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Medicamentos de A a Z: enfermagem 45 sensibilidade está relacionada a alterações enzimáticas, hereditárias ou adquiridas e não depende de exposição anterior do paciente ao medi- camento. Alergia ou hipersensibilidade podem se apresentar de diversas formas, sen- do algumas de extrema gravidade. São classificadas em: n Reações anafiláticas ou imediatas: são mediadas por mecanismos imuno- lógicos e podem levar o paciente à morte. A identificação clínica é difícil de ser realizada e, frequentemente, é classificada como reação alérgica. n Reações alérgicas: são reações celulares e apresentam -se tardiamente. Não dependem da dose, e sim da sensibilização prévia do paciente por exposição anterior ao fármaco. Alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis a reações adversas. O uso de medicamentos por indivíduos que pertencem a determinados grupos exi- ge uma cuidadosa monitoração clínica e rigorosa avaliação risco/benefício de acordo com a gravidade do quadro. Os grupos dividem -se em: n Grupo I: neonatos, crianças e idosos – indivíduos em extremos de idade são mais suscetíveis a reações adversas. Nos idosos, as alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas decorrentes da idade contribuem para as reações. O desconhecimento de medicamentos prescritos por outros profissionais ou por automedicação, a dificuldade de obediência ao regime prescrito por esquecimento, a incompreensão ou deficiência física ou cognitiva, o uso incorreto dos medicamentos pelo paciente ou por seus cuidadores e a terapia com múltiplos fármacos, característica dessa faixa etária, colaboram para essa predisposição. Crianças, particu- larmente os recém -nascidos, devido às características farmacocinéticas e farmacodinâmicas dessa faixa etária, diferem dos adultos e requerem maiores cuidados na terapêutica. n Grupo II: gêneros – mulheres parecem ser mais suscetíveis às reações adversas a medicamentos do que os homens. Fatores predisponentes seriam o uso de anticonceptivos, maior concentração de tecido adiposo, gestações, fatores hormonais, etc. n Grupo III: gestantes – o uso de medicamentos deve ser avaliado considerando ‑se as alterações farmacocinéticas e fisiológicas que ocorrem durante a gestação e os efeitos que podem ocorrer sobre o feto. n Grupo IV: patologias, presença de doenças ou condições clínicas associadas – pacientes portadores de insuficiência renal ou hepática apresentam maior risco de efeitos adversos a medicamentos eliminados por esses órgãos. n Grupo V: hipersensibilidade a fármacos – um exemplo característico é a reação anafilática. n Grupo VI: variabilidade genética – respostas anormais a medicamentos podem ser decorrentes de alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas devido a um polimorfismo genético.