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Primórdios da Arte e Antiguidade

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AULA ATIVIDADE ALUNO 
 
 
Disciplina: Estética e História da Arte 
Unidade de Ensino: 1 - Primórdios da Arte e Antiguidade 
Competência(s): Nesta unidade iremos abordar os conceitos introdutórios 
da estética e da arte, assim como investigaremos a história da arte da pré-
história até a Antiguidade. 
Conteúdos: Estética e Arte: conceitos introdutórios; Da Pré-História à 
Antiguidade; Antiguidade Ocidental. 
Teleaula: 1 
 
 
Título: Primórdios da Arte e Antiguidade 
 
Prezado (a) aluno (a), 
A aula atividade tem a finalidade de promover o auto estudo das competências 
e conteúdos relacionados à Unidade de Ensino “Primórdios da Arte e 
Antiguidade”. Ela terá a duração de 1 hora e está organizada em duas etapas: 
“Avaliação de resultados de aprendizagem” e “Fechamento do Tópico da 
Unidade do Fórum de Discussão”. 
Siga todas as orientações indicadas e conte sempre com a mediação do seu 
tutor e a interatividade com o professor no Chat Atividade e Fórum de Discussão. 
Bons estudos! 
___________________**__________________ 
 
 
Análise da Situação-Problema 
Nossa relação com as obras de arte são mediadas por diferentes 
categorias estéticas tais como o belo, o feio, o trágico e o sublime. A fim de 
evitarmos construir juízos de valor sem fundamento crítico e teórico ao 
abordarmos os conteúdos de História da Arte é de fundamental importância 
compreender as múltiplas definições de Belo. Leia com atenção a definição 
trazida na Enciclopédia do Itaú Cultural: 
 
“Não é possível dar uma definição absoluta de belo, embora se possa 
estudar suas várias acepções no curso da história. A dificuldade de conceituar o 
 
belo acompanha a história da filosofia, desde a Grécia Antiga. "Toda beleza é 
difícil", indica Sócrates (469-399 a.C). Sem pretender recuperar as discussões 
sobre o tema, pode-se desenhar duas ênfases que recortam as reflexões sobre 
o belo na tradição filosófica: uma que o define como idéia objetiva (Aristóteles, 
na Metafísica, afirma: "As principais formas de beleza são a ordem e a simetria 
e a definição clara") e outra para a qual a beleza é determinada pela experiência 
de prazer suscitada pelas coisas belas (nos termos de Platão, em O Banquete). 
Kant (1724 - 1804), na Crítica do Juízo(1790), propõe a superação da polaridade 
ao distinguir a beleza de qualquer juízo racional ou moral. Desse modo, defende 
o caráter não determinado do juízo estético. Segundo Kant, quando se afirma 
que algo é belo isso é feito sem ter por base um conceito que respeite essa 
afirmação, ainda que supostamente seja válida para todos. Se as formulações 
kantianas têm forte impacto sobre as teorias posteriores - sendo retomadas no 
século XX por críticos como o norte-americano Clement Greenberg (1909 - 1994) 
-, os dois enunciados sobre o belo (os que acentuam os aspectos objetivos e os 
que sublinham a apreensão subjetiva) permanecem vivos. O duplo modo de 
conceituação da beleza é utilizado ao longo da história da arte, desde a Grécia 
Antiga. Ele é reanimado na oposição entre o belo clássico - objetivo, universal e 
imutável - e o belo romântico - que se refere ao subjetivo, ao variável e ao 
relativo. Se a dicotomia belo clássico/belo românticotem utilidade para definir 
contornos mais amplos, não deve levar ao estabelecimento de uma oposição 
radical entre os modelos, que se encontram combinados em diversos artistas e 
obras. 
O belo clássico define-se na arte grega com base em um ideal de 
perfeição, harmonia, equilíbrio e graça que os artistas procuram representar pelo 
sentido de simetria e proporção (Praxíteles, Hermes com o Jovem Dionisio, 350 
a.C.). As formas humanas apresentam-se como se fossem reais e, ao mesmo 
tempo, exemplares aperfeiçoados (Vênus de Milo, século I a.C.). A arte 
renascentista italiana retoma o projeto de representação do mundo com 
bases nesses ideais. Algumas obras de Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564) 
exemplificam a realização do modelo clássico, seja nos estudos de anatomia 
para composições maiores (Estudo para uma das Sibilas no Teto da Capela 
Sistina), seja em esculturas, como o célebre Davi(1501-1504). As imagens de 
Rafael (1483 - 1520), por sua vez, dão plena expressão aos valores da arte 
renascentista, destacando-se pela beleza projetada segundo os padrões 
idealizados do universo clássico (A Ninfa Galatéia, ca.1514). Nova retomada da 
arte antiga, especialmente greco-romana, observa-se no interior 
do neoclassicismo dos séculos XVIII e XIX. À complexidade formal e aos 
caprichos do barroco e do rococó, o neoclassicismo opõe a retidão e a 
geometria, como mostram as telas de Jacques-Louis David (1748 - 1825) e as 
esculturas de Antonio Canova (1757 -1822), amparadas na idéia de um belo 
ideal. 
A visão romântica anuncia a ruptura com a estética neoclássica e com a 
visão racionalista da Ilustração. Se o belo clássico remete à ordem, ao equilíbrio 
e à objetividade, o belo romântico apela às paixões, às desmedidas e ao 
subjetivismo. O belo romântico, longe de ser eterno, é social e historicamente 
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condicionado. O cerne da visão romântica do mundo é o sujeito, suas paixões e 
traços de personalidade, que comandam a criação artística. A imaginação, o 
sonho e a evasão; os mitos do herói e da nação; o acento na religiosidade; a 
consciência histórica; o culto ao folclore e à cor local são traços que definem os 
contornos do ideal romântico do belo. As telas de Caspar David Friedrich (1774 
- 1840) associam-se diretamente às formulações teóricas do romantismo (por 
exemplo, O Viajante sobre as Nuvens, ca.1818, e Paisagem nas Montanhas da 
Silésia, 1815-1820). Ao ideal do belo clássico, a matriz romântica opõe ainda a 
realidade do feio, que a obra de Francisco José de Goya y Lucientes (1746 - 
1828) desvela precocemente, antecipando uma vocação realista do romantismo 
histórico (Os Fuzilamentos do 3 de Maio, 1808). A poética do feio será 
amplamente explorada pelo expressionismo de Edvard Munch (1863 - 1944) e 
Ernst Ludwig Kirchner (1880 - 1938), que reedita, e radicaliza, os ensinamentos 
românticos pela deformação das figuras e imagens (O Grito, 1893, de Munch, 
e Marcella, 1910, de Kirchner). O "feio" permanece também idealizado; "não é 
senão o belo decaído e degradado", como indica G.C. Argan. 
A arte moderna do século XIX - romantismo, realismo e impressionismo - 
assume uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos 
parâmetros do belo clássico, sancionados pelas academias de arte. A 
industrialização em curso e as novas tecnologias colocam desafios ao trabalho 
artístico, entre eles, as relações entre arte, técnica e ciência, exploradas por 
parte significativa das vanguardas construtivas do século XX. A disputa entre o 
belo, o útil e o funcional assume o primeiro plano com a Bauhaus e com 
o construtivismo russo, por exemplo, que almejam matizar as fronteiras entre 
arte, artesanato e produção industrial. Nos movimentos antiarte como 
o dadaísmo, por sua vez, as distâncias entre arte e vida cotidiana são abolidas, 
o que obriga a redefinição da arte e de suas interpretações. A ampla e variada 
produção do século XX impõe a reavaliação das medidas de aferição do trabalho 
artístico. Greenberg indica a impossibilidade de aplicar normas, padrões e 
preceitos para a emissão de juízos críticos. Os "juízos estéticos", diz ele, "são 
imediatos, intuitivos, não deliberados e involuntários (...)." Somente a 
experiência, e a reflexão sobre ela, permitiria distinguir a arte de boa qualidade 
das demais. Na segunda metade do século XX - com a arte pop e 
o minimalismo -, quando as categorias usuais para pensar a arte (pintura e 
escultura) perdem a razão de ser, a discussão sobre os juízos artísticos se torna 
ainda mais complexa.” 
Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org .br/termo402/be lo> 
Acessoem: 29 de nov. 2017. 
 
 
 
 
 
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Fechamento do Tópico da Unidade do Fórum de Discussão 
 Após a leitura reflita acerca das seguintes questões: 
 É possível afirmar que existe apenas um parâmetro de beleza universal 
que possa ser aplicado a todos os objetos da arte? 
 O conceito de belo é algo que pode ser alterado de acordo com o 
momento histórico? 
 O belo é o mesmo que bom e feio é o mesmo que mau? 
 Algo para ser belo precisa ser simétrico, ordenado, matematicamente 
perfeito? 
 A arte precisa ser bela? 
 
Preparando-se Para a Próxima Teleaula 
Prepare-se melhor para o nosso próximo encontro organizando o autoestudo 
da seguinte forma: 
1. Planeje seu tempo de estudo prevendo a realização de atividades diárias. 
2. Estude previamente as webaulas e a Unidade de Ensino antes da 
teleaula. 
3. Produza esquemas de conteúdos para que sua aprendizagem e 
participação na teleaula seja proveitosa. 
4. Utilize o fórum para registro das atividades e atendimento às dúvidas e/ou 
dificuldades. 
Conte sempre com o seu tutor eletrônico e o professor da disciplina para 
acompanhar sua aprendizagem. 
 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO

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