Prévia do material em texto
ASMA 🌬️ · Doença heterogênea, por inflamação crônica das vias aéreas (brônquio e bronquíolo) · Dispneia, sibilância, opressão torácica, tosse que variam ao longo e em intensidade · É associada a limitação do fluxo aéreo · Apenas 12% são dx Classificação: ASMA ALÉRGICA: Th 2 = tipo 2 · Alérgeno (pó, pelo de animal, fumaça) → célula apresentadora de antígeno → linfócito Th2 → produção de IL 4 → produção de IgE → degranulação de mastócitos · Presença de IgE e/ou eosinófilo · Responde bem ao corticóide ASMA NÃO Th2: · Poluentes de cigarro/vírus/bactérias → células Th1 → inflamação mediada por neutrófilos Obs: pode ter sobreposição dos 2 tipos Fenótipo: · Cada tipo merece tratamento diferente · Importante para controle de comorbidades e sintomas · Problema é na expiração ASMA ALÉRGICA: · Início na infância · Hx pessoal ou familiar de atopia · Paciente com outras alergias · Eosinofílico (eosinófilo aumentados na via aérea) visto pela amostra de escarro OU pelo hemograma · Boa resposta ao corticóide inalatório · Via Th2 da inflamação ativada · Dosagem de IgE - total ou específica para diferentes alérgenos. Específico para a terapia alvo ser focada nesses alérgenos específicos ASMA NÃO ALÉRGICA: · Sem hx de atopia · Neutrofílico, eosinofílico ou paucicelular (poucas células) · Resposta ruim ao corticóide inalatório · Dividida em: · Asma de início tardio: mais comum em mulheres, > 40 anos, endótipo · Asma da obesidade: bastante sintomático; obeso é constantemente inflamado · Asma com limitação persistente: remodelada, obstrução persistente. Asmático sem tratamento por muito tempo faz muita broncoconstrição e acaba remodelando, como uma DPOC Diagnóstico: · Necessidade de apresentar hx variável de sintomas respiratórios, comprovação da limitação do fluxo aéreo e de que é variável · Para as comprovações de limitação e variabilidade é indicado primeiramente a espirometria. Se essa for normal, será feitos exames adicionais nesses casos História variável de sintomas respiratórios: · Sintomas de característica variável/paroxístico/ intermitente → variam intensidade e período → pacientes podem estar assintomáticos durante o momento do exame físico · Documentar limitação ao fluxo aéreo E variabilidade do fluxo · Piora a noite e ao acordar · Gatilho = exercício físico, risada, alérgenos, frio, DRGE, infecção viral Comprovação da limitação do fluxo aéreo: · VEF 1 e VEF1/CVF reduzida (normal 80%) · Indica obstrução; na asma melhora com BD · CVF = volume que sai do pulmão na expiração forçada · VEF1 = medida de fluxo (volume que saiu do pulmão em 1 min; tipo CVF no primeiro minuto) Comprovação da variabilidade: · Teste positivo pós BD: aumento do VEF 1 de 12% e 200mL · Asmáticos, após BD, vai a normalidade Exames adicionais: · Quando espirometria vem normal e o paciente é sintomático Teste de pico de fluxo expiratório: · Fazer de manhã e ao acordar por 15 dias · Avaliar se há variabilidade entre a medida basal da manhã e da noite > 10-20% · Se for persistente ao longo dos dias, é asma Teste de broncoprovocação: · Faz inalação de metacolina (agente irritativo que faz broncoconstrição, em dose pequena) · Espirometria tem diminuição de 20% · Asmáticos são sensíveis Teste de esforço: · Faz espirometria antes e após exercício, devendo ter queda do VEF 1 de 10% Exames para fenotipar: não é dx. · Dosagem de IgE, teste cutâneo alérgico (prick test), hemograma Steps: 1 e 2: gravidade leve, poucos sintomas 3: gravidade moderada, acorda pelos sintomas 4: sintomas moderado 5: sintomas grave Tratamento: · Baseado no corticóide (asma é inflamatória) · ICS: corticóide inalatório Tratamento preferencial: Manutenção: · Step 1 e 2: ICS + formoterol (tipo de LABA, mas com início de ação mais rápido), conforme necessidade · Step 3: baixa dose de ICS + formoterol fixo · Step 4: média dose de ICS + formoterol fixo · Step 5: step 4 (considerar alta dose de ICS se necessário) + LAMA ou imunobiológico Resgate: baixa dose de ICS + formoterol Tratamento alternativo: Manutenção: · Step 1: ICS + SABA quando necessário · Step 2: baixa dose de ICS · Step 3: baixa dose de ICS + LABA · Step 4: média/alta dose de ICS + LABA · Step 5: step 4 (considerar alta dose de ICS se necessário) + LAMA ou imunobiológico Resgate: SABA Controle de asma: · Rever sintomas, adesão ao tratamento, técnica do dispositivo, cuidado com exposições (alérgenos), vacinas (influenza, pneumocócica), tratar comorbidades (rinite, DRGE, eczema, alergia alimentar, obesidade e gravidez) → fatores desencadeantes Gina: ACT: · Questionário autoadministrado · < 20 não controlada · 20-24: controle parcial · 25: controlado · Reavaliação 1-3 meses após o início de tratamento e depois a cada 3-12 meses · Após exacerbação, fazer avaliação precoce STEP DOWN: · > 3 meses com doença controlada (platô) · Baixo risco de exacerbação · Disponibilidade de acesso médico · Entendimento das mudanças de dose · Esperar momento ótimo: não diminuir antes de entrar no inverno, quando está indo viajar ou gravidez STEP UP: · Permanente: persistência dos sintomas por 2-3 meses após início de tratamento (revisar desencadeantes) · Transitório: curso de 1-2 semanas com dose mais alta em casos de exacerbações Exacerbação: · Risco de exacerbação: sintomas não controlados, uso excessivo de SABA, falta de aderência, técnica inalatória incorreta, exacerbação no último ano ou com IOT, problemas socioeconômicos, tabagismo e eosinofilia · Piora dos sintomas · Hx de asma + dispneia + tosse seca + sibilo · Analisar se houve insuficiência respiratória aguda (IRpA)/emergência: · Rebaixamento do nível de consciência · FR aumentada > 30 · Uso de musculatura acessória · Sat < 90% · Instabilidade para falar frases curtas · Encaminhar para emergência: MOV · OBPS (oxigênio + B2 agonista + corticoide + sulfato de Mg). Se possível ipratrópio · Se não melhorar: IOT, gasometria e imagem de tórax · Se não para todos esses fatores: · Exacerbação leve a moderada: proceder com OBP (oxigênio + B2 agonista + prednisona) · Fala frases, posição sentado, FR aumentada, mas < 30, FC 100-120, SpO2 > 90% · SABA 4 a 10 jatos a cada 20 min por 1 hora · PDN 1 mg/kg (máx 50 mg) · O2 para manter entre 93-95% · Se possível ipratrópio (atrovent) Paciente em exacerbação: · Corticoide sistêmico 5-7 dias · Espirometria após 4-6 semanas · Avaliação com pneumologista · Sempre iniciar ICS, mesmo que paciente não faça uso antes image2.png image1.png