Buscar

Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

- -1
PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL 
BRASILEIRO
IPHAN, UNESCO E CRITÉRIOS PARA 
RECONHECIMENTO DE BENS PATRIMONIAIS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar as circunstâncias que envolveram a criação do Iphan e da Unesco;
2. Entender os critérios que essas duas instituições utilizam para identificar bens patrimoniais;
3. Conhecer os 19 patrimônios da humanidade presentes no Brasil.
O século XX foi marcado por grandes conflitos armamentistas mundiais. Em meio a tanta destruição, cidadãos se
levantaram a fim de tentar proteger determinados bens (patrimônios) – resquício de uma proposta de cidadania
da Revolução Francesa. Nesse contexto, surgiram o Iphan e, mais tarde, a Unesco (ambas instituições que
desenvolveram legislações e outras formas de preservação, proteção e manutenção patrimoniais). No Brasil, por
seu turno, dezenove bens foram considerados patrimônios da humanidade. Nesse sentido, importa-nos conhecê-
los, no intuito de inseri-los na rota de atuação do Turismo.
1 Introdução
O século XX foi marcado por grandes conflitos armamentistas mundiais. Em meio a tanta destruição, cidadãos se
levantaram a fim de tentar proteger determinados bens (patrimônios) – resquício de uma proposta de cidadania
da Revolução Francesa. Nesse contexto, surgiram o Iphan e, mais tarde, a Unesco (ambas instituições que
desenvolveram legislações e outras formas de preservação, proteção e manutenção patrimoniais).
No Brasil, por seu turno, dezenove bens foram considerados patrimônios da humanidade. Nesse sentido,
importa-nos conhecê-los, no intuito de inseri-los na rota de atuação do Turismo.
Os dezenove bens:
1. A Cidade Histórica de Ouro Preto/MG (1980)
2. O Centro Histórico de Olinda/PE (1982)
3. As Missões Jesuíticas Guarani, Ruínas de São Miguel das Missões/RS (1983)
4. O Centro Histórico de Salvador/BA (1985)
5. O Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo/MG(1985)
6. O Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu/PR (1986)
7. O Plano Piloto de Brasília/DF (1987)
8. O Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato/PI (1991)
9. O Centro Histórico de São Luiz do Maranhão/MA (1997)
- -3
10. Centro Histórico da Cidade de Diamantina / MG (1999)
11. Mata Atlântica - Reservas do Sudeste SP/PR (1999)
12. Costa do Descobrimento - Reservas da Mata Atlântica BA/ES (1999)
13. Complexo de Áreas Protegidas da Amazônia Central (2000)
14. Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal - MS/MT (2000)
15. Centro Histórico da Cidade de Goiás -GO (2001)
16. Áreas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas - GO (2001)
17. Ihas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas - RN(2001)
18. Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão, SE (2010)
19. Rio de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar (2012)
2 Histórico Do Modelo
No fim da aula anterior, vimos que as nações iniciaram um processo de unificação e conseguinte exacerbação de
seus nacionalismos (muito associados ao imperialismo). Assim, a ênfase dada ao patrimônio nacional atingiu seu
ápice no período entre 1914 e 1945, época em que duas grandes guerras mundiais eclodiram impulsionadas
pelo afã nacionalista.
Na tentativa de se controlar conflitos das proporções da Primeira Guerra Mundial, os países vencedores do
referido embate se reuniram em Versailles, França, em 1919, e criaram a Sociedade das Nações (também
conhecida como Liga das Nações). O principal objetivo do grupo, pois, era firmar um tratado de paz. Entretanto, a
década de 1930 representou o início do desmantelamento desse grupo.
A partir de 1930, Japão e Alemanha começaram uma corrida armamentista, o que representou uma evidência de
que as nações não se submetiam aos ideais da Sociedade. Isso se tornou um prenúncio da Segunda Guerra
Mundial, que eclodiu em setembro de 1939. Assim, já que a Sociedade das Nações havia falhado em seu objetivo
maior (a manutenção da paz), seus representantes anunciaram o seu fim em 1946.
Antes, porém, em 1937, os representantes da Sociedade das Nações se reuniram na Conferência de Atenas e
defenderam a salvaguarda do patrimônio cultural da humanidade. Mais tarde, em 24 de outubro de 1945, a
Organização das Nações Unidas (ONU) deu início às suas atividades, tornando-se sucessora da Sociedade das
Nações no tocante à manutenção da paz mundial.
No Brasil da década de 1930, por sua vez, o governo de Getúlio Vargas veio a criar o Instituto de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. Esse órgão fora legitimado pela Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937. Sua
criação fora confiada a intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista. Tratava-se da
realização de uma vontade que se anunciara no século XVII no âmbito da proteção dos monumentos históricos.
3 Governo Vargas
- -4
À primeira vista, pode parecer um paradoxo o fato de um governo ditatorial e repressor das liberdades (como o
de Vargas) ter criado um órgão preservacionista da memória nacional. Com mais informação, costuma-se
configurar maior criticidade. No entanto, a presença da censura cerceava o amplo questionamento popular à
ideologia vigente.
A versão oficial apregoava, pois, os ideais nacionalistas do período, ou seja, uma visão enaltecedora de um Brasil
idealizado. Esse fenômeno não era exclusivo de nosso país, o que pode ser ratificado se observarmos todos os
governos totalitaristas da época, a saber: Perón, Mussolini, Franco, Hitler, entre outros.
4 A criação do Iphan
A criação do Iphan, contudo, obedeceu a um princípio normativo, atualmente contemplado pelo artigo 216, da
Constituição da República Federativa do Brasil, que definiu patrimônio cultural a partir de suas formas de
expressão; de seus modos de criar, fazer e viver; das criações científicas, artísticas e tecnológicas; das obras,
objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos
conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.
5 Livros de registro
Os livros de registro estão divididos em quatro categorias:
• Formas de expressão: Manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.
• Celebrações: Rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do 
entretenimento e de outras práticas da vida social.
• Lugares: Mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem 
práticas culturais coletivas
• Saberes: Conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades.
6 Tombamento
Quanto ao tombamento de um móvel ou imóvel, convém esclarecer que o direito à propriedade é inalienável,
cabendo, ao proprietário, a preservação do referido bem. Se houver necessidade de reforma ou de restauração
de um imóvel tombado, quaisquer procedimentos devem ser, antes, aprovados pelo órgão que efetuou o
tombamento.
Caso o dono decida estipular novo uso a um imóvel tombado, deverá ser avaliado previamente se poderá haver
prejuízo ao bem, ou à harmonia da edificação. Como se torna oneroso conservar ou restaurar um móvel ou
imóvel tombados, o proprietário pode-se candidatar a verbas disponíveis pelas leis de incentivo à cultura, ou a
descontos de impostos prediais ou territoriais, como o IPTU, por exemplo.
Qualquer pessoa pode solicitar, aos órgãos responsáveis pela preservação, a abertura de um estudo de
tombamento de um determinado bem. Esse pedido será avaliado por um corpo técnico que o analisará calcado
nos valores histórico ou arquitetônico, cultural, ambiental ou afetivo para a população.
•
•
•
•
- -5
Enquanto a decisão final de tombamento não é anuída, o imóvel fica protegido legalmente contra destruição ou
descaracterizações. Concluído o processo, haverá a inscrição no Livro Tombo respectivo.
7 A legislação ambiental e sua atuação
No âmbito mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciênciae a Cultura (Unesco)
representou uma agência especializada da ONU para atuar nas áreas de Educação, Cultura, Ciências Humanas,
Naturais e Sociais, Comunicação e Informação. Por esse motivo, a Unesco ficou associada às questões mundiais
de ordem patrimonial.
Menos de um mês depois da criação da ONU, a Unesco foi criada em 16 de novembro de 1945, em um encontro
realizado em Londres. Na ocasião, a Constituição da Unesco foi assinada por representantes de 37 países.
Embora o encontro tenha acontecido em Londres, a sede da Unesco foi inaugurada em Paris, em 1959.
No ano de 1964, o governo brasileiro precisou assinar acordos de cooperação técnica com a Unesco. Como
consequência, foi a partir desse ano que a Unesco passou a atuar no Brasil. Com o passar dos anos, a instituição
foi responsável por importantes contribuições ao questionamento sobre preservação no país, dentre as quais
destacamos a criação da Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural e Natural, em 1976 (desdobramento
das decisões de 1972, em Estocolmo).
Hoje em dia, a Unesco dá suporte a inúmeros programas em suas áreas de atuação. Além disso, volta suas ações
para questões relacionadas ao cumprimento dos Objetivos do Milênio, acompanhando o desenvolvimento
mundial e colaborando na busca de soluções dos problemas enfrentados pelos 193 Estados Membros da agência,
e pelos 6 Estados Membros Associados.
A Unesco é responsável por instituir os Patrimônios Mundiais da Humanidade. Essa determinação caracteriza a
universalidade de um patrimônio, pois deixa de ser exclusivamente de um Estado Membro e passa a pertencer a
todos os povos do mundo, independentemente de sua localização geográfica. Os países em que estão localizados
os patrimônios reconhecem a legitimidade da nova categorização de seu bem, sem, no entanto, ferir as
soberanias nacionais. Atualmente, há 963 patrimônios mundiais, sendo 745 culturais, 188 naturais e 29 mistos,
localizados em 153 Estados.
- -6
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
•Patrimônios cultural e natural.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Identificou as circunstâncias que envolveram a criação do Iphan e da Unesco;
• Entendeu os critérios que essas duas instituições utilizam para identificar bens patrimoniais;
• Conheceu os 19 patrimônios da humanidade presentes no Brasil.
Saiba mais
Para essa aula, sugerimos que acesse:
www.unesco.org/new/pt/brasilia/
w w w . i g e s p a r . p t / m e d i a / u p l o a d s / c c
/ConvencaoparaaProteccaodoPatrimonioMundialCulturaleNatural.pdf
•
•
•