e 
zinco podem causar doenças pulmonares graves.
As névoas, que são substâncias líquidas em estado de vapor, como tintas pressuri-
zadas ou em embalagens spray, também podem ocasionar problemas respiratórios.
Os gases e os vapores de nafta, gasolina, naftalina e outras substâncias químicas 
dispersas no ar, podem causar irritações, asfixia e problemas respiratórios a traba-
lhadores de postos de gasolina e indústrias que utilizam esses solventes.
Substâncias anestésicas como butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de car-
bono, tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, perclorotileno, xileno e outros, po-
dem causar ação depressiva no organismo dos trabalhadores afetados.
Riscos Biológicos
São aqueles que incluem infecções agudas ou crônicas, parasitoses, reações tó-
xicas ou alérgicas. Esses riscos podem penetrar no corpo humano através da pele, 
pela ingestão de alimentos contaminados ou por vias respiratórias.
Por exemplo:
 · Cutânea (pele): a leptospirose – contato com águas contaminadas pela 
urina do rato;
 · Digestiva: salada de maionese contaminada;
 · Respiratória: pneumonia.
17
UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
Medidas de controle
a) As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto), controle mé-
dico permanente, uso de EPI; higiene rigorosa nos locais de trabalho, 
hábitos de higiene pessoal, uso de roupas adequadas, vacinação, treina-
mento, sistema de ventilação/exaustão.
Riscos Ergonômicos
São considerados o esforço físico, o levantamento de peso, a postura inadequa-
da, o controle rígido de produtividade, a situação de estresse, os trabalhos em pe-
ríodo noturno, a jornada de trabalho prolongada, a monotonia e a repetitividade, 
a imposição de rotina intensa.
A Ergonomia ou a Engenharia Humana é uma ciência relativamente recente, 
que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a Ergonomia como:
[...] a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os re-
cursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal 
entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos 
de eficiência humana e bem-estar no trabalho.
Eles podem gerar distúrbios
a. Psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalha-
dor, pois produzem alterações no organismo e no estado emocional, 
comprometendo a produtividade, a saúde e a segurança.
Por exemplo: cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração 
do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo 
(gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna etc.
Riscos de Acidentes
São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, má-
quinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, eletrici-
dade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento inadequado.
Arranjo físico deficiente
É resultante de: prédios com área insuficiente, localização imprópria de máqui-
nas e equipamentos, má-arrumação e limpeza, sinalização incorreta ou inexistente, 
pisos fracos e/ou irregulares.
Máquinas e equipamentos sem proteção, Máquinas obsoletas, máquinas sem 
proteção em pontos de transmissão e de operação,comandos de liga/desliga fora 
do alcance do operador máquinas, equipamentos com defeitos ou inadequados; 
18
19
EPI inadequado ou não fornecido
 · Ferramentas inadequadas ou defeituosas;
 · Ferramentas usadas de forma incorreta, falta de fornecimento de ferra-
mentas adequadas, falta de manutenção.
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UNIDADE Estudo das Doenças Provocadas pelos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Doença ocupacional: psicanálise e relações de trabalho
DURAND, Marina. Doença ocupacional: psicanálise erelações de trabalho. São Paulo: 
Escuta, 2000
NR-7 e NR-9
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR-7 e NR-9. FUNDACENTRO
Segurança e Medicina do Trabalho
BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978 NR – 5. Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes. In: Segurança e Medicina do Trabalho. 29. ed. São Paulo: 
Atlas, 1995. 489 p.
 Leitura
Norma Regulamentadora 9: programa de prevenção de riscos ambientais
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 9: programa de 
prevenção de riscos ambientais. Portaria SSST nº 25 de 29/12/1994.
https://goo.gl/hm3QDr
20
21
Referências
BRASIL. Ministério da saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de 
procedimentos para os serviços de saúde. Brasília. 2001. Disponível em: < http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf>. 
Acesso em: 23 mar. 2017.
______. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora – NR 5: 
comissão interna de prevenção de acidentes. Disponível em: <http://www.mte.
gov.br/legislação/normas_regulamentadoras/nr_5>. Acesso em: 22 set. 2017.
MARQUES, Christiane. A proteção ao trabalho penoso. São Paulo: LTR, 2007.
MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. 2ed. 2001
MORAES, Márcia Vilma G. Doenças Ocupacionais: agentes físico, químico, 
biológico, ergonômico. São Paulo. Érica, 2010.
RENÉ, Mendes. Patologia do trabalho. 2.ed. São Paulo. Atheneu, 2007.
21