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28/03/2024 —----T�icologi� d�—---- —-------aliment�—-------- -Int�xicação:----------- - Gatos costumam se intoxicar menos por seremmais seletivos com alimentos ● Chocolate, cebola, alho, uva e passas. - Cães se intoxicammais ● Chocolate, café, macadâmia, alimentos que contenham xilitol, cebola, alho, uva e passas. - Alimento pode ser oferecido pelo tutor por falta de conhecimento ou o animal pode acabar ingerindo sem uma supervisão -Alho e ceb�la:--------- - Família: Alliaceae - Allium cepa (cebola), - Allium porrum (alho-poró), - Allium sativum (alho) - Allium schoenoprasum (cebolinha) - Causam dano aos eritrócitos e alterações na hemoglobina - anemia hemolítica, acompanhada pela formação de corpúsculo de Heinz em eritrócitos de cães e gatos, mas também em bovinos, búfalos, ovelhas e equinos. - Fonte de intoxicação: ● Cães e gatos: alimentos com estes produtos (fresco, cozido, seco) ● Bovinos e equinos: invasão de lavoura - Toxicidade: ● Gatos: consumo de 5 g/kg de cebola ● Cães: consumo de 15 a 30 g/kg de cebola. ● Ingestão de quantidade superior a 0,5% do peso corporal. ● Ingestão de 600 a 800 g em uma única refeição ou fracionada em alguns dias: Anemia hemolítica e formação de corpúsculo de Heinz. - Agente tóxico: alil propil dissulfeto (cebola) alil dissulfeto (alho) - Toxicodinâmica: 1. Ao ingerir, leva a formação de metahemoglobina e corpúsculo de Heinz (estrutura que faz a hemoglobina perder a sua função) 2. Lise de membrana plasmática (hemólise) 3. Hemólise intravascular e extravascular 4. Anemia hemolítica - Sinais clínicos: ● Agudo: metahemoglobinemia grave -> cianose e óbito ● Crônico: metahemoglobinemia e formação dos corpúsculos de Heinz -> apatia, mucosas hipocoradas, hemoglobinúria, taquicardia, taquipneia, dificuldade para respirar e letargia. - Tratamento: ● Sintomático e de suporte para diminuir a absorção ● Anemia hemolítica: transfusão de sangue, fluidoterapia (controle da lesão renal em decorrência da hemoglobinúria), oxigenioterapia e de antioxidantes (N- acetilcisteína, vitamina E, ácido ascórbico) ● Tirar da dieta -Ch�c�late, café e chá:-- - Metilxantinas (cafeína, teobromina, teofilina) - Sementes do cacau (Theobroma cacao): 1 a 2% de teobromina e 0,05 a 0,3% de cafeína. - Café (sementes da Coffea arábica): 1 a 2,5% de cafeína e 0,1 a 0,2% de teobromina. - Erva-mate (Ilex paraguariensis): 1 a 2,2% de cafeína e traços de teobromina e teofilina. - Semente do guaraná (Paullinia cupana): 3 a 5% de cafeína, Noz-de-cola (Cola nitida): 1,5 a 2,5% de cafeína e traços de teobromina. - Intoxicação por ingestão - Metabolizado no fígado e excretado nos rins - Toxicocinéticas das metilxantinas: 1. Absorção: TGI 2. Metabolização: oxidases e conjugação no fígado 3. Excreção: Renal. Cães apresentam lenta eliminação em comparação às outras espécies animais (meia-vida plasmática de cerca de 17 h). 4. A dose letal 50% (DL50) oral de cafeína para cães é de 140 mg/kg e de teobromina é de 250 a 500 mg/kg. 5. A DL50 oral de cafeína para gatos é de 80 a 150 mg/kg, porém a intoxicação é menos frequente; a DL50 oral de teobromina para gatos é de 200 mg/kg. - Ação das metilxantinas: ● Estimulação do sistema nervoso central ● Promoção da diurese ● Contração da musculatura lisa ● Aumento de contratilidade da musculatura esquelética e cardíaca ● Estimula o SNC e o TGI (estímulo exacerbado) ● Alterações cardiovasculares - Quadro clínico: vômito, hematêmese, poliúria, hiperatividade, vocalização, ataxia, taquicardia. ● Casos graves: rigidez muscular, taquipneia, hipertermia, convulsões, arritmias cardíacas e morte. ● Pancreatite em animais suscetíveis (elevado teor de gordura do chocolate) - Tratamento: sintomático e de suporte. ● Diminuir absorção: carvão ativado. ● Êmese: Uso de antiemético. ● Controle de tremores e/ou convulsões: metocarbamol ou diazepam; ● Acidificar urina: aumenta eliminação ● Controle da temperatura e correção do desequilíbrio ácido-base. ● Evitar ATB da família macrolídeos, cimetidina, ranitidina e corticoide – interferem na eliminação -Uvas e uva passa:----- - Vitis sp. - Uvas frescas - Uvas passas - Uvas cozidas em alimento (bolo, pão, panetone) ● Resíduo de uva após prensagem - Variação individual – animais sem alteração clínica até animais que vem a óbito - Consumo entre 10 e 57 g/kg de peso corpóreo leva a uma insuficiência renal - Toxicodinâmica: ● Não identificada ● Tanino? ● Contaminação dos frutos por micotoxinas? ● Praguicidas ou metais pesados? ● Sobrecarga de açúcar, levando os animais ao choque? ● Reações idiossincráticas por diferenças na bateria enzimática do animal? ● Excesso de vitamina D? - Sinais clínicos: entre 6 e 24h após a ingestão. ● Êmese, diarreia, anorexia, dor abdominal, fraqueza, desidratação, tremores musculares e letargia. ● Polidipsia. ● A insuficiência renal (oligúria ou anúria) ocorre entre 24 e 72h depois da exposição. ● Após anúria, evolui para o óbito. ● A urinálise pode revelar proteinúria, glicosúria, hematúria microscópica e, raramente, cristalúria. - Tratamento: sintomático e suporte ● Mortalidade em torno de 50 a 70% ● Importante ter cuidados intensivos. ● Diminuição da absorção: carvão ativado. ● Êmese: antieméticos. ● Fluidoterapia intravenosa intensa nas primeiras 48 h ● Monitoramento da função renal e do balanço eletrolítico nas primeiras 72 h após ingestão da fruta. -Xilit�l:----------------- - Adoçante - Dose tóxica para cães é entre 0,15 e 16 g/kg. - Ingestão de produtos contendo xilitol causa rápida hipoglicemia desencadeada pela liberação de insulina em cães, podendo levar à morte - Mecanismo de ação desconhecido - Quadro clínico: êmese, depressão, ataxia, tremores, convulsões e coma em 30 minutos após a ingestão do xilitol – hipoglicemia ● Petéquias generalizadas, equimoses e hemorragias do trato gastrointestinal. ● Danos hepáticos e morte - Tratamento: ● A indução da êmese - quando os sinais clínicos ainda não se manifestaram. ● Dieta contendo açúcar ou um suplemento oral de açúcar em cães que ainda não apresentaram sinais clínicos. ● Após o aparecimento de sinais clínicos, a glicose intravenosa