Prévia do material em texto
Insuficiência Venosa crônica 1 🧵 Insuficiência Venosa crônica o que é insuficiência venosa crônica? incapacidade persistente e duradoura das veias de exercerem a sua função, é uma incompetência valvular, que pode estar associada ou não a uma obstrução do fluxo venoso, levando a hipertensão venosa. quais as características epidemiológicas da insuficiência venosa crônica? tem baixa mortalidade, mas altíssima morbidade, não tem cura, mas pode ser controlada. afeta 40% da população mundial, sendo que 12% possui úlcera na perna. como o sistema venoso é composto? por veias superficiais, veias profundas e veias perfuro-comunicantes. como é a drenagem venosa? é centrípeta, aferente e realizada quase totalmente pelo sistema venoso profundo 8590%. quais os fatores que dificultam o retorno venoso? gravidade, viscosidade sanguínea, pressão intra- abdominal na inspiração. quais os fatores que favorecem o retorno venoso? palmilha venosa de lejars, coração venoso periférico de Barrow, pressão negativa intratorácica, movimento do diafragma. qual a fisiopatologia da insuficiência venosa crônica? pode ser decorrente do refluxo, obstrução e deformidades vasculares congênitas. o refluxo ocorre por lesão primária da parede das veias, do sistema valvular ou lesão secundária à TVP do sistema valvular, obstrução é secundária a TVP. o que o refluxo ou a obstrução acarretam na insuficiência venosa crônica? Insuficiência Venosa crônica 2 levam a um aumento da pressão venosa deambulatória de 2030mmHg para 60 a 90mmHg, que se reflete como uma hipertensão venosa crônica. quais as características da úlcera venosa? local comum → peri-maleolar medial (terço inferior distal) indolor, exceto quando há infecção ai dói a articulação; mancha escura ao redor → dermatite ocre (emoldurada por ela) limpa exceto quando tem infecção varizes na extremidade. quais os fatores predisponentes e desencadeantes da insuficiência venosa crônica? predisponentes → bipedestação, hereditariedade. fatores desencadeantes → idade, sexo, gestações, reposição hormonal, obesidade, sedentarismo, alterações osteoarticulares. como funciona o encontro das artérias com veias na insuficiência venosa crônica? na microcirculação, o sangue arterial empurra o venoso, além disso tem diferença de pressão entre tórax e abdômen na respiração, que puxa o sangue venoso, fazendo o movimento de sucção em direção ao coração (obs → válvula não puxa, só impede o retorno). como se desenvolve a tortuosidade da insuficiência venosa? os fatores de risco tornam a veia mais frágeis, dilatando as veias e impedindo o contato entre as cúspides das válvulas, o que faz o sangue venoso ‘ʼvoltarʼ ,̓ aumenta o volume e a pressão (hipertensão venosa na microcirculação), dilatando cada vez mais partes das veia ‘ʼantesʼʼ (efeito cascata), com evolução da dilatação e do aumento da pressão, precisa aumentar a área de contato, as deixando tortuosas além de edema (edema que piora ao longo do dia) e dermatite ocre (extravasamento de hemoglobina) → ponto de vista das varizes primária. o que são as varizes secundárias? Insuficiência Venosa crônica 3 causa mais comum é TVP, o processo é igual, mas causa da primeira dilatação que muda. como é o diagnóstico da insuficiência venosa profunda? é feito com facilidade à simples inspeção dos MMII; função do médico → identificar natureza etiopatogênica e identificar as alterações anatômicas → planejamento adequado para cada caso. como é a anamnese da insuficiência venosa profunda? � variável → intensidade do quadro, tempo de evolução e presença de complicações � tipo da dor → peso, cansaço � agravamento pelo → calor, esforço físico, períodos pré-menstruais. � outros sintomas → prurido/ardência/queimação, sensação de calor no local, sensação de aumento de volume e câimbras noturnas. como é o exame físico da insuficiência venosa profunda? inspeção → presença de pigmentação anormal (dermatite ocre), edema, úlceras, varizes. palpação → temperatura cutânea, consistência e umidade da pele, edema (tipo, localização, intensidade), sensibilidade tátil, térmica, dolorosa frêmitos, palpação dos pulsos periféricos. ausculta arterial (sistólico e sisto-diastólico), ausculta de sopro sobre o trígono femoral durante uma expiração forçada (manobra de Valsava → insuficiência do óstio da veia safena magna ipsilateral). qual o exame complementar da insuficiência venosa profunda? eco-doppler (o dx é clínico) → avaliar etiologia, fisiopatologia e anatomia. como é a característica das telangiectasias (simples ou mistas)? microvasos situados na derme, medindo de 0,1 a 1mm. Insuficiência Venosa crônica 4 como são as veias reticulares ou varículas (microvarizes)? pequenas veias, subdérmicas ou subcutâneas, de coloração azulada, menores que 3mm. como são as varizes tronculares? situadas no tecido subcutâneo, acima de 3mm. quais as complicações da insuficiência venosa profunda? eczema, dermatite ocre, variicorragia, tromboflebite, equimoses/hematomas, celulite/paniculite indurativa, pulcera. diagnóstico diferencial de insuficiência venosa profunda? varizes primárias x varizes secundárias e congênitas. Insuficiência Venosa crônica 5 quais os exames complementares da insuficiência venosa profunda? US vascular (eco-doppler), flebografia. como funciona a classificação CEAP na IVP? C CLÍNICA E ETIOLOGIA A ANATOMIA P FISIOLOGIA como é os princípios do tratamento da IVP? esclarecer se é paliativo ou preventivo, o caráter progressivo da doença, as limitações, controles periódicos. Insuficiência Venosa crônica 6 quais os cuidados gerais da IVP? Combater a obesidade, evitar longos períodos sentado ou em pé, usar calçados confortáveis, manter bom condicionamento físico e hidratação da pele. qual o tratamento clínico da IVP? medidas gerais, medicamentos e terapia compressiva; usa flebotônico no paciente com dor e edema, mas não resolve a doença. terapia compressiva → considerar uma das medidas mais importantes do tratamento: bandagem: elástica ou não meias elásticas compressão pneumática contraindicação → DAOP, IC, dermatites, alergia e neuropatia periférica. escleroterapia → líquida e espuma como é a cirurgia convencional de IVP? ressecção radical das varizes, safenectomia parcial ou total, tratamento dos pontos de refluxo minicirurgia/microcirurgia estética; termoablação → radiofrequência, laser. qual o tratamento da úlcera venosa? repouso de trendelenburg; movimentação ativa no repouso; higienização duas vezes ao dia; antibioticoterapia se necessário curativo oclusivo simples ou curativo oclusivo com medicamentos bota de unna, faixa elástica e meia elástica/Circaid → compressão. Insuficiência Venosa crônica 7 quais as contraindicações de tratamento cirúrgico? DAOP, infecção, comorbidades ICC, neoplasia, coronariopatia), distúrbios da coagulação, anomalias SVP, gestação, obesidade.