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Natação: História e Prática

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NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA
DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Fabrício Costa de Oliveira
NATAÇÃO
Marília/SP
2022
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09 
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
06
23
42
66
98
127
146
165
181
200
217
236
255
273
290
O QUE É NATAÇÃO? 
HISTÓRIA DA NATAÇÃO
PRINCÍPIOS DA HIDRODINÂMICA PARA 
NATAÇÃO
PRINCIPAIS COMPETIÇÕES DE NATAÇÃO 
METODOLOGIAS DE TRABALHO DA NATAÇÃO
ORGANIZAÇÃO DE PROGRAMAS DE 
NATAÇÃO
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
NADO CRAWL OU LIVRE
NADO DE COSTA
NADO DE PEITO
NADO BORBOLETA
ENTRADAS E VIRADAS
BRINCADEIRAS E JOGOS NAS AULAS DE 
NATAÇÃO
SALVAMENTO AQUÁTICO E OS CUIDADOS 
DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA 
NATAÇÃO
NATAÇÃO PARA GRUPOS ESPECIAIS
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
CAPÍTULO 1
O QUE É NATAÇÃO? 
• Posição do Confef sobre a natação.
• Definições e conceitos;
• O papel do Professor de Educação Física na natação; 
• Federações e confederações de natação;
Título: Natação
Fonte:https://www.pexels.com/pt-br/foto/pessoa-nadando-na-agua-fazendo-bracadas-de-estilo-livre-87831/
ISSO ACONTECE NA PRÁTICA
O professor de Educação Física atua como incentivador e inspiração positiva.
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
Em 1994, com 12 anos de idade, tive a experiência de participar da escola de 
natação ofertada pelo município que morava. Era um projeto social que tinha como 
propósito, o incentivo e movimentação esportiva da Secretaria de Esportes Municipal. 
O professor de Educação Física Sidnei era o responsável pelas atividades aquáticas. 
Lembro do primeiro dia de aula: ele colocou todos os alunos na borada da piscina para 
uma conversa sobre a aula, falou para os alunos mais avançados onde eles deveriam 
nadar e o que deveriam fazer. Orientou os alunos intermediários a pegar o material e 
ir para o outro lado da piscina. Ficou comigo e mais três outros alunos que iniciaram 
o projeto. A primeira pergunta que ele fez foi: aquela parte da piscina é bem fundo e 
não dá pé para vocês, quem consegue se virar no fundo? Eu prontamente disse que 
conseguia, porque sabia nadar. Ele então pediu para que eu mostrasse tudo que sabia 
fazer na aula. Na fala dele, eu já sabia fazer o nado do Tarzan, mergulhar de fora da 
piscina na barrigada, mergulhar de olho aberto e soltar o ar dentro da água. Isso era 
muito bom. Na aula seguinte eu fui para a turma dos intermediários.
O relato que acabamos de apresentar aqui aconteceu na prática e marcou a minha 
vida. O professor Sidnei até hoje atua como professor de natação e eu nunca mais 
parei de nadar. Hoje com quarenta anos, ainda participo de competições em águas 
aberta e competições na minha região. 
ANOTE ISSO
Posição do Confef sobre a natação é de que somente o professor de Educação 
Física formado e registrado pode ministrar e desenvolver programas de natação.
Rio de Janeiro, 29 de junho de 2015. 
 
Resolução CONFEF nº 280/2015
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8
 
Dispõe sobre Especialidade Profissional em
Educação Física em Desportos Aquáticos.
 
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA - CONFEF, no uso 
de suas atribuições estatutárias, conforme dispõe o inciso IX, do art. 43;
 
CONSIDERANDO a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, na especificidade 
do tratamento dispensado à Especialização como curso superior, em nível de pós-
graduação Lato Sensu, que se segue aos cursos de graduação;
 
CONSIDERANDO a Resolução CONFEF nº 255 de 18 de junho de 2013, do Conselho 
Federal de Educação Física, que define Especialidade Profissional em Educação Física;
 
CONSIDERANDO a Resolução CONFEF nº 046, de 18 de fevereiro de 2002, do 
Conselho Federal de Educação Física, que dispõe sobre a Intervenção do Profissional 
de Educação Física e respectivas competências e define seus campos de atuação 
profissional;
 
CONSIDERANDO a Resolução CNE/CES nº 7, de 31 de março de 2004, do Conselho 
Nacional de Educação, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos 
de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena;
 
CONSIDERANDO a missão do CONFEF de dotar a sociedade de parâmetros de 
aferição da qualidade do exercício profissional, bem como as exigências do campo 
de trabalho do Profissional de Educação Física, decorrentes dos avanços científicos 
e tecnológicos da área específica e de áreas correlatas;
 
CONSIDERANDO a importância da formação profissional em nível de Especialidade 
para o desempenho de funções específicas e próprias do exercício profissional, com 
segurança, competência e responsabilidade ética; 
 
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9
CONSIDERANDO que a organização do esporte nacional identifica “Desportos 
Aquáticos” como uma grande área onde está incluída a natação, os saltos ornamentais, 
o polo aquático e o nado sincronizado;
 
CONSIDERANDO a relevância do trabalho interdisciplinar em Desportos Aquáticos 
(natação, saltos ornamentais, polo aquático e nado sincronizado) e a necessidade 
das ações realizadas pelos diferentes profissionais de nível superior como condição 
para se oferecer aos praticantes destas modalidades esportivas orientações para a 
aprendizagem e o treinamento de qualidade, na iniciação e no alto rendimento;
 
CONSIDERANDO o estudo do Grupo de Trabalho sobre Especialidade Profissional 
em Educação Física do CONFEF, realizado no ano de 2006; os estudos da Comissão 
de Ensino Superior e Preparação Profissional do CONFEF, realizados nos anos de 
2010 e 2011; e reunião realizada em 2011, pelos representantes do CONFEF junto às 
Câmaras Técnicas da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde, 
do Ministério da Saúde;
 
CONSIDERANDO a Oficina Temática sobe Especialidades Profissionais, realizada no 
ano de 2011, coordenada pela Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional 
do CONFEF, com a participação dos Presidentes de Conselhos Regionais de Educação 
Física e o que foi aprovado em reunião do Plenário do Conselho Federal de Educação 
Física, realizada em 26 de março de 2011;
 
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CONFEF, em reunião ordinária de 08 
de maio de 2015;
 
RESOLVE:
 
Art. 1º - Definir os desportos aquáticos como área de Especialidade Profissional 
em Educação Física. 
 
Art. 2º - A Especialidade Profissional em Educação Física é definida como um 
ramo ou uma competência específica dentro desta profissão, que objetiva aprofundar 
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
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e/ou aprimorar conhecimentos, técnicas e habilidades, além de agregar conteúdos 
específicos da prática vivenciada em um determinado tipo de intervenção.
 
Parágrafo único - A Especialidade Profissional em desportos aquáticos para efeito de 
reconhecimento pelo Sistema CONFEF/CREFs e para atuação profissional específica, 
destina-se, exclusivamente, aosProfissionais de Educação Física que tenham concluído 
o curso de bacharelado em Educação Física.
 
Parágrafo único - A Especialidade Profissional em desportos aquáticos para efeito de 
reconhecimento pelo Sistema CONFEF/CREFs e para atuação profissional específica, 
destina-se, exclusivamente, aos Profissionais de Educação Física que tenham concluído 
o curso superior de Educação Física e estejam devidamente registrados no Sistema 
CONFEF/CREFs. (Redação dada pela Resolução CONFEF nº 342/2017)
 
Art. 3º - No contexto das políticas públicas e privadas de esporte, especificamente 
nos programas, ações e estratégias de desenvolvimento do desporto e paradesporto 
em suas diferentes dimensões, desde a iniciação esportiva até o esporte de rendimento, 
compete aos Profissionais de Educação Física: 
I - Desenvolver ações pedagógicas para a iniciação esportiva nos desportos aquáticos, 
por meio da consciência do movimento corporal, levando em consideração as diferentes 
etapas do processo de crescimento e desenvolvimento humano;
II - Desenvolver ações de treinamento nos desportos aquáticos, nas diferentes 
categorias de competição, considerando as dimensões física, técnica, tática, psicológica, 
intelectual e moral;
III - Avaliar, planejar e definir indicações e contraindicações para a realização do 
treinamento individual e em conjunto, em diferentes faixas etárias, considerando fatores 
de risco, estratégias e metodologias adequadas às necessidades do indivíduo e/ou 
equipe;
IV - Prescrever, organizar, adequar, programar, dirigir, desenvolver e ministrar 
programas de treinamento nos desportos aquáticos atuando, quando necessário, de 
forma multidisciplinar; 
V – Avaliar as técnicas competitivas a partir das regras atualizadas;
VI – Promover, organizar, adequar os desportos aquáticos no contexto da saúde e 
do bem estar da população de forma individual e coletiva;
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VI - Prestar serviços de consultoria, auditoria e assessoria na área de especialidade;
VII – Desenvolver pesquisa, investigação científica e tecnológica na área de 
especialidade.
 
Art. 4º - Cabe ao Profissional de Educação Física atuar e contribuir de forma efetiva 
para a qualidade do trabalho em equipe multiprofissional, em conformidade com o 
Código de Ética do Profissional de Educação Física e sem renúncia à autonomia 
técnico-científica.
 
Art. 5º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as 
disposições em contrário.
Jorge Steinhilber- Presidente CREF 000002-G/RJ
 
Publicado no DOU nº 132, de 14/07/2015 – Seção 1 – fls. 84
ANOTE ISSO
O professor de Educação Física é o profissional que, por sua vinculação ao Confef, 
titulação acadêmica e habilidades técnicas, está autorizado a desenvolver a prática 
da natação no Brasil.
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO 
DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA GABI JULIANE 
PETRY NATAÇÃO E BEM-ESTAR SUBJETIVO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
CURITIBA 2018. Disponível em: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/7887/1/
CT_COEFI_2018_1_06.pdf
O contato do homem com o meio líquido é antigo, remota à própria história da 
humanidade. Não se sabe como houve o surgimento da natação, se por necessidade 
na busca por alimentos ou abrigo, ou pelo prazer. Existem várias maneiras de se 
deslocar na água, mas na natação clássica são quatro os principais estilos de nados 
- crawl, costas, peito e borboleta. 
O nado crawl é considerado o mais rápido e eficiente. A natação é uma atividade cíclica, 
pois envolve uma sequência fechada de movimentos, que se repetem sucessivamente. 
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/7887/1/CT_COEFI_2018_1_06.pdf
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/7887/1/CT_COEFI_2018_1_06.pdf
NATAÇÃO
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Ela é uma importante ferramenta para iniciar o aprendizado e o aperfeiçoamento 
das capacidades motoras mais utilizadas no cotidiano como: a resistência, a força, a 
flexibilidade, a agilidade e a velocidade. 
O meio aquático é visto como uma forma de ligação do desenvolvimento de suas 
potencialidades e descoberta de suas limitações, a aprendizagem da natação exige 
equilíbrio corpóreo e psíquico, pois são recrutados vários grupamentos musculares de 
forma dinâmica. Na natação há um estímulo à socialização, sendo possível através 
dela proporcionar a conquista de autoconfiança e novas experimentações no campo 
sensorial, onde a mudança em função da gravidade no meio líquido traz uma alteração 
de espaço o que gera uma adaptação e posteriormente uma reorganização. 
A estimulação tátil oferecida pelo contato da água com a pele contribui no aumento 
dos efeitos produzidos por técnicas corporais e de respiração sobre a mente e as 
emoções dos praticantes. Ainda a água facilita a locomoção da pessoa sem grande 
esforço, reduzindo o estresse das articulações que sustentam o peso do corpo, 
ajudando no equilíbrio estático e dinâmico. A água reduz o impacto e a velocidade 
dos movimentos, diminuindo o risco de qualquer tipo de lesão.
Sendo assim, são inúmeros os benefícios da natação, é um dos esportes mais 
completos e recomendados pelos médicos, e que possui menos restrições. Seus 
benefícios vão desde a regulação térmica acionado pelas constantes mudanças de 
temperatura da água, fazendo com que o organismo cria resistência às mudanças 
bruscas de temperatura externas, o aumento do metabolismo devido ao esforço do 
exercício juntamente com a pressão e resistência da água, promovendo o fortalecimento 
da musculatura cardíaca e consequentemente melhoria do sistema circulatório, 
aumentando a capacidade de transporte de oxigênio. 
Também são vistas melhorias no aparelho respiratório, aparelho locomotor e diversos 
benefícios fisiológicos e cognitivos. 
Quanto aos benefícios psicossociais, se iniciam com a liberdade de movimentação 
na água. Fazendo com que haja experimentação de seus potenciais conhecendo 
a si próprio. Começando assim o encanto da natação, aumentando a autoestima, 
autoconfiança, autoimagem e independência. Portanto fica evidente a associação da 
natação com a qualidade de vida, seus benefícios com índices baixos de lesão fazem 
com que a natação seja um esporte praticado por todas as idades, indicado desde 
aos recém-nascidos até aos idosos
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
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ISSO ACONTECE NA PRÁTICA
O Professor de Educação Física bacharel e licenciado tem papel fundamental na 
iniciação e esportivização da natação.
Esporte V: natação [recurso eletrônico] / Leonardo Ristow ... [et al.] ; revisão técnica: 
Marcelo Guimarães Silva. – Porto Alegre : SAGAH, 2021.
Dispon íve l em: h t tps : // in tegrada .minhab ib l io teca .com.br/ reader/
books/9786556902845/pageid/1
A natação é um esporte que demanda as habilidades de permanecer e de se locomover 
dentro d’água. Assim, o ensino da natação é caracterizado pela sistematização de 
sequências pedagógicas de ensino compostas por subdivisões e conteúdo para a 
preparação dos indivíduos no meio aquático, que não é o nosso de origem. 
A modalidade pode ser subdividida em natação elementar utilitária, esportiva formal 
e esportiva competitiva, todas interligadas por objetivos do praticante. Ainda, o processo 
de aprendizagem desse esporte precisa ter viés de segurança para praticantes e 
apreciadores, devido aos riscos que pode ocorrer se o indivíduo não estiver devidamente 
preparado para permanecer e se locomover no meio aquático. Para isso, metodologias 
e habilidades são empregadas para o ensino da natação, independentemente da faixa 
etária do aluno. Neste capítulo, vamos explicar os âmbitos que podem ser utilizados 
na prática da natação, bem como fornecer diversas informações sobre o processo de 
ensino e aprendizagem da modalidade e sobre a importância da natação elementar 
utilitária na organizaçãofuncional desse esporte A aplicação da natação em seus 
diversos âmbitos 
A natação é um exercício em que habilidades relativas a movimentos aquáticos são 
utilizadas para transladar na água. É considerado um dos esportes mais completos 
em relação aos movimentos corporais, apresentando inúmeros benefícios tanto para 
o corpo quanto para a mente. Essa modalidade esportiva surgiu da observação do 
homem ao deslocamento animal em meio aquático: o ser humano percebeu que 
cada animal possuía técnicas únicas de locomoção, então se deu conta de que, para 
locomover-se naquele meio, precisava criar técnicas que sustentam essa locomoção. 
Com o passar dos séculos, a atividade deixou de ser somente uma forma de 
deslocamento e se tornou um esporte. Os benefícios da natação incluem, por exemplo, 
a melhora no desenvolvimento cognitivo (capacidades motora, cognitiva e afetiva) em 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786556902845/pageid/1
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786556902845/pageid/1
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
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crianças. Além disso, por meio da prática desse esporte, pessoas de todas as faixas 
etárias desenvolvem habilidades importantes para a segurança e o desempenho motor 
diário (lateralidade, visual, noção espacial e temporal, ritmo), além de melhoras nos 
sistemas cardiorrespiratório e muscular, na coordenação, na força, na velocidade e 
no equilíbrio. 
Para que essas habilidades sejam desenvolvidas, o ensino da natação acontece 
de maneira global, analítica e sintética, com objetivos de aprendizagem da técnica 
dos quatro estilos de nado. Nesse sentido, a prática da modalidade deve ser aliada a 
habilidades, respeitando as características individuais de cada nado e, por consequência, 
contribuindo para a formação geral da competência para o esporte. Somado a isso, 
quando um indivíduo entra no ambiente aquático, envolve-se com forças do meio 
(como a propulsão, impulso para vencer o arrasto da água); portanto, para nadar de 
forma independente e em segurança, é necessário estar ambientado com o meio e 
ter, com ele, uma relação confiante e saudável. 
Para ter bom desempenho na natação, é necessário treinamento constante, 
com base na sistematização dos movimentos específicos do esporte, bem como 
no aperfeiçoamento de variáveis de interesse aos diferentes nados desenvolvidas 
sequências pedagógicas, que possibilitam o ensino de maneira progressiva. Dessa 
forma, uma das melhores formas para aderir ao esporte e alcançar melhor desempenho 
são as aulas de natação supervisionadas. As escolas de natação disponibilizam turmas 
para crianças e para adultos, com variados níveis de prática e objetivos, aprendizagem, 
saúde e desempenho. 
Ainda, com o decorrer do tempo, as aulas passaram a englobar o processo de ensino 
e aprendizagem dos quatro nados (crawl, costas, peito e borboleta), começando por 
um período de adaptação ao meio aquático, com posteriores sequências pedagógicas 
do “aprender a fazer” os nados convencionais, deixando de lado todas as demais 
experiências corporais aquáticas para além do conteúdo esportivo. Porém, muito além 
de dominar os movimentos da natação, é importante que os nadadores se adaptem 
ao meio aquático, visando criar estratégias autônomas e seguras para utilizar em 
diferentes situações. Com tantas variáveis em jogo, é fundamental que os professores/
treinadores estejam bem informados a respeito dos métodos e dos processos de ensino 
e aprendizagem que concernem a esse esporte. A natação apresenta uma organização 
estrutural-funcional, subdividida em três níveis diferentes: a natação elementar utilitária, 
a natação esportiva formal e a natação esportiva competitiva.
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 15
Assim, a estrutura de ensino e aprendizagem desse esporte pode ser visualizada 
como uma pirâmide: há a necessidade de uma base forte (elementar utilitária), com 
o envolvimento de todos os processos iniciais da modalidade (movimentos básicos, 
adaptações, segurança, formas de auto salvamento e de salvamento de demais, etc.), 
seguida pela progressão para a prática formal competitiva do esporte e, se for o desejo 
do indivíduo, pela evolução à prática competitiva.
A natação esportiva (formal ou competitiva) se baseia em esquemas de movimentos-
padrão (característicos dos nados) e em demais técnicas comuns ao esporte, como 
saídas e viradas, para que se possa participar de competições. É importante salientar 
que, para a segurança de todos, com-petir deve ser um ato restrito a quem tem 
consciência do que uma competição implica, das consequências da derrota ou da 
vitória, bem como a quem possui o domínio de habilidades básicas da natação, de 
forma que possa permanecer em segurança mesmo em situações de pressão.
Habilidades aquáticas básicas De modo geral, o processo de ensino e aprendizagem 
da natação deve permitir que o aluno se movimente de todas as formas possíveis 
dentro d’água, para que conheça os próprios limites e possibilidades, e, assim, sinta 
prazer em nadar. Objetivos específicos relativos a habilidades aquáticas básicas, porém, 
devem ser trabalhos para que o aluno se sinta à vontade e seguro no meio aquático, 
como respiração, flutuação, controle corporal/equilíbrio, propulsão e relaxamento. Ao 
dominar minimamente essas habilidades, os nados elementares podem ser explorados 
e estendidos para a natação elementar utilitária. 
O papel da natação elementar de maneira utilitária. Para sobreviver em meio aquático, 
não é necessário dominar todas as habilidades de todos os nados (crawl, costas, peito 
e borboleta), mas é necessário dominar as habilidades apresentadas na seção anterior 
e alguns nados elementares e alternativos. Assim surgiu a natação elementar utilitária, 
que é a utilização de estilos alternativos da natação para a autossobrevivência e o auto 
salvamento, bem como para o salvamento de demais indivíduos de afogamentos. Os 
estilos de nados elementares utilitários mais conhecidos são os seguintes.
ANOTE ISSO
O papel da natação elementar de maneira utilitária está na prática esportiva e 
também na segurança e salvamento.
NATAÇÃO
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 16
Federações e confederações de natação
A Federação Internacional de Natação (FINA) é o organismo máximo responsável 
pelos desportos aquáticos, como a natação em todo o mundo.
A Federação Internacional de Natação (FINA) é reconhecida pelo Comité Olímpico 
Internacional como o principal organismo dos desportos aquáticos, a saber: Natação 
Pura, Saltos para a Água, Natação Sincronizada, Pólo Aquático, Natação em águas 
abertas. A sede da FINA está localizada na cidade suíça de Lausana.
ORIGEM E OBJECTIVOS DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DA NATAÇÃO (FINA)
A Federação Internacional da Natação (FINA) nasceu durante os Jogos Olímpicos de 
Londres, em 1908, pela mão de 8 federações nacionais: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, 
Finlândia, França, Grã-Bretanha, Hungria e Suécia. Os objetivos desta associação 
traduziam-se em estabelecer regras unificadas para as várias disciplinas, confirmar 
recordes mundiais estabelecendo uma lista actualizada dos recordes e a gestão das 
competições olímpicas nos Jogos Olímpicos. Actualmente, os principais objetivos 
são os seguintes:
• Promoção e Divulgação de todas as disciplinas de natação em todo o mundo, 
assim como a participação de todas as raças, idades e géneros
• Promoção de um desporto livre de drogas
• Adopção de regras unitárias para as várias disciplinas
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/natacao/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/natacao/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/saltos-para-a-agua/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/natacao-sincronizada/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/natacao/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/regras-da-natacao/
NATAÇÃO
PROF. FABRÍCIO COSTA DE OLIVEIRA
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA| 17
• Promoção e organização de várias competições como os Campeonatos do 
Mundo
• Promoção do crescimentos de infra-estruturas destinadas aos Desportos 
Aquáticos
• ACTIVIDADE DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DA NATAÇÃO (FINA)
• Levar a uma consciência global da importância do exercício físico através do 
quão atrativo são os desportos aquáticos.
• Desenvolver regras harmoniosas para as várias disciplinas de forma a levar a 
um melhor entendimento em todo o mundo.
• Garantir a aplicação dos princípios de fair-play e do anti-doping
• Reforçar a cooperação entre as várias federações nacionais membros da FINA
• Motivar as autoridades nacionais a integrar a natação na política desportiva
• Organizar competições internacionais para promover os desportos aquáticos
• Assegurar um calendários alargado de provas com enfoque nas provas 
organizadas pela FINA
• Promover uma maior visibilidade aos Campeonatos Mundiais de Masters, sendo 
organizados ao mesmo tempo dos Campeonatos Mundiais
• Usar as actuais ferramentas tecnológicas para motivar uma vida activa das 
pessoas
• Aumentar a consciência global acerca da sustentabilidade ambiental
ADMINISTRAÇÃO DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DA NATAÇÃO (FINA)
A Administração da Federação Internacional da Natação (FINA) é composto pelo 
Presidente, Tesoureiro Honorário, 5 Vice-Presidentes (1 de cada continente) e 18 
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/regras-da-natacao/
https://knoow.net/desporto/futebol/doping/
https://knoow.net/desporto/despaquaticos/natacao/
NATAÇÃO
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18
membros adicionais. Dos 25 membros com poder de voto, 17 são eleitos no Congresso 
Geral. de acordo com as eleições em cada organização continental e respeitando uma 
divisão geográfica: 4 de África, 4 da América, 4 da Ásia, 4 da Ásia e 1 da Oceânia. 
Outros 8 elementos são eleitos, com um máximo de 1 de África, 2 da Ásia, 2 da 
América, 2 da Europa e 1 da Oceânia. Desses 17 membros, são eleitos o Presidente, 
os 5 Vice-presidentes e o Tesoureiro Honorário. Os direitos e deveres da Administração 
da Federação Internacional da Natação (FINA) são os seguintes:
• Discussão e tomada de decisão de matérias atribuídas à Administração pelos 
Congressos
• Interpretação e Imposição das regras da FINA
• Intervenção em qualquer matéria relacionada com a FINA
• Submissão de propostas ao Congresso Geral
• Decisão e Publicação de Estatutos Administrativos
• Decisão e Publicação de Regulamentos para as competições da FINA
• Decisão sobre os Prémios FINA
• Tomada de decisões em caso de emergência
• Aprovação do título de árbitro, juiz ou juiz de linha internacional
• Estabelecimento de regras para as reuniões do Congresso Geral, Congresso 
Técnico, Administração, Comités para não entrar em conflito com a constituição 
da FINA
• Escolha dos locais e datas das competições da FINA e o controlo de todas as 
competições que envolvam desportos aquáticos em Jogos Olímpicos e nas 
várias competições
• Nomeação, Instrução e Controlo dos vários Comités da FINA
• Nomeação de Delegados para as principais competições internacionais
• Nomeação do Director Executivo da FINA, sob proposta do Presidente.
• Definição da missão, visão estratégica, políticas e valores, em particular, no que 
respeita à organização e desenvolvimento dos desportos aquáticos por todo o 
Mundo
• Supervisão da gestão efectuada pelo Director Executivo pela FINA
• Aprovação do orçamento e das auditorias financeiras
• Nomeação dos Presidentes, Vice-Presidentes e membros das várias comissões 
com excepção daquelas que são eleitas pelo Congresso
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• Proposta de eleições dos Presidentes e Membros do Painel de Ética e do Comité 
de AuditoriA
PRESIDENTES DA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DA NATAÇÃO (FINA)
1908/1924 – George Hearn
1924/1928 – Erik Bergvall
1928/1932 – Émile-Georges Drigny
1932/1936 – Walther Binner
1936/1948 – Harold Fern
1948/1952 – Rene de Raeve
1952/1956 – M.L. Negri
1956/1960 – Jan de Vries
1960/1964 – Max Ritter
1964/1968 – William Berge Phillips
1968/1972 – Javier Ostos Mora
1972/1976 – Harold Henning
1976/1980 – Javier Ostos Mora
1980/1984 – Ante Lambasa
1984/1988 – Robert Helmick
1988/2009 – Mustapha Larfaoui
Desde 2009 – Julio Maglione
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CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS
Fundada como Confederação Brasileira de Natação (CBN), em 21 de outubro de 1977, 
a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos completou 40 anos de fundação, 
em 2017. Atualmente, o presidente da CBDA é o pernambucano Luiz Fernando Coelho 
de Oliveira.
A nomenclatura foi mudada em 1988 para adequação, já que a CBDA administra 
cinco modalidades: natação, águas abertas, pólo aquático, saltos ornamentais e nado 
artístico. 
ANOTE ISSO
A CBDA, atualmente, tem todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, 
como federações filiadas.
FILIADA À FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO
FILIADA AO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO
CNPJ 29.980.273/0001-21
ENDEREÇO: Avenida Presidente Vargas, 463, 7° andar, Centro – Rio de Janeiro/
RJ – Cep: 20071-908
Os telefones da entidade estão temporariamente desconectados. Para solicitar 
informações, favor utilizar o e-mail principal da entidade, cbda@cbda.org.br
A história da Federação Aquática Paulista
Federação Aquática Paulista – FAP – desde 1996 a sucessora legal da Federação Paulista de Natação (FPN), é a entidade esportiva responsável no Estado 
de São Paulo pela normatização de cinco esportes olímpicos: Natação, Nado Sincronizado, Pólo Aquático, Saltos Ornamentais e Maratonas Aquáticas.
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A FAP é filiada à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, a quem cabe a 
regulamentação nacional desses esportes. Isso significa dizer que a FAP é a entidade 
com poderes constituídos para realizar os eventos em que são apontados os campeões 
estaduais dessas modalidades e para convocar seleções paulistas.
Marcos Firmino (presidente da FARJ), Miguel Cagnoni (presidente da FAP), Julio 
Maglione (atual presidente da FINA) e Carlos Silva (presidente da ABMN)
De fevereiro de 1994 a janeiro de 2017 Miguel Carlos Cagnoni foi presidente da 
entidade. Foram cinco mandatos de Cagnoni à frente desta entidade. Em 2012, 
acompanhando a chapa de sua última reeleição, Marcelo Luis Biazoli entrou como 
vice-presidente.
Marcelo Luis Biazoli e Erik Seegerer, atuais presidente e vice-presidente da FAP
Em 2016, Biazoli foi eleito presidente por aclamação, ao lado do vice-presidente 
Erik Seegerer, e cumprirá mandato no período de 2017 a 2020.
A história da entidade inicia-se em 26 de Novembro de 1932, ano de constituição da 
Federação Paulista de Natação, que teve como fundadores os clubes: Associação Atlética 
São Paulo, Associação Desportiva Floresta (atual Clube Espéria), Clube de Regatas Tietê, 
Clube de Regatas Saldanha da Gama,Clube de Regatas Tumiaru, Esporte Clube Pinheiros, 
São Paulo Futebol Clube, Tênis Clube Paulista e Sport Club Corinthians Paulista.
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O crescimento da FAP é notável e o dinamismo de seus dirigentes ao longo de várias 
décadas contribuiu no reconhecimento nacional da entidade. Um dos presidentes 
da Federação Paulista de Natação foi João Havelange, o dirigente esportivo mais 
conhecido do planeta.
Atualmente estão filiados e vinculados à FAP seis mil atletas de 160 entidades. A 
fim de descentralizar suas atividades, a FAP conta com delegacias regionais na capital 
e no interior, a quem cabe a organização de eventos em importantes polos do Estado 
de São Paulo. A cada temporada, esses atletas participam de dezenas de eventos e 
conta com infra-estrutura e qualidade de seus árbitros.
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CAPÍTULO 2
HISTÓRIA DA NATAÇÃO
• Primeirosrelatos;
• Origem das competições;
• Origem dos estilos;
• História da natação no Brasil., 
Primeiros relatos
ISSO ACONTECE NA PRÁTICA
A natação fez e faz parte de grandes cenas da história do cinema.
O herói olímpico da natação que virou Tarzan no cinema. Disponível em: https://
www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/258414-johnny-weissmuller/
Johnny Weissmuller, nascido no antigo Império Austro-Húngaro, ganhou seis 
medalhas olímpicas, quebrou 67 recordes mundiais e ainda fez 12 filmes como o “rei 
das selvas”. 3 de agosto de 2020
Johnny Weissmuller ganhou cinco medalhas, quatro de ouro e uma de bronze, em duas Olimpíadas (COI)
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Johnny Weissmuller nasceu em 1904 em Timsoara, que hoje faz parte da Romênia, mas 
na época pertencia ao Império Austro-Húngaro. Quando tinha sete meses, imigrou com 
sua família, que era de origem alemã para os Estados Unidos. Começou a trabalhar com 
12 anos, ao mesmo tempo que frequentava aulas de natação, o esporte que mudou sua 
vida. Ele foi um dos maiores nadadores de todos os tempos, quebrou 67 recordes mundiais 
e ganhou seis medalhas olímpicas. Mas o salto para o estrelato aconteceu depois que ele 
se aposentou das piscinas e se transformou em Tarzan no cinema. Foram 12 filmes em 
que interpretou o “rei das selvas” que o transformaram definitivamente em celebridade.
Com 12 anos de idade, Johnny Weissmuller deixou a escola pública para trabalhar 
e ajudar a compor a renda da família. Seu primeiro emprego foi como mensageiro de 
hotel e depois como ascensorista. Nas horas vagas, fazia aulas de natação. A vida 
do imigrante começou a mudar quando entrou para a equipe da Associação Cristã 
de Moços, mas a coisa ficou séria para valer quando ele conheceu o técnico “Big Bill” 
Bachrach, principal treinador do Illinois Athletic Club de Chicago, em 1920.
JOGOS OLÍMPICOS
Sob as ordens do treinador, Johnny Weissmuller se preparou para o primeiro grande 
desafio da carreira: os Jogos Olímpicos de Paris-1924. Na capital francesa, o nadador 
americano ganhou três medalhas de ouro ao vencer os 100 m livre, os 400 m livre 
e o revezamento 4 x 200 m livre. Além disso, fez parte do time dos Estados. Quatro 
anos depois, Johnny Weissmuller ganhou mais dois ouros em Amsterdã-1928 ao 
conquistar o bicampeonato dos 100 m livre e do revezamento 4 x 200 m livre. Mais 
uma vez defendeu a seleção americana de polo aquático, que, no entanto, não chegou 
ao pódio ao terminar na quinta colocação na Olimpíada holandesa.
Johnny Weissmuller interpretou Tarzan em 12 filmes (RKO)
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Em 1929, com 25 anos, Johnny Weissmuller deixou a natação competitiva. Apesar 
de ter abandonado precocemente o esporte, o atleta foi, durante 40 anos o maior 
medalhista da história da natação olímpica. Sua marca de cinco medalhas de ouro 
e uma de bronze só foi batida por Don Schollander, que ganhou quatro ouros em 
Tóquio-1964 e mais três na Cidade do México-1968.
ANOTE ISSO
A natação é uma modalidade esportiva com regras e competições organizadas 
pelas Federações, Confederações e Ligas Esportivas de Natação. 
LEITURA COMPLEMENTAR
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)
Site: www.cbda.org.br
E-mail: tesouraria@cbda.org.br
Federação Internacional de Natação (FINA): www.fina.org
disponível em: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/
modalidades/natacao
História
Apesar de não ser um exercício tão natural para o ser humano como caminhar 
ou correr, a natação existe há milênios. Praticada na Grécia Antiga e pelos romanos, 
entre outros povos, a natação, embora popular, demorou muito para se transformar 
em uma competição organizada, tendo seus estilos se desenvolvido de diferentes 
formas ao longo da história.
Um dos primeiros registros data de 1696, quando o francês M. Thevenal descreveu 
uma maneira singular de nadar, semelhante ao nado de peito praticado atualmente, 
que consistia em movimentos de pernas e braços parecidos com os de uma rã. O nado 
de costas teve sua primeira forma criada em 1794, pelo italiano Bernardi. Ele sugeriu 
um movimento com os dois braços sendo jogados para trás simultaneamente, que, 
a partir de 1912, foi aperfeiçoado, tornando-se bem parecido com o nado de costas 
praticado atualmente.
Em 1873, o inglês John Trudgen desenvolveu uma nova técnica, que consistia em 
rotações laterais do corpo, tendo a movimentação dos dois braços sobre a água como 
http://www.cbda.org.br/
http://www.fina.org/
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principal fonte de deslocamento. Essa técnica, batizada de Trudgen ou “over-arm-stroke”, 
foi aperfeiçoada pelo australiano Richard Cavill e, posteriormente, transformou-se no 
nado crowl (livre) que conhecemos hoje.
Finalmente, na década de 1930, nadadores norte-americanos, já durante competições, 
atentaram para o fato de que as regras do nado de peito não impediam que o movimento 
dos braços fosse realizado sobre a superfície da água, o que permitia um deslocamento 
mais rápido. Essa manobra conviveu com a técnica do nado peito por quase 20 anos 
até que, em 1948, um nadador húngaro a transformou no nado borboleta, reconhecido 
oficialmente pela Federação Internacional em 1953 como um estilo da natação.
Os primeiros torneios remontam ao século 19, tendo ocorrido na Austrália, em 1858, 
no Campeonato Mundial de 440 jardas. Em 1869, a Inglaterra realizou o 1º Campeonato 
Nacional e, finalmente, em 1877, os Estados Unidos adotaram a forma de competições 
organizadas, inicialmente, pelo New York Athletic Club. Aos poucos, a modalidade 
ganhou força e, em 1908, durante as Olimpíadas de Londres, foi fundada a Federação 
Internacional de Natação (Fina), que comanda não só as provas da modalidade, mas 
as de nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais.
No Brasil, o esporte surgiu, oficialmente, em 31 de julho de 1897, com a fundação 
da União de Regatas Fluminense. Um ano depois, o Clube de Natação e Regatas 
organizou o primeiro Campeonato Brasileiro, que consistia em uma distância de 1.500 
metros, entre a Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, no Rio de Janeiro.
 
Curiosidades
Piscinas? Só em na década de 1930
Se a prática da natação é milenar, o hábito de competir em piscinas é recente. 
As piscinas exclusivas para competições de natação só passaram a ser utilizadas 
entre os anos de 1930 e 1940. Coube à Federação Internacional de Natação (Fina) 
determinar as medidas oficiais das piscinas de competição. Atualmente, as provas 
são disputadas em piscinas longas (de 50 metros), utilizadas nas Olimpíadas, ou 
curtas (de 25 metros).
ANOTE ISSO
A habilidade de nadar surge como um instinto de sobrevivência na natureza. E foi a 
partir do ato de nadar, que surgiu a natação.
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Origem das competições
No texto de Leonardo Ristow sobre o tema da natação, publicado em 2021, podemos 
perceber a trajetória da natação. Segundo o autor, desde os primórdios, o ser humano, 
um ser terrestre, lutou nesse meio para sobreviver e, mais tarde, prosperar. Em alguns 
momentos, porém, adaptações a diferentes meios foram necessárias para garantir 
a subsistência e o progresso da humanidade. É o caso do meio aquático, ao qual o 
ser humano teve de se adaptar visando à busca de alimento e que, posteriormente, 
serviu de caminho para a expansão comercial, sobretudo no período das Grandes 
Navegações. 
Assim, com o passar do tempo e o aumento da necessidade de locomoção por 
meio aquático, a criação e a especialização de técnicas que garantissem uma travessia 
eficiente e segura foram necessárias, demanda que culminou com o surgimento da 
natação e, milênios depois, com sua transformação em esporte e em competição 
organizada. O termo natação consiste, assim, no ato de movimentar o corpo na água 
em propulsão, combinandomovimento de braços e de pernas com flutuação e equilíbrio. 
Trata-se, portanto, de uma atividade física que se baseia na capacidade de o indivíduo 
se locomover no meio aquático. É considerada uma das atividades físicas mais antigas 
da civilização, sendo registrada há milênios, como veremos a seguir.
Embora a água seja um recurso essencial para a existência humana, o meio aquático 
não é nosso meio natural, de forma que muitas pessoas acabam entrando em pânico 
quando se encontram totalmente imersas. Instintivamente, a maioria das pessoas 
não treinadas começam a bater os braços e as pernas de forma descoordenada 
dentro d’água, na busca desesperada por continuar respirando. Dessa forma, vê-se 
que movimentos de braços e de pernas constituem um importante método para se 
manter vivo nesse meio não natural, sustentando a aprendizagem adaptativa do homem 
em água.
Com a evolução e a especialização dessa aprendizagem, a natação acabou por se 
um esporte importantíssimo para a sobrevivência do ser humano no meio aquático e, 
mais tarde, um esporte formal e competitivo. Vemos, portanto, que o surgimento da 
natação está enraizado na necessidade humana de sobreviver no meio aquático. É 
notável, assim, a relação da natação com a evolução do homem, visto que o domínio 
da locomoção em água se tornou uma ferramenta extremamente importante para 
NATAÇÃO
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a sobrevivência da espécie, fosse para a busca de alimentos ou para sobreviver a 
algum perigo iminente. 
Ainda, por poder adaptativo ao meio, o homem deu origem a habitações lacustres. É 
impossível, porém, estabelecer uma data precisa do surgimento do ato de nadar. O que 
se sabe é que houve circunstâncias voluntárias, como encurtar caminhos e pescar. E 
involuntárias, fugir de animais, salvar-se em emergências, que levaram o ser humano 
a se aventurar no meio aquático. Portanto, inspirado no movimento de alguns animais 
aquáticos, mas utilizando movimentos possíveis de serem realizados conforme as 
limitações do corpo humano, o homem ganhou as águas. À medida que o homem 
deixou de ser nômade e iniciou agrupamentos permanentes, a natação seguiu sua 
evolução histórica, passando de somente uma maneira de sobrevivência para atuar 
em benefício de atividades como navegações e guerras, tanto navais quanto terrestres, 
auxiliando combatentes em travessias aquáticas. Assim, o deslocamento em meio 
aquático seguiu sua evolução tanto para ataques quanto para defesas aquáticos, com 
retiradas de feridos nas águas.
Origem dos estilos
Leonardo Ristow no livro Natação, publicado em 2021, coloca que o primeiro manual 
de que se tem registro data de 1538 e foi escrito pelo suíço Nikolaus Wynmann: O 
nadador ou um diálogo acerca da arte de nadar (escrito em latim e logo traduzido para 
o alemão sob o título Der Schwimmer oder ein Zwiegespräch über die Schwimmkunst). 
Já na época, Nikolaus afirmava que homem precisa de um mestre para aprender a 
nadar, primeiro em terra, por meio de movi-mentos simulados, depois na água. Porém, 
nessa época, ainda não se falava em tipos de nados ou em regras. Os quatro nados 
conhecidos atualmente foram criados em tempos diferentes e por pessoas diferentes. 
O primeiro criado foi o nado peito, desenvolvido pelo francês M. Theneval, no ano 
de 1696, com movimentos semelhantes aos utilizados atualmente. Em seguida, em 
1794, o italiano Bernardi criou o nado costas, que, diferentemente de hoje, utilizava 
giros simultâneos dos braços para trás. Após 79 anos, o inglês John Trudgen criou o 
nado livre, ou crawl, aprimorado anos depois pelo australiano Richard Cavill. O último 
nado criado foi o borboleta, em 1933, advindo do nado peito, por Henry Myers, embora 
haja controvérsias sobre essa autoria.
NATAÇÃO
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História da natação no Brasil
Em nosso país, Leonardo Ristow (2021), podemos perceber a trajetória da natação. 
Segundo o autor,a primeira tentativa de fundação de uma entidade que representasse 
esportes náuticos ocorreu em 1895, quando os clubes Botafogo, Luiz Caldas, Gragoatá, 
Icahary e Union de Canotiers fundaram, sem sucesso, a União de Regatas Fluminense. 
Assim, a modalidade natação iniciou, de maneira oficial, em 31 de julho de 1897, quando 
uma nova formação de clubes se organizou para formalizar sua prática no País, fundando, 
com sucesso, a União de Regatas Fluminense na cidade do Rio de Janeiro.
Muito antes disso, porém, a primeira competição oficial do País, foi a travessia da 
Baía de Guanabara, disputada, em 1881, entre o comerciante brasileiro Joaquim Antonio 
Souza e o relojoeiro alemão Theodor John. O percurso estipulado foi da ponta da Armação 
(Niterói) até o morro da Viúva, na região de Botafogo.
Os nadadores levaram em torno de 2 horas e 30 minutos para percorrer as quase seis 
milhas. Quatro anos após o início das disputas, foi construída, em Porto Alegre (RS), a 
primeira piscina brasileira, chamada de “Badeanstalt”, pela Sociedade Ginástica Deutscher 
Turnverein (Sogipa). O local era ponto de partida e de chegada das primeiras competições 
de natação do Rio Grande do Sul, além de ser utilizado para aulas do esporte. Porém, para 
usufruir o Badeanstalt era necessário seguir regras rígidas, com subdivisões de horários 
em decorrência da capacidade de nado de cada indivíduo.
Título: Hieróglifos
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/simbolos-egipcios-3199399/
NATAÇÃO
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ANOTE ISSO
Os primeiros registros históricos da natação estão registrados nas paredes e 
templos das antigas civilizações.
Veja o artigo A EVOLUÇÃO DA NATAÇÃO de José M. Saavedra, Yolanda Escalante 
Ferran A. e Rodríguez que trata da origem e evolução histórica da natação. Os autores 
realizam uma revisão sobre a percepção que tinham os seres humanos da água e sua 
importância na vida cotidiana. Posteriormente analisam os fatos mais recentemente 
ocorridos, tanto na natação internacional como nacional, através dos Jogos Olímpicos, 
Campeonatos do Mundo, Europa e Espanha. 
Finalizam com uma visão da evolução dos estilos de competição desde seus inícios 
e até a atualidade. Você também poderá ler o texto na íntegra no link http://www.
efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ano 9 - N° 66 - Novembro de 2003. 
Os primeiros registos históricos que fazem referência à natação aparecem em 
Egito, no ano 5.000 a.C., nas pinturas da Rocha de Gilf Kebir. Mas até o esplendor de 
Grécia, a natação não vai desprender dessa mera função de sobrevivência; é então 
quando a natação passa a ser uma parte mais da educação dos gregos. Quanto à 
natação desportiva nos Jogos Olímpicos antigos, não existe constância de sua prática; 
verdade é que as competições de natação são algo pouco freqüente , mas a natação 
sim tem uma grande importância no treinamento militar e como medida recuperadora 
para os atletas. 
Ao igual que em Grécia, em Roma a natação faz parte da educação dos romanos, 
existindo uma visão mais recreativa da água, exemplo disto é que dentro de suas termas, 
existiam piscinas a mais de 70 metros de longitude. Durante a Idade Média o interesse 
pela natação decresce em grande parte, devido sobretudo, ao pouco atendimento 
que se mostra a tudo o relacionado com o corpo humano. Só nos países do norte de 
Europa se vê como uma atividade benéfica. 
No Renascimento, a prática da natação volta a ressurgir do período de obscurantismo 
ao que esteve submetida durante a Idade Média, e se a considera como uma matéria 
idônea dentro das atividades físicas. Como fruto desta concepção, surgem os primeiros 
escritos referentes à natação, como é o livro do alemão titulado “Colymbetes, Sive de 
arti natandis dialogus et festivus et iucundus lectu” , cuja tradução livre é: “O nadador 
ou a arte de nadar, um diálogo festivo e divertido de ler”. 
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Estelivro, escrito em latim, é considerado o primeiro documento integralmente 
dedicado à natação. A primeira referência em espanhol, não aparece até o ano 1848, 
obra anônima que consiste numa recopilação de artigos do livro do autor francês 
THEVENOT publicado em 1696. É no século XIX, em Inglaterra, a natação atinge 
seu maior apogeu. No ano 1828 se constrói em Londres a primeira piscina coberta, 
e no ano 1837 se leva a cabo a primeira competição organizada. Ao aparecer as 
primeiras competições, surge a necessidade de regrá-las; com esse objetivo nasce em 
Inglaterra, no ano 1874, a primeira federação de clubes que leva por nome “Association 
Metropolitan Swimming Clube”, que redige o primeiro regulamento de natação, dando-se 
a possibilidade de estabelecer recorde do mundo. Também é durante este século, no 
ano 1875, quando o ser humano cruza a nado pela primeira vez o Canal da Mancha, 
fá-lo MATTHEW WEBB, quem estabelece um tempo de 21 h e 45 min. 
A origem e evolução dos quatro estilos de nado com os que se compete na atualidade; 
dita evolução dos estilos prove essencialmente da busca da melhora da velocidade. 
O Crawl O estilo crawl, na atualidade, pode-se definir como: deslocamento humano 
na água caracterizado por uma posição ventral do corpo e movimento alternativo e 
coordenado das extremidades superiores e inferiores, sendo o movimento das primeiras 
uma circundução completa e o das segundas um batido, com uma rotação da cabeça, 
coordenada com os membros superiores para realizar a inspiração. Uma vez que 
definimos o estilo crawl tal e como se desenvolve na atualidade, estudamos como 
se chega a ele. 
A primeira forma de nado rudimentar da qual se pode dizer que nasce o crawl, é o 
“English side stroke”, que nasce em Inglaterra em 1840, e se caracteriza por nadar sobre 
o custado com uma ação alternativa de membro superior, mas sempre subaquática, 
enquanto os membros inferiores realizam um movimento de tijera. Somente dez anos 
depois apareceu o “Single over” ou “Over singelo”, o qual consiste no nado sobre o 
custado, mas com uma recuperação aérea dos membros superiores, dito estilo é 
nadado pela primeira vez pelo australiano WALLIS.
Posteriormente aparece o “Trudgen” (sobrenome do primeiro nadador que o utiliza), 
que é “importado” a Europa por dito nadador inglês ao observar-se realizar a indígenas 
sul americanos. Dito nado tem como novidade que se nada sobre o abdômen, movendo 
alternativamente os membros superiores por fora da água, enquanto os membros 
inferiores realizam um movimento semelhante ao pontapé de peito. Em 1890 este estilo 
tem uma nova evolução levada a cabo pelos nadadores australianos, quem realizam 
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um nado “Trudgen”, mas com movimento do membro inferior de tijera, denominando-
se esta nova técnica “Double over” ou “DOBRO OVER” .
Mas não é até o ano 1893 quando o pontapé de tijera se substituído por um 
movimento alternativo do membro inferior, dando a conhecer a forma mais rudimentar 
do estilo “crawl” ou crol, adotado pela primeira vez pelo nadador HARRY WICKHAM, 
mas é em realidade o nadador CAVILL o que mais difundiu este estilo, introduzindo-o 
no ano 1903 em EE.UU. 
O crawl acaba de evoluir em 1920 nos JJ.OO. quando o príncipe hawaiano DUKE 
KAHANAMOKU, graças à realização de uma batida de seis tempos, consegue obter 
uma posição mais oblíqua que lhe permite bater todos os registos. Desde esse 
momento, o estilo crawl sofre pequenas variações: em 1928, CRABBE realiza um 
nado com respiração bilateral; em 1932, os japoneses realizam um crawl com uma 
tração descontínua para favorecer a eficácia do batido e, em 1955 JOHN WEISMÜLLER, 
realiza a tração subaquática com uma importante flexão de cotovelo na metade do 
percurso. Na atualidade, a técnica de nado não tem varia muito desde a utilizada por dito 
nadador; ainda que nos últimos anos o nadador australiano MICHAEL KLIM, em certos 
momentos da prova, realiza movimentos de crawl do membro superior coordenados 
como batido de borboleta nos membros inferiores; como ocorreu nos metros finais da 
primeira posta do relevo 4 x 100 m livres nos JJ.OO. de Sydney (Austrália) em 2000.
O Estilo Costas O estilo costas, na atualidade, pode-se definir como: deslocamento 
humano na água caracterizado por uma posição dorsal do corpo e movimento 
alternativo e coordenado das extremidades superiores e inferiores, sendo o movimento 
das primeiras uma circundução completa e o das segundas um batido; existindo um 
giro no eixo longitudinal durante o nado. 
A origem do estilo costas começa quando se nada sobre o dorso do corpo realizando 
a braçada de forma simultânea e com pontapé de braça. Em 1912, o americano 
Habner, realiza o mesmo tipo de nado, mas utilizando um movimento dos membros 
inferiores em forma de pedalado, dito estilo foi denominado Costas-crawl. No ano 
1930, os japoneses mudam o movimento do membro inferior realizando-o de forma 
que o joelho está mais estendido, parecida ao estilo crawl. Em 1933, adota-se um 
nado com o corpo mais horizontal, realizando a entrada dos membros superiores mais 
abertos evitando assim, a basculación do corpo; esta técnica se denomina “Kiefer” , 
sobrenome do primeiro nadador que a utiliza. Em 1948, o francês Vallerey, introduz a 
flexão de cotovelo ao início da fase de impulso 
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. A última variação foi a surgida em 1960, quando Tom Estoque, treinado por James 
Counsilman, nada numa posição mais horizontal, realizando um giro no eixo longitudinal 
quando entra o membro superior no água, e flexionando o cotovelo 90 graus quando 
o braço está perpendicular ao ombro, realizando passadas em forma de “s” tombada. 
Esta técnica não varia em excesso até a atualidade. 
O Estilo Peito O estilo peito, na atualidade, pode-se definir como: deslocamento humano 
no água caracterizado por uma posição ventral do corpo e movimento simultâneo, 
simétrico e coordenado das extremidades superiores e inferiores, descrevendo o 
movimento das primeiras uma trajetória circular e o das segundas um pontapé, com 
um movimento de ascensão e descenso de ombros e quadris que, coordenado com 
os membros superiores permite realizar a inspiração. O peito é o estilo mais antigo 
dos quatro existentes; em seus começos se nada com uma ação de empuxo com os 
membros superiores completamente estendidos, e existindo muita separação entre 
os membros inferiores ao realizar seu movimento, este tipo de braça se denomina 
Braça inglesa. 
Em 1924, o alemão Rademacher, introduz algumas variantes na técnica de nado 
como são: uma braçada realizada em profundidade, um deslizamento horizontal, e uma 
posição mais baixa dos joelhos, esta técnica se denomina Rademacher. Posteriormente, 
o japonês Tsuruta, realiza a mesma técnica descrita com anterioridade, mas flexionando 
os cotovelos durante a tração. 
No ano 1946 se introduzem duas novas técnicas diferentes: por um lado a Braça 
submarina, que consiste em nadar por debaixo da água, realizando três ou quatro 
braçadas que levam as mãos até a altura dos quadris; dita técnica foi proibida 
regulamentarmente em 1957. E por outro lado a Braça-borboleta, consistente em 
realizar o recobro dos membros superiores por fora da água, os estilos se separam 
provisionalmente em 1949, produzindo-se sua separação definitiva em 1953. Pouco 
depois, no ano 1961, substitui-se o pontapé de tijera por uma ação simultânea e 
simétrica, que é a que chega até nossos dias. 
A partir de 1980 convivem no tempo duas técnicas de nado diferentes, em primeiro 
lugar a chamada Braça formal, utilizada pelos nadadores americanos, que se caracteriza 
por uma posição horizontal do corpo, e por realizar a inspiração obrigado a um movimento 
de flexo-extensão do pescoço; e em segundo lugar, a chamada Braça natural, que é 
mais utilizada pelos nadadores europeus, e que se caracteriza por uma posição mais 
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oblíqua do corpo, bem como por um movimento de ascensão e descenso de ombros 
e quadril, para facilitar a realização da respiração.
Na atualidade, convivem estas duas técnicas de nado com a aparecida em 1986, 
graças à supressão da norma regulamentar que proíbe afundar a cabeça durante o nado. 
Dita variante nasce em Hungria, através do treinador Josef Nagy, a denominada Braça 
onda, que se caracteriza por realizar um movimento ondulatório do corpo semelhante 
ao que se dá na borboleta com a intenção de colocar ao nadador “em cima” da onda 
que ele mesmo produz, bem como por um recobro aéreo do MS durante o nado.
O Estilo Borboleta O estilo borboleta, na atualidade, pode-se definir como: 
deslocamento humano no água caracterizado por uma posição ventral do corpo e 
movimento simultâneo e coordenado das extremidades superiores e inferiores, sendo 
o movimento das primeiras uma circunducción completa e o das segundas um batido; 
com uma ondulação de todo o corpo que, coordenada com os membros superiores 
permite realizar a inspiração.
O borboleta nasce como variante da braça; o primeiro em utilizar esta variante foi 
o alemão Rademacher, na última braçada antes da viragem e na primeira depois do 
mesmo. No ano 1953, a braça e a borboleta se separaram de forma definitiva. Começa-
se realizando um pontapé de braça, mas é o húngaro Tempeck, o que introduz o batido 
de borboleta ou golfinho, que chega até nossos dias. 
ANOTE ISSO
A natação pode ser definida como uma atividade que realiza movimentos na água 
provocando o deslocamento do praticante.
NOTÍCIA DO ASSUNTO
Natação: origem, benefícios e modalidades do esporte
O exercício combina força e movimentos coordenados dos membros superiores e 
inferiores e possui diversos efeitos positivos
Escrito por Carol Melo, carolina.melo@svm.com.br 10:40 - 23 de Setembro de 2021. 
Atualizado às 14:59. https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ser-saude/natacao-
origem-beneficios-e-modalidades-do-esporte-1.3138632
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Legenda: Permitir o movimento de deslocamento no meio líquido sem o uso de assessórios é o principal objetivo da atividade
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Famosa por ser uma atividade física completa, a natação é um esporte em que a 
maioria dos grupos musculares do corpo humano atua em conjunto com a respiração 
e pode permitir que o praticante domine outro ambiente, o aquático, além do habitat 
terrestre. 
O exercício combina força e movimentos coordenados dos membros superiores 
e inferiores, auxiliando na recuperação de lesões, perda de peso e aumento do 
condicionamento físico, entre outros. A prática possui alguns estilos que diferem na 
forma em como o indivíduo se mexe na água, mas todas possuem o mesmo objetivo: 
permitir o movimento de deslocamento no meio líquido sem o uso de assessórios. 
O que é natação? A natação pode ser definida como uma atividade que realiza 
movimentos na água provocando o deslocamento do praticante, sem a ajuda de agentes 
externos, conforme o professor e pesquisador na área da Biomecânica da Natação 
na Universidade Federal do Ceará (UFC), Barroso Lima. 
Saber nadar vai além da aprendizagem e exercitação das técnicas desportiva da 
modalidade — seja em decúbito frontal (frente), decúbito dorsal (costa) e na vertical 
—, segundo o docente é imprescindível dominar o equilíbrio adquirido com a prática 
e a respiração adaptada, além de procurar soluções motoras inovadoras. 
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História 
Pinturas rupestres fazem referências ao uso da natação pelo ser humano há 7 mil 
anos. A atividade era utilizada pelo homem ainda durante a antiguidade, como meio 
de sobrevivência. Ele construía casas sobre a superfície aquática — as chamadas 
palafitas — para ficar seguro de predadores, ou quando era atacado por esses animais 
se atirava a água para fugir. 
A prática também integrava o treinamento de guerreiros na Grécia Antiga, que, 
ao se deslocarem para os campos de batalha, muitas vezes, precisavam atravessar 
cursos d´água e, como muitos usavam armaduras, acabavam morrendo afogados 
caso não soubessem nadar. A prática também era usada para conseguir alimento, 
através da pesca. 
Segundo o filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, Platão, “todo 
cidadão educado é aquele que sabe ler e nadar”. Os antigos egípcios consideravam a 
natação como um “requinte de educação”. 
No Japão, no ano 38 a.C., o Imperador Sugin já promovia festivais de natação. 
Mas foi na Europa, em 1800, que as primeiras provas isoladas, pequenos torneios, de 
natação moderna, como vemos hoje, começaram a acontecer. 
As competições de nado como esporte, chamada Natação Pura, iniciaram na 
Inglaterra em meados do século XIX, integrando as modalidades olímpicas desde a 
primeira edição dos Jogos em 1896 — destinada somente a homens. A participação 
feminina na modalidade só se concretizou nos Jogos Olímpicos de 1912. 
Modalidades 
A prática de competição, denominada Natação Pura Desportiva, é composta por 
quatro técnicas. O especialista listou cada uma. São elas: 
CRAWL OU LIVRE
A técnica é considerada a mais veloz entre as modalidades do esporte. Nela, os 
braços do nadador realizam uma espécie de S alongado. Durante o tempo todo, o 
nadador se mantém com a barriga para baixo.
Na prática, as ações motoras realizadas pelos membros superiores e pelos inferiores 
tendem a assegurar uma propulsão contínua. 
 
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COSTAS
No estilo, o competidor fica de barriga para cima (decúbito dorsal), enquanto os 
braços giram alternadamente como se fossem hélices. As pernas trabalham mais 
na modalidade, executando, em média, seis batimentos para um ciclo completo de 
braçadas.
A ação segmentar alternada permite a criação de uma força propulsiva quase 
contínua, assim como no crawl. 
PEITO
Na prática, que é comparada ao estilo de deslocamento usado por sapos, o competidor 
fica com a barriga para baixo e se locomove através do movimento simultâneo dos 
braços e das pernas.
Durante a braçada, o nadador faz o movimento de puxar a água em direção ao 
peito, levantando a cabeça para respirar, e, em seguida, jogar os braços para frente. Já 
as penas ficam na horizontal, com os pés virados para fora, executando movimentos 
também simultâneos de flexão dos joelhos. 
BORBOLETA
O nadador fica de barriga para baixo e movimenta simultaneamente os membros 
superiores e os inferiores. No estilo, considerado um dos mais cansativos, é preciso 
movimentar o corpo através de ondulações do quadril até os membros inferiores.
Em seguida, o competidor puxa os braços para fora da água, os jogando 
simultaneamente para frente, completando assim a braçada. Ao fazer o movimento 
com os braços, é possível que o praticante aproveite para respirar. 
Regras 
A Federação Internacional de Natação Amadora (Fina) é o órgão responsável pelas 
regras que regulam a natação desportiva no mundo. Conforme o pesquisador, cada 
uma das técnicas de nado possui normas específicas. 
As principais diretrizes do esporte são as medidas que determinam o tamanho das 
piscinas usada nas competições, que devem ter, pelo menos, 50 metros de comprimento, 
25m de largura e 3m de profundidade para serem consideradas olímpica. 
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O programa de natação olímpico define que as provas devem seguir as seguintes 
metragens e nados: 
• Livre - 50m, 100m, 200m 400m, 800m 1.500m; 
• Revezamento - 4x100m e 4x200m; 
• Costas - 50m, 100m, 200m; 
• Peito - 50m, 100m, 200m 
• Borboleta - 50m, 100m, 200m; 
• Medley - 200m e 400m; 
• Medley misto - 4x100m. 
Benefícios da natação
Para ter acesso aos benefícios da prática, o indivíduo deve nadar pelo menos três vezes por semana, com o auxílio de um profissional de Educação FísicaO exercício é considerado a atividade esportiva mais completa, segundo Barroso 
Lima, pois trabalha simultaneamente diversos grupos musculares. Por ser executada em 
meio líquido, a natação facilita a movimentação do corpo, prevenindo lesões provocadas 
pela incidência direta da ação da gravidade. 
A modalidade favorece o tratamento e a recuperação de pessoas submetidas a 
procedimentos cirúrgicos e ou possuem sequelas desses, entre outros. 
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Para ter acesso aos benefícios da prática, o especialista aconselha que o indivíduo 
nade pelo menos três vezes por semana, com o auxílio de um profissional de Educação 
Física. 
O que essa atividade faz com o corpo? A natação trabalha o corpo na totalidade, 
auxiliando o aumento do condicionamento físico, combate ao estresse, melhorando 
a memória e a respiração. O esporte contribui ainda para a manutenção da saúde do 
coração, além de atuar no fortalecimento das articulações e ligamentos, favorecendo 
o aumento da massa muscular. 
Pessoas que praticam o esporte regulamente podem perder peso, ao queimar gordura 
durante a execução do esporte. A atividade ainda atua na melhora da postura e da 
flexibilidade corporal. 
Emagrece? Sim, nadar pelo menos três vezes por semana pode contribuir para 
a perda de peso, já que a natação é uma atividade que pode consumir uma grande 
quantidade de energia do indivíduo, provocando o consumo de gordura do corpo. 
Natação para bebês 
A partir dos seis meses já é possível que o bebê tenha aulas de natação
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Bebês podem e devem fazer natação, segundo o pesquisador, que classifica a 
possibilidade de aprender a prática desde cedo como um “seguro de vida”. O recomendado 
é que a partir dos seis meses, período em que já foram aplicadas as principais vacinas, 
o bebê possa ter aulas da modalidade. Também é nessa idade que o duto do ouvido 
está desenvolvido, diminuindo o risco de infecções. 
O especialista listou os principais benefícios de se iniciar a prática nos primeiros 
meses de vida. São eles: 
• Adaptação ao meio líquido, característica fundamental para o desenvolvimento 
da criança; 
• Melhora da postura; 
• Aumento do condicionamento respiratório; 
• Aprimora as noções de espaço e tempo; 
• Contribui para o relaxamento, melhorando a qualidade do sono; 
• Estimula o apetite; 
• Melhora o desenvolvimento social e motor. 
É bom para asma? Sim, o esporte é considerado uma prática adequada para 
pacientes que sofrem da doença respiratória crônica. Conforme o especialista, a 
atividade parece induzir a bronco-constrição com menor intensidade comparada a 
outros exercícios físicas. 
Como na natação a inspiração é realizada através da boca e a expiração pelo nariz 
e boca, a modalidade possibilita que o indivíduo execute uma respiração ritmada, 
contribuindo para a melhora no condicionamento respiratório. 
Segundo Barroso Lima, semelhante ao efeito em pessoas saudáveis, um programa 
de treinamento com natação pode aprimorar a aptidão física de pacientes asmáticos. 
O esporte trabalha o corpo na totalidade, auxiliando no aumento do condicionamento físico
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A atividade física costuma não ser recomendada para indivíduos que estão com 
crises de doenças como infecções pulmonares, rinites, sinusites, faringites. Alergias 
na pele também podem piorar devido ao uso de produtos químicos existentes nas 
piscinas, assim como as otites. 
Natação paralímpica 
A natação paralímpica foi uma das modalidades participantes dos primeiros Jogos 
Paralímpicos que aconteceram em 1960, em Roma. Nas primeiras edições, somente 
os atletas com lesões medulares podiam competir. 
Atualmente, competem atletas com deficiência física, visual e intelectual, em um 
total de 14 classes. Competidores com deficiência física são divididos em 10 classes 
funcionais, os atletas com deficiência visual em três classes visuais, e há apenas uma 
classe para atletas com deficiência intelectual. 
Na natação olímpica todos os nadadores nadam em uma mesma categoria, sendo 
masculino ou feminino, desde que tenham alcançado os índices de participação 
estipulados pela FINA nos seus respectivos países. 
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CAPÍTULO 3
PRINCÍPIOS DA HIDRODINÂMICA 
PARA NATAÇÃO
Logo que me formei no curso de Educação Física na Universidade de Marília, fui 
trabalhar com natação. Isso aconteceu no ano de 2003. Na ocasião, tive a oportunidade 
de ensinar, mas também aprender muitas coisas. A situação que vou relatar é do senhor 
Teixeira. Um senhor de aproximadamente 60 anos de idade que veio até a academia 
para aprender a nadar. Como características físicas, era negro, com aproximadamente 
1,85 a 1,90 metros de altura e pesava por volta de 100 kg. Esse era o senhor Teixeira, um 
apaixonado pela água que não sabia nadar. Como primeiro fundamento metodológico 
da natação eu deveria iniciar com a adaptação ao meio líquido, desenvolvendo todas 
as habilidades necessárias para que posteriormente, desenvolver os quatro estilos da 
natação. Pois bem, sem a ajuda de materiais (espaguete e pranchas de EVA) ele não 
flutuava. A resposta veio por meio de muitas pesquisas e percepção dos alunos. A 
resposta para esta dificuldade na flutuação estava nos princípios da hidrodinâmica. 
 
Título: Flutuação
Fonte:https://www.pexels.com/pt-br/foto/homem-usando-oculos-de-sol-lendo-um-livro-sobre-um-corpo-d-agua-1194408/
https://www.pexels.com/pt-br/foto/homem-usando-oculos-de-sol-lendo-um-livro-sobre-um-corpo-d-agua-1194408/
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ISSO ACONTECE NA PRÁTICA
É preciso compreender o meio líquido para agir diante das diferentes situações que 
surgem na prática da natação. 
LEITURA COMPLEMENTAR
Fatores hidrodinâmicos de interferência no rendimento da natação, escrito pelo 
professor Dr. Antonio Carlos Mansoldo e Disponível em: https://efdeportes.com/efd194/
interferencia-no-rendimento-da-natacao.htm
Este estudo é uma revisão de literatura referente aos assuntos relacionados ao 
comportamento dos corpos humanos envoltos no meio líquido (ambiente aquático) e 
o envolvimento desta condição em relação aos 4 dos nados competitivos. Abordamos 
assuntos técnicos hidrostáticos e hidrodinâmicos que influenciam a Natação tais 
como: flutuabilidade, arrasto, sustentação e propulsão. O assunto pesquisado envolveu 
os primeiros estudos sobre o tema em questão até os dias de hoje. Tal referencial 
teórico foi levantado com o objetivo de oferecer subsídios para alunos, professores e 
pesquisadores que militam na área da Natação.
Ambiente aquático
 Um átomo de oxigênio ligado com dois átomos de hidrogênio formam uma 
molécula de água um líquido poderoso de onde provavelmente toda a vida se originou, 
sobrevier neste meio é e sempre foi um desafio para nós humanos que temos de nos 
adaptar a este ambiente para podermos dominá-lo. E para dominar um ambiente nada 
melhor que conhecê-lo em seus detalhes.
Densidade 
A densidade da água é definida como massa por unidade de volume, e é designada 
pela letra grega p (rô). A relação entre p, massa e volume é caracterizada pela fórmula:
Na qual o m é a massa da substância cujo volume é o V. A densidade é avaliada 
pelo sistema internacional em quilogramas por metro cúbico (Kg/m3) ou gramas 
por centímetro cúbico se for o caso (g/cm3). A temperatura como variável tem ação 
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determinante na constatação da densidade criando uma ordem de importância onde 
atua muito mais para os gases do que para os sólidos e líquidos.
Além da densidade, as substâncias são definidas pelo seu Peso Específico. A 
água doce pura tem seu peso específico pordefinição igual ao valor “1” quando sua 
temperatura for igual a 4ºC. Como este número é uma proporção ele não possui unidade. 
Já a água do mar contendo sal e outro elementos chega a ter um peso específico médio 
de “1,026”,temos que levar em conta que a salinidade que é o principal elemento na 
variação do peso específico da água dos mares, e variará conforme a concentração 
do cloreto de sódio nos diferentes oceanos e mares, assim como nas águas salobras 
de diferentes regiões. No caso do corpo humano embora seja predominantemente 
constituído de água, sua densidade é ligeiramente menor do que a da água, tendo um 
peso específico em média de “0,974” tendo que levar em conta que existirá diferença 
entre o homem e a mulher onde o sexo feminino terá um peso específico menor cerca 
de 10% em razão da maior quantidade de tecido adiposo (gordura que é menos densa) 
comparativamente com o homem que possui mais tecido muscular (mais denso que 
a gordura). A massa corporal magra, que é constituída pelos ossos, músculos, tecido 
conjuntivo e órgãos, em uma densidade na ordem de “1,1”, enquanto a massa de tecido 
adiposo (massa gorda), que inclui toda a gordura corporal essencial mais a gordura 
que excede as necessidades essenciais, tem uma densidade de “0,904”. Diante destes 
dados já podemos ter uma ideia que o corpo humano desloca um volume de água que 
pesa mais do que o corpo, forçando o corpo para cima por uma força igual ao volume 
de água deslocado, confirmando o Princípio de Arquimedes , que abordaremos mais 
adiante. Diante destes dados podemos iniciar a análise do comportamento do corpo 
humano no meio líquido no caso a água, porem não podemos deixar de mencionar a 
capacidade pulmonar como outro fator determinante da condição humana, que pode 
afetar de maneira definitiva a condição do corpo humano permanecer na superfície 
ou não em um ambiente aquático.
Flutuabilidade
Descoberta pelo inventor, matemático e engenheiro grego Arquimedes (282-212 
AC) durante seu banho de imersão, a compreensão da flutuabilidade é um fator de 
suma importância para aqueles de alguma maneira se envolvem no meio líquido para 
atuarem como amadores ou profissionais, pois como já foi dito no inicio deste capítulo, 
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dominarmos o meio líquido, é uma façanha que desafia o homem desde sua origem 
e quanto mais soubermos sobre a condição dos corpos humanos quando envolvidos 
em água mais poderemos controlar tais situações. Quando Arquimedes saiu correndo, 
segundo historiadores, gritando “Eureka”, estava ele se referindo a compreensão da 
condição de seu corpo ficar na superfície da água de sua banheira ao tomar banho e 
analisando esta condição criou o seguinte principio que leva seu nome: “Todo corpo 
mergulhado num fluido (líquido ou gás) sofre, por parte do fluido, uma força vertical 
de baixo para cima, equivalente ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo”.
Uma vez que a flutuabilidade é uma condição na qual nossa participação ativa não 
existe a não ser pelo fator respiratório que iremos abordas a seguir, temos então na 
compreensão da flutuabilidade segundo Arquimedes, três condições que poderemos 
encontrar quando um corpo estiver totalmente imerso em um líquido:
E = Empuxo - P = Peso específico ou força peso
Condição I. Se o corpo permanecer totalmente parado no ponto onde ele foi colocado, 
significará que a intensidade da força de empuxo é igual à intensidade da força peso 
deste corpo (E = P). Condição II. Se este mesmo corpo afundar, significará que a 
intensidade da força de empuxo é menor do que a intensidade da força peso (E < P).
Condição III. Se este corpo for levado e permanecer na superfície, significará que 
a força de empuxo é maior do que a intensidade da força peso (E > P).
Levando-se em consideração as condições acima descritas, temos que pensar 
nas variáveis que estarão atuando quando o corpo humano for o alvo desta análise. 
Partindo desta premissa antes de analisarmos as variáveis humanas vamos observar 
as variáveis do meio líquido aonde nós humanos poderíamos nos encontrar.
Piscinas na sua grande maioria de água doce, este tipo de água tem sua densidade 
em torno de 1,00 g/cm³, por sua vez a água do mar em média, pois temos diferentes 
níveis de salinidade nos diferentes mares e oceanos, 1,04 g/cm³. Já o corpo humano 
tem dois diferenciações básicas, ou seja homem x mulher, levando em conta os tecidos 
básicos que nos compõem, no caso massa muscular em torno de 1,1 g/cm³ e o tecido 
adiposo com cerca de 0,9 g/cm³. Todos estes dados seriam fáceis de serem analisados 
e poderíamos teorizar facilmente sobre as condições de flutuabilidade de qualquer 
individuo que o desejasse. Porem um fator, podemos dizer, é preponderante diante 
de todos os dados fornecidos até agora, estamos falando da capacidade pulmonar 
ou capacidade vital, que em sua analise estabelece a condição de ser decisiva na 
possibilidade do sujeito flutuar ou não.
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Qual seria então a grande importância dada à capacidade pulmonar quando se 
analisa a flutuabilidade? Esta pergunta poderá ser respondida a partir da compreensão 
de como o ar dentro dos pulmões se comporta, seu volume e sua distribuição. Diante 
mão podemos dizer que o ar que cabe em nossos pulmões ocupa espaços vazios 
aumentado a área corporal e portanto aumentado a força E (empuxo) sobre o nosso 
corpo.
Os volumes e as capacidades pulmonares representam a movimentação do ar em 
nossos pulmões, em cada movimento respiratório normal, movimenta-se um volume de 
ar que se denomina volume corrente (VC), isto quer dizer que há uma movimentação 
de entrada e saída de ar constante no volume aproximado de 500 ml em um sujeito 
jovem ou adulto normal. Além deste valor em transito, digamos assim, ficam nos 
pulmões cerca de 2.300 ml de ar em média, denominados de Volume Residual Funcional 
(VRF). Temos também o Volume de Reserva Expiratório (VRE), que a quantidade de 
ar que ainda pode ser expirada, pela expiração forçada, após o término da expiração 
corrente normal, com valor aproximado de 1.100ml. 
Além deste ar solto de forma forçada, nosso pulmões nunca ficam vazios, pois 
existe o volume residual (VR), que é o volume que permanece nos pulmões para que 
os mesmos não se colabem, este volume gira em torno de 1.200 ml. Há também o 
Volume de Reserva Inspiratório (VRI), que é o volume que pode ser inspirado alem do 
volume corrente normal, em média de 3.000ml. Então a Capacidade Inspiratória seria o 
volume máximo de ar inspirado a partir da distensão máxima dos tecidos pulmonares 
somando-se o volume corrente, que levando em conta os valores apresentados até 
agora somariam 3.500ml de ar. Outro volume que para nós seria importante computar 
é o volume da Capacidade Vital que seria o volume de ar possível de ser expirado e 
inspirado em seguida em uma condição máxima, que corresponderia aproximadamente 
em 4.500 ml de ar, que por definição seria o maior volume de ar que poderia ser 
movimentado em uma única ação respiratória compreendendo o Volume Corrente o 
Volume de Reserva Inspiratório e o Volume de Reserva Expiratório.
Temos então a Capacidade Pulmonar Total, que é o volume máximo que os pulmões 
podem ser distendidos através de um maior esforço respiratório possível somando 
cerca de 5.700ml de ar, na verdade este valor é a soma da Capacidade Vital mais o 
Volume residual dos pulmões.
• Capacidade Vital (CV) = VC + VRI + VRE >............... 4.600 ml
• Capacidade Inspiratória (CI) = VC + VRI >................... 3.500 ml
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• Capacidade Residual Funcional (CRF) = VRE + VR >.. 2.300 ml
• Capacidade Pulmonar Total (CPT) = CV + VR ............. 5.700 ml
Devemos considerar que todos os volumes e capacidades pulmonares são cerca 
de 20 a 25% inferiores na mulher em relação ao homem, e obviamente apresentarão