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Ética Profissional e Filosofia

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ÉTICA 
PROFISSIONAL
PROF. DEYBSON BIONDO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Deybson Biondo
ÉTICA 
PROFISSIONAL
Marília/SP
2022
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
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emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
ÉTICA PROFISSIONAL
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
7
16
30
40
47
54
62
72
81
90
97
FILOSOFIA E ÉTICA
A REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
NO BRASIL 
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA
ÉTICA PROFISISONAL
O PREÂMBULO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO 
PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ÉTICA NA ESCOLA, REDES SOCIAS E MUNDO 
DO TRABALHO
A CONSTRUÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA DO 
PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
BIOÉTICA
QUESTÕES ÉTICAS E MORAIS NO CONTEXTO 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES FÍSICA E 
ESPORTES 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA, DOS PRINCIIOS E 
DIRETRIZES
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL 
E EDUCAÇÃO FÍSICA, CAPÍTULO III DAS 
RESPONSABILIDADES E DEVERES, ARTIGO 6º
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
105
112
122
129
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL 
E EDUCAÇÃO FÍSICA, CAPÍTULO III DAS 
RESPONSABILIDADES E DEVERES, ARTIGO 
7º, 8º E 9º.
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL E 
EDUCAÇÃO FÍSICA, CAPÍTULO IV DOS 
DIREITOS E BENEFÍCIOS 
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL 
E EDUCAÇÃO FÍSICA, CAPÍTULO V DAS 
INFRAÇÕES E PENALIDADES E CAPÍTULO VI 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE ÉTICA DO 
CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFISSIONAL DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA
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CAPÍTULO 1
FILOSOFIA E ÉTICA
Caro(a) acadêmico(a), em nossa primeira aula vamos abordar a questão filosófica 
da ética seus conceitos a sua relação intrínseca com moral, o conceito que vem desde 
a antiguidade com filósofos e pensadores sobre a temática. 
A Ética é uma área da filosofia que busca problematizar as questões relativas aos 
costumes e à moral de uma sociedade, tendo um olhar questionador sobre o que é 
errado e o que é certo, ética e moral são termos que se somam para o significado 
pleno de ética ser alcançado mas isso vamos tratar um pouco depois. 
Imagem representando o certo e o errado
Fonte: https://www.uninassau.edu.br/noticias/uninassau-aracaju-promovera-i-simposio-de-etica-profissional
Os estudos de ética surgiram ainda na Antiguidade clássica, precisamente com 
Aristóteles, em seu livro Ética a Nicômaco, consideramos um papela importantíssimo 
o pensador grego conhecido como o eterno questionado, Sócrates. 
https://www.uninassau.edu.br/noticias/uninassau-aracaju-promovera-i-simposio-de-etica-profissional
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Aristóteles o primeiro pensador a falar sobre ética
Fonte: https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
Sócrates andava pelas ruas de Atenas questionando as pessoas sobre o que seriam 
valores da vida no seu dia-dia, e muitas vezes esses questionamentos diziam respeito 
a valores, princípios morais, tais como o “bem” e a “virtude”. As respostas na maioria 
das vezes os cidadãos não sabiam de onde viam esses valore morais e ena maioria 
das vezes se confundiam na sua explicação.
Os cidadãos atenienses sabiam que essa moral era herdada de uma herança cultural 
da época que muitas vezes eram conhecimentos preconceituosos por ideologias não 
entendidas pela maioria das pessoas. A ética sofreu diversas modificações ao longo da 
história, o que culminou em perspectivas diferentes para se tratar a moral e resultou 
também em diferentes correntes éticas.
1.1 Ética e moral
Os conceitos de moral e ética são os mais recorrentemente destacados quando 
se pensa e debate o pensamento filosófico durante a formação de profissionais no 
Ensino Superior, mas não somente nesses espaços, uma vez que, por exemplo, ao 
longo de campanhas políticas e no ambiente de trabalho somos também impactados 
pela utilização desses termos, não raras vezes como sinônimos ou como remetendo 
a um único significado. Isto posto, nesta seção tratamos da ética enquanto pilar 
https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
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estruturante das discussões desta disciplina, o que fazemos por meio do diálogo 
entre seu conceito e a definição de moral.
Para Camargo (2014), a palavra moral, que deriva do latim mores, significa costumes, 
ou seja, a maneira de se comportar regulada pelo uso. Assim, o homem moral é aquele 
que age conforme as regras estabelecidas pelo grupo social no qual encontra-se 
inserido. 
A moral refere-se à construção coletiva de regras e normas sociais, o que significa 
que não parte de simples imposição, mas precisa ser percebida por todos os indivíduos 
que convivem em determinado grupo, que pode ser um conjunto de voluntários de 
uma organização social, amigos que praticam esportes coletivos, pessoas no mesmo 
ambiente de trabalho, moradores de um bairro que participam de uma associação 
comunitária, habitantes de um município ou região, toda uma população nacional ou 
até mesmo, em último caso, a humanidade como um todo.
Imagem sobre moral x ética
Fonte: https://fia.com.br/blog/etica-e-moral/
Para Camargo (2014), a moral se efetiva quando cada indivíduo sente vontade de 
obedecê-la, ou seja, existe o respeito pela norma estabelecida e cada um se sente 
impelido a cumprir tal determinação, é mais do que aquilo que é imposto, mas é o 
que é desejado dentro de um corpo social. Isso porque, como coloca Cortella (2014), 
a moral não existe no indivíduo isoladamente, mas no processo de relação social, ou 
seja, em coletividade.
https://fia.com.br/blog/etica-e-moral/
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É importante que seja perceptível ao grupo que a moral corresponde a essas regras 
sociais, que compreendam se tratar de normas socialmente partilhadas para reger o 
funcionamento daquela coletividade. 
Trata-se, portanto, de uma construção humana que tem caráter cultural, temporal e 
societal, ou seja, a moral não é estanque ou sedimentada eternamente, mas se altera 
conforme analisamos os costumes e valores de cada grupo social em determinado 
período de tempo, o que significa que sociedades contemporâneas entre si podem 
vivenciar diferentes morais e também que uma mesma sociedade pode ser perpassada 
por distintos valores morais em períodos diferentes de sua história. 
Assim, a moral se altera porque os valores não permanecem os mesmos dentro de 
uma cultura. O processo de construção social da realidade passa pela construção de 
conjuntos de instrumentos materiais e espirituais para um mundo mais humano, e isso 
pode, a cada geração, ser assimilado ou rejeitado, levando os indivíduos a conflitos e 
questionamentos sob a ordem anteriormente estabelecida. Toda essa transformação 
deve-se à liberdade de pensar e agir de cada um, buscando sempre o novo e uma 
realidade segura.
 Se os valores fossem iguais em todas as culturas, não haveria choques culturais, 
não haveria conflitos entre diferentes perspectivas de interpretação da realidade,então 
teríamos outra maneira de conviver, uma única forma de conviver. 
Por um lado, a existência de uma moral única teria como principal ponto positivo a 
possibilidade de redução de discrepâncias decorrentes de visões de mundo distintas 
ou etnocêntricas, já que teríamos todos uma mesma base moral estruturando nossos 
pensamentos e ações. Haveria a possibilidade de vivermos em sociedade mais 
tolerantes, democráticas, respeitosas e com valores sociais. 
Por outro lado, a inexistência de possibilidades diferentes de conformação de normas 
e regras sociais poderia conduzir ao domínio de elites políticas e econômicas sobre os 
demais indivíduos de maneira ininterrupta e imutável, já que alterações nos padrões 
morais dependeriam do interesse desse grupo e invariavelmente não seriam destinadas 
a melhorias ou ganhos sociais para a classe trabalhadora, maioria da população.
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Imagem de frase de camiseta que se tornou dito popular
Fonte: https://www.vandal.com.br/camisetas/estampa-moral-e-bons-costumes
No texto colocado a seguir relata muito bem essas diferenças de valores e costumes 
conforme cultura, que implica diretamente na ética.
Imagem da diversidade cultura
Fonte: http://jpilato-culturasevalores.blogspot.com/2010/11/aculturacao.html
https://www.vandal.com.br/camisetas/estampa-moral-e-bons-costumes
http://jpilato-culturasevalores.blogspot.com/2010/11/aculturacao.html
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ISTO ESTÁ NA REDE
Valores nas diferentes culturas
Querida família hospedeira,
Vamos continuar um pouco da nossa viagem sobre as diferenças culturais e o 
porquê da importância de viver uma experiência como a que o AFS proporciona.
Alguns posts atrás, falamos sobre algumas metáforas da cultura. Concluímos 
que existe muito além dos comportamentos visíveis que observamos; existe na 
realidade uma camada mais profunda do “iceberg”, que vai permitindo gradualmente 
conhecer mais sobre cada cultura e aquilo que está na sua base.
Muitos dos nossos estudantes também quando chegam ao final do intercâmbio 
relatam que perceberam aspetos estruturais da cultura brasileira com o tempo. 
A importância da família, a forma de se relacionar, a forma de agir perante os 
problemas, a forma de comunicar…Mais do que comportamentos visíveis, eles estão 
falando na realidade sobre os valores da sociedade brasileira, que diferem das suas 
próprias culturas
.Do que estamos então falando quando falamos em valores?
A forma de pensar sobre o papel da família, sobre a amizade, sobre as relações, 
sobre o nosso papel na sociedade… Muitas vezes inconscientemente temos a 
nossa forma de agir relativamente a essas questões e não imaginamos a influência 
cultural que sofremos. 
Hofstede, um psicólogo social holandês, define algumas dimensões culturais que 
influenciam nesse campo. O autor diferencia sociedades individualistas de outras 
mais coletivistas. Por exemplo, em sociedades mais individualistas, considera-se 
família imediata pai, mãe e irmãos. Em contrapartida, sociedades mais coletivistas, 
consideram também avós, tios e primos. Diferencia também sociedades com maior 
distância ao poder de outras com menor distância ao poder. Enquanto no Brasil 
chamamos os professores pelo primeiro nome ou por apelidos, em outros países 
chama-se de “senhor”/”senhora” e o sobrenome.
Hofstede faz ainda referência a outras questões como: como lidar com a incerteza 
e com a imprevisibilidade, como lidar com a necessidade de planejamento ou 
realização imediata dos projetos pessoais… Por isso, é importante criarmos uma 
maior abertura e compreender determinadas formas de expressão dos estudantes 
que têm relacionamentos diferentes nas suas culturas e por isso não correspondem 
algumas vezes aos nossos padrões sociais. Até a forma de comunicar pode ser 
diferente. Existem culturas que expressam as suas emoções de forma muito mais 
aberta e clara; outras que hesitam em demonstrar emoções e falar de forma tão 
objetiva.
É interessante notar que valores podem ser importantes para duas culturas 
diferentes, mas serem demonstrados de formas totalmente opostas. Por exemplo: 
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enquanto no Brasil demonstramos respeito olhando diretamente nos olhos de quem 
está falando, na Tailândia respeito demonstra-se não olhando diretamente nos olhos 
(olha-se normalmente para baixo).
Gradualmente a família hospedeira e o estudante se conhecerão e entenderão 
melhor os valores e a expressão deles em geral. Para que isso aconteça, é 
preciso quebrar barreiras, abrir se para a visão do outro e dar a conhecer a nossa. 
Porque aquilo que não é expresso em palavras está subentendido nos nossos 
comportamentos e será apenas compreendido com a convivência e com o tempo.
Fonte: https://www.afs.org.br/2017/06/21/valores-nas-diferentes-culturas/
Ainda nesse sentido, a multiplicidade de culturas e sociedades e a ampliação do 
acesso à informação – o que retomaremos em uma de nossas últimas aulas dessa 
disciplina – nos permitem comparar determinadas regras e normas sociais e avalia-
las com relação à sua adequação a uma sociedade, de modo que a contestação da 
ordem vigente, mesmo que minimamente, passa pelo exercício de refletir sobre outras 
realidades possíveis.
 E como a moral se altera? Considerando que a moral é um conjunto de normas 
socialmente aceitas, mudanças ocorrem quando essas regras deixam de ser 
consideradas legítimas por uma sociedade, ou seja, quando os indivíduos deixam 
de vislumbrar aquele aspecto moral como um símbolo do funcionamento daquela 
sociedade e passam a interpretá-lo como uma obrigação. Trata-se, portanto, do 
momento em que algo deixa de ser aceito como adequado ou pertinente, ao que 
cabe sua modificação ou substituição. 
Bergamasco (2007) oferece um exemplo de como determinados conceitos ou valores 
podem ser alterados ao longo do tempo, fazendo com que a moral se modifique. Trata-
se da definição de família, secularmente construída sob a perspectiva heteronormativa 
e cristã, baseada no arranjo conservador de pai, mãe e filhos decorrentes dessa união. 
Tanto se constituiu essa visão como a norma moral de família que até mesmo as 
propagandas de produtos apresentavam famílias felizes com essa composição, o que 
gerou a ideia de senso comum da “família de comercial de margarina”. 
https://www.afs.org.br/2017/06/21/valores-nas-diferentes-culturas/
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Imagem que ilustra a chamada “família margarina”
Fonte: https://www.hypeness.com.br/2016/10/familia-nutela-conta-o-seu-dia-a-dia-para-combater-o-racismo/
Contudo, observando os arranjos sociais existentes em nossa sociedade – por 
diferentes razões – temos que os tipos de famílias hoje são múltiplos, como, por 
exemplo: somente um genitor com os filhos, avós que criam netos, pais separados com 
filhos de relações anteriores que formam uma nova família, adoções por pessoas sem 
cônjuge, o reconhecimento de relações homoafetivas e a redução do estranhamento 
a casais que não têm filhos, cuja família é composta apenas por essas duas pessoas. 
Perceba, caro(a) estudante, que a importância do conceito de família não foi reduzida 
e que a moral sobre o tema não deixou de existir, mas alterou-se diante de condições 
sociais em que a “família de comercial de margarina” não reflete a realidade de parcela 
expressiva das famílias brasileiras. 
Pensando em questões que podem estar passando por sua cabeça ao longo da leitura 
desta seção, imagino duas possibilidades, que na verdade se tornaram recorrentes em 
aulas que ministrei sobre o tema sempre que chegávamos a esse ponto da discussão: 
Como nós podemos perceber a moral na prática? Onde “entra” a ética nessa discussão?
 Essas duas perguntas nos conduzem a um mesmo caminho para resposta, uma 
vez que a moral se materializa ou se realiza por meio de ações éticas,ou seja, a ética 
corresponde à prática da moral na vida em sociedade. 
Partindo dessa prerrogativa, a ética é a ciência do comportamento moral dos homens 
em sociedade, ou seja, a ética é a própria vida, representada pelos costumes e ações 
https://www.hypeness.com.br/2016/10/familia-nutela-conta-o-seu-dia-a-dia-para-combater-o-racismo/
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humanas, que identificam seus comportamentos, uma vez que estuda as manifestações 
do comportamento humano (ADEOTADO 2012).
Ante ao exposto nesta aula, espero que você tenha percebido que a ética é mais 
do que um conceito filosófico antigo e teórico, mas um conjunto de elementos de 
ordem prática, que mobilizamos conforme normas e regras sociais interferem e são 
interpretadas em nossas relações cotidianos e nos espaços em que convivemos. 
Ainda, para além dessa importância geral, atente-se ao fato de que se trata de tema 
importante à sua futura inserção e atuação no mercado de trabalho
ISTO ESTÁ NA REDE
Mundo do futebol se curva ao fair play de Rodrigo Caio contra o Corinthians
O Corinthians venceu o São Paulo por 2 a 0, mas o ponto mais debatido após o 
clássico no Morumbi não foi um dos gols. Aos 39 minutos do primeiro tempo, 
Rodrigo Caio assumiu ter sido o responsável pelo toque na coxa do goleiro Renan 
Ribeiro e livrou o rival Jô de um cartão amarelo que o tiraria do jogo de volta. A 
atitude do zagueiro foi amplamente debatida e recebeu muitos elogios. O primeiro 
foi justamente o atacante do Timão, autor do primeiro gol neste domingo. “Parabéns 
ao Rodrigo Caio que teve atitude de homem, o futebol precisa disso. É uma amostra 
de que o futebol está mudando, que dá para ser honesto. Eu fiquei tranquilo porque 
sabia que não tinha pegado no Renan, mas ainda bem que o Rodrigo teve a honra 
de admitir”, elogiou, em sintonia com o técnico Fábio Carille.
“Que legal essa postura do Rodrigo Caio. Com cada um procurando ver o seu lado 
hoje em dia, é sempre bom ver uma atitude como essa. Pode ter certeza que no 
domingo eu vou procurá-lo para dar um abraço nele. O futebol precisa disso. Não 
adianta ser malandro, a malandragem não ajuda”, disse o treinador do Corinthians 
em entrevista coletiva. “É uma coisa tão rara hoje em dia... Ele merece ser premiado 
pela sinceridade, é o tipo de coisa que a gente quer ver no futebol”, exaltou 
Rodriguinho, autor do segundo gol alvinegro no clássico
“Fiz apenas o que deveria ser feito. Eu só falei para ele que eu tinha pisado no 
Renan, e não o Jô. Cada um com sua consciência”, disse Rodrigo Caio, visivelmente 
frustrado com a derrota. 
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/campeonatos/paulista/ultimas-noticias/2017/04/17/mundo-do-futebol-se-curva-ao-fair-play-de-rodrigo-
caio-contra-o-corinthians.htm
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/campeonatos/paulista/ultimas-noticias/2017/04/17/mundo-do-futebol-se-curva-ao-fair-play-de-rodrigo-caio-contra-o-corinthians.htm
https://www.uol.com.br/esporte/futebol/campeonatos/paulista/ultimas-noticias/2017/04/17/mundo-do-futebol-se-curva-ao-fair-play-de-rodrigo-caio-contra-o-corinthians.htm
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CAPÍTULO 2
A REGULAMENTAÇÃO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 
Querido aluno, a regulamentação da profissão em Educação Física foi um marco 
extrema importância para maior valorização e crescimento da área, pois garantiu 
por lei, a exclusividade de atuação aos profissionais graduados, o que não acontecia 
anteriormente. Apesar da regulamentação ter se concretizado em 1º de Setembro 
de 1998, os movimentos em prol deste objetivos iniciaram no final da década de 40 
(NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). Podemos dividir a história da regulamentação da 
profissão de Educação Física no Brasil em três fases: 
Figura que ilustra o símbolo da profissão e educação física
Fonte: https://educacao-fisica92.webnode.page/simbolo/
• A primeira relacionada aos profissionais que manifestavam ou escreviam a 
respeito desta necessidade da regulamentação, porém sem desenvolver ação 
nesse sentido. 
• A segunda na década de 80 quando tramitou o projeto de lei relativo à 
regulamentação sendo vetado pelo Presidente da República, José Sarney.
Figura que ilustra o momento político nos anos 80.
https://educacao-fisica92.webnode.page/simbolo/
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Fonte: https://www.cartacapital.com.br/politica/diretas-ja-sob-que-regras/
• A terceira, vinculada ao processo de regulamentação aprovado pelo Congresso 
e promulgado pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso em 1º 
de setembro de 1998 (CONFEF, s/d). 
Todo o processo da regulamentação da profissão de Educação Física se deve a 
iniciativa das Associações dos Professores de Educação Física (APEF´s), localizadas 
no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, que juntas fundaram a Federação 
Brasileira das Associações de Professores de Educação Física (FBAPEF) em 1946 
(STEINHILBER, 1998). As APEFs promoveram diversos Congressos com o objetivo era 
discutir os rumos da disciplina e da profissão, apontando a necessidade de consolidar e 
conquistar a regulamentação, recebendo aprovação em todos os estados. Um exemplo 
desses eventos foi o III Encontro de Professores de Educação Física, organizado pela 
APEF da Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, em 1972, apresentando uma proposta 
de criação dos Conselhos Regionais e Federal de Educação Física (CONFEF, s/d).
Contudo, somente na década de 80 que são efetivamente identificadas as ações 
para a apresentação do projeto de regulamentação da profissão ao poder legislativo. 
Em 22 de novembro de 1983, na reunião entre os diretores, professores e estudantes 
de Escolas de Educação Física, realizada em Brasília-DF, cujo propósito foi discutir 
sobre a problemática da atuação profissional em Educação Física, visando a criação de 
https://www.cartacapital.com.br/politica/diretas-ja-sob-que-regras/
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um órgão orientador, disciplinador e fiscalizador do exercício profissional, coordenada 
pelo Prof. Benno Becker, membro da Comissão de Pesquisa em Educação Física e 
Desportos do MEC, apresentou um projeto elaborado, tendo como base os projetos 
de conselho regionais e federais da psicologia e medicina. Após discussão e debate, 
o projeto de lei foi aperfeiçoado (CONFEF, 1983). 
Chegaram ao acordo de que a proposta seria de criação de Conselho dos Profissionais 
de Educação Física, alertando a todos os presentes a respeito da tramitação que o 
projeto teria na Câmara dos Deputados e da necessidade de cada um mobilizar os 
representantes políticos de cada estado, para a defesa e o acompanhamento do projeto. 
Assim, os Professores Benno Becker e Antônio Amorim foram designados para o 
encaminhamento do projeto de lei ao poder legislativo (CONFEF, 1983).
 Do ano de 1984 em diante, as ações concretas foram iniciadas de fato para a 
regulamentação da profissão. No II Congresso de Esporte Para todos (EPT), na cidade 
de Belo Horizonte, em julho de 1984, o Prof. Dr. Inezil Penna Marinho propõe que 
seja modificado o nome designatório da atividade profissional para “Cineantropólogo”, 
“Antropocinesiólogo”, Kinesiólogo” ou “Antropocineólogo”. No entanto, não houve 
concordância para a mudança do termo (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). Culturalmente 
e tradicionalmente, a designação do profissional nas intervenções na área dos exercícios 
físicos e desportivos, é Professor de Educação Física. A partir disso, surgiu a proposta, 
aceita posteriormente, de designarmos o interventor como “Profissional de Educação 
Física”. Desta forma, passou-se a defender a regulamentação do Profissional de Educação 
Física (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). Paralelamente, em 1984 foi apresentado o 
Projeto de Lei 4559/84, pelo Deputado Federal Darcy Pozza à Câmara dos Deputados, 
que dispunha sobre o Conselho Federal e os Regionais dos Profissionaisde Educação 
Física, Desporto e Recreação, sendo oficialmente o primeiro projeto de regulamentação 
da profissão (CONFEF, s/d). O PL 4559/84 foi aprovado pelo Congresso Nacional, em 
dezembro de 1989, sendo vetado pelo, então, Presidente da República, José Sarney. 
Isso ocorreu no início do ano de 1990, baseando-se em parecer emitido pelo Ministério 
do Trabalho (CONFEF, s/d)
No começo do ano de 1994, alguns grupos de estudantes de Educação Física, 
preocupados com o crescente aumento de pessoas sem formação atuando no mercado 
emergente, como em academias, clubes, condomínios, entre outros, procuraram a APEF 
do Rio de Janeiro (NETTO, GENARI e GOBBI, 2019). A APEF então reafirmou a posição 
de que para impedir tal ilegalidade, fazia-se necessário um instrumento jurídico que 
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determinasse serem os graduados em Educação Física, os profissionais responsáveis 
pela dinamização das atividades físicas (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). Dessa forma, 
era requerida para regulamentar a profissão, um novo movimento e mobilização da 
categoria, junto com a adesão de algum político para apresentar o projeto de lei e 
encarar o desgaste que representaria todo o tramite na Câmara de Deputados e no 
Senado Federal (CONFEF, s/d). Em prol da regulamentação, os Professores Jorge 
Steinhilber, Sergio Kudsi Sartori, Walfrido Jose Amaral e Ernani Contursi, decidem 
lançar um Movimento em Prol da Regulamentação. 
Assim, em Janeiro de 1995, durante o congresso da Federação Internacional de 
Educação Física (FIEP) em Foz do Iguaçu, o “Movimento pela regulamentação do 
Profissional de Educação Física” foi lançado na abertura do evento, dando posse 
solene dos membros conselheiros do 1º Conselho de Educação Física (STEINHILBER, 
1998). A partir disso, várias ações foram iniciadas para a difusão do movimento, 
como por exemplo, o envio de correspondência às direções das Instituições de Ensino 
Superior de Educação Física, informando a respeito da importância e necessidade de 
regulamentarmos a profissão, apresentação do movimento e abertura de possibilidade da 
adesão ao mesmo, solicitando que a questão fosse amplamente divulgada, promovendo 
discussões e debates junto aos docentes e discentes (STEINHILBER, 1998).
A apresentação formal do projeto de lei relativo à regulamentação da profissão na 
Câmara dos Deputados foi feita pelo então Deputado Federal Eduardo Mascarenhas, 
através da PL de nº 330/95. Neste mesmo ano, 1995, o projeto foi analisado pela 
Comissão de Educação, Cultura e Desporto, consultando instituições de ensino, órgãos 
públicos relacionados com a área e notórios profissionais de Educação Física, sendo 
todos favoráveis à regulamentação (CONFEF, s/d).
 No início do ano de 1996, o projeto foi para na Comissão de Trabalho, Administração 
e Serviço Público, onde teve o Deputado Federal Paulo Paim como relator. Após longas 
discussões, ajustes e substituições do projeto de lei, naquele ano não houve tempo 
hábil para ser apreciado na Comissão, devido ao recesso de final de ano (CONFEF, s/d).
 Em 1997, foi moroso o trâmite, com troca de relator e entraves por conta de dúvidas 
por parte do Ministério do Trabalho. Assim, foi levado o projeto junto ao Secretário 
Executivo do Ministério do Trabalho, onde foram tiradas as dúvidas do Ministério, que 
por fim, deu “sinal verde” para o projeto ser incluído na pauta da Comissão (CONFEF, 
s/d). 
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Em 22 de outubro de 1997, o Projeto é aprovado por unanimidade em reunião 
ordinária e remetido para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, sendo 
analisado até o dia 09 de junho de 1998, quando é considerado constitucional e 
aprovado por unanimidade (CONFEF, s/d).
 Na sessão plenária de 30 de junho de 1998 da Câmara dos Deputados, o projeto 
de lei 330/95 é debatido, apreciado e aprovado com parecer favorável de todos os 
oradores. A partir de primeiro de julho de 1998, o projeto de lei passa a ser analisado e 
apreciado então, pelo Senado Federal (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). No dia seguinte, 
13 de agosto de 1998, o projeto foi incluído na ordem do dia do Senado, e após 
algumas manifestações dos parlamentares, o texto foi aprovado por unanimidade e 
encaminhado à sanção presidencial (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). 
Em 1º de Setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, 
sanciona a lei 9696/98, publicada no Diário Oficial da União em 02/09/98 (CONFEF, s/d).
Figura o Dário oficial que autorizou a criação do Conselho Federal de Educação Física
Fonte: https://www.confef.org.br/confef/conteudo/16
A regulamentação foi ponto crucial para a defesa do Profissional de Educação 
Física, tendo a ideia principal de limitar quem poderia ou não atuar na área, afirmando 
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/16
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que apenas podem operar os profissionais registrados nos Conselhos Regionais 
de Educação Física, colocando o critério de ingresso no exercício profissional sob 
fiscalização e decisão do Conselho (NETTO; GENARI; GOBBI, 2019). A regulamentação 
da profissão também foi importante para a sociedade porque protege os usuários das 
atividades físicas, pois a partir de 1998, ele saberia que necessariamente uma pessoa 
regulamentada estaria promovendo aquela atividade (REPPORT FILHO, 2003).
 É importante destacar que apenas são inscritos nos quadros dos Conselhos 
Regionais de Educação Física os profissionais possuidores de diploma obtidos em 
cursos de Educação Física, oficialmente autorizado ou reconhecido. O inciso III, art. 
2º da Lei também possibilitou as pessoas sem graduação que já exerciam atividades 
próprias dos Profissionais de Educação Física, antes da promulgação, recebessem 
do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) uma autorização com algumas 
particularidades, para trabalhar especificamente com aquilo que já faziam anteriormente 
(CONFEF, s/d).
 Esta emenda possibilitou a transição de um estado jurídico para outro, respeitando 
o direito adquirido, instituto constitucionalmente assegurado, e também, promoveu 
uma adaptação daqueles que exerciam a atividade sem nenhum tipo de conhecimento 
formal sobre o assunto. Estes registros são denominados de provisionados (CONFEF, 
s/d). 
Além de regulamentar a profissão, através da lei 9696/98, também foram criados 
CONFEF e Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs), sistema regulador, 
regulamentador, orientador e fiscalizador da atuação profissional. E na próxima aula 
falaremos sobre como funciona o sistema CONFEF/CREFs, apontando a devida 
importância para a solidez da profissão. Aguardo você! 
ISTO ESTÁ NA REDE
LEI Nº 9.696, DE 1 DE SETEMBRO DE 1998.
Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física 
e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de 
Educação Física.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.696-1998?OpenDocument
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O exercício das atividades de Educação Física e a designação de 
Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais regularmente 
registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física.
Art. 2o Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de 
Educação Física os seguintes profissionais:
I – os possuidores de diploma obtido em curso superior de Educação 
Física oficialmente autorizado ou reconhecido pelo Ministério da Educa-
ção;    (Redação dada pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - os possuidores de diploma em Educação Física expedido por insti-
tuição de ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em 
vigor;
III - os que tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos 
Profissionais de EducaçãoFísica até a data de início da vigência desta Lei, 
nos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física (Con-
fef);   (Redação dada pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - os egressos de cursos superiores de Tecnologia conexos à Educa-
ção Física, oficiais ou reconhecidos pelo Ministério da Educação, cujos eixos 
tecnológicos sejam direcionados às áreas de conhecimento abrangidas por 
esta Lei, conforme regulamentado pelo Confef.   (Incluído pela Lei nº 14.386, 
de 2022)
Art. 3o Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, 
programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar 
trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de 
auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, 
participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes 
técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do 
desporto.
Art. 4º Ficam criados o Conselho Federal de Educação Física (Confef) e 
os Conselhos Regionais de Educação Física (Crefs), dotados de personalidade 
jurídica de direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimo-
nial.   (Redação dada pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 1º O Confef terá abrangência em todo o território nacional.     (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 2º Provisoriamente, o Confef manterá sua sede e seu foro no Município 
do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, com o prazo máximo de 4 (quatro) 
anos, contado da data de publicação desta Lei, para que a sede e o foro do Con-
selho sejam transferidos para a cidade de Brasília, Distrito Federal.     (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 3º Os Crefs terão sede e foro na capital de um dos Estados por eles 
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abrangidos ou na cidade de Brasília, Distrito Federal.      (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
§ 4º O Confef e os Crefs são organizados de forma federativa como 
Sistema Confef/Crefs.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-A. Compete ao Confef:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
I - organizar e promover a eleição do seu Presidente e do Vice-Presiden-
te;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - editar os atos necessários à interpretação e à execução do disposto 
nesta Lei e à fiscalização do exercício profissional, limitada esta, quanto às pes-
soas jurídicas, à regularidade do registro e à atuação dos Profissionais de Edu-
cação Física que nelas prestem serviços;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
III - adotar as medidas necessárias à consecução de seus objetivos insti-
tucionais;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - supervisionar a fiscalização do exercício profissional no território na-
cional;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
V - em relação aos Crefs:   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
a) organizar, orientar e inspecionar a sua estrutura;   (Incluída pela Lei nº 
14.386, de 2022)
b) propor a sua implantação;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
c) estabelecer a sua jurisdição;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
d) examinar a sua prestação de contas; e   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 
2022)
e) intervir em sua atuação, quando indispensável ao restabelecimento da 
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da efetividade ou do 
princípio da hierarquia institucional;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
VI - elaborar e aprovar o seu regimento interno;      (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
VII - examinar e aprovar os regimentos internos dos Crefs, além de pro-
mover as modificações necessárias para assegurar a unidade de orientação e 
a uniformidade de atuação;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
VIII - dirimir dúvidas suscitadas pelos Crefs e prestar-lhes apoio técnico 
permanente;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IX - apreciar e julgar os recursos de penalidades aplicadas pelos Crefs aos 
profissionais e às pessoas jurídicas;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
X - estabelecer, por meio de resolução, os valores relativos ao pagamen-
to das anuidades, das taxas e das multas devidos pelos profissionais e pelas 
pessoas jurídicas ao Cref a que estejam jurisdicionados, observadas as dispo-
sições da Lei nº 12.197, de 14 de janeiro de 2010;   (Incluído pela Lei nº 14.386, 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12197.htm
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de 2022)
XI - aprovar a sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de cré-
ditos adicionais e a realização de operações referentes a mutações patrimo-
niais;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XII - dispor sobre o código de ética profissional e exercer a função de con-
selho superior de ética profissional;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XIII - instituir o modelo das carteiras e dos cartões de identidade profissio-
nal;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XIV - publicar anualmente:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
a) o orçamento e os créditos adicionais;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 
2022)
b) os balanços;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
c) o relatório de execução orçamentária; e   (Incluída pela Lei nº 14.386, 
de 2022)
d) o relatório de suas atividades;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
XV - aprovar anualmente as suas contas e a sua proposta orçamentária 
e remetê-las aos órgãos competentes; e   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XVI - (VETADO).   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-B. Compete aos Crefs:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
I - organizar e promover a eleição do Presidente e do Vice-Presidente dos 
Crefs;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - elaborar a proposta de seu regimento interno e de eventuais alterações 
e submetê-las à aprovação do Confef;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
III - registrar os profissionais e expedir as carteiras de identidade profissio-
nal;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e 
das pessoas jurídicas que se inscreverem para exercer atividades de Educação 
Física na região;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
V - publicar anualmente:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
a) a relação dos profissionais e das pessoas jurídicas registrados;   (Incluí-
da pela Lei nº 14.386, de 2022)
b) o relatório de suas atividades;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
VI - fiscalizar o exercício profissional na área de sua competência, limitan-
do-se, quanto às pessoas jurídicas, à aferição da regularidade do registro e à 
atuação dos Profissionais de Educação Física que nelas prestem serviço;   (In-
cluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
VII - representar perante as autoridades competentes em relação aos fa-
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tos que apurar e cuja solução ou punição não seja de sua competência;   (Incluí-
do pela Lei nº 14.386, de 2022)
VIII - cumprir e fazer cumprir o disposto nesta Lei e nas resoluções e nas 
normas complementares editadas pelo Confef;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
IX - exercer a função de conselho regional de ética profissional e decidir 
sobre os casos que lhes forem submetidos;     (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
X - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e nas 
normas complementares editadas pelo Confef;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
XI - propor ao Confef a adoção das medidas necessárias ao aprimora-
mento dos serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional;   (In-
cluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XII - aprovar a sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de cré-
ditos adicionais e a realização de operações referentes a mutações patrimo-
niais;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XIII - arrecadar os valores relativos ao pagamento das anuidades, dasta-
xas e das multas devidos pelos profissionais e pelas pessoas jurídicas;   (Incluí-
do pela Lei nº 14.386, de 2022)
XIV - adotar as medidas necessárias à efetivação de sua receita e repas-
sar ao Confef as importâncias referentes à sua participação legal, conforme 
previsto no art. 5º-F desta Lei;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XV - cobrar as importâncias correspondentes às anuidades, às taxas e às 
multas perante o juízo competente quando exauridos os meios de cobrança 
amigável;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XVI - emitir parecer conclusivo sobre a prestação de contas a que estejam 
obrigados; e   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
XVII - publicar anualmente:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
a) os orçamentos e os créditos adicionais;   (Incluída pela Lei nº 14.386, 
de 2022)
b) os balanços;   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
c) o relatório de execução orçamentária; e   (Incluída pela Lei nº 14.386, 
de 2022)
d) o relatório de suas atividades.   (Incluída pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-C. O Confef será composto de 20 (vinte) conselheiros titulares e de 
8 (oito) suplentes.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 1º Os conselheiros serão escolhidos em eleição direta, por meio de voto 
pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos nos Crefs.   (Incluído 
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pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 2º Os conselheiros terão mandato de 4 (quatro) anos, admitida 1 (uma) 
reeleição.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente do Confef serão escolhidos dentre 
os conselheiros e eleitos por maioria absoluta.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
§ 4º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Presidente do Con-
fef terá o voto de qualidade.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 5º Será aplicada multa ao profissional que deixar de votar sem causa 
justificada.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 6º O valor da multa a que se refere o § 5º deste artigo não será superior 
a 10% (dez por cento) do valor da anuidade paga pelo profissional.   (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 7º O Confef editará as normas necessárias para regulamentar os pro-
cedimentos relativos às eleições no Confef e nos Crefs.”   (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
Art. 5º-D. Os Crefs serão compostos de 20 (vinte) conselheiros titulares e 
de 8 (oito) suplentes.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 1º Os conselheiros serão escolhidos em eleição direta, por meio de voto 
pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos nos Crefs.   (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 2º Os conselheiros terão mandato de 4 (quatro) anos, admitida 1 (uma) 
reeleição.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente dos Crefs serão escolhidos dentre 
os conselheiros e eleitos por maioria absoluta.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
§ 4º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Presidente do Cref 
terá o voto de qualidade.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 5º Será aplicada multa ao profissional que deixar de votar sem causa 
justificada.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 6º O valor da multa a que se refere o § 5º deste artigo não será superior 
a 10% (dez por cento) do valor da anuidade pago pelo profissional.   (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 7º O voto de qualidade a que se refere o § 4º deste artigo não será 
aplicado na hipótese do art. 5º-L desta Lei.      (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
Art. 5º-E. Constituem fontes de receita do Confef:      (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
I - valores relativos ao pagamento das inscrições dos profissionais e das 
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pessoas jurídicas;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - 20% (vinte por cento) sobre valores relativos ao pagamento das con-
tribuições, das anuidades, das taxas, dos serviços e das multas devidos pelos 
profissionais e pelas pessoas jurídicas;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
III - legados, doações e subvenções;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - renda patrimonial;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
V - renda obtida por meio de patrocínio, de promoção, de cessão de direi-
tos e de marketing em eventos promovidos pelo Confef; e   (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
VI - outras fontes de receita.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Parágrafo único. Do percentual de receita de que trata o inciso II 
do  caput  deste artigo, 25% (vinte e cinco por cento) serão destinados, 
obrigatoriamente, ao Fundo de Desenvolvimento dos Crefs.   (Incluído pela Lei 
nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-F. Constituem fontes de receita dos Crefs:      (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
I - 80% (oitenta por cento) sobre valores relativos ao pagamento das con-
tribuições, das anuidades, das taxas, dos serviços e das multas devidos pelos 
profissionais e pelas pessoas jurídicas;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - legados, doações e subvenções;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
III - renda obtida por meio de patrocínio, de promoção, de cessão de direi-
tos e de marketing em eventos promovidos ou autorizados pelo Cref; e   (Incluí-
do pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - outras fontes de receita.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-G. São infrações disciplinares:        (Incluído pela Lei nº 14.386, de 
2022)
I - transgredir as normas estabelecidas pelo código de ética profissio-
nal;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
II - exercer a profissão quando estiver impedido de fazê-lo, ou facilitar, por 
qualquer meio, o seu exercício por pessoa não registrada no Cref;   (Incluído pela 
Lei nº 14.386, de 2022)
III - violar o sigilo profissional;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - praticar, permitir ou estimular, no exercício da profissão, ato que a lei 
defina como crime ou contravenção;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
V - adotar conduta incompatível com o exercício da profissão;   (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
VI - exercer a profissão sem estar registrado no Sistema Confef/Cre-
fs;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
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VII - utilizar indevidamente informação obtida em razão de sua atuação 
profissional, com a finalidade de obter benefício para si ou para terceiros;   (In-
cluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
VIII - praticar conduta que evidencie inépcia profissional;   (Incluído pela Lei 
nº 14.386, de 2022)
IX - produzir prova falsa de quaisquer dos requisitos necessários para efe-
tuar o registro no Sistema Confef/Crefs.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-H. São sanções disciplinares aplicáveis ao profissional ou à pessoa 
jurídica:   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa;   (Incluído pela Lei 
nº 14.386, de 2022)
II - aplicação de multa;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
III - censura pública;   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
IV - suspensão do exercício da profissão; e   (Incluído pela Lei nº 14.386, 
de 2022)
V - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato nos meios 
de comunicação oficiais do Confef ou do Cref, conforme o caso.   (Incluído pela 
Lei nº 14.386, de 2022)
§ 1º O valor da multa será calculado com base no valor da anuidade paga 
pelo profissional ou pela pessoa jurídica.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 2º O valor da multa de que trata o § 1º deste artigo será equivalente ao 
valor de 1 (uma) a 5 (cinco) anuidades, em conformidade com o disposto na Lei 
nº 12.197, de 14 de janeiro de 2010.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-I. O processo disciplinar será instaurado de ofício ou por repre-
sentação de qualquer autoridade ou pessoa interessada.   (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
§1º Instaurado o processo disciplinar, o Sistema Confef/Crefs ordenará 
a notificação do interessado para oferecimento de defesa prévia, por escrito, no 
prazo de 5 (cinco) dias úteis.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 2º A não apresentação da defesa prévia não obsta o seguimento do 
processo disciplinar.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 3º A apresentação da defesa prévia ocorrerá sem prejuízo de outros 
meios de defesa constantes desta Lei e da regulamentação do Sistema Confef/
Crefs.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-J. Caberá a interposição de recurso ao Confef de todas as decisões 
proferidas pelos Crefs.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
§ 1º O Confef decidirá em última instância administrativa em relação ao 
recurso de que trata o caput deste artigo.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12197.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12197.htm
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§ 2º Além do recorrido e do recorrente, os conselheiros do Cref são 
legitimados para interpor o recurso de que trata o caput deste artigo.   (Incluído 
pela Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 5º-K. A pretensão de punição do profissional ou da pessoa jurídica 
com a aplicação de sanção disciplinar prescreverá no prazo de 5 (cinco) anos, 
contado da data de ocorrência do fato que a ensejou, exceto para os casos de 
abuso ou assédio moral ou sexual, nos quais o prazo será contado da data de 
início do processo disciplinar.   (Incluído pela Lei nº 14.386, de 2022)
Parágrafo único. A contagem de prazo da prescrição será interrompi-
da pela intimação do acusado para apresentar defesa.      (Incluído pela Lei nº 
14.386, de 2022)
Art. 5º-L. Em caso de empate no processo de apuração de infração dis-
ciplinar ou de empate no processo de aplicação de sanção disciplinar, resol-
ver-se-á a controvérsia favoravelmente ao profissional regulado pelo Sistema 
Confef/Crefs ou à pessoa jurídica no polo passivo do processo.   (Incluído pela 
Lei nº 14.386, de 2022)
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 1 de setembro de 1998; 177o da Independência e 110o da 
República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Edward Amadeo
Este texto não substitui o publicado no D.O.U de 2.9.1998
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CAPÍTULO 3
CÓDIGO DE ÉTICA DOS 
PROFISSIONAIS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA
Caro aluno, nesta aula discutiremos o documento que norteia a atuação profissional 
quanto à conduta e imagem a se passar para a sociedade, adequando todos os 
profissionais à proposta contida na Carta Brasileira de Educação Física (CONFEF, 
2000), que reformulou o conceito da profissão, apresentando a qualidade e importância 
do Profissional de Educação Física.
Recapitulando as definições do conceito de ética, vamos trazer o conceito clássico 
do dicionário Aurélio da língua portuguesa define como sendo: “O estudo dos juízos 
de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto 
de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo 
absoluto” (FERREIRA, 2021-DICIONÁRIO AURÉLIO).
Ética é um segmento da filosofia que se dedica à análise das razões que ocasionam, 
alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta 
seus valores morais. 
Já no âmbito profissional, o indivíduo atua dentro de um sistema e é necessário 
que ele respeite a ordem do mesmo, para que possa, com ética, ter sucesso como 
indivíduo. “Cada conjunto de profissionais deve seguir uma ordem que permita a 
evolução harmônica do trabalho de todos, a partir da conduta de cada um, através de 
uma tutela no trabalho que conduza à regulação do individualismo perante o coletivo” 
(LOPES DE SÁ, 2001, p.92). 
Imagem ilustrando o mundo do trabalho
Fonte: https://www.portalgsti.com.br/2013/05/reflexoes-sobre-o-mundo-do-trabalho.html
https://www.portalgsti.com.br/2013/05/reflexoes-sobre-o-mundo-do-trabalho.html
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Assim, o Código de Ética do Profissional de Educação Física tem o intuito de adoção 
da ética na promoção das atividades físicas, desportivas e similares, mobilizando 
dos integrantes da categoria profissional para assumirem seu papel social e se 
comprometerem, além do plano das realizações individuais, com a realização social 
e coletiva (CONFEF, 2015). 
Imagem do código de ética do profissional de Educação Física
Fonte: https://www.confef.org.br/confef/conteudo/1704
Com a regulamentação da Educação Física como atividade profissional, identificou-
se a importância do conhecimento técnico e científico especializado junto ao 
desenvolvimento de competência específica para sua aplicação, possibilitando estender 
a toda a sociedade os valores e os benefícios advindos da sua prática.
Imagem representa o conhecimento técnico cientifico
Fonte: https://andersonyankee.wordpress.com/2015/09/18/conhecimentos-cientifico-tecnico-e-pratico-caracteristicas/
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/1704
https://andersonyankee.wordpress.com/2015/09/18/conhecimentos-cientifico-tecnico-e-pratico-caracteristicas/
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O Código de Ética então se propõe a normatizar a articulação das dimensões técnica 
e social com a dimensão ética, para garantir a união de conhecimento científico e 
atitude. Dessa forma, o exercício profissional em Educação Física se baseia nos 
seguintes princípios: 
• O respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo. 
• A responsabilidade social. 
• A ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza. 
• O respeito à ética nas diversas atividades profissionais.
• A valorização da identidade profissional no campo das atividades físicas, 
esportivas e similares. 
• A sustentabilidade do meio ambiente.
• A prestação, sempre, do melhor serviço a um número cada vez maior de pessoas, 
com competência, responsabilidade e honestidade.
Resumindo sempre buscando a excelência profissional, através de uma conduta 
cientifica, técnica, ética e humanizada.
Imagem representando excelência profissional
Fonte: https://idaianaribeiro.com.br/excelencia-profissional/
A atuação dentro das especificidades do seu campo e área do conhecimento, no 
sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles aos 
quais presta serviços (CONFEF, 2015)
O Código descreve alguns direitos do Profissional de Educação Física, como exercer 
a Profissão sem ser discriminado, receber salários ou honorários pelo seu trabalho 
profissional, participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, apontar 
falhas ou irregularidades nos regulamentos e normas, formalmente, por escrito, aos 
gestores de eventos e de instituições que oferecem serviços no campo da Educação 
https://idaianaribeiro.com.br/excelencia-profissional/
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Física quando os julgar tecnicamente incompatíveis com a dignidade da profissão ou 
prejudiciais aos beneficiários (CONFEF, 2015)
Completa ainda que, referente ao relacionamento com outros colegas de profissão, 
é vedado ao Profissional de Educação Física oferecer ou disputar serviços profissionais 
mediante rebaixamento moral de honorários ou concorrência desleal, fazer referências 
prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras, provocar desentendimento com 
colega que venha o substituir no exercício profissional (CONFEF, 2015).
ANOTE ISSO
O Código de Ética do Profissional de Educação Física tem por base a lei 9696/98 
e os conteúdos da Carta Brasileira de Educação Física, com o intuito de adoção 
da ética na promoção das atividades físicas, desportivas e similares, mobilizando 
os integrantes da categoria profissional para assumirem seu papel social e se 
comprometerem, além do planodas realizações individuais, com a realização social 
e coletiva. Com a regulamentação da Educação Física como atividade profissional, 
identificou-se a importância do conhecimento técnico e científico especializado junto 
ao desenvolvimento de competência específica para sua aplicação, possibilitando 
estender a toda a sociedade os valores e os benefícios advindos da sua prática. 
Este Código então se propõe a normatizar a articulação das dimensões técnica e 
social com a dimensão ética, para garantir a união de conhecimento científico e 
atitude do profissional
Com observância na lei 9696/98, o profissional tem papel crucial no auxílio da 
aplicação e cumprimento da mesma, devendo auxiliar a fiscalização do exercício 
Profissional, denunciar aos órgãos competentes as irregularidades no exercício da 
profissão ou na administração das entidades de classe e zelar pelo cumprimento do 
Código de Ética (CONFEF, 2015).
 Inclusive, comete infração ética aquele Profissional que tiver conhecimento de 
transgressão deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho 
Regional de Educação Física. Qualquer descumprimento do código de ética da 
classe, o profissional fica sujeito a penalidades, como: 
• Advertência escrita, com ou sem aplicação de multa. 
• Censura pública.
• Suspensão do exercício da Profissão. 
• Cancelamento do registro profissional e divulgação do fato (CONFEF, 2015)
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Imagem que representa penalidades ao descumprimento do código de ética
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/justica-confirma-punicao-contador-que-violou-codigo-de-etica/
As penalidades são aplicadas de acordo como julgar o Tribunal Regional de Ética 
(TRE), que são de responsabilidade dos Conselhos Regionais de Educação Física 
(CREFs), que tem função de julgar infrações e aplicar penalidades previstas no 
Estatuto e em atos normativos baixados pelo CONFEF, conhecendo, processando e 
decidindo os casos que lhe forem submetidos, adotando as medidas jurídicas legais 
cabíveis (CONFEF, 2000). 
Assim, o ideal da profissão define-se pela prestação de um atendimento 
melhor e mais qualificado a um número cada vez maior de pessoas, 
tendo como referência um conjunto de princípios, normas e valores 
éticos livremente assumidos, individual e coletivamente, pelos 
Profissionais de Educação Física (CONFEF, 2015). 
Os acadêmicos de Curso de Graduação em Educação Física devem se 
conscientizar de que esta é uma profissão que tem como foco principal o 
desenvolvimento junto à Sociedade de uma cultura de estilo de vida que possa 
ser suficientemente ativo, permitindo ao cidadão viver e conviver a seu modo e 
de acordo com seus anseios, necessidades e desejos. Ainda assim, é importante 
ressaltar que acadêmicos são indivíduos que ainda não preparados de assumir 
legalmente as responsabilidades profissionais e sociais. 
Quem aceita prestar serviços sem ter a competência necessária ou 
sem estar atento para que esta se concretize, comete infração aos 
princípios da ética, em razão do prejuízo defluente. Desconhecer, como 
realizar a tarefa ou apenas saber fazê-la parcialmente, em face da 
totalidade do exigível para a eficácia, é conduta que fere os preceitos 
da doutrina da moral e da ética (LOPES DE SÁ, 2001, p.93)
https://www.jornalcontabil.com.br/justica-confirma-punicao-contador-que-violou-codigo-de-etica/
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Após levantarmos todos esses aspectos referentes ao código de ética do 
Profissional de Educação Física, convido vocês, estudantes deste curso com linda 
importância na sociedade, a ler os juramentos que são proferidos no dia da colação 
de grau dos cursos de bacharelado e licenciatura, respectivamente. 
“Juro, pela minha fé e minha honra, e de acordo com os princípios éticos do 
Profissional de Educação Física, exercer com dignidade, zelo e competência as 
minhas atividades profissionais, em prol da saúde e educação de toda a população, 
bem como da prática esportiva dos atletas, atendendo determinações legais 
decorrentes da exclusividade desta profissão na prestação de serviços à sociedade 
neste campo, destacando meu papel de educador, estimulando o desenvolvimento 
científico, tecnológico e humanístico, para um estilo de vida ativo e o bem-estar 
de todos. Assim, eu juro!” “Juro, pela minha fé e minha honra, e de acordo com 
os princípios éticos do Profissional de Educação Física, exercer com dignidade, 
zelo e competência as minhas atividades profissionais no campo da educação 
infantil, fundamental, médio e superior, em prol da saúde e da educação, lecionar 
os conteúdos do componente curricular, bem como orientar e promover ações na 
educação formal para prevenção, manutenção e promoção da saúde, atendendo 
determinações legais decorrentes da exclusividade desta profissão na prestação 
de serviços a sociedade neste campo, destacando meu papel de educador, 
estimulando o desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico, para um estilo 
de vida ativo e saudável. Assim, eu juro!”
Imagem ilustrando o juramento de um graduando de Educação Física
Fonte: https://www.mensagemdeformatura.com/2017/08/o-juramento/
Reflita sobre estes juramentos e, dessa forma, desenhe seus caminhos para um 
futuro profissional ético e compromissado com a promoção de saúde da sociedade. 
https://www.mensagemdeformatura.com/2017/08/o-juramento/
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ISTO ESTÁ NA REDE
CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
DO PROFISSIONAL BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1. A categoria dos Profissionais de Educação Física no Brasil, deve ser identificado 
como a força de trabalho qualificada e registrada no sistema CONFEF/ CREFs, respon-
sáveis pelo exercício profissional na área de Educação Física e que neste sentido, utiliza 
e investiga, respectivamente, com fins educativos e científicos, as possíveis formas de 
expressão de atividade física;
2. Os Profissionais de Educação Física devem, possuir uma formação acadêmica só-
lida, estar organizados nos Conselhos Regionais de Educação Física e, permanente-
mente envolver-se em programas de aprimoramento técnico-científico e cultural;
DO OBJETO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
3. A Educação Física no Brasil, que invariavelmente deve constituir- se numa Educação 
Física de Qualidade, sem distinção de qualquer condição humana e sem perder de 
vista a formação integral das pessoas, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos, terá 
que ser conduzida pelos Profissionais de Educação Física como um caminho de de-
senvolvimento de estilos de vida ativos nos brasileiros, para que possa contribuir para 
a Qualidade de Vida da população.
REFERÊNCIAS PARA UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE NO PAÍS
4. Para uma Educação Física no Brasil que possa ser adjetivada pela Qualidade, e que 
possa contribuir para a melhoria da nossa sociedade, existem algumas referências, 
pelas quais deve:
a) Ser entendida como direito fundamental e não como obrigação dos brasileiros;
b) Prover os seus beneficiários com o desenvolvimento de habilidades motoras, atitu-
des, valores e conhecimentos, procurando levá-los a uma participação ativa e voluntá-
ria em atividades físicas e esportivas ao longo de suas vidas;
c) Envolver práticas formais e não-formais para atingir seus objetivos;
d) Constituir-se numa responsabilidade de profissionais com formação em nível supe-
rior;
e) Ser ministrada numa ambiência de alegria, em que as práticas corporais e esporti-
vas sejam prazeirosas;
f) Respeitar as leis biológicas de individualidade, do crescimento, do desenvolvimento 
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e da maturação humana;
g) Propiciar vivências e experiências de solidariedade, cooperação e superação;
h) Valorizar práticas esportivas, danças e jogos nos conteúdos dos seus programas, 
inclusive e com ênfase, aqueles que representema tradição e a pluralidade do patrimô-
nio cultural do país e das suas regiões;
i) Ajudar os beneficiários a desenvolver respeito pela sua corporiedade e os das outras 
pessoas, através da percepção e entendimento do papel das atividades físicas na pro-
moção da saúde;
j) Interatuar com outras áreas de atuação e conhecimento humano, desenvolvendo 
nos seus beneficiários, atitudes interdisciplinares;
k) Ser objeto de uma ação cada vez mais intensa da comunidade acadêmica quanto à 
pesquisa, intercâmbio e difusão de informações e programas de cooperação técnico-
-científica;
l) Ser conteúdo de livros, periódicos específicos e banco de dados eletrônicos especiali-
zados, aumentando as possibilidades de acesso às informações técnicas e científicas 
do conhecimento existente;
m) Ser meio de desenvolvimento da cidadania nos beneficiários e de respeito ao meio 
ambiente.
DA PREPARAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALI-
DADE
5. A Preparação de Profissionais para uma Educação Física de Qualidade no Brasil 
deverá ser:
a) REDISCUTIDA para que os currículos acadêmicos de preparação se harmonizem 
com as últimas renovações conceituais ocorridas na Educação Física, incorporando 
inclusive, perspectivas de Educação Continuada, para que esses profissionais possam 
acompanhar os avanços técnicos e científicos da área, a cada momento de suas tra-
jetórias de atuação;
b) COMPARADA, através de indicadores efetivos, à preparação de Profissionais de Edu-
cação Física de países vizinhos, para que os futuros Tratados de correspondências 
acadêmicas nos blocos sócio-economicos da América Latina sejam equiparados em 
padrões considerados de Qualidade;
c) AMPLIADA com a preparação complementada resultante de cursos, eventos, es-
tágios clínicas etc., oferecidos por organizações de distintas naturezas, desde que se 
apresentem com o compromisso da Qualidade.
DA INDISPENSABILIDADE DE UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE NAS ESCO-
LAS
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6. Para que o Brasil tenha uma Educação Física de Qualidade nas escolas, é indispen-
sável que:
a) Seja obrigatória no ensino básico (infantil, fundamental e médio), independentemen-
te de termos e circunstâncias dos alunos, fazendo parte de um currículo longitudinal ao 
longo da passagem dos alunos pelas escolas;
b) Integre-se com as outras disciplinas na composição do currículo escolar;
c) Seja dotada de instalações e meios materiais adequados;
d) Tenha práticas esportivas e jogos em seu conteúdo, sob a forma de Esporte Educa-
cional, que ao não reproduzir o esporte de rendimento no ambiente escolar, deve apre-
sentar-se com regras específicas que permitam atender a princípios sócio-educativos;
e) Possibilite ao aluno uma variedade considerável de experiências, vivências e convi-
vências no uso de atividades físicas e no conhecimento de sua corporeidade;
f) Constitua-se num meio efetivo para conquista, de um estilo de vida, ativo dos seres 
humanos;
DA BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE NOS SEUS DIVERSOS ES-
PAÇOS
7. A Educação Física, ao ser utilizada em espaços distintos de toda ordem, como aca-
demias, clubes, condomínios, praias, áreas públicas e outras, para que torne-se de Qua-
lidade é necessário que:
a) Constitua-se numa expressão de democracia, atendendo as opções das pessoas e 
oferecendo condições de igualdade em suas práticas;
b) Busque a percepção nos beneficiários da sua importância ao longo das suas vidas, 
desenvolvendo nos mesmos padrões de interesse em atividades físicas;
c) Fique evidenciada a competência dos profissionais responsáveis nos programas 
desenvolvidos;
d) Seja praticada em instalações e equipamentos compatíveis com os objetivos e es-
pecificidades dos seus programas;
e) Seja desenvolvida com efetividade para os objetivos formulados nos respectivos 
programas;
f) Atenha-se em todas as ações às referências éticas, sem concessões sob qualquer 
pretexto e circunstância.
AS RESPONSABILIDADES DOS GOVERNOS PARA O FOMENTO DE EDUCAÇÃO FÍ-
SICA DE QUALIDADE
8. O Governo Federal, os Governos Estaduais e Municipais precisam, o mais urgente 
possível, compreender o valor de uma Educação Física de Qualidade para a população 
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brasileira, o que deverá ser expresso por estratégias de intervenções como:
a) A inserção de uma Política de valorização da Educação Física para os cidadãos 
brasileiros através de programas e campanhas efetivas de promoção das atividades 
físicas em todas as idades, de acordo com suas especificidades;
b) Adaptações necessárias nas legislações vigentes, principalmente na área da Educa-
ção, para que a infância e a juventude brasileira sejam beneficiadas com uma Educa-
ção Física desejável;
c) Valorização da atuação dos Profissionais de Educação Física, abrindo concursos e 
oportunidades de trabalho para, atuações em todos espaços públicos, além da pro-
moção de programas de capacitação, que possam contribuir para uma melhoria da 
Qualidade de Vida nas populações sob suas responsabilidades;
d) Compreensão da Educação Física como um meio de promoção da Saúde e em de-
corrência, propiciar ações favoráveis nos campos legal, fiscal e administrativo;
DAS RESPONSABILIDADES DO CONFEF/ CREFs
9. O CONFEF e os CREFs, pelas suas atribuições em lei e comprometimento diante da 
Educação Física no Brasil, atuarão fundamentalmente no compromisso de uma EDU-
CAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE, sendo que, para isto, deverão intervir por uma melhoria 
e valorização dos seus profissionais, inclusive quanto ao cumprimento do Código de 
Ética estabelecido, complementando a sua intervenção com ações vigorosas e consis-
tentes, como a elaboração e difusão desta CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 
para que a Educação Física possa, de fato alcançar a QUALIDADE objetivada e assim 
contribuir para uma sociedade cada vez melhor.
Fonte: https://www.confef.org.br/confef/conteudo/21
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/21
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CAPÍTULO 4
ÉTICA PROFISISONAL
A discussão sobre ética profissional deve iniciar muito antes do pessoal iniciar sua 
prática profissional. Durante a adolescência onde sonho com aquela determinada 
profissional, já devo começar a refletir sobre a temática, porque escolher determinada 
profissão é uma escolha, mas seguir seu código de conduta ética é obrigação.
Imagem de atuação prática de um professor de educação física
Fonte: https://blogeducacaofisica.com.br/especial-dia-educacao-fisica/
Segundo Carmargo (2014), quando faço a escola de uma profissão e iniciou uma 
graduação, inicio as disciplinas relacionadas aquela graduação, os estágios obrigatórios 
onde efetivamente inicio a prática profissional e finalizo com a colação de grau onde 
faço um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria 
profissional onde formalmente ingressa. Isso caracteriza o aspecto moral da chamada 
Ética Profissional, é fato também que algumas condutas não estão descritas em 
nenhum código de alguma categoria profissional, mas são regras que se ligam a um 
conjunto de normas para o exercício profissional. 
Posso relatar como exemplo prático é a vestimenta de um professor de educação física 
na sua atuação profissional em uma escola, não está escrito em nenhum artigo do código 
https://blogeducacaofisica.com.br/especial-dia-educacao-fisica/
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de ética do CONFEF (Conselho Federal de Educação Física), as eu não posso ir trabalhar 
de shorts curtos, de chinelo, de roupas cavadas enfim devo usar uma roupa que condiz 
a uma unidade escolar, posturas em seu trabalho também podem ser exemplos: trabalho 
em equipe, cooperação, generosidade enfim são ações que não são previstas em código 
de ética profissional mas deve ser um predicado de todo o profissional de educação física.
Imagem que ilustra o trabalhoem equipe
Fonte: https://www.tomanini.com.br/trabalho-em-equipe/
3.1 – Ética profissional e relações sociais
Para Quintana (2014) o profissional auxiliar de almoxarifado que verifica se não há 
umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos; o médico cirurgião que 
confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia; a atendente do asilo 
que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro; enfim todos 
esses profissionais estão fazendo o que é certo ou seja agindo eticamente independente 
de receber elogia apenas realizando a o que previsto em sua profissão de forma correta.
Figura ilustrativa de fazendo “coisa certa”
Fonte: https://www.sbie.com.br/blog/entenda-porque-fazer-coisa-certa-pode-fazer-bem-para-suas-emocoes/
https://www.tomanini.com.br/trabalho-em-equipe/
https://www.sbie.com.br/blog/entenda-porque-fazer-coisa-certa-pode-fazer-bem-para-suas-emocoes/
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3.2 Exemplos de atitudes que demonstram ética profissional
 Para Srour (2013), quando você demonstra atitudes éticas dentro do seu ambiente 
de trabalho, um contrato de “confiabilidade” é criado entre você e o seu empregador, 
pois fica nítido o seu profissionalismo. Confira alguns exemplos de atitudes éticas:
• Responsabilidade para saber gerar seu próprio trabalho e cumprindo os prazos 
estabelecidos. Muitas vezes, para um trabalho em grupo funcionar bem, é preciso 
que todos façam a sua parte dentro do prazo;
• Gerenciamento de tempo para cumprir prazos, marcar compromissos ou reuniões 
e, ainda, chegar pontualmente no ambiente de trabalho para iniciar o expediente;
• Disciplina para gerenciar o seu tempo e ter foco para desenvolver as tarefas 
solicitadas;
• Confiabilidade para manter em sigilo informações confidenciais da empresa;
• Honestidade para ser verdadeiro com os colegas e os gerentes, informando 
sobre eventuais problemas e reconhecendo os erros, quando for necessário;
• Trabalho em equipe para conviver com os colegas e manter uma comunicação 
eficiente;
• Respeito nas relações interpessoais, utilizando o bom senso e nunca apelar 
para a violência.
Imagem ilustra a responsabilidade no meio profissional
Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=0&Cod=1452
3.3 Ética da Empresa com os colaboradores
Da mesma forma que os colaboradores possuem “compromissos éticos” com a 
empresa que trabalham, as empresas também precisam desenvolver essa relação 
com os seus colaboradores. É compromisso da empresa:
• Garantir que as regras e regulamentos sejam iguais para todos, independentemente 
do cargo;
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=0&Cod=1452
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• Comunicar  as políticas internas de forma clara e transparente para os 
colaboradores;
• Tratar todos os funcionários com respeito e cordialidade;
• Assegurar o direito de férias e respeitar os momentos de descanso (folgas / 
finais de semana / feriados);
• Atribuir responsabilidades conforme o cargo e a experiência do colaborador;
• Pagar a remuneração e os benefícios em dia;
• Cumprir  os direitos trabalhistas previstos pela  Constituição Brasileira  e 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
3.4 O que são os códigos de Ética Profissionais?
Os códigos de ética têm como objetivo fixar a forma pela qual determinada classe 
deve conduzir o seu exercício profissional, estabelecendo deveres e valores. Em suma 
são “normas que servem como padrão de conduta “. Além disso, servem para “nortear” 
a sociedade sobre o que elas devem esperar e exigir de determinada profissão. 
Por exemplo, um advogado não pode prejudicar seu cliente, um médico não pode 
debilitar a saúde de um paciente e um jornalista deve prezar pelo relato da verdade, 
sem mentir. Vale ressaltar que um código profissional não é uma lista de verificação 
do certo ou errado, mas sim um guia para auxiliar na tomada de decisão.
Os códigos de conduta profissional oferecem benefícios para:
1. construir uma relação de confiança com a sociedade;
2. proporcionar transparência na relação entre profissional e cliente;
3. entender as práticas de determinada profissão.
Imagem do código de conduta ética da educação física
Fonte: https://www.confef.org.br/confef/conteudo/1704
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/1704
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3.5 Ética profissional: pontos para sua reflexão
Para Camargo (2014), é imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando 
não apenas as mudanças nos conhecimentos técnicos da sua área profissional, mas 
também nos aspectos legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos processos 
administrativos e jurídicos no âmbito da quebra da disciplina ética profissional nos conselhos 
profissionais, acontecem por desconhecimento da própria ética profissional e negligência 
com os valores éticos e morais. 
Quais sejam: Competência técnica, aprimoramento constante, respeito às pessoas, 
confidencialidade, privacidade, tolerância, flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, 
correção de conduta, boas maneiras, relações interpessoais verdadeiras, responsabilidade, 
confiança e outras formam composições para um comportamento eticamente adequado. 
A função principal de um código de ética é começar pela definição dos princípios que o 
fundamentam e se articula em torno de dois eixos de normas: direitos e deveres. 
A definição de deveres deve ser tal, que por seu cumprimento, cada membro daquele 
grupo social realize o ideal de ser humano. O processo de produção de um código de ética 
deve ser por si só um exercício de ética. Caso contrário, nunca passará de um simples 
código moral defensivo de uma corporação. 
Segundo Taille (2011), a formulação de um código de ética precisa, pois, envolver 
intencionalmente todos os membros do grupo social que ele abrangerá e representará. 
Isso exige um sistema ou processo de elaboração de baixo para cima, do diverso ao 
unitário, construindo-se consensos progressivos, de tal modo que o resultado final seja 
reconhecido como representativo de todas as disposições morais e éticas do grupo. 
A elaboração de um código de ética, portanto, realiza-se como um processo ao mesmo 
tempo educativo no interior do próprio grupo. Deve resultar num produto tal, que cumpra 
ele também uma função educativa e de cidadania diante dos demais grupos sociais e 
de todos os cidadãos. 
Imagem que representa a cidadania
Fonte: https://perfilremovido1618715724352656547.jusbrasil.com.br/artigos/663182102/resumo-expandido-analise-historica-da-cidadania-e-seus-avancos
https://perfilremovido1618715724352656547.jusbrasil.com.br/artigos/663182102/resumo-expandido-analise-historica-da-cidadania-e-seus-avancos
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3.6 Quais os limites de um código de ética?
Um código de ética não tem força jurídica de lei universal, porém deveria ter força simbólica 
para tal. Embora um código de ética possa prever sanções para os descumprimentos 
de seus dispositivos, estas dependerão sempre da existência de uma legislação, que lhe 
é juridicamente superior, e por ela limitado. Por essa limitação, o código de ética é um 
instrumento frágil de regulação dos comportamentos de seus membros. 
Essa regulação só será ética quando o código de ética for uma convicção que venha 
do íntimo das pessoas. Isso aumenta a responsabilidade do processo de elaboração do 
código de ética, para que ele tenha a força da legitimidade. Quanto mais democrático 
e participativo esse processo, maiores as chances de identificação dos membros do 
grupo com seu código de ética e, em consequência, maiores as chances de sua eficácia. 
O princípio fundamental que constitui a ética é este: o outro é um sujeito de