Parentesco e Direito de Visitação

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Desafio
Marcos, irmão de João, este companheiro de Luana, é bastante apegado à Nataniel, filho de João e Luana.
Ao final da relação de João e Luana, a guarda de Nataniel é deixada aos cuidados da mãe, que, segundo as leis civis, não possui qualquer relação de parentesco com Marcos.
Por possuir relação próxima com seu sobrinho, Marcos gostaria de ter reestabelecida sua convivência com ele, porém encontra resistência por parte de Luana.
Você, na qualidade de conselheiro jurídico de Marcos, é procurado para responder aos seguintes questionamentos (segundo os ensinamentos de Maria Berenice Dias):
1. Há relação de parentesco entre Luana e Marcos?
2. Há relação de parentesco entre Marcos e Nataniel? Caso afirmativo, qual a linha e o grau de parentesco entre os dois?
3. Há possibilidade jurídica de que Marcos busque direito de visitação à Nataniel?
Sua resposta
Marcos tem possibilidade jurídica de buscar direito de visitação à Nataniel. Para isso, ele deve ingressar com uma ação judicial de regulamentação de visitas. 1. Não há relação de parentesco entre Luana e Marcos, uma vez que a relação de afinidade colateral não persiste após o final do relacionamento que a originou. Segundo o Código Civil, o parentesco é a relação que liga uma pessoa a outra, baseada na consanguinidade, na afinidade ou na adoção. A consanguinidade é o parentesco que existe entre pessoas que descendem umas das outras. 2. Sim, há relação de parentesco natural colateral, de terceiro grau, entre Marcos e Nataniel por força do tronco comum. O parentesco entre Marcos e Nataniel é por afinidade em linha colateral em segundo grau. A afinidade em linha colateral é o parentesco que existe entre o cônjuge ou companheiro e os parentes do outro cônjuge ou companheiro. 3. Sim, Marcos tem possibilidade jurídica de buscar direito de visitação à Nataniel. Segundo o entendimento da doutrinadora Maria Berenice Dias, há fundamento no pedido de direito a visitações fundado na afinidade entre o tio e o sobrinho, desde que comprovada a relação salutar de ambos para o desenvolvimento da criança. O direito de visita é o direito que um dos pais ou parentes tem de visitar o filho ou parente menor de idade. Esse direito é garantido pelo artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
Enviado em: 20/05/2024 18:29
Padrão de resposta esperado
1. Não há relação de parentesco entre Luana e Marcos, uma vez que a relação de afinidade colateral não persiste após o final do relacionamento que a originou.
2. Há relação de parentesco natural colateral, de terceiro grau, entre Marcos e Nataniel por força do tronco comum.
3. Segundo o entendimento da doutrinadora Maria Berenice Dias, há fundamento no pedido de direito a visitações fundado na afinidade entre o tio e o sobrinho, desde que comprovada a relação salutar de ambos para o desenvolvimento da criança.