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Casos Concetos 1 ao 16 - Direito Processual Penal 2 (1) (1)-1-12-1

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DIREITO PROCESSUAL PENAL 2.
CASOS CONCRETOS – 1 ao 16.
João Damasceno.
DIREITO PROCESSUAL PENAL 2.
CASO CONCRETO 1.
(Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de
terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da veracidade do que está narrado na
mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da
Constituição Federal? Justifique a sua resposta.
Resposta: Deve aceitar a prova, posto que não existem direitos e garantias individuais que sejam
absolutos. Havendo conflito aparente entre mandamentos constitucionais, há que se fazer uma ponderação
para decidir qual deles aplicar. Nesse sentido, o direito à liberdade e a presunção de inocência devem
prevalecer sobre o mandamento constitucional que veda as provas obtidas por meios ilícitos.
Exercício Suplementar.
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe
sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a
prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato.
A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato.
Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma
arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro.
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima
defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em
legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre
se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu
completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu
completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
X(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida
sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga
o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade
da sentença que vier a ser prolatada.
DIREITO PROCESSUAL PENAL 2.
CASO CONCRETO 2. 
(Exame de Ordem) O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada ação penal
instaurada para a apuração de crime contra o patrimônio, cometido em janeiro de 2010, determinou a
realização de importante perícia por apenas um perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para
justificar a condenação do réu. Considerando essa situação hipotética, esclareça, com a devida
fundamentação legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a
perícia ter sido realizada por apenas um perito.
Resposta: Não há nulidade no caso. Com o advento da Lei n.º 11.690/2008, que alterou dispositivos do
Código de Processo Penal, o artigo 159 passou a ter a seguinte redação:

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