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Psicologia: Teorias e Sistemas

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TEORIAS E SISTEMAS
PROFA DRA Maria natalia m rodrigues
Psicologias
Em se tratando de estudos em Psicologia, não podemos deixar de levar em consideração o caráter controverso de suas escolas e sistemas de pensamentos, suas contribuições científicas de diversas matrizes de conhecimento, que se aproximam ou se repelem em contradições teórico-filosóficas, tornando impossível a tarefa de aglutinar em um mesmo campo de análise os fenômenos denominados psicológicos.
Desse modo, se um dia houve unicidade de objeto, foi somente pela caracterização de um plano hegemônico de ideias que excluía qualquer outra possibilidade de investigação ou apreensão do fenômeno humano em sua heterogenia.
Uma compreensão mais aberta do que representa a Psicologia para as ciências humanas se consolidará e validará as intervenções propostas nos termos de uma efetiva pluralidade de objetos, respeitados seus planos teóricos e metodológicos de acesso e produção de conhecimento, delineando epistemologias que, apesar de diferentes enquanto natureza e objeto de investigação, tornam-se complementares dada a complexidade do fenômeno a ser investigado, ou seja, a condição humana e seus efeitos no mundo.
Não restam dúvidas quanto ao melhor modo de tratarmos o conhecimento psicológico sobre o homem, de situarmos a Psicologia como ciência que estuda e compreende a subjetividade como objeto de investigação de métodos teóricos, técnicos e filosóficos-conceituais em seus processos materiais e também “subjetivos”, a partir de um olhar que tem na sua multideterminação a heterogeneidade do homem e seus efeitos.
 As Psicologias são as melhores expressões desse entendimento.
A Psicologia se constituiu no plano das ciências humanas e daí derivou seus estudos, objetos, métodos e técnicas com vistas a responder às questões humanas apresentadas por diferentes perspectivas teóricas e filosóficas. 
Podemos mesmo reconhecer como fazendo parte de seus estudos diferentes áreas do conhecimento, além das próprias humanidades, e hoje vislumbramos diferentes e diversos intercessores que também permitem abrir-se em desafiantes e novas áreas do conhecimento científico.
Algumas dessas áreas híbridas podem ser analisadas ao longo da prática profissional e da contribuição das pesquisas específicas, demandando, até mesmo, em alguns casos, a criação de uma área totalmente nova de atuação profissional, porém, com profundas raízes originárias da Psicologia.
Um exemplo clássico desse processo é a criação da Psicopedagogia. Com esse processo, vislumbramos a formação dessa área independente e com recursos metodológicos de habilitação específica de seus profissionais, produzida pela interface entre duas áreas das ciências humanas – Pedagogia e Psicologia.
Outra interface bastante difundida em com vasta produção é da Psicologia Ambiental, uma área de conhecimento que busca compreender as relações dinâmicas entre o homem e o meio onde vive, investigando como se constituem e o determinam por meio de práticas de permanência e pelo sentimento de pertencimento nele evocados.
As concepções dessas áreas de conexões com outros conhecimentos produzem efeito de emanações de um campo conceitual que, se num primeiro momento nos remete a uma “costura aparente” nas zonas de toque entre uma ciência e outra, posteriormente vemos a emergência de um saber expresso de um modo inteiramente novo e criativo, produzido em um novo modo de “dizer” dos fatos, objetos e fenômenos que também os recriam numa visibilidade de descobertas e desafios a serem respondidos com novas metodologias, igualmente, em constante transformações.
Desafios
Diante da dimensão temporal, histórica, científica e de sua principal capacidade criadora e disruptiva de saberes, a Psicologia é apresentada também em sua dimensão de prática social, pois refere-se aos fatos e feitos humanos (mesmo quando analisa as vicissitudes dos comportamentos animais, ou até mesmo as condições de análises de questões puramente orgânicas de estrutura e funcionamento de um sistema simples de vida, quem está olhando, registrando, indagando e dando sentido ao observável é o homem), esse ser cuja capacidade de abstração de si mesmo permitiu-lhe pensar sobre o próprio ato de pensar como forma independente de ação no mundo.
É pois um desafio que se apresenta ao estudo dos estudos do homem: a compreensão também que se faz das práticas sociais advindas desse campo do conhecimento científico, pois criou condições para aplicação desses saberes em diferentes modalidades de intervenção profissional e, com isso, dilatou, seu campo de atuação, ao mesmo tempo que exigiu novas formulações, alianças de saberes e interfaces metodológicas que sustentassem tais demandas.
REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, L. C. M.; SANTI, P. L. R. de. Psicologia: uma (nova) introdução. 3. ed. São Paulo: Educ, 2008.
HILLIX, W. A.; MARX, M. H. Sistemas e Teorias em Psicologia. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1973.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 5. ed. São Paulo: Cultrix, 1992.
Revisão para prova - Assuntos: 
História da Psicologia 
Psicologia como Ciência
Reducionismo
Determinismo 
Abordagem etnocentrica
Psicologia transcultural
Matrizes do Pensamento Psicológico
Nomotética
Idiográfica
Românticas 
Estruturalismo (Titchener), funcionalismo (James) e associacionismo (Thorndike)
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