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Faculdade Metropolitana de Anapolis ALEITAMENTO MATERNO Profª. Nadjane T. Rojas O Valor do Leite Humano ▪Além dos benefícios nutricionais e imunológicos, o aleitamento materno também traz benefícios psicológicos para mãe-filho, contribuindo grandemente para o desenvolvimento do elo afetivo. ▪A importância do leite humano é um fato conhecido por seu valor nutricional, bem como um grande valor imunológico, para o recém-nascido. ▪O leite humano está adequado às necessidades do lactente. O leite humano é um fluido vivo, pois contém células vivas, sendo seus ingredientes mais bem digeridos e absorvidos. Composição do leite materno ▪A maior fonte de carboidratos no leite humano fornece 40 a 50% do total calórico proveniente da gordura. ▪O colostro, a primeira secreção produzida pela glândula mamária, possui um alto teor calórico (58 calorias/100ml), proteínas, sódio, potássio e anticorpos. ▪Sua produção inicia-se, na maioria das vezes, 18 a 24 horas pós-parto, e segue até o 4º dia pós-parto. O leite de transição vai do 4º dia ao 10º dia pós-parto, e o maduro do 10º dia ao 6º mês após o parto. ▪O leite humano é composto, na sua maioria, de 88% de água, gordura 55%, carboidratos 37% e proteínas 8%. Composição do leite materno ▪Presença de fatores de crescimento como: ➢Fator de crescimento epidérmico. ➢Fator de crescimento nervoso. ➢Taurina (que atuam no desenvolvimento do intestino e sistema nervoso). ▪Grande número de enzimas com várias funções: ➢Digestivas (amilase, lipase). ➢Transporte de minerais. ➢Antibacteriana, antiviral ou antiprotozoária. Vantagens do aleitamento para a mãe 1. Amamentar no período imediato pós-parto promove a involução uterina mais rapidamente e ajuda a diminuir o sangramento nesse período (ocitocina). 2. Efeito relaxante, traz bem estar 3. Retorno do peso corporal anterior à gravidez. 4. Ajuda o desenvolvimento do afeto materno para com o seu bebê, estimulando o senso de união emocional. 5. Diminuição de risco de câncer de ovários, câncer uterino e câncer de mamas. Vantagens do aleitamento para o RN 1) O leite materno oferece proteção contra diarréia infecciosa, infecções respiratórias e do ouvido. 2) Reduz a incidência da enterocolite necrotizante. 3) Presença de lactoferrina, proteína que aumenta a absorção do ferro, diminuindo as chances de infecção gastrintestinais. 4) Fonte de proteína mais digerível 100% é absorvida pelo organismo. • Fornece uma ótima fonte de gordura, que é energia para o recém-nascido. • Melhora o desenvolvimento neurológico cognitivo. • Proteção contra diabetes insulino-dependente. • Menos riscos de alergias nos neonatos com história de alergias na família. Vantagens do aleitamento para o RN Outras vantagens do aleitamento materno ❖ Proteção contra alergias. ❖ Menor risco de desenvolver diabetes infantil. ❖ Menor incidência de morte súbita. ❖ Recém-nascidos prematuros (RNPT), não alimentados com leite materno, têm maior risco de falência respiratória, displasia broncopulmonar e retinopatia. Outras vantagens do aleitamento materno ❖ Menor ocorrência de apnéia e bradicardia nos RNPT, fluxo rápido dos bicos de mamadeira, a deglutição repetida fechamento das vias aéreas, > tempo para respirar, diminuição da Po2 e menor saturação de O2. ❖ No seio materno o RNPT controla o processo sucção/deglutição/respiração. ❖ O colostro facilita a eliminação do mecônio. ❖ Melhor acuidade visual de prematuros. Aspectos afetivos 1) Favorece o desenvolvimento afetivo. 2) Facilita o relacionamento com outras pessoas. 3) O aleitamento materno favorece menores índices de rejeição, abandono e espancamento. 4) Efeito anti-estresse para a mãe e desenvolvimento do comportamento maternal. Aleitamento materno e saúde bucal 1) O aleitamento materno propicia um bom desenvolvimento facial. 2) Melhor desenvolvimento da articulação temporomandibular. 3) Melhor tonicidade do sistema muscular facial necessária à primeira erupção dentária. 4) Favorece a respiração nasal, prevenindo problemas nas vias aéreas superiores. Aleitamento materno e saúde bucal 5) Menores problemas ortodônticos. 6) Favorece uma adequada posição da língua, facilitando o equilíbrio dentário. 7) Diminui a incidência de cáries dentárias (mantém o pH adequado da saliva reduzindo a infecção por Streptococcus. Aspectos sócio/econômicos e ecológicos ❖Aspectos socioeconômicos: ▪Menor custo para a família; redução dos gastos com consultas médicas, medicamentos, exames e internações, menor custo para o Sistema de Saúde. ▪ A produção de leites industrializados demanda maior custo. ❖Aspectos ecológicos: ▪ A produção do leite artificial causa maiores danos ecológicos (contaminação ambiental por meio de produtos não- biodegradáveis). Produção do leite materno Anatomia da mama ▪A mama é formada por tecido glandular, por gordura e tecido conjuntivo (ligamentos,artérias,veias). ▪O leite é produzido pelas células epiteliais que recobrem as estruturas lóbulo/alveolares. ▪Em torno dos alvéolos existe uma rede de células mioepiteliais que se contraem, conduzindo o leite em direção aos ductos lactíferos. ▪Há aproximadamente 20 ductos lactíferos que transportam o leite até os seios lactíferos e mamilos. ▪Em torno do mamilo encontra-se a aréola, onde as glândulas de Montgomery, protegem a pele do mamilo, possuindo várias terminações nervosas, sendo muito sensível. Corte seccional transversal: 1. Caixa torácica; 2. Músculo peitoral; 3. Lóbulos; 4. Bico; 5. Aréola; 6. Canais; 7. Tecido adiposo; 8. Pele; LEI DA OFERTA E PROCURA ✓O início da secreção Láctea depende de mudanças hormonais associadas ao parto, enquanto a manutenção da secreção Láctea depende do esvaziamento das mamas. ✓A sucção ao seio estimula as terminações nervosas do mamilo, as quais estimulam a hipófise anterior a produzir prolactina. ✓Durante a noite esta produção é maior, daí a importância das mamadas noturnas. Os níveis sobem quando o bebê suga o seio, ocorrendo uma maior produção de leite. Orientações para as mães manterem níveis elevados de prolactina ▪Não oferecer bicos ou chupetas ao bebê. ▪Amamentar frequentemente. ▪Deixar o bebê mamar o tempo que desejar. ▪Permitir o bebê mamar a noite. ▪Se bebê não for capaz de sugar por algum tempo, ordenhar o leite. Reflexo da ocitocina ou de ejeção do leite ❖A ocitocina é produzida na parte posterior da hipófise, sendo conduzida até as mamas. ❖Sua produção ocorre quando os nervos do mamilo são estimulados pela sucção. ❖A ocitocina contrai as células mioepiteliais em torno dos alvéolos e faz o leite descer até os seios lactíferos. Reflexo da ocitocina ou de ejeção do leite ❖A produção desse hormônio também pode ser estimulada psicologicamente, quando a mãe pensa no seu filho ou escuta o seu choro. ❖A liberação da ocitocina pode ser inibida por sentimentos maternos como dor extrema, hormônios de estresse, dúvidas, vergonha, ansiedade, nicotina, álcool. ❖A ocitocina estimula as contrações uterinas, auxiliando na eliminação da placenta, redução dos sangramentos pós- parto, promovendo a involução uterina mais rápido. Características da secreção Láctea de acordo com o estágio de lactação ❖Colostro: ▪ Produzido nos últimos meses de gestação e/ou após o nascimento, aumentando rapidamente. No segundo dia são produzidos cerca de 100ml. Até o 5º-7º dia de lactação a secreção é caracterizada como colostro. ❖Características: ➢Líquido amarelo viscoso (presença de betacaroteno). ➢Maior quantidade de proteínas, IgA, lactoferrina, leucócitos. vitaminas A e E, sódio, zinco, potássio e cloro. ➢Menor quantidade de gordura e lactose. ➢Facilita a eliminação de mecônio, tendo uma ação laxante. Características da secreção Láctea de acordo com o estágio de lactação ➢Rico em anticorpos, dando proteção contra as bactérias e vírus presentes no canal de parto. ➢Rico em outros fatores bioquímicos de proteção e fatores de crescimento que estimulam o desenvolvimento do intestino do RN. ❖Leitede transição: produzido após o colostro, até duas semanas do pós-parto. ➢A concentração de proteínas são elevadas. ➢Lactose, gordura, conteúdo calórico e vitaminas hidrossolúveis aumentam. ❖Leite maduro: produzido após 15 dias do pós-parto, seu volume aumenta em média de 700 a 800 ml/24 horas. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO Manejo da amamentação ❖Conscientizar as gestantes no pré-natal sobre vantagens e manejo do aleitamento ao seio. ❖Examinar as mamas, orientando sobre dieta e cuidados. ❖Conscientizar os familiares a respeito do apóio a gestante. ❖Apoiar a facilitar o contato pele a pele (mãe/bebê) na sala de parto, e se possível, estimular a primeira mamada. ❖Ajudar a mãe a colocar a criança em boa posição e verificar se a pega da aréola é adequada. ❖Evitar anestésicos e entorpecentes durante o parto. Sinais de uma boa posição e pega ❖O corpo da criança deverá está encostado no da mãe, de frente para ela. ❖O queixo da criança toca a mama. ❖A boca do bebê deverá está bem aberta, com o lábio inferior virado para fora. ❖A língua assume a posição de cálice ao redor do bico, cobrindo a gengiva inferior durante todo o ciclo da sucção. Sinais de uma boa posição e pega ❖A pega da aréola deve ser suficiente para comprimir os seios lactíferos, fluindo o leite do peito. ❖Pode-se ouvir a criança deglutindo lenta e profundamente. ❖A mamada obedece ao ciclo sucção/deglutição/respiração. ❖O bebê fica relaxado e feliz, e a mãe não sente dor no mamilo. Alta hospitalar e consulta pós-parto ❖Atenção: ➢A alta hospitalar do RN está condicionada às boas condições de aleitamento. ➢Orientar as puérperas quanto ao retorno à puericultura aos 7 dias de vida e nas dificuldades com a lactação. ➢Orientar amamentação exclusiva até os 6 meses, não oferecer suplementos (água, chás etc.). ➢Após 6 meses, iniciar os alimentos do desmame mantendo o aleitamento ao seio até 2 anos ou mais. Aleitamento materno em prematuros ▪O leite materno a própria mãe é o alimento ideal para o prematuro. ▪Oferecendo melhor nutrição e proteção imunológica. ▪A permanência da mãe do RNPT na maternidade é fundamental para favorecer o vínculo mãe/bebê, além de propiciar o fornecimento de colostro e leite maduro para seu bebê. ▪O processo de acompanhar a doença do seu filho, favorece a mãe o aprendizado de como lidar com bebê prematuro. Processo de amamentação em prematuros ▪ Se o RN estiver internado na UTI, mesmo que não puder ser alimentado por via enteral, a mãe deverá ser estimulada a tocar, acariciar, falar com o seu bebê e ordenhar o leite materno 8 a 12 vezes ao dia. ▪ Se o bebê não suga, oferecer logo que possível: ➢Leite materno ordenhado manualmente, da própria mãe nos horários das mamadas, ou oferecer por sonda orogástrica. ▪ Se não for possível , o LMO da própria mãe, oferecer: ➢LMO de outra mãe de RNPT e RNAT, pasteurizado. ➢Colostro de outra mãe de RN a termo, pasteurizado. Processo de amamentação em prematuros ❖Logo que as condições clínicas do RNPT estabilizarem: ➢Colocar o RN para ter contato com o mamilo e sentir o cheiro do leite. ➢Incentivar o alojamento canguru. ➢Estimular o reflexo perioral e de sucção. ➢Verificar a coordenação sucção/deglutição/respiração. ➢Estimular a alimentação diretamente ao seio, reduzindo gradativamente o volume de LMO ou oferecido por SOG. Processo de amamentação em prematuros ➢Amamentar exclusivamente ao seio. ➢Pesar diariamente o RNPT, avaliando sua curva ponderal. ➢Se não houver ganho de peso satisfatório, complementar a alimentação ao seio com LM posterior, oferecido por copinho. ➢O critério de alta do prematuro deve ser baseado em curva ascendente de peso com aleitamento materno exclusivo. Aleitamento materno e bebês fissurados ❖ O aleitamento materno é muito importante para estes bebês: 1) Segure o bebê e posição vertical, de modo que o nariz e a boca fiquem mais alto que o peito. 2) Preencha a abertura do lábio leporino com o seio. 3) Pode-se usar uma placa dentária especial (obturador) para cobrir a fenda palatal. 4) As mamadas costumam ser longas. 5) Estimulem e ajudem a mãe. É necessário “ fechar” a fissura para o bebê mamar bem. 6) Alguns bebês necessitam ser alimentados por SOG, ou copinho, até poderem sugar bem. Problemas mais freqüentes em amamentação ▪Mamilos planos, retraídos, invertidos. ❖Causas: ➢Persistência de invaginação original do botão mamário, raramente secundário a processo patológico intramamário. os mamilos da mãe se retraem quando a aréola é apertada. ❖Manejo: ➢Cortar o sutiã deixando o mamilo para fora. ➢Estimular o mamilo antes de amamentar. ➢Antes da mamada, usar bombas de expressão de leite ou outro dispositivo suave para puxar o mamilo. Ingurgitamento mamário ➢Na primeira semana pós-parto, quando há a descida do leite, as mamas podem ficar muito cheias, quentes e pesadas. ➢Extração infreqüente ou inadequada do leite. ➢Manejo: ➢Iniciar o aleitamento exclusivo ilimitado na primeira meia hora após o nascimento e manter mãe/filho sempre juntos. ➢Orientar sobre a boa pega da aréola. ➢Ensinar as técnicas de ordenha, caso a mãe não possa amamentar por alguma razão. Estimular a amamentação freqüente. ➢Utilizar compressas mornas antes de amamentar. ➢Massagear e extrair o leite manualmente ou por bomba para aliviar a congestão entes de amamentar. ➢“Pentear” o seio. ➢Usar técnicas de relaxamento e redução do estresse. ➢Aplicar compressas frias depois de amamentar (para aliviar a dor das mamas muito ingurgitadas e reduzir o edema por até 10 minutos. ➢Não oferecer chupetas ou mamadeiras ao bebê Mamilos doloridos, fissuras ❖Causas: ➢Má pega da aréola. ➢Congestão mamária. ➢Monilíase. ➢Freio lingual curto. ➢Dermatite. ➢Uso de irritantes, como sabões e loções. ❖Manejo: ➢Iniciar a amamentação no seio menos dolorido. ➢Corrigir a posição e pega da aréola. ➢Passar o próprio leite sobre o mamilo e aréola após a mamada. ➢Expor os mamilos ao sol /ar (pela manhã). ➢Fornecer mamadas freqüentes e de curta duração. ➢Evitar lavar os seios antes das mamadas e não utilizar substâncias irritantes. ➢Tratar monilíase nos mamilos e na boca do bebê. ➢Tratar a dermatite. ➢Se o freio do bebê for curto, considerar a possibilidade de cortá-lo. ➢Usar analgésicos suaves se necessários. Mastites a abscessos mamários ❖Causas: ➢Geralmente secundárias a traumas do mamilo e fissuras. ➢Ducto lactífero bloqueado ou congestão mamária. ➢Fatores contribuintes: fadiga e estresse. ❖Manejo: ➢Estimular a mãe a amamentar com mais freqüência. ➢Verificar pega correta da aréola. ➢Utilizar compressas mornas várias vezes ao dia. ➢Retirar o excedente lácteo ➢Repouso ➢Usar analgésicos suaves ➢Antibióticos. ➢Se houver formação de abscesso: ➢Encaminhar para incisão e drenagem. ➢Continuar amamentando no seio sadio. ➢Ajudar a aumentar a produção láctea após o processo ter sido debelado. Considerações finais ❖O aleitamento materno é a ação básica de saúde, uma prioridade mundial de grande impacto para a redução da mortalidade infantil. Baseado nesse princípio foi criada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança que estabelece dez passos para o aleitamento materno. DEZ PASSOS PARA O ALEITAMENTO MATERNO. • 1º Passo: ➢Ter uma norma escrita sobre aleitamento, rotineiramente transmitida a toda equipe de Unidades de Saúde. • 2º Passo: ➢Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para incrementar esta norma. • 3º Passo: ➢Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno. • 4º Passo: ➢Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento. DEZ PASSOS PARA O ALEITAMENTO MATERNO. • 5º Passo: ➢Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo quando separadas do seu filho. • 6º Passo: ➢Não fornecer aos recém-nascidos, nenhum outro alimento ou bebida além do aleitamento materno. Salvo quando indicado pelo médico. • 7° Passo: ➢Praticar o alojamento conjunto, permitir que mães/bebês permaneçamjuntos 24 horas por dia. DEZ PASSOS PARA O ALEITAMENTO MATERNO. • 8° Passo: ➢Encorajar o aleitamento materno com livre demanda. • 9° Passo: ➢Não dar bicos artificiais ou chupetas a criança alimentada ao seio. • 10º Passo; ➢Encorajar o estabelecimento de grupos de apóio ao aleitamento materno, para onde as mães deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório. Reflexão ❖É de fundamental importância o apoio dos familiares, profissionais de saúde, comunidade e entidades governamentais para estimular o início da alimentação ao seio em nível hospitalar para a manutenção do aleitamento materno exclusivo durante os 6 primeiros meses de vida e complementação até os 2 anos ou mais. Referências Bibliográficas • CLOHERTY, John P. Manual de Neonatologia 2.ed.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2005. • SIMÕES, A. S. Manual de Neonatologia. Ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,2002. • Guinsburg R, de Almeida MFB. Reanimação do recém-nascido. In: Ramires JAF, Timerman S, editores. Tratado de parada cardiorrespiratória - ciência e prática da ressuscitação. São Paulo: Manole; 2006; in press. • International Liaison Group on Cardiopulmonary Resuscitation. Part 7: Neonatal resuscitation. Circulation 2005; 112:III-91-9. • Kattwinkel J. Textbook of Neonatal Resuscitation. 5th ed. Elk Grove Village: American Academy of Pediatrics/American Heart Association. 2006.