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Questões Objetivas - Filosofia-37

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Resposta:
 [A]
O estado de natureza  é “natural”  em apenas  um sentido específico.  Para Hobbes,  a
autoridade  política  é   artificial   e  em contrapartida  o   estado  anterior  à   instituição  do
governo é natural. Na sua condição “natural”, o ser humano carece de governo, que é
uma autoridade artificial, pois a única autoridade natural é aquela da mãe sobre o filho –
dado que a mãe tem a vida do filho. Entre adultos, inevitavelmente o caso difere e surge
a necessidade do artifício.
Naturalmente,  todo homem tem direito igual a todas as coisas, porém, de fato, cada
homem difere   um do  outro   em  força   e,   talvez,   até   em  inteligência.  Todavia,   cada
homem tem poder   suficiente  para  ameaçar  a  vida  de  qualquer  outro,  de  modo que
invariavelmente o estado de natureza é uma disputa de todos contra todos por tudo que é
direito de todos. O estado de natureza é forçosamente uma guerra de todos contra todos.
Entre outras inúmeras funções, Hobbes, com essa teoria, se opõe à teoria monarquista
do direito divino ao trono.
 
 
20. (Ufsj 2011) Com relação às diversas espécies de governos admitidos por Hobbes,
assinale a alternativa que expressa três delas.
a) Aristocracia, república e governo fascista.
b) Monarquia, república e governo totalitário.
c) Monarquia, democracia e aristocracia.
d) República, aristocracia e governo constitucional.
 
Resposta:
 [C]
Segundo Hobbes, os governos variam conforme a diferença de quem é o soberano. A
monarquia é o governo de um só homem soberano. A democracia ou governo popular é
o governo de todos. Já a aristocracia é o governo de alguns.
 
 
 
 
21. (Unioeste  2011) “A natureza fez os homens tão  iguais,  quanto às faculdades  do
corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais
forte   de   corpo,   ou   de   espírito  mais   vivo   do   que   outro,  mesmo   assim,   quando   se
considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro não é suficientemente
considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a
que  outro  não  possa   também aspirar,   tal   como  ele.   (…)  Desta   igualdade  quanto   à
capacidade deriva a igualdade quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto,
se  dois  homens desejam a  mesma coisa,  ao mesmo tempo  (…) esforçam-se  por  se
destruir ou subjugar um ao outro. (…) Com isto se torna manifesto que, durante o tempo
em que os homens vivem sem um poder comum capaz de manter a todos em respeito,
eles se encontram naquela condição a que se chama de guerra; e uma guerra que é de
todos os homens contra todos os homens”.
Hobbes.
Com base no texto citado, seguem as seguintes afirmativas:
I.  Os   homens,   por   natureza,   são   absolutamente   iguais,   tanto   no   exercício   de   suas
capacidades físicas, quanto no exercício de suas faculdades espirituais.
II.  Sendo os homens,  por natureza,  “tão iguais,  quanto às faculdades do corpo e do
espírito” é razoável que cada um ataque o outro, quer seja para destruí-lo, quer seja para
proteger-se de um possível ataque.
III.  Na  inexistência  de um “poder  comum” que  “mantenha  a   todos  em respeito”,  a
atitude mais racional é a de manter a paz e a concórdia na “esperança” de que todos e
cada um atinjam seus fins.
IV. A condição dos homens que vivem sem um poder comum é de guerra generalizada,
de todos contra todos.
V. O homem, por natureza, vive em sociedade e nela desenvolve suas potencialidades,
mantendo relações sociais harmônicas e pacíficas.
 
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e V estão corretas.
d) Apenas II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
 
 
Resposta:
[D]
Segundo Hobbes, os homens, no estado de natureza, vivem em guerra de todos contra
todos. Uma vez que não há um poder que mantenha a todos em respeito, o mais racional
é atacar o outro, seja para destruí-lo ou para preservar-se do seu ataque. Vale ressaltar
que  apesar  de   serem “tão   iguais,  quanto  às   faculdades  do  corpo  e  do  espírito”,  os
homens não são absolutamente iguais uns em relação aos outros.
 
 
 
 
22. (Uenp 2011) “Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a
piedade,   ou,   em   resumo,   fazer   aos   outros   o   que   queremos  que  nos   façam)  por   si
mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são
contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o
orgulho, a vingança e coisas semelhantes.  E os pactos sem a espada não passam de
palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de
natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-
lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa
segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria
força e capacidade, como proteção contra todos os outros.”
MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado
eclesiástico e civil.
Sobre o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa incorreta:
a) O contrato social que dá origem ao Estado só é obedecido pela força e pelo temor.
b) Os homens, na sua condição natural, observam apenas as suas paixões naturais.
c)  O contrato social  que dá origem ao Estado pode ser desfeito  quando o soberano
desrespeita  os  direitos  dos  súditos   e  age  de   forma  parcial,  visando a   seus  próprios
interesses.
d) A concepção de homem natural de Hobbes é marcada por um profundo pessimismo
antropológico.
e) A filosofia política hobbesiana é atomista.
 
 
Resposta:
 [C]
A função do soberano é assegurar que todos respeitem o contrato social e, dessa forma,
garantir a vontade de todos que é a paz e a segurança individual. Para desempenhar bem
esta   função,   o   soberano  deve   exercer  um poder   absoluto,   sem estar   subordinado   a
ninguém; e nem mesmo a uma Carta Magna. Se o poder soberano não conseguir realizar
o interesse de todos, isto é, a obediência de todos ao contrato social,  pode vir a ser
deposto por uma rebelião. Concluir-se-á, nesse caso, que o soberano não era legítimo.
 
 
 
 
23. (Ufsj   2011)   Sobre   a   ideia   de   soberania   concebida   por   Hobbes,
é CORRETO afirmar que a soberania:
a) “se dá por meio do sufrágio universal, seja na república ou na monarquia”.
b) “é a manifestação da virtù como condição indispensável no governo do príncipe”.
c) “reside em um homem ou em uma assembleia de mais de um”.
d) “é a realização plena da paz perpétua entre as nações”.
 
Resposta:
 [C]
A soberania, segundo Hobbes, é constituída mediante o contrato, através do qual cada
homem renuncia à sua liberdade natural e transfere o seu poder de ao soberano. Este
pode ser ou um homem ou uma assembleia, e adquire o direito exclusivo do uso da
força e a função de proteger seus súditos da morte, sobretudo da morte violenta.
 
 
 
 
24. (Ufsj 2011) Existe um domínio do Estado que, para Hobbes, pode ser um Estado por
aquisição. Com relação a tal Estado, é CORRETO afirmar que ele é aquele:
a) “que foi adquirido pela força dos poderes executivo, legislativo e judiciário”.
b) “herdado por um movimento revolucionário”.
c)  “assumido  por  herança  quando o  costume é  que  o  parente  mais  próximo seja  o
sucessor absoluto”.
d) “em que o poder soberano foi adquirido pela força”.
 
Resposta:
 [D]
Segundo Hobbes, o poder do Estado pode ser adquirido de duas formas: por aquisição
ou por   instituição.  Um Estado por   instituição  é  aquele  em que os  homens aceitam,
voluntariamente, se submeter ao soberano. Já o Estado por aquisição ocorre através do
uso da força do soberano, capaz de aniquilar aqueles que a ele se opõem.

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