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Emergências neurológicas 1 🤯 Emergências neurológicas como é a avaliação neurológica na emergência? ABCDE, glicemia capilar, presença de sinais focais, escala de coma de Glasgow, alteração de pupila e padrão respiratório. sempre considerar a melhor resposta que o paciente apresentar. quando suspeitar de AVC? quando ocorrência de qualquer déficit neurológico de início súbito. alteração das pupilas como sinal neurológico como funciona? sinal precoce do local onde está ocorrendo a lesão e seu padrão fixo ou móvel predita a gravidade. Emergências neurológicas 2 o que devemos cuidar com os pacientes neurocríticos? monitorização da pressão arterial → evitar hipotensão manter a normoglicemia, pCO2 3545, saturação de O294%, tratar de forma agressiva as crises convulsivas, neuroimagem com TAC ou RNM. doença cerebrovascular epidemiologia? segunda principal causa de morte no Brasil. 70% não retornam ao trabalho e 50% se tornam dependentes. 85% das vezes é um AVCi e 15% AVCh. qual a definição de AVC isquêmico? ausência aguda de fluxo pra uma região do cérebro, temos como fatores de risco dislipidemia, hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo, sexo masculino, HMF, FA, estenose, carotídea, prótese valvar, IAM prévio, AIT prévio. qual a patogênese do AVC isquêmico? obstrução aguda de artéria intracraniana, que acarreta isquemia e infarto. qual o mecanismo de AVC isquêmico? temos trombótico e embólico. trombótico → em decorrência de uma aterosclerose de médios e grandes vasos, tem ruptura da placa aterosclerótica, com agregação plaquetária e formação de trombos, que oclui a luz do vaso e reduz o fluxo sanguíneo. Emergências neurológicas 3 embólico → êmbolo liberado de um vaso distal pro cérebro ou, mais comumente, do coração. o trombo é formado em um vaso e migra pra ocluir outro distal. hipoperfusão sistêmica → baixo fluxo sanguíneo cerebral por falência circulatória. quando suspeitar de um AVC isquêmico? quando ocorrência de qualquer déficit neurológico de início súbito, com diagnóstico diferencial de hipoglicemia, aura da enxaqueca, tumor cerebral, crise epilética. quais os diagnósticos diferenciais de AVE isquêmico? enxaqueca com aura, crise convulsiva, paralisia de Todd, AVEh, esclerose múltipla, drogas. quais as condutas na sala de emergência do AVE isquêmico? avaliar a via aérea, respiração e circulação ABC estabilização clínica, avaliar glicemia, saturação e realizar exame de imagem. TC de crânio sem contraste → ideal nos primeiros 20 minutos, principalmente para excluir sangramento. como deve ser realizado o manejo inicial do paciente com AVC na emergência? obter história com paciente, familiares e acompanhantes, estabelecer tempo do último momento em que paciente estava assintomático, obter medicações de uso, se uso de anticoagulantes, avaliar contraindicações de TEV monitorizar sinais vitais e coletar glicemia capilar, aferir pressão e realizar exame neurológico. quais as características de um AVE isquêmico de artéria cerebral anterior? déficit de irrigação no lobo frontal, perda de força da perna contralateral, comportamento, incontinência urinária. quais as características de um AVE de cerebral média? sintomas dependem se acometimento proximal ou distal, lobo frontal, parietal e temporal, perda de força, perda do sensitivo (rosto e braço), Emergências neurológicas 4 desvio do olhar para o lado lesado, hemianopsia homônima contralateral, afasia motora ou sensitiva. quando considerar Trombólise endovenosa? todo paciente com AVC cujo último tempo em que estava assintomático foi a menos de 4,5 horas. tratamento do AVE isquêmico? controlar a PA 220120 abaixar em 15% em 24 horas, se candidato a trombólise venosa PA185110. se ficar hipotenso a área de isquemia aumenta, mas a alta da PA também tem risco de transformar em hemorrágico, a diminuição da PA não pode ocorrer de forma brusca. terapia trombolítica → início dos sintomas quais os fatores de risco do AVE hemorrágico? tabagismo, HAS, alcoolismo, histórico familiar, uso de cocaína, síndrome genética que faz alteração de colágeno. qual a principal causa de AVE hemorrágico? ruptura de aneurisma sacular, mulheres de 4060 anos de idade. quais as características do AVE isquêmico de circulação posterior? vertigem súbita, rebaixamento do nível de consciência, nistagmo, ataxia de marcha. crise epilética principais características? ocorrência de sinais e sintomas transitórios causados por atividade neuronal anormal excessiva ou assíncrona. provoca é gerada por uma disfunção aguda e transitória (submetido ao estresse metabólico que levou ao AVC. sintomática aguda → lesão neurológica aguda nos primeiros 7 dias. sintomática remota → faz convulsão acima de 7 dias Emergências neurológicas 5 epilepsia tem predisposição a gerar as crises, ao menos 2 crises não provocadas em intervalo superior a 24horas. uma crise associada a alto risco de recorrência, ou associada a crise que cursa com epilepsia. investigação da crise epilética? Exames laboratoriais: cálcio, magnésio, sódio, fosforo, glicose, hemograma, estudo toxicológico, histórico de epilepsia sem tratamento correto o Glicose + tiamina se etilista quais os fatores de risco do AVE isquêmico? HAS, diabetes mellitus, dislepidemia, tabagismo, obesidade, sexo masculino, histórico familiar, fibrilação atrial, estenose carotídea, prótese valvar, IAM (parede anterior), AIT prévio, 80 anos, sedentarismo. qual a abordagem do AVE isquêmico na emergência? ABCDE MOV tomografia de crânio para afastar sangramento. avaliar estratégia de reperfusão 4,5h → trombólise não sabe o ictus mas reconhecimento do défict 4,5h → ressonância magnética trombectomia até 6h (entre 6 e 24h - estudo de perfusão) qual o tratamento do AVE isquêmico? controle da pressão arterial PA 220120 abaixar 15% em 24 horas. PA185110 mmHg → candidatos a trombólise venosa. terapia trombolítica → início dos sintomas até 4,5h 18 anos, déficit persistente (alteplase 0,9mg/kg) terapia antiagregante → início imediato se contra-indicação a trombólise. AAS 160300 mg/dia. o que é AVE hemorrágico? Emergências neurológicas 6 presença de sangue no espaço subaracnoide (entre pia-máter e a aracnoide), em geral por ruptura de aneurisma sacular, mulheres com idade entre 40 e 60anos. quais as causas de AVE hemorrágico? aneurismas saculares → polígono de willis → mais comum na comunicante anterior. aneurisma em 5% da população, maioria assintomáticos, exceto se 2,5cm, risco aumenta quando 10mm, porém 70% dos casos tem 7mm, até 20% tem múltiplos aneurismas. qual a manifestação clínica do AVE hemorrágico (hemorragia subaracnoide)? cefaleia súbita intensa → pior dor da vida (principal manifestação), síncope em 50% dos casos (aumento da PIC, rigidez de nuca (após 1224 horas), cefaleia sentinela 6 a 20 dias antes, súbita e forte. 3050% dos pacientes. como é feito o diagnóstico do AVE hemorrágico? TC de crânio sem contraste 92% de sensibilidade (24h), 95% na primeira hora, cai pra 50% após 7 dias, punção lombar se TC normal. qual o prognóstico de AVE hemorrágico? Emergências neurológicas 7 letalidade 45% no primeiro mês, 10% morrem antes de chegar ao hospital, 25% morrem no primeiro dia, 50% com déficit irreversível. Emergências neurológicas 8 como é o manejo do paciente com AVE hemorrágico? manejo do doente neurocrítico (glasgow 8, aumento da PIC, hipoxemia ou instabilidade hemodinâmica devem ser intubados); PAS 160 mmHg e PAM 110mmHg analgesia glicemia 80120 mg/dl Tº37,8ºC o que vemos na imagem de AVE isquêmico? Emergências neurológicas 9 apagamento de sulcos, hipodensidade com mais de 24 horas, sinal da artéria com hiperdensidade. o que é a trombectomia mecânica? até 24horas do início dos sintomas, serve pra vasos do território carotídeo e para artérias maiores. ela é tempo dependente. por que toleramos altos valores de pressão em pacientes acometidoscom AVE isquêmico? nós toleramos um alto valor de pressão sistólica em pacientes que não vão ser trombolisados no AVE isquêmico, pois garante a perfusão da área de penumbra. então garantimos 220120. a hipertensão intracraniana tem limite de 22, a nossa fica geralmente entre 4 e 8, a perfusão de pressão cerebral tem que ser no mínimo 60, sendo PPCPAMPIC. paciente neurológico tem que manter a PAM mais acima daquela que consideramos no choque 65, como deve estar a pressão do paciente que vai ser submetido ao trombolítico? pressão arterial menor 185110 mmHg (pode ser reduzida com medicação, deixando de ser uma contraindicação), podemos reduzir com o uso de nitratos. como deve ser o controle da PA para administrar o trombolítico em pacientes com AVEi? manter PA 180105 mmHg por 24 horas, aferir a PA a cada 15 min por 2 h, depois a cada 30 min por 6 h, e então a cada 1 h até o fim das primeiras 24 horas. como é a administração da alteplase? dose de administração 0,9 mg/kg no máximo 90mg, administrar 10% da dose em bolus de 1 min, restante da dose ao longo de 60min. quais as localizações preferenciais da HIP? lobos cerebrais, gânglios da base, tálamo, tronco cerebral (principalmente ponte), cerebelo. quais as complicações do AVE hemorrágico? Emergências neurológicas 10 ressagranmento 30% se não abordado, 24horas-7dias. hidrocefalia → dificuldade pra reabsorver → demência, ataxia de marcha. vasoespasmo cerebral → isquemia e infarto sintomáticos, 314º dia. déficit neurológico novo, flutuante ou persistente. Triplo H (hipertensão, hipervolemia e hemodiluição) → abre o vaso (faz soro pro paciente). Hemorragia subaracnóidea + hematoma intraparenquimatoso juntas representam o AVEh. qual a principal etiologia da hemorragia intraparenquimatosa? principalmente por HAS. principalmente em pequenos vasos → microaneurisma de Charcot-Bouchard. sistólica abaixo de 130150. qual o manejo do paciente com hemorragia cerebral? manejo inicial do doente neurocrítico, neurocirurgia → clipagem do aneurisma, analgesia pra cefaleia, nimodipino 60mg 4/4 horas → reduz sequelas do vasoespasmo. o que é a hemorragia subaracnoide? presença de sangue no espaço subaracnoide (entre pia máter e aracnoide) → causa principal: ruptura de um aneurisma sacular, mulheres de 4060 anos de idade; como é a patogênese do AVEh subaracnoide? aneurismas saculares → polígono de Willis → mais comum na comunicante anterior Ângulo reto) o que é a hemorragia intraparenquimatosa? sangramento não traumático do parênquima cerebral, ruptura de pequenos vasos por fragilidade → arteriopatia por hipertensão arterial → microaneurismas de Charcot-Bouchart, angiopatia amioloide. quais os fatores de risco pra hemorragia intraparenquimatosa? Emergências neurológicas 11 HAS principal fator de risco (aumenta 9 vezes o risco), idade 55 anos, tabagismo, cocaína, sexo feminino, uso excessivo de álcool, uso de anticoagulantes orais. quais as manifestações clínicas da hemorragia parenquimatosa? cefaleia súbita e intensa e vômitos, déficit neurológico focal de rápida progressão, rebaixamento do nível de consciência (subagudo) 36 horas, alta taxa de deterioração clínica precoce. Quais os sinais e sintomas sugestivos de hipertensão intracraniana? rebaixamento do nível de consciência, vômitos, PAS220mmHg, cefaléia intensa, coma. como é feito o diagnóstico da hemorragia intraparenquimatosa? TC de crânio sem contraste, padrão ouro, lesões hiperdensas. quais os fatores de mal prognóstico da hemorragia intraparenquimatosa? Glasgow≤8, grande hematomas, sangue no ventrículo. Emergências neurológicas 12 qual o manejo do paciente neurocrítico com hemorragia intraparenquimatosa? redução intensiva da PA entre 150 e 220mmHg ALVO 140 220mmHg - alvo é 140160mmHg Pic 20e pressão de perfusão cerebral 50 e 70 mmHg. Evitar hipo e hiperglicemias (entre 70 e 180mg/dl) qual o manejo do paciente com hipertensão intracraniana na hemorragia intraparenquimatosa? cabeceira elevada a 30º, sedação, manitol ou salina hipertônica, considerar drenagem do hematoma e craniectomia descompressiva. quando fazer neurocirurgia em hemorragia intraparenquimatosa? hemorragia lobares de 10 a 100mm³ hemorragias cerebelares 3cm na tomografia avaliar cada caso x benefício. qual a profilaxia de recorrência pro AVE hemorrágico? PA130/80, Cessar tabagismo, etilismo e drogas, avaliar outros métodos de prevenção de embolia em pacientes que usam anticoagulantes, taxa de recuperação funcional melhor que AVCi. o que é crise epilética? ocorrência de sinais e sintomas transitórios causados por atividade neuronal anormal, excessiva ou síncrona do cérebro. quais as características da crise epilética e como ela pode se apresentar? crise provocada → gerada por uma disfunção aguda e habitualmente transitória. crise sintomática aguda → lesão neurológica aguda (nos primeiros 7 dias) epilepsia → doença cerebral caracterizada por uma predisposição sustentada a gerar crises, ao menos 2 crises não provocadas em intervalo de 24 horas. quais os diagnósticos diferenciais da crise epilética? Emergências neurológicas 13 síncope, amnésia global transitória, aura de enxaqueca, AIT, ataques de pânico. como é a investigação etiológica da crise epilética? exames laboratoriais (descartar causas metabólicas) neuroimagem (descartar causas estruturais) líquor → afastar infecções do sistema nervoso central eletroencefalograma qual o tratamento da crise epilética? MOV ABCDE tratamento de urgência → diazepam endovenoso (até 2 vezes), se não funcionar fenitoína 20mg, se não funcionar repete fenitoína pela metade se não adiantar passa pro fenobarbital 20mg → se não adiantar → sedação → anestesia com midazolam, propofol ou pentobarbital. o que é o estado de mal convulsivo, como tratar? crise prolongada 5 min ou 2 crises seguidas de recuperação consciente entre elas. tratamento ABC, exames laboratoriais= cálcio, magnésio, sódio, fósforo, glicose, hemograma, estudo toxicológico, histórico de epilepsia, glicose + tiamina se etilista. qual o tratamento pra edema cerebral e hiperemia? o tratamento para edema cerebral é manitol ou solução salina hipertônica. já pra hiperemia colocamos a cabeceira acima de 30º, e posição neutra. e o CO2 é um vasodilatador, para reduzir a hipertensão intracraniana nós temos que reduzir esse CO2 então aumentamos a frequência respiratória. anticoagulação pra arritmia e antiagregante pra placa. a anticoagulação inicia após 1 semana do evento. pacientes com etilismo tem tendência a hematoma subdural. Emergências neurológicas 14 como o glasgow não é qualitativo é quantitativo, o importante é descrever no prontuário. isso se aplica principalmente a pacientes que já possuem alguma limitação como tetraplégico, analisamos outros músculos como língua ou olhos. idoso tem muita pressão sistólica isolada pois perde a complacência arterial com o tempo. importante analisar se o paciente tem instabilidade hemodinâmica. se arritmia menos de 48 horas pode fazer cardioversão química (amiodarona) ou elétrica. se for mais que 48 horas anticoagulante e manda pro cardio que faz cardioversão eletiva, então usa anticoagulante de 4 a 6 semanas faz um eco- transesofágico ve se tem trombo e depois faz a cardioversão. pro flutter vale o mesmo. se foi encontrado caído do lado da cama nós consideramos a última vez que ele foi visto acordado e bem. o principal na emergência é evitar dano neurológico secundário. pra aparecer na TC 12/24h (isquemia → hipodensidade); etiologia hipertensiva na região dos gânglios da base → aneurisma de Charcot bouchard. RTPA alteplase 0,9 mg/kg em bolus. diferenciar AVE isquêmico e hemorrágico na sala de emergência e crise convulsiva. além de outras condições que podem ser abordadas no paciente neurológico na sala de emergência, como temperatura, dieta.