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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Epidemiologia: 2% da população mundial tem IC Estima-se que 4 milhões têm IC no Brasil, com alta mortalidade Melhorar a abordagem de outras patologias levam ao incremento de prevalência de IC → epidemiologia crescente. Ex: 6 meses depois de um IAM O que é? · Síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento · Pode causar alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos que resultam na redução do DC e elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço · Ou seja, não precisa de exames complementares para o dx, apenas para eliminar diferenciais · Prova: para o dx, precisa de uma boa anamnese (sinais e sintomas) + exame físico → síndrome Etiologias da insuficiência cardíaca: disfunção ventricular sistólica ou diastólica · Todas as patologias dos tutoriais · Congênitas: CIV, Fallot · Valvares: IM, EA · Miocárdicas: IAM, miocardite e Chagas · HAS · Cardiomiopatia isquêmica · Tóxicas: álcool (+ 70 g/dia 5 anos) e antiblásticos · Neoplasia: pacientes em quimioterapia faz lesão miocárdica (monitorar) · Pior etiologia no Brasil: Chagas (BRD, BDAS e infarto da ponta) · No mundo: isquemia · Pior quimioterápico é o antracíclicos · Etilismo Ativação inicial: · Ativação simpática: AGUDA funcional ou estrutural, metabólica e hormonal · Aumento de catecolaminas, que aumenta FC e DC Efeitos da angiotensina II · Retenção sódica (via aldosterona) · Sede · Vasoconstrição · Facilitação da liberação de NE pelo SNS CRÔNICA: Funcional x estrutural, metabólico e hormonal Ativação simpática contínua: · Simpático é bom apenas no momento de necessidade, se ele se mantém, é patológico · Irrita o ventrículo · Continua secretando renina-angiotensina Efeitos da Angiotensina II · Retenção sódica (via aldosterona) · Sede · Vasoconstrição · Facilitação da liberação de NE pelo SNS · Remodelamento → hipertrofia · Promoção do crescimento celular · Alteração da expressão gênica · Hipertrofia e proliferação fibroblástica REMODELAMENTO CARDÍACO NA IC: · expansão da área de infarto · cicatrização · alongamento dos cardiomiócitos · adelgaçamento da parede ventricular · dilatação e deformação do VE · hipertrofia dos miócitos · perda progressiva de miócitos (apoptose) · excesso de colágeno intersticial Ou seja, são pacientes com edema, sistema renina-angiotensina ativados, hipertrofia (remodelamento) Peptídeo natriurético (BNP): secretado pelo ventrículo quando a parede é espremida pelo aumento de pressão e volume (aumento da PAD final no ventrículo) → objetivo: vasodilatação da periferia para distribuir o volume e fazer natriurese/diurese . Ação sistêmica Manifestações clínicas nos diferentes cenários até IC avançada: IC ESQUERDA: VE travou - vai jogar para trás → PULMÃO → sintomas pulmonares Dispnéia, podendo ser aos esforços, ortopnéia/trepopneia, dispnéia paroxística noturna, respiração de Cheyne-Stokes, edema agudo, tosse, hemoptis, estertores crepitantes basais, dema pulmonar IC DIREITA: joga para trás → jugulares ingurgitadas (estase jugular), edema de MMII, hepatomegalia, esplenomegalia (refluxo hepato jugulares), ascite, cianose, derrames cavitário, derrame Pleural, dor abdominal / náusea / anorexia Foco: ortopneia (esquerda) e estase jugular (direita) · Clínica fecha em 90% · Para os outros 10%: dosagem do peptídeo natriurético estará aumentada · Valor preditivo negativo: obesos são os únicos que reduzem o BNP CLASSIFICAÇÃO: com ecografia · Famoso: IC com FE reduzida, < 40% tem deficiência contrátil (masculino, Chagas, isquêmicos) · FE > 50% - preservada (idoso, mulher com HAS, pacientes DM) Paciente chega com IC: · Coletar exame físico e hx → tem certeza que é IC? Faz eco para ver o perfil de comportamento · Chega com falta de ar, água no pulmão e nas cavas (anasarca) · Possibilidade: IC levemente reduzida (não se contrai adequadamente), ICFER ou ICFEP IC levemente reduzida ou ICFER mesmo tratamento → problema está na contratilidade: · Tratamento não farmacológico: programas no manejo da IC (como enfermeira, nutricionista e fisioterapia ajudam muito!), vacinação (evita descompensação e internação), evitar ingesta excessiva de sal (até 7 g de sal/dia, mas não fazer dieta sem sal), consumo de água controlado para evitar edemas e exercícios aeróbicos regulares Tratamento farmacológico: DIURÉTICOS: · Primeiramente o que faz mais diurese que é o de alça (furosemida), agem na alça ascendente, para melhorar/aliviar o edema e sintomas · Não mostra relação com mortalidade · Para potencializar, pode usar o tiazídico BETABLOQUEADORES: · Inibe cardiotoxicidade das catecolaminas · Diminuição da ativação neuro hormonal · Diminuição da FC · Anti-hipertensivos and anti-anginosos · Antiarrítmico · Antiproliferativo · Regula e modula o sistema nervoso simpático · Diminuem a mortalidade e internação, além de trazer melhora da função cardíaca: apenas carvedilol, succinato de metoprolol e bisoprolol · Precisa usar na dose MÁXIMA, ou, pelo menos, a máxima que o paciente tolera IECA: · Vasodilatação arteriovenosa: diminui pressão capilar pulmonar, diminui RVP e PA e aumenta a tolerância ao exercício · Sem modificações em FC / contratilidade · Diminui consumo O2 · Aumenta fluxo renal, coronário e cerebral · Aumenta diurese · Modula angiotensina 2 e melhor função cardíaca · Reduz mortalidade e internação nesse grupo de pacientes de sem sintomas, pós IAM e também no sintomático · Começar com uma dose moderada e ir aumentando aos poucos, até chegar na dose máxima que o paciente tolerar · Todos possuem essas características · Efeito adverso: tosse seca e, às vezes, angioedema BRA: · É uma alternativa para quem tem efeito adverso com o IECA ANTAGONISMO ALDOSTERONA: · Espironolactona · Também chamado de antagonista de mineralocorticoide · Faz retenção de Na e H20 · Ninguém usa em dose diurética · Faz fibrose no coração pela reposição de colágeno, o que pode gerar arritmia · Faz redução da morte cardiovascular SACUBITRIL VALSARTANA: · + IECA: aumenta angioedema (não usado) · + BRA: vasodilatador que atua sobre SRAA · Droga nova - menor mortalidade e hospitalização em relação ao IECA · Melhor remodelamento cardíaco Obs: no SUS precisa começar com IECA INIBIDORES DA SGLT2 · Dapagliflozina · Potenciais mecanismos no coração e no rim · Baixo risco de hipoglicemia · Redução da mortalidade e hospitalização · Também protege o rim: diminui risco de diálise e faz redução de lesão renal Obs: no SUS, só é prescrito para DM NITRATO e HIDRALAZINA: bons efeitos comprovados em afrodescendentes Quais os pilares do tratamento da ICFER? Quem ajuda na mortalidade: IECA/BRA + antagonista da aldosterona + BB + iSGLT2 (+ diurético para conforto) ICFEP · Vem aumentando prevalência, por conta do envelhecimento, sobrevida do IAM e melhoria de alguns tratamentos, como HAS, etc · São pacientes com várias comorbidade · Possui mortalidade e internação igual a ICFER · Tem rigidez de vasos, coração hipertrofiado, alterações sistêmicas · Pressões na cavidade do VE são muito altas · Fatores de risco: DRC, DM, obesos, HAS, pneumopatias, envelhecimento e FA → cara da ICFEP (combo das doenças) · Chega com sinais e sintomas, mas no eco a FE está normal. BNP está aumentado Tratamento: iSGLT2: · Mostraram redução da mortalidade e hospitalização · Dapagliflozina ou empagliflozina IECA/BRA/inibidores da aldosterona: · Não diminui mortalidade, reduzindo só um pouco da hospitalização BETABLOQUEADOR: · Não dar. Estudos mostraram que, na ICFEP, ao tirar BB, melhora a capacidade cardíaca Resumindo: Na ICFEP: · Base: iSGLT2 - único que reduz mortalidade! · Diurético de alça para edema e conforto! · Pode dar espironolactona · Sacubitril/valsartana → caso esteja internando muito image4.png image3.png image11.png image10.png image8.png image1.png image6.png image9.png image7.pngimage2.png image5.png