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Individualização da Pessoa Natural

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INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL
A identificação da
pessoa se dá pelo NOME, que a individualiza; pelo ESTADO, que define a sua
posição na sociedade e pelo DOMICÍLIO, que é o lugar de sua atividade social.
NOME –
Integra a personalidade por ser o sinal exterior pelo qual se designa, se
individualiza e se reconhece a pessoa no seio da família e da sociedade.
Em regra é composto por dois elementos. O PRENOME (próprio da pessoa – simples ou duplo) e o PATRONÍMICO, NOME DE FAMÍLIA (sobrenome).
v. Lei 6015/73 – Lei
de Registros Públicos.
Em regra o nome não
pode ser alterado, exceto: a) expuser o seu portador ao ridículo; b) houver
erro gráfico evidente; c) causar embaraços eleitorais (homonímia); d) houver
mudança de sexo (dignidade da pessoa humana); e) houver apelido público
notório; f) necessidade de proteção de vítimas e testemunhas de crimes (Lei
9807/99 - Programa
Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas); g) parentesco de
afinidade em linha reta (padrasto ou madrasta).
ESTADO – É o modo particular das
pessoas existirem, que pode ser encarado sob o aspecto individual ou físico,
familiar e político.
Estado individual (ou físico) – É a maneira de ser da pessoa quanto à idade
(maior e menor), sexo (feminino e masculino) e saúde mental e física, elementos
que influenciam sua capacidade civil.
Estado familiar – Indica a situação na família: casado, solteiro, viúvo, separado,
divorciado. No que se refere ao parentesco consangüíneo: pai, mãe, filho, avô,
avó, neto, irmão, tio, sobrinho, primo. E quanto à afinidade: sogro, sogra,
genro, nora, madrasta, padrasto, enteado, enteada, cunhado.
Art. 9o Serão registrados em registro público:
I – os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação
por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição
por incapacidade absoluta ou relativa;
IV - a sentença
declaratória de ausência e de morte presumida.
Art. 10. Far-se-á
averbação em registro público:
I - das sentenças
que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos
judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
 
Estado político – é a qualidade jurídica que advém da posição da
pessoa na sociedade política, caso em que é estrangeira, naturalizada ou
nacional (brasileiro nato).
O estado civil das pessoas regula-se por normas de ordem pública, que não podem ser modificadas pela vontade das partes.
DOMICÍLIO – É
a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos de direito
e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos. É um
conceito jurídico, por ser o local onde a pessoa responde permanentemente por
seus negócios e atos jurídicos
Habitação (ou moradia) – mera relação de fato. Local em que a
pessoa permanece em caráter acidental, sem ânimo de ficar. (ex. hospedagem).
Residência – é o lugar onde se habita, com intenção de
permanecer, mesmo que dele se ausente temporariamente.
DOMICÍLIO CIVIL – v.
art. 70 CC DOMICÍLIO PROFISSIONAL
– v. art. 72 CC
Dessa forma tem-se
exceção ao princípio da unidade domiciliar.
Há o elemento objetivo
(fixação da pessoa em determinado lugar) e subjetivo (intenção de ali
permanecer com ânimo definitivo)
DOMICÍLIO APARENTE OU OCASIONAL – V. art. 73 CC – possui caráter excepcional para aquele indivíduo que não tem domicílio fixo ou certo, que não tenha residência habitual, terá
por domicilio o lugar onde for encontrado. Não é, mas vale como se fosse.
DOMICÍLIO NECESSÁRIO (OU LEGAL) – É aquele determinado por lei, em razão da condição ou situação de certas pessoas.
DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO –
É aquele escolhido livremente, podendo ser GERAL ou ESPECIAL, este último
estabelecido conforme interesses das partes em um contrato.
Alteração ou perda
do domicílio anterior:
a) pela mudança (v.
art. 74)
 
b) por determinação de
lei, nas hipóteses de domicilio legal, caso em que se terá a mudança domiciliar
compulsória;
c) por contrato – é o
chamado DOMICÍLIO DE ELEIÇÃO OU CONTRATUAL, baseado no princípio da autonomia
da vontade, onde se promoverá o cumprimento ou a execução do ato negocial
efetivado pelas partes. Gera a competência territorial para eventual conflito
entre os contratantes. (v. art. 78).
EXTINÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA DA PESSOA NATURAL
Com a morte real (natural)
cessa a personalidade jurídica da pessoa natural, deixando de ser sujeito de
direitos e obrigações. E por conta disso, tem-se os seguintes efeitos:
1) Ocorre a dissolução
do vínculo conjugal;
2) Extinção do poder
familiar;
3) Extinção dos
contratos personalíssimos e do mandato;
4) Extinção do
usufruto;
5) Perda da capacidade
de ser parte em processo judicial, etc.
Obs.: Morte Civil –
era o fator extintivo da personalidade em vida, pelo que aludidas pessoas eram
consideradas como mortas na seara jurídica. Não existe no nosso ordenamento
jurídico. Entretanto, há que diga que o artigo 1.816 CC é um resquício, pois
trata dos efeitos da exclusão da herança por indignidade.
Art.
1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou
tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem
em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da
herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de
indignidade, será declarada por sentença.
Parágrafo
único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em
quatro anos, contados da abertura da sucessão.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro
excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração
dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual
desses bens.
MORTE PRESUMIDA – Ocorre com a declaração de ausência de uma
pessoa.
Art. 6o A
existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
É possível também a MORTE PRESUMIDA SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA, em
casos excepcionais, para viabilizar o registro do óbito, resolver problemas
jurídicos decorrentes do desaparecimento e regular a sucessão causa mortis.
Art.
7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado
até dois anos após o término da guerra.
O óbito será justificado por sentença, sendo que ela fixará a data
provável de sua ocorrência, demarcando o dies
a quo em que a declaração de morte presumida irradiará seus efeitos. É UMA
SENTENÇA QUE NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL. É uma presunção relativa (juris
tantum)
 
 
MORTE SIMULTÂNEA (ou comoriência):
É o caso em que os comorientes são herdeiros uns dos outros, de
modo que a finalidade do preceito legal é a de que, em se tratando de
comoriência, não haverá transmissão de direitos, de modo que um não sucederá ao
outro.
Art. 8o Se dois
ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente
mortos.
AUSÊNCIA
É a hipótese em que a pessoa desaparece, sem deixar notícias ou
procurador, sendo que se faz necessária a sua declaração de ausência, a fim de
que se possa cuidar de seus bens, que poderão culminar na presunção de sua
morte.
Requerida a declaração de ausência, publicam-se editais pelo
período de um ano, sendo que, sem sinal de vida, abre-se a sucessão provisória,com o início do processo de inventário e partilha dos bens, havendo presunção
de falecimento, sendo que deverá ser prestada caução.
Dez anos depois do julgamento da sentença que determina a abertura
da sucessão provisória, será declarada a morte presumida, oportunidade em que a
sucessão passa a ser definitiva, levantando-se as cauções prestadas.
Fases:
Curatela dos bens do ausente:
Tem início por provocação de qualquer interessado (cônjuge,
companheiro, parente, credor...) ou o ministério público, dando conta ao juiz
de que uma determinada pessoa desapareceu de seu domicíio, dela não havendo
notícias.
Comprovado o desaparecimento, o juiz (ouvido o MP), declara a
ausência, determinando a arrecadação dos bens do ausente, a publicação de
editais durante um ano, reproduzidos de dois em dois meses, na imprensa
oficial e na internet, além do próprio site do Tribunal, anunciando a referida
arrecadação e convocando o ausente para retomar a posse de seus bens.
Também há a nomeação de um curador para os bens do ausente (É
curador dos bens e não do ausente). A ideia é proteger o patrimônio do ausente.
Sucessão provisória:
Contado o prazo de um ano da
arrecadação dos bens, nos termos do artigo 25/CC, tem ensejo a segunda fase do
procedimento de ausência, qual seja, a sucessão provisória.
 
A nova fase se inicia com pedido
de abertura de sucessão provisória, que poderá ser apresentado em duas
hipóteses: a) decorrido o prazo de um ano da arrecadação dos bens do ausente;
b) transcorridos três anos da arrecadação, caso o ausente tenha deixado
procurador.
Haverá uma transmissão precária do
patrimônio do ausente em favor dos seus herdeiros. Essa provisoriedade é uma
cautela (cuidado), pois não há certeza do evento morte.
Tem legitimidade para requerer a
abertura da sucessão provisória: cônjuge não separado, herdeiros presumidos
(legítimos ou testamentários), os que tiverem sobre os bens do ausente direito
dependente de sua morte, credores de obrigações vencidas e não pagas. (v. art.
27/CC).
Se decorreu o prazo e ninguém se
interessou, o MP tem legitimidade (residual) para requerer a abertura da
sucessão provisória (v. art. 28, §2º/CC).
A sentença que declara aberta a
sucessão provisória só produz efeitos após 180 dias de sua publicação na
imprensa, e somente com o seu trânsito em julgado é que se procede a abertura de
testamento, se houver, e do inventário e da partilha de bens, como se o ausente
fosse falecido. Porém, nos termos do artigo 30/CC,
exige-se a prestação de garantia, a fim de que os herdeiros possam se imitir na
posse provisória dos bens do ausente, sob pena de exclusão. Mas tal regra é
relativizada pelo disposto no parágrafo 2º do referido dispositivo.
Também o artigo 34 abranda o rigor da norma, ao permitir que aquele que for excluído, desde que comprove falta de recursos, possa requerer que lhe seja entregue a metade dos rendimentos que lhe caberiam quanto ao seu respectivo quinhão.
Obs.: No que concerne aos credores
do ausente, que vierem a requerer o pagamento dos seus créditos nessa segunda
fase, a transmissão ocorre em caráter definitivo, nada havendo a ser restituído
ao ausente, caso este retorne.
Exceto caso de desapropriação, os
bens imóveis do ausente só poderão ser alienados ou hipotecados mediante
autorização judicial, de modo a evitar a sua ruína (v. art. 31/CC).
Sucessão definitiva:
Após 10 anos do trânsito em
julgado da sentença que reconheceu a abertura da sucessão provisória, os
interessados poderão requerer a abertura da sucessão definitiva, que corresponde
à terceira e última fase do procedimento de ausência.
Outra possibilidade de
requerimento da sucessão definitiva ocorre quando o ausente está desaparecido
há pelo menos 5 anos e conte com 80 anos de idade, ao menos.
Busca-se o reconhecimento da
transmissão em caráter definitivo, permitindo-se o levantamento das cauções
prestadas (v. art. 37/CC), a permitir que os herdeiros possam alienar os bens.
 
Obs.: o domínio está sujeito à uma
condição resolutiva, qual seja, se o ausente aparecer nos 10 anos seguintes à
abertura da sucessão definitiva, receberá os bens no estado em que se encontre,
os sub-rogados em seu lugar ou o preço que seus herdeiros e demais interessados
houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
E com o trânsito em julgado da
sentença que reconhece a abertura da sucessão definitiva haverá a presunção de
morte do ausente, nos termos do artigo 6º/CC.
Aviso: "Exercício 8 Felipe, pessoa com Síndrome…"
Daniel Venturini
Criado em: 24 de ago.24 de ago.
Exercício
8
Felipe,
pessoa com Síndrome de Down, atualmente com 23 anos de idade, deseja casar com
Joana, a qual também possui referida síndrome. Ocorre que os pais de Felipe não
concordam com essa atenção, apesar de Felipe estar trabalhando em loja de
fast-food, mediante programa de contratação de PCD, e receber salário mensal.
Diante desse contexto:
-
Felipe pode praticar todos os atos da vida civil?
Aviso: "Exercício 7 Maria teve relações sexuais…"
Daniel Venturine
Criado em: 24 de ago.24 de ago.
Exercício
7
Maria
teve relações sexuais com Jonas. Maria engravidou e Carlos nasceu, contando
atualmente com 6 meses de idade. Jonas não reconhece a paternidade. Apesar
disso, apenas em caráter de amizade, chegou a fornecer uma cesta-básica para
Maria nos três primeiros meses a contar do nascimento de Carlos. Ocorre que
Maria está desempregada e não tem condições de arcar com as despesas
necessárias à manutenção de seu filho. Diante desse contexto:
-
Existe algum direito em discussão?
-
Em caso positivo, quem titulariza tal direito? Como será exercido?
A