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ESCLEROSE SISTÊMICA Doença autoimune sistêmica multifatorial Doença grave, normalmente com maior mortalidade (doenças cardiorrespiratórias) Epidemiologia: · 1-2 casos a cada 100.000 habitantes · 3x mais em mulheres · 30-50 anos Patogênese: · Envolve alteração vascular (vasculopatia), associada a paciente predisposto geneticamente a alterações imunes (predisposto a ter esclerose sistêmica) → desencadeia cascata inflamatória levando a fibrose · Doença é caracterizada pela fibrose (seja cutânea ou pulmonar) · Doença mais difícil de ser tratada com medicação Doença vascular: · Fenômeno de Raynaud: Vasoespasmo que acontece nas extremidades (mãos, pés, orelha, etc) e existem 3 fases 1. Palidez = isquemia (obrigatório) 2. Cianose = estase venosa 3. Eritema = hiperemia reativa O FR completo é quando atingem todas as fases sequenciais, ou apenas 2 que é o FR incompleto Desencadeado pelo frio Dor e parestesia Diferenciar em primário (que é a doença de Raynaud apenas) e o secundário (associado a uma doença de base sistêmica, como a esclerose sistêmica) - diferenciar pela capilaroscopia que mostra a vascularização (serve para dx, prognóstico e acompanhamento) · Cicatrizes digitais: úlceras nas pontas dos dedos que retraem e fazem marquinhas cicatriz estrelar · Reabsorção de polpas digitais · Úlceras · Necrose · Telangiectasias · Calcinose calcinose e sem IFD · Alteração intestinal: isquemia da parede do TGI, que leva ao desaparecimentos dos plexos nervosos e dismotilidade (tanto do trato gastroesôfagico, tendo manifestações precoces, como pirose, esofagita, estenose, displasia e neoplasia; quanto do intestino grosso, com hiperproliferação bacteriana, diarréia, má absorção, magreza, dificuldade de se alimentar) · Hipertensão pulmonar: Maior causa de mortalidade Começa assintomático e evolui para dispneia, síncope, hiperfonese de B2 Ecodopplercardiograma: estimativa da PSAP Padrão ouro: cateterismo cardíaco Doença autoimune: é o gatilho · FAN (95% dos pacientes) e anticorpos · Anti SCL70: paciente com forma difusa (acomete a regiões distais e proximais dos membros e o tronco) e fibrose pulmonar · Anti centrômero: forma localizada (como mãos, cotovelo, face) e Fenômeno de Raynaud (geralmente precede em anos), mais associado a hipertensão pulmonar · Anti RNA polimerase III: rim, pele e neoplasias (principalmente do TGI); mais agressivo e acelerado Fibrose é o estágio final da doença · Ocorre por uma injúria endotelial (vasculopatia uma das primeiras manifestações clínicas), fazendo uma maior expressão de endotelina-1 (ativa os fibroblastos) e de moléculas de adesão (aumentando infiltrado inflamatório, o que também ativa os fibroblastos), ambos levando uma deposição de colágeno e, por fim, a fibrose · Excesso de produção da matriz de colágeno Doença fibrótica: Fibrose é o protótipo da questão da pele e do pulmão Envolvimento cutâneo: · Fase edematosa: Espessamento cutâneo dos dedos, mais gordinha “puffy hands”, com melhor resposta ao tratamento · Fase fibrótica: Mão mais magrinha e pele brilhosa e aderida Não tem muita melhora, pois já fibrose · Fase atrófica: Pele fica mais seca, com leucomelanodermia (região branca associada ao atrito e à trauma) Não há mais nada a se fazer Forma de envolvimento cutâneo: diferentes prognósticos · Limitada: face, região distal de cotovelos e joelhos → mais vascular · Difusa: tronco, abdômen e pele proximal aos cotovelos e joelhos → mais fibrótica;paciente tem que comer pouco, pois não há muita expansibilidade, levando a desnutrição Envolvimento da face (fáscies esclerodérmica): · Microstomia · Afilamento dos lábios e nariz · Dificuldade para everter as pálpebras inferiores Outros achados: · Prurido · “Escurecimento da pele” · “Inchaço nos dedos” · “Vitiligo” · “Dificuldade para se movimentar” · Artrite · Atrito tendíneo Doença pulmonar intersticial: · Primeiros 5 anos · Nem sempre relacionada com gravidade da pele · Dispnéia é um sintoma tardio · TC de tórax cortes finos, decúbito ventral, sem contrate - infiltrado em vidro fosco ou faveolamento basal · PFP: padrão restritivo TRATAMENTO COMO GENERALISTA: Esses pacientes precisam de reumatologista! Tratar prontamente qualquer intercorrência infecciosa de maneira rápida e agressiva, pois rapidamente pode entrar em choque séptico Para o Fenômeno de Raynaud: · Bloqueador de canal de cálcio (nifedipina, anlodipino) · Aquecer as extremidades e o tronco · Evitar locais frios (ar condicionado, câmaras frias) Para Úlceras Digitais: · Orientar para cuidados com as unhas · Bloqueador de canal de cálcio · Tratar infecção secundária · Tratar dor: tramadol, morfina, decodeina, principalmente em momentos mais isquêmico · Vasodilatadores: sildenafil e bosentana → mais para especialista Para Refluxo Gastroesofágico: · Medidas posturais · Pró cinéticos · Bloqueadores de bomba de prótons · EDA se mudança do padrão dos sintomas ou disfafia, pois pode ter sobreposição de neoplasia Para diarreia: · Rodízio de antibióticos (amoxicilina, metronidazol) Para Hipertensão Pulmonar: · Losartana, sildenafil, amlodipina Para lesões de pele e articulação: metotrexato Para pele, músculo e lesão: ciclofosfamida e micofenolato Evitar corticoide, pois tem risco de fazer uma crise esclerodérmica renal → alta mortalidade, com vasoconstrição da arteríola aferente, o que ativa o sistema renina angiotensina. Paciente precisa de inibidores da ECA em altas doses e diálise precoce Fatores de risco: · Forma difusa · Primeiros 4 anos · HAS + órgão alvo · Aumento Cr/Ur · Proteinúria / hematúria · Anemia hemolítica microangiopática: esquizócitos RESUMINDO: Além de hipertensão pulmonar, tem-se a crise renal esclerodérmica image22.png image5.png image14.png image13.png image18.png image10.png image16.png image21.png image17.png image2.png image11.png image12.png image3.png image6.png image4.png image7.png image9.png image19.png image15.png image8.png image1.png image20.png