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Questões Objetivas - Enfermagem-284

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como a Aspirina®. e) Incorreta. A ativação dos receptores HR1 pela histamina é responsável 
por diversos sintomas, entre eles broncoespasmo. 
6 - Um homem de 75 anos, com demência avançada e DPOC, é trazido à Emergência por estar 
sonolento e com tosse produtiva. Acompanhantes não observaram febre, mas disseram que a 
urina está fétida e concentrada. Há 45 dias, realizou tratamento de infecção respiratória com 
levofloxacino. Ao exame físico, o paciente está torporoso, o enchimento capilar é de 5 
segundos, com PA = 90x60mmHg, FC = 110bpm, FR = 28irpm e oximetria = 78%. Dentre as 
opções a seguir, o esquema antimicrobiano mais apropriado para o quadro é: 
d) piperacilina-tazobactam com azitromicina 
Correta. A piperacilina é uma penicilina de amplo espectro ativa contra muitas bactérias gram 
positivas, gram negativas, anaeróbias e aeróbias por meio da sua ação bactericida na parede 
celular. O tazobactam tem potente ação antibectalamase, em conjunto apresentam amplo 
espectro, sendo recomendado tanto para infecções graves do trato urinário como respiratórias 
(lembrando da necessidade do ajuste da dose para função renal). Esse paciente esta 
apresentando quando de sepse com foco pulmonar presumível e possível foco urinário 
associado. A antibioticorapia deve ser sempre individualizada e se possível guiada por cultura 
(se cultura recente disponível, por exemplo). Entre as modalidades de tratamento importante 
agir contra bactérias gram negativas. As sulfonamidas tem bom efeito bacteriostático e pouca 
resistência bacteriana sendo muitas vezes o tratamento de primeira escolha (piperacilina-
tazobactam) e pelo histórico de DPOC e pela preocupação de infecção por pseudomonas. 
Aplicando o Score Curb-65 temos no mínimo de 3 pontos, o que justifica internação hospitalar 
em UTI e em pacientes com DPOC a associação piperacilina-tazobactam (ou cefepime) + 
azitromicina (ou claritromicina) é a mais indicada. Neste esquema agentes atípicos também 
são combatidos. 
7 - Um paciente de 85 anos, com longa história de internamentos por exacerbação de doença 
pulmonar obstrutiva crônica, evoluiu com quadro demencial progressivo. Os familiares já 
definiram que o objetivo de seu tratamento deverá ser reduzir o sofrimento, e as únicas 
medicações em uso são os broncodilatadores. Durante o plantão noturno, você foi chamado 
pela enfermagem para avaliar o paciente, pois a filha referia piora da dispneia. Ele se 
encontrava caquético e sem contatar, com saturação de oxigênio = 92%, FR = 32 irpm e 
desconforto moderado. A ausculta pulmonar era difusamente diminuída, sem ruídos 
adventícios. Qual é a melhor conduta para o alívio do desconforto respiratório nesse 
momento? 
c) morfina 
Correto. Sintoma frequente no final da vida. Para seu controle é importante a avaliação da 
causa e a possibilidade ou não de sua reversão. São causas com possível correção: congestão 
pulmonar onde estaria indicada ventilação não invasiva (VNI); derrame pleural, quando, 
dependendo do momento da doença, poderia ser indicada drenagem; linfangite 
carcinomatosa que seria parcialmente controlada com a administração de corticoides. Na fase 
final da vida existe pequena chance de resposta às medidas específicas para o controle da 
causa da dispneia, sendo indicado tratamento exclusivamente paliativo. Nesse cenário, sugere-
se manter o paciente hipohidratado. A morfina é o fármaco de primeira escolha neste 
contexto. Em casos de dispneia leve pode ser indicada a administração de codeína na dose de 
30 mg, via oral a cada 4 horas. Para a dispneia grave pode-se iniciar, para pacientes virgens de 
tratamento, 2,5 a 5 mg de morfina a cada 4 horas. Devendo-se prescrever doses resgate se 
necessário. 
8 - Um homem de 68 anos consulta-se por apresentar dispneia aos esforços há 5 anos e tosse 
produtiva matinal, especialmente nos meses de inverno, algumas vezes acompanhada por 
sibilância. Tabagista há 50 anos, com média de 30 cigarros por dia, nega asma na infância ou 
necessidade de uso prévio de antibióticos ou corticosteroides. Radiografia de tórax não mostra 
anormalidades significativas. A espirometria revela VEF1 = 2,5L/min (52% do previsto), CVF = 
5L (85% do previsto) e VEF1/CVF = 0,5. Após teste com broncodilatador, observaram-se VEF1 = 
2,85/min (14% de resposta), CVF = 5L e VEF1/CVF = 0,57. Com relação ao caso descrito, o 
diagnóstico mais provável é de: 
a) doença pulmonar obstrutiva crônica, em função da história clínica e da espirometria 
Correta. O paciente apresenta fator de risco (tabagismo) importante e sintomas típicos de 
doença pulmonar obstrutiva crônica (dispneia, tosse crônica co sibilos recorrentes e secreção). 
O diagnóstico é confirmado pela espirometria e tem como critério a persistência da relação 
VEF1/CVF < 0,70 após broncodilatador. A avaliação do grau de reversibilidade da obstrução da 
via aérea (por exemplo, com a medida de VEF1 antes e após o broncodilatador) para a decisão 
terapêutica não é mais recomendada e não demonstrou aumentar o diagnóstico de DPOC, 
diferenciá-la de asma ou predizer resposta em longo prazo do tratamento com 
broncodilatador ou corticoide. 
9 - Um paciente tabagista de 76 anos vem ao ambulatório com quadro de dispneia aos 
esforços e tosse. Na investigação, o paciente teve o diagnóstico de Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica (DPOC), com prova de função pulmonar apresentando Volume Expiratório 
Forçado no 1º segundo (VEF1) pós-broncodilatador de 60% do predito. Com base nesse caso 
clínico, a melhor conduta inicial é: 
e) beta-2-agonista de longa duração + anticolinérgico 
10 - "Doutor, vim aqui hoje porque não aguento mais tossir!" A tosse constitui um sintoma de 
grande variedade de patologias, pulmonares e extrapulmonares, por isso mesmo é muito 
comum, sendo, com certeza, uma das maiores causas de procura por atendimento médico. 
Uma boa história clínica e um exame físico detalhados são capazes de nos dar pistas da 
etiologia e guiar a solicitação de exames complementares para início precoce do tratamento. 
Logo, quando o paciente apresenta: 
c) tosse produtiva, por mais de 2 semanas, com qualquer idade, deve-se pensar em 
tuberculose, mesmo com a pesquisa de BAAR no escarro negativa em 2 amostras, devendo-se 
prosseguir a investigação com a cultura do escarro e exames de imagem 
11 - Com relação ao benefício do tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica com 
broncodilatadores de longa ação (LABAs), é incorreto afirmar que: 
e) o uso crônico de LABA não induz tolerância a broncodilatador de curta ação (SABA), 
reduzindo seu efeito broncodilatador 
Correta. A combinação do uso de broncodilatadores de diferentes mecanismos de ação e 
tempo de ação pode aumentar o grau de broncodilatação, com baixo risco de efeitos 
colaterais quando comparado ao aumento da dose de monoterapia. O uso crônico de LABA 
induz tolerância ao receptor adrenérgico B2-agonista e se desenvolve rapidamente (cerca de 4 
semanas após início de tratamento). 
12 - Com relação ao teste de caminhada dos 6 minutos na doença pulmonar obstrutiva 
crônica, é incorreto afirmar que: 
c) o teste de caminhada é menos importante como fator preditor de mortalidade do que a 
idade, volume expiratório forçado no 1º segundo ou presença de comorbidades 
Correta. A fim de avaliar a gravidade da DPOC, Celli et al. conduziram um estudo multicêntrico 
e identificaram 4 principais preditores de mortalidade: índice de massa corpórea, grau de 
obstrução das vias aéreas, grau de dispneia e capacidade de exercício (medida pelo TC6). Após 
a avaliação de uma coorte de 625 pacientes que morreram (de quaisquer causas), os autores 
empregaram esses fatores para criar o que agora é conhecido como o índice BODE (do inglês 
Body Mass Index, Degree of Airflow Obstruction, Degree of Dyspnea, and Exercise Capacity). O 
índice BODE provou ser melhor que o VEF1 em predizer o risco de morte por causas 
respiratórias em pacientes com DPOC. 
13 - Umapaciente de 64 anos, portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica há 2 anos, 
em uso de B2 de longa duração, apresenta quadro de aumento da expectoração e mudança do 
aspecto do escarro, após resfriado comum. A sua SatO2 atual é de 89%. Com relação ao 
tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica, assinale a alternativa correta: 
a) o uso de antibióticos deve ser empregado mesmo em casos de exacerbações causadas por 
vírus 
14 - A doença pulmonar obstrutiva crônica é caracterizada pela redução lenta, progressiva e 
irreversível, ou pouco reversível, do fluxo expiratório. O melhor parâmetro espirométrico para 
estimar a gravidade dessa doença é: 
c) volume expiratório forçado em 1 segundo 
Correto. O VEF1 é um parâmetro altamente reprodutível e tendo correlação com o 
prognóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), passou a ser considerado nas 
últimas décadas como o dado funcional dos testes de função pulmonar mais relevante a ser 
obtido. 
15 - Os familiares do senhor Z.F.G. (68 anos) procuram a Unidade de Saúde da Família do 
Calafate, solicitando visita domiciliar. No atendimento, o paciente refere que, há 7 dias, segue 
com intensificação de uma tosse de longa data, a qual se tornou produtiva (expectoração 
amarela), associando-se a dor torácica posterior, ventilatoriodependente. Há 3 dias, evolui 
com dispneia e febre. O Médico da Família e Comunidade recorda-se de que o paciente

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