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SESSÃO CLÍNICA INTERNATO SAÚDE DA FAMÍLIA Docente: Ananda Machado Discentes: Isis Simões; Samantha Araújo; Suzana Gabriela Ferreira e Vitor Henrique Guidice Alagoinhas, Março -2024 ASMA A asma é uma doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. É definida pela história de sintomas respiratórios, como chiado, falta de ar, aperto no peito e tosse, que variam no tempo e na intensidade, juntamente com limitação variável do fluxo aéreo expiratório. GINA, 2023. DEFINIÇÃO DESCRIÇÃO E CLÍNICA Episódios recorrentes de sibilância, dispneia, opressão torácica e tosse. No período noturno ou pela manhã, ao despertar, Gravidade variável ao longo do dia e do tempo (semanas, meses, anos) Melhora dos sintomas, espontaneamente ou pelo uso de medicações específicas, como broncodilatadores e/ou corticoides inalatórios ou sistêmicos. EPIDEMIOLOGIA Estima-se que 300 milhões em todo mundo tenham asma; Com prevalência na APS estimada em 4,4% adultos e 20% em crianças e adolescentes; O Brasil está entre os países com maior prevalência de sintomas de asma, com estimativa de aproximadamente 20 milhões de habitantes vivendo com a doença. Principalmente crianças, pico de incidência aos 3 anos; FENÓTIPOS CLÍNICOS FATORES DE RISCO FATORES LIGADOS AO HOSPEDEIRO Associados ao desenvolvimento da doença. Predisposição genética (p. ex., genes ligados à atopia), idade, obesidade. FATORES LIGADOS AO AMBIENTE Associados ao desencadeamento de sintomas ("gatilhos"). Sensibilizantes ocupacionais, alérgenos, fumaça de cigarro, poluição ambiental, medicamentos, exercícios físicos excessivos, alterações climáticas. DIAGNÓSTICO INICIAL 01 Desconforto torácico 05 Histórico de rinite/atopia 02 Histórico familiar de asma 04 Início dos sintomas na infância 06 Dispneia 03 Tosse + Sibilância Avaliação clínica: As características clínicas da asma, que aumentam a probabilidade do diagnóstico são: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Sintomas pioram à noite ou no início da manhã Sintomas variam com o tempo e intensidade Sintomas desencadeados por infecções virais, exercício, exposição e alérgenos, modificações no clima e irritantes como fumaças, odores fortes Avaliação clínica: 2. Avaliação da limitação variável do fluxo aéreo expiratório https://telemedicinamorsch.com.br/blog/melhor-aparelho-de-espirometria CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA Testes de função pulmonar: Espirometria inicial: VEF1/CVF < 0,7 Prova broncodilatadora: VEF1 > 200mL em 12% - Mostra padrão obstrutivo com resposta reversível ao B2 agonista A partir de 6 anos Pico de fluxo expiratório PFE: Na falta de espirometria, uma mudança de pelo menos 20% no PFE é indicativa de asma DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS TRATAMENTO Checar adesão Avaliação sistemática para todos os pacientes que usam medicamentos inalatórios Atividade física Fornecer conselhos sobre a prevenção da broncoconstrição induzida por exercício com o aquecimento antes do exercício, ou uso de SABA o formoterol de CI-formoterol em baixa dose antes do exercício. Controle ambiental Evitar exposição a alérgenos, Cessação do tabagismo TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Medicamentos Evitar medicamentos que podem piorar os sintomas de asma, como AINEs (incluindo AAS) e betabloqueadores (de uso oral e intraocular). Se os betabloqueadores cardiosseletivos forem indicados para eventos coronarianos agudos, a asma não é uma condição absoluta. Redução de peso Incluir redução de peso no plano de tratamento para pacientes obesos com asma Imunizações As vacinas Influenza e pneumocócica-23 estão indicadas para todos os pacientes com asma moderada ou grave; assim como as vacinas contra a COVID-19 para todos os pacientes. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - ADULTO LEGENDA: CI: corticoide inalatório; LAMA: broncodilatador de longa ação; SABA: broncodilatador de curta ação; * Asma de difícil controle outras opções: LAMBA: antagonista muscarínico de longa ação: LTRA: antagonista do receptor de leucotrieno; Imunoterapia; AVALIAÇÃO E SEGUIMENTO Avaliar o controle da ASMA = controle dos sintomas e risco futuro de resultados adversos: Avaliar o controle dos sintomas nas últimas 4 semanas; Identificar fatores de risco para exacerbações, limitação persistente do fluxo aéreo ou efeitos colaterais; Medir a função pulmonar no diagnóstico/início do tratamento, 3 a 6 m após o início do tratamento contendo ICS. Periodicamente, a cada 1-2 a, mas com mais frequência em pacientes de risco e/ou com asma grave. AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA ASMA Realizado a partir da análise dos sintomas das últimas 4 semanas em relação a: Ocorrência de sintomas respiratórios Limitação para atividades físicas Necessidade de medicação de resgate Despertar noturno devido a asma Avaliar os problemas do tratamento: Documentar a etapa atual do tratamento; Observar a técnica do inalador; Avaliar a adesão e os efeitos colaterais; Verificar se o paciente possui um plano de ação para asma por escrito; Perguntar sobre as atitudes e objetivos do paciente para sua asma e medicamentos. Avaliar a multimorbidade: Rinite, rinossinusite, DRGE, obesidade, SAOS, depressão e ansiedade podem contribuir para sintomas e má qualidade de vida e, por vezes, para mau controle da asma. AVALIAÇÃO E SEGUIMENTO CRISE ASMÁTICA: EXACERBAÇÃO As exacerbações de asma são episódios caracterizados por aumento progressivo dos sintomas e diminuição progressiva da função pulmonar, ou seja, representam uma mudança do estado habitual do paciente suficiente para exigir uma mudança no tratamento. Podem ocorrer em pacientes com diagnóstico prévio ou, ocasionalmente, como primeira manifestação de asma. Piora aguda e sustentada dos sintomas de asma; Progressiva, com piora de 5-7 dias; A etiologia viral é o gatilho mais associado às exacerbações, cerca de 80% dos casos. FATORES DE RISCO PARA EXACERBAÇÃO CUIDADO AO PACIENTE ASMÁTICO Envolver a equipe de agentes comunitários no cuidado Realizar ações educativas ao controle da asma Verificar se o paciente está usando as medicações corretamente Orientar sobre fatores desencadeantes e como evitá-los (ENARE - 2021) Sobre a definição de asma, é correto afirmar que: A) é uma doença de base exclusivamente genética, caracterizada por espessamento brônquico. B) a inflamação das vias aéreas está presente apenas no momento da exacerbação, quando há produção de muco espesso, como consequência. C) é definida pela história de sintomas respiratórios, tais como produção crônica de muco, tosse isolada, dispneia associada à tontura e dor torácica. D) a limitação variável do fluxo aéreo está ausente nos quadros de asma intermitente. E) os sintomas variam em tempo e intensidade, podendo o paciente permanecer assintomático por longos períodos. PR 2024 ( Hospital Angelina Caron - HAC /PR) No Gina 2023, no que diz respeito ao tratamento de manutenção da asma em crianças maiores de 6 anos com asma moderada e grave (estágio 3 e 4), qual é o tratamento sugerido: Corticosteroide inalado alta dose Montelucaste + agente beta agonista de conga duração Montelucaste. Corticosteróide sistêmico via oral Corticosteroide inalado + agente beta agonista de longa duração no mesmo dispositivo. (UERJ - RJ - 2023) Homem de 39 anos, com histórico de atopia e asma brônquica, apresenta tosse seca associada com broncoespasmo e episódios de dispneia há vários meses. Foi medicado com drogas via inalatória, tendo boa resposta. Recentemente, as crises têm ocorrido de duas a três vezes por semana. Algumas vezes, ele acorda durante a madrugada com acesso de tosse e dispneia. O paciente nega febre, emagrecimento e não percebe relação dos sintomas com o ambiente. Nesse caso, a melhor conduta deve ser uso inalatóriode: A) ipratrópio com corticoide B) formoterol com corticoide C) formoterol e cromoglicato de sódio D) salbutamol e ipratrópio, quando tiver manifestações clínicas Referências: 1- GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA (GINA). Global strategy for the asthma management and prevention. [Fontana]:GINA, 2023. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2023/05/GINA-2023-Full-Report-2023-WMS.pdf. Acesso em: 10 março 2024; 2- UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Tele Condutas: asma: versão digital 2022. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS, 30 mai. 2022. 3 - BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em:https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/asma/unidade-de-atencao-primaria/, Acesso em: 10 março 2024; 4 -Morsch. A. J. Aparelho de espirometria: o que é, para que serve, tipos e mais. Disponível em: https://telemedicinamorsch.com.br/blog/melhor-aparelho-de-espirometria. Acesso em: 31 março 2024. image4.png image7.png image10.png image5.png image8.png image20.png image9.png image1.png image2.png image13.png image6.png image17.png image16.png image23.png image19.png image11.png image12.png image15.png image3.png image24.png image14.png image25.png image21.png image22.jpg image18.png